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30/04/2020

Mais algumas de minhas canções preferidas, em diversas versões

Jamelão (imagem Wikipedia)


Francisco Bendl
Continuando a mostrar mais algumas das canções que me tocam, sem ordem de preferência, apenas como me vêm à lembrança:
Como nossos pais (Belchior)
Um dos primeiros cantores cearenses de MPB, compositor brilhante, Belchior e sua voz anasalada marcaram época no país. 
https://www.youtube.com/watch?v=2qqN4cEpPCw Na voz inebriante de Elis Regina
https://www.youtube.com/watch?v=Y3HTEKQ-rh8 Na voz do seu autor, Belchior
https://www.youtube.com/watch?v=sWn5i5CfTWo  Nas vozes de Chitãozinho e Chororó, incomparáveis (espetacular)
Aquarela do Brasil (Ary Barroso)
Denominado de samba-exaltação, esta composição do genial Ary pode ser considerada como o segundo Hino do Brasil.
https://www.youtube.com/watch?v=LZkvhpgX6g4 Na voz da espetacular Gal Costa
https://www.youtube.com/watch?v=dTVN3tFZ3qI Tocada pela inolvidável Ray Conniff
https://www.youtube.com/watch?v=cl-DMxUFXPo Tocada simplesmente pela BBC Proms
https://www.youtube.com/watch?v=nl6Kh0SyAuE Na versão do filme Melodia Imortal
https://www.youtube.com/watch?v=H-y8TS7jbpY Na voz do “Rei da Voz” Francisco Alves
https://www.youtube.com/watch?v=VKcwBjqLJM4 Nas vozes dos três tenores Pavarotti, Carreras e Domingos
Asa Branca (Luis Gonzaga/Humberto Teixeira)
https://www.youtube.com/watch?v=E8PkomK1mb8https://www.youtube.com/watch?v=zsFSHg2hxbc Na voz de Luiz Gonzaga
https://www.youtube.com/watch?v=Jj7ffGE0IjA Nas vozes de Chitãozinho e Chororó, mais Ney Matogrosso
https://www.youtube.com/watch?v=sNuzkqUF9Z0 Na voz do fabuloso Dominguinhos
Sá Marina (Antônio Adolfo)
https://www.youtube.com/watch?v=EfaNabUCVMo Na voz de um emblemático e talentoso cantor, Wilson Simonal,
https://www.youtube.com/watch?v=GMKzucXHVJc Na voz da exuberante Ivete Sangalo
https://www.youtube.com/watch?v=D175FxyT1ns Na voz de, nada mais, nada menos, Stevie Wonder
https://www.youtube.com/watch?v=FRrCr0X4WCc Na voz da gaúcha Elis Regina
https://www.youtube.com/watch?v=5c-lIJ_Xpyw Tocada pelo autor e Tibério Gaspar, incluindo Instrumental do SESC
Travessia (Milton Nascimento)
Um dos ícones do cancioneiro popular, Milton compôs músicas enternecedoras, contundentes.
https://www.youtube.com/watch?v=0h3Xl4gclwE Na voz da incrível Ana Carolina
https://www.youtube.com/watch?v=rLd6X8keYZM Na voz simplesmente de Sarah Vaughan
https://www.youtube.com/watch?v=jFWlYRkEhw4 Na voz do irretocável Tony Bennet
Vingança (Lupicínio Rodrigues)
O fabuloso gaúcho Lupicínio foi, involuntariamente, o criador do gênero “sofrência” ou, como se dizia antigamente, música para dor de cotovelo.
https://www.youtube.com/watch?v=U6pZ-SdkDO4 Na voz da gaúcha Adriana Calcanhotto
https://www.youtube.com/watch?v=ldjD1VXns2w Na voz do talentoso Ricky Vallen
https://www.youtube.com/watch?v=II_R1ow4qLg Na voz do melhor cantor das músicas de Lupicínio, Jamelão
https://www.youtube.com/watch?v=_xQG5cHZ9iQ Nas vozes de Jamelão e Alcione (primeiro cantam Nunca, do mesmo autor)
https://www.youtube.com/watch?v=ZXFginzWtFc Na voz do próprio Lupicínio, em 1972
Nervos de aço (Lupicínio Rodrigues)
Outra canção marcante, que aborda situações corriqueiras, porém nos marcam a vida toda.
https://www.youtube.com/watch?v=1ZnzSgLD_6o Na voz da maravilhosa Gal Costa
https://www.youtube.com/watch?v=2XgBk1oubFo Na voz de Adriana Calcanhotto
https://www.youtube.com/watch?v=COs06ivSzjY Na voz saudosa de Noite Ilustrada
Sangrando (Gonzaguinha)
https://www.youtube.com/watch?v=1_wrYwL0cYQ Interpretação de Ana Carolina
https://www.youtube.com/watch?v=BjAQxSXAmU8 Rick Vallen – uma versão moderna de Cauby Peixoto
https://www.youtube.com/watch?v=_ISMTTN0FlQ Cauby, Agnaldo Timóteo e Agnaldo Rayol, o maior cantor brasileiro
E quem sabe noutro dia continuaremos?


