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15/04/2021

Um adeus antes do tempo

 

Rembrand Van Rijn - Cavalheiro escrevendo junto a uma janela

Wilson Baptista Junior

Hoje o nosso “Conversas” está de luto. Com a morte de um generoso comentarista aqui no blog e um amigo e grande defensor do Brasil em muitas lutas na arena política.

Morreu Flávio José Bortolotto. Quem nos lê aqui vai se lembrar dos seus comentários, sempre delicados, precisos e generosos nos posts que publicamos. Eu e muitos outros vamos nos lembrar dele também pelos longos anos de luta no blog do meu amigo Carlos Newton, a Tribuna da Internet, sucessora digital do jornal A Tribuna da Imprensa, do grande Hélio Fernandes, que também nos deixou faz poucos dias, depois de uma brilhante carreira jornalística e quarenta anos de luta para tentar recuperar seu jornal, explodido num atentado a bomba pelo regime militar.

Bortolotto escrevia na TI geralmente sobre temas econômicos, de que era profundo conhecedor, defendendo sempre a visão de um Brasil que defendesse o crescimento da indústria brasileira de capital nacional. Um brasileiro que conhecia o significado real da palavra “patriota”, infelizmente tão deformado nos dias de hoje. Um articulista e pensador da direita que tinha a cabeça e o coração aberto para debater e analisar, com clareza, competência e respeito, as ideias de quem concordasse ou não com sua visão. Um homem muito inteligente, culto, ponderado, empresário, conhecedor da engenharia e da economia não apenas pelo estudo mas pela vivência no campo de trabalho. E acima de tudo um cavalheiro, na acepção da palavra, e um grande amigo.

O Brasil e nós todos estamos menores pela sua ida prematura lá para o andar de cima. Fará muita, muita falta. E me entristece profundamente que tenha sido levado pela Covid-19, porque se as vacinas tivessem chegado a tempo, como deveriam, provavelmente ainda estaria entre nós.

Adeus, amigo Bortolotto, e muito obrigado.


5 comentários:

  1. Meu querido Gentil Cavalheiro,
    Quanta falta você ja faz!
    E nem posso dizer até mais...

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  2. Heraldo Palmeira15/04/2021, 20:49

    Na falta do que dizer, que as palavras fiquem quietas, em silêncio por quem sempre nos cobriu de palavras gentis naquele estilo fidalgo.

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  3. Francisco Bendl16/04/2021, 00:58

    Perdemos Bortolotto, amigo, cavalheiro, leal, elegante, educado, culto, uma pessoa que lutava bravamente por um país melhor e menos injusto.

    Eu o chamava de mestre Bortolotto.
    Não apenas pelos seus conhecimentos sobre Economia, mas pela sua forma de ser:
    caráter, honra, dignidade, decência, honestidade, um homem que serviu de exemplo para todos nós.

    Fiquei muito trista com o seu desaparecimento.
    Senti muito a sua partida que, certamente, foi exigida pelo Criador.
    O céu precisava de um gênio das finanças, pois está constatando que poucos têm muito e muitos não têm nada.

    O mestre Bortolotto apresentará seus planos, e as forças divinas terão de dar um jeito para executá-las.

    O mestre deixa um legado poderoso como ser humano:
    Solidário, compreensivo, preocupado com a situação de cada pessoa que conhecesse, talentoso na arte de escrever, visão ampla da vida, experiente, um legítimo bravo, valente, determinado.

    Todos nós teremos muita saudade dele, do mestre Bortolotto.
    Deixa-nos de maneira indelével o seu comportamento, a sua conduta, os valores que um homem deve tê-los consigo, e foi o que fez durante a sua existência:
    cultuou seus princípios e seus valores, que não eram apenas pessoais, mas igualmente da espécie humana, caso esta assumisse as responsabilidades que o mestre Bortolotto as abraçou e cumpriu com o seu dever!

    O meus sentimentos profundos à sua família, que terá forças para suportar esta partida, pois basta resgatar o modelo de cidadão do marido, pai, avô, sogro ... que naturalmente irão entender a razão pela qual ele se foi.

    O meu abraço sincero, fraterno, amistoso deste teu amigo que tanto te admira e é teu discípulo, MESTRE BORTOLOTTO.

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  4. Léa Mello Silva16/04/2021, 09:32

    Lamento a perda deste colunista que nos deixou um legado de elegância
    Muito triste

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  5. 1)Foi com o Mestre Bortolotto que aprendi a ler artigos de Economia.

    2) Eu o chamaria de um Lord: educado, polido, democrata. Aceitava os pontos de vistas em contrário, tanto na política quanto na religião.

    3)Eu budista, ele protestante. Conversávamos bastante.

    4) Gratidão Mestre. Valeu !

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