As filhas de Marx e Jenny que chegaram à idade adulta (Wikimedia Commons) |
Antonio
Carlos Rocha
Marx
dormiu cinquenta anos. Aqui no Astral onde ele se encontra, uma colônia no
plano invisível, os espíritos – almas – precisam ficar um longo tempo em
recuperação. Para que cessem os liames, apegos do mundo terrestre e, por mais
que tentem, sempre ficam resquícios da última vida.
Ao abrir
os olhos, já recuperado energeticamente viu que a esposa Jenny estava a seu
lado.
- A minha
Jenny, você sempre do meu lado, minha protetora.
- De
longa data, há muitas reencarnações tem sido assim querido. – falou sorrindo.
-Sabe, eu
tenho vontade de ver nossos filhos e pedir perdão a eles.
- Mas
você sempre foi um bom pai, amoroso, afetuoso, o que aconteceu de uns morrerem
quando crianças e jovens não é culpa nossa. É do carma deles e, claro, carma
nosso, que sofremos com a passagem deles. Mas aprendi aqui que cada um só vai
na sua hora, ninguém vai antes, exceto quando é suicídio.
- Mas
então...
- Pois é,
isso que ainda dizem até hoje, que as nossas crianças morreram de inanição, são
os nossos adversários políticos, “fake news” como se fala hoje por lá...
- Tem
razão, a bem da verdade tínhamos São Engels para nos ajudar.
- É
Mesmo, um verdadeiro santo, nos ajudou de diversas formas...
- Por
fala nele, por onde anda o Engels amado.
- Mais
adiante nós vamos vê-lo. Em uma reencarnação bem anterior vocês foram irmãos
gêmeos, ele gosta até muito de você, e bota muito nisso.
- E
agora, qual o próximo passo, morri, dormi bastante, relaxei, descansei, agora
estou pronto para os novos estudos, novos conhecimentos, eis a evolução...
- Falou
certo – disse o Preceptor que ia entrando, os três sorriram amigos – Jenny,
você já deu o primeiro toque, agora prossiga a primeira aula, que é a Lei do
Karma que rege o Universo. Inclusive antigos hindus, no Vedas, os textos
sagrados de lá afirmam que Deus, o Criador é a própria Lei do Carma.
- Como
sempre gostei de estudar – disse o Espírito-Alma Marx – vamos lá professora
querida Jenny.
- Ah! meu
amor, se você soubesse, mas vai ficar sabendo mais adiante, nós estamos juntos
há muitas vidas e vidas.
- Eu
posso não saber, mas sinto, pressinto...
( continua ...).