23/04/2020

Eu, budista, conversando com o Coronavírus

Buda e Mara (imagem Wikimedia Commons)


Antonio Rocha
- Fala meu irmão, como é que vai?
- Mas eu não sou seu irmão, você é um ser humano e eu sou um vírus.
- Ora amigão, São Francisco de Assis chamava os lobos perigosos da floresta de “Irmão Lobo”. Buda afirmava que todos somos filhos de Deus, filhos de Buda, então, penso que é tudo muito parecido, estamos irmanados no mesmo universo.
- Se é assim, tudo bem, o que é que você quer comigo?
- Eu quero te convidar Covid-19 para você deixar de fazer maldades por aí e converter-se ao Bem, à Fraternidade, à Amizade.
- É difícil pois eu tenho uma tarefa a cumprir.
- Tudo bem, mas nós podemos transformar esta tarefa em uma missão positiva.
- Como assim?
- Ora, muito simples, ao longo da história do Budismo, quase três mil anos, nós vimos que muitos inimigos, muitos adversários do Buda, se transmutaram em amigos, em defensores do Darma que é a Doutrina Budista e dos praticantes do Caminho, e por extensão, protetores da vida, independente da Fé religiosa ou Filosófica de cada ser vivo.
- Mas a minha natureza é virótica do mal, eu não sei ser bondoso.
- Bobagem cara, através da sua conversão Covid-19, você vai perceber logo que em vez de só ter dezenove características, você vai ganhar uma progressão geométrica maravilhosa só de alegrias construtivas.
- A proposta é tentadora. E caso eu não aceite esta mudança.
- Não acredito, você é um ser vivo inteligente e caso não concorde com as evidências que estou lhe propondo você vai continuar, não apenas ganhando carma negativo, mas vai aos poucos desaparecendo com uma simples ensaboada de água com sabão e a bendita vacina que esperamos descubram logo.
- Mas se a vida é eterna eu também sou eterno.
- Tudo bem, então prefira a eternidade do amor ao próximo que falava Cristo, e a eternidade da compaixão que ensinava o Buda, garanto, você logo ajudará a humanidade a adquirir anticorpos ao seu lado negativo e só vai curtir o lado elegante.
- Você consegue ver beleza em mim.
- Claro, tem um monge budista vietnamita que mora há décadas na França, escritor Thich Nhat Hahn que ele recomenda abraçarmos os problemas, tornar os obstáculos nossos amigos.
- Você está quase me convencendo.
- Maravilha, pense nisso, mais adiante conversaremos de novo.
- Valeu!


16/04/2020

Teimosia

fotografia WBJ


Wilson Baptista Junior
Uma semana e pouco atrás li um artigo do Reinaldo José Lopes, onde ele fala da responsabilidade, dentro dessa luta de vida ou morte que todos estamos travando, cada um à sua maneira, contra esse vírus mortal que atacou o mundo inteiro, de quem sabe falar de ciência tentar explicar para os que nos rodeiam a importância de acreditar na ciência para procurar o caminho de saída.
Não vou entrar aqui na fala dele, nem no assunto específico dela, porque ele entende disso mais do que eu. O que me fez lembrar agora dessa fala foi que ele comparou no seu texto a coragem, a energia e a tenacidade necessárias agora com o discurso imortal que Shakespeare pôs na boca do rei Henrique V da Inglaterra, quando falou aos seus soldados na noite do dia de São Crispiniano, ou São Crispim, antes de lançar-se à frente deles a uma batalha contra um exército francês quase três vezes mais numeroso e muito bem armado. O discurso é uma das maiores lições de motivação que já foram escritas, enfatiza claramente que a luta será desigual mas que eles podem vencer, que não adianta pensar nos soldados que não têm, e depois de irmanar os seus homens, plebeus e cavaleiros, como “nós os felizes poucos, um bando de irmãos” termina com estes versos:
“And gentlemen in England now abed
Shall think themselves accurs’d for not being here,
And hold their manhood cheap, when somebody speaks
Who fought with us in Saint Crispin’s day”.
Numa tradução livre:
“E cavalheiros que agora dormem na Inglaterra
Sentir-se-ão amaldiçoados por não terem estado aqui,
E sua masculinidade diminuída ao ouvir falar alguém
Que lutou conosco no dia de São Crispim.”
Ninguém sabe de verdade o que o rei Henrique disse ou não aos seus soldados na véspera da batalha, mas gosto de imaginar que foi alguma coisa parecida com as palavras que Shakespeare pôs depois em sua boca, porque no dia seguinte ele saiu para o combate à frente dos seus homens e juntos venceram a batalha que parecia impossível de vencer.
Dias depois, na minha caminhada diária que agora só pode ser feita em volta do lado de dentro dos muros do prédio onde moramos e estamos confinados numa quarentena que não sabemos quanto vai durar, vi essa plantinha corajosa e persistente que se obstina em ignorar os obstáculos das pedras, do tijolo e do concreto no seu caminho para o sol.
Nesses dias de medo e incerteza em que estamos enfrentando um inimigo invisível e sorrateiro que nos sitiou a todos, não importa onde estejamos, olhando para essas folhinhas verdes que representam a vitória do impulso da vida contra os obstáculos que pareciam invencíveis, respirei fundo e continuei a caminhada com passos mais firmes pensando que na verdade as coisas não mudaram tanto, nada jamais garantiu o segundo seguinte das nossas vidas, e o único passaporte que sempre tivemos para a frente é a coragem e a disposição de continuar lutando, como o velho cavalheiro de algum lugar da Mancha, de lança pendurada na parede e adarga antiga, contra os moinhos de vento, reais e imaginários, em nossa volta ou na nossa alma.
E saber que, conosco ou sem, as plantinhas renascerão.
 
fotografia WBJ


11/04/2020

Minhas canções inesquecíveis

imagem Wikipedia


Francisco Bendl
Meio que de bobeira ainda no tórrido verão, resolvi postar as mais belas canções brasileiras NA MINHA OPINIÃO, evidente.
Como só vieram a ser publicadas agora nesse outono tão diferente, espero que sirvam para distrair por alguns momentos os nossos leitores da tristeza.
Músicas que embalaram a minha juventude, depois como adulto e, hoje, na condição de um velho, mas que me aprazem, me levam a belas recordações, e ainda me embalam nos seus sons maviosos e letras inesquecíveis.
Saliento que não estão em ordem da minha preferência, apenas postadas como as mais belas para o meu gosto, claro.
Aqui vão algumas, depois se quiserem mando mais...
Ave Maria no Morro (Herivelto Martins)
Esta canção é tão espetacular, tão bonita, que ultrapassou as fronteiras do Brasil, e foi cantada por grandes nomes internacionais.
https://www.youtube.com/watch?v=NS8Yl8HMStA Na voz da inigualável Dalva de Oliveira
https://www.youtube.com/watch?v=RMpS1G3qaqw Na Voz maravilhosa de Ângela Maria
https://www.youtube.com/watch?v=KWR93xbEe_4 Nas vozes de Bocceli e Pavarotti
https://www.youtube.com/watch?v=9agwOyWfZyc Na interpretação do extraordinário Scorpions
Disparada (Geraldo Vandré/Théo de Barros)
Vencedora do Festival da Canção Record em 1966, conquistou o povo imediatamente, pois tanto a letra quanto a música são fantásticos.
https://www.youtube.com/watch?v=LtmZzw-9IVA Na voz de Jair Rodrigues, um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos
https://www.youtube.com/watch?v=s3I7tiBe1Rs Cantada na apresentação dos Amigos, em 1995
https://www.youtube.com/watch?v=IXsxg9twsJg Na voz do Padre Fábio de Melo
https://www.youtube.com/watch?v=cYMUBo8e7X0 Na voz de um dos maiores talentos surgidos no Brasil, Ricky Vallen
https://www.youtube.com/watch?v=Y_OV07at8pk Nas vozes de Elba Ramalho, Zé Ramalho e Geraldo Azevedo
Eu sei que vou te amar (Tom e Vinícius)
Simplesmente a junção de genialidades, que nos deram músicas que jamais vamos esquecer.
https://www.youtube.com/watch?v=qmMxEDaLOXc Na voz de Toquinho e Orquestra Arte Viva
https://www.youtube.com/watch?v=1AOHJ3WbdPM Na voz da maravilhosa Maysa – 1959
Vai passar (Chico Buarque/Francis Hime)
Chico Buarque pode ser classificado como um dos cinco maiores compositores da história da música brasileira.
Vai Passar, na minha ótica, trata-se do maior samba já composto.
https://www.youtube.com/watch?v=TNVaEopp_Kk Na voz da saudosa Beth Carvalho
https://www.youtube.com/watch?v=c9nHd2aWpWw Tocada ao piano por Francis Hime
                Até outro dia!

05/04/2020

Coronaversos

(imagem Wikiwand)



Antonio Rocha

Bom dia Gohouzen*
Boa tarde Gohonzon**
Boa noite todos os mestres
Representados neste OM***

E no som
Deste sino
Eu me defino
Aluno do
Budismo Primordial
Darma* Fundamental.

Quando eu morrer
Lá do outro lado
Me ajudem a
Continuar a ser

Estudante deste
Caminho Luminoso
Bondoso, Formoso,
Harmonioso, Frondoso,
Esplendoroso.

E outros bons
Sinônimos mais
Bodhisatvas* demais
Sigamos leais
A estas
Estrofes finais.


Explicando:

- Desculpem leitores, estou bem de saúde, mas tentei fazer poesia, respeitosamente, com aqueles que estão partindo. E me coloquei no lugar deles, a partir do falecimento de um antigo amigo de 92 anos. Como seria se eu estivesse indo embora e a sensação que tive veio nos versos acima.

(*) Gohouzen é o altar da linhagem Budismo Primordial, da qual leu faço parte, e fui iniciado como “Gakutô” que em japonês se chama “Auxiliar Sacerdotal”. Recebi até um nome “Hakuan” e quer dizer “Tranqüilidade”, talvez por isso eu tente ser tranqüilo, mas reconheço que nem sempre é fácil, se eu já falei isso aqui, desculpem, estou ficando velho...

(**) Gohonzon é um quadro, ou uma mandala com caracteres escritos em japonês e lembra um pequeno oratório, para fazermos as nossas práticas diárias.

(***) Om é um mantra, palavra sagrada que vem da Índia, da língua sânscrita, que simboliza tudo o que é elevado.

- Na segunda estrofe, (*) Darma é a Doutrina budista, os ensinamentos.

- Na última estrofe, (*) Bodhisatva, termo em sânscrito, equivale a “anjo”, ser espiritual muito evoluído, com muitas luzes.

- Estrofes finais, só nesta poesia, outras ainda virão, não é a derradeira.

- Acreditamos que os grandes mestres da humanidade estão “presentes” tanto no Gohouzen quanto no Gohonzon  e ao adotarmos o hábito de cumprimenta-los isso vai criando vínculos com aqueles “professores invisíveis” com quem temos afinidades, pelos mais diversos motivos.

No mais, que este momento atípico que o Planeta Terra está vivendo, seja logo resolvido e possamos retomar nossas atividades diárias.

Buda nos ensinou: “Todos estamos interligados, todas as espécies da Natureza”, fazemos parte do Ecossistema.

Gratidão a todos (as).


01/04/2020

A morte das manhãs



Ana Nunes
Porque hoje é sábado.
Ou domingo. Ou terça ou quinta .
Os dias se misturam. A semana perdeu sua sequência na sequência macabra das mortes nas notícias. Os dias se misturam porque na luz desavergonhada da manhã os barulhos que me acordam não são mais os mesmos.  E eu nem sabia que eram eles que me me norteavam. Quase não ouço carros e ônibus. Até os aviões largaram de lado seus barulhos nas rotas conhecidas. Ninguém passeia seus cachorros e as crianças em casa parecem mais silenciosas. Ou adivinham em suas cabecinhas frágeis o clima de mistério e dor.
Só a natureza continua a mesma. Não deveria ela dar o seu tributo fúnebre fazendo o sol vermelho e escondendo as estrelas em raios e trovões? Ou ventar os sinos em badaladas tristes e calar as maritacas em seus voos de algazarra? Calar as ondas em camas de areia e de verde mar? E fulgurar as montanhas diante da nossa pequenez trágica e dolorida?

Mas todo o resto é diferente. E eu me perco nos caminhos sabidos de cor da minha casa porque envelheci nas imagens dos noticiários. Me pego andando sem rumo pelos quartos antigos conhecidos. Porque as notícias se tornaram o presente e o futuro e não consigo me afastar da tevê.
Me obrigo e me abrigo nas aquarelas aproveitando sobras. As cores desbotadas não têm a mesma graça nem beleza. O papel branco ficou velho e amarelado e não me convida mais. Mas fico ali na tentativa de uma imagem mais leve e alegre.
Paro um pouco e volto porque as notícias me esperam. E me desesperam. Entre caminhões fechados com os pobres mortos e a imagem de morrer sozinho na cama fria de um lugar estranho vejo criaturas dessa mesma natureza dando ordens suicidas. E são tão enfáticas que arrebanham  os homens como o Flautista de Hamelin. Não somos mais homens, somos ratos sob o comando mortal.
Não temos nem caixões nem cemitérios. Onde colocar os novecentos mortos de cada dia? Em mortalhas não escolhidas certamente. E já somos orientais, europeus, indígenas e homens das cavernas. Neste momento somos realmente iguais, a morte nos irmana. Porque a matéria humana se desmancha em podres, do bom e do mau.
Não existe caixão de luxo nem velório especial, nem despedidas de queridos nem lágrimas compartilhadas. Só dor e solidão.
E ainda recebo dez  dicas de monjas me ensinando a ser feliz ou dez lições estéticas para não engordar. Exercícios para se fazer em home office e mesmo em quarentena ficar em forma. Tudo ficou inútil nos meus olhos e no meu entender. Pelo menos os cachorros abandonados sumiram do meu iPad.

Linda foi a imagem solitária do grande homem Francisco na praça imensa e vazia e cinza parado diante de um Cristo de outras pestes. Solitário na sua fé e na sua dor de muitos povos. Na sua oração sincera solidária com a dor do mundo. Sem política, sem campanha, sem Bolsa nem pregão. Ele e seu Deus crucificado numa silenciosa prece de esperança.

Entre arrepios guardo essa imagem iluminada para os dias que virão.
Para acordar em sonho triste nas manhãs mortas.