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26/09/2020

Viagem ao redor do meu quarto

 

O autor e seu criado Joanetti - ilustração de Tony Johannot

Wilson Baptista Junior

Faz dias que estava pensando em escrever este post sobre um livro que nas minhas lembranças tem algo a ver com a reclusão em que tantos de nós têm vivido nos últimos meses, e hoje, quando me sentei ao computador, antes de começar a escrever corri a vista, como de hábito, pelos jornais do dia e – Plim! Saltou-me aos olhos a chamada de uma bela resenha da Tati Bernardi, na Folha, sobre uma nova tradução brasileira do mesmo livro...

Pensei: “Lá se vai o post...”. Mas depois, confesso que ajudado por um empurrãozinho da Ana, resolvi não me preocupar com a coincidência e contar assim mesmo o que ele me trouxe à mente.

Não conheço nem essa nova nem a antiga tradução brasileira do livro; algum leitor que as tenha lido perdoe-me por favor as diferenças entre aquilo de que se lembra do que transcrevo aqui. Traduttore, traditore...

Primeiro, alguma coisa sobre o autor, para que possamos entender o seu livro:

Xavier de Maistre era um cavalheiro e militar sardo, nascido em Chambéry, na Savóia. Em 1792 a França, já transformada em república pela revolução, tomou a Savóia do reino da Sardenha, e a região se tornou muito pouco hospitaleira para qualquer das antigas famílias da nobreza. Xavier viajou para a Rússia, onde continuou na carreira das armas, tomou parte na guerra que aliou quase todos os reinos europeus contra a França e subiu até a patente de general. Amante das artes, e além de escritor amante da pintura, chegou a ser nomeado diretor da biblioteca do Museu Real de São Petersburgo. Mas sua carreira militar teve também seus percalços – um deles relativamente comum para um cavalheiro da época: em 1790, quando ainda servia no exército do Piemonte, foi condenado por ter participado de um duelo, considerado ilegal, e sentenciado a ficar em prisão domiciliar na fortaleza de Turim, onde estava aquartelado, sem poder sair do seu quarto. A história não registrou o que aconteceu com o outro duelista, pode-se supor que tenha sobrevivido porque a pena não foi tão longa.

Nos quarenta e dois dias em que ficou confinado, escreveu um livro que chamou de “Voyage autor de ma chambre” - Viagem ao redor de meu quarto - e que foi publicado em 1794, quando já vivia na Rússia, financiado por seu irmão Joseph de Maistre (na época Xavier passava por grandes dificuldades financeiras).

Como era costume entre oficiais, o cumprimento da pena baseava-se na palavra de honra do condenado de que não sairia do seu quarto, e ele honradamente a manteve. Nenhum costume impedia, entretanto, que pudesse receber visitas, e que, como convinha a um cavalheiro, continuasse sendo servido por seu fiel “valet de chambre” Joannetti, nas suas palavras “un parfait honnête homme” e cuja dedicação transparece em algumas das páginas Também sua cadela, Rosine, que vivia no quartel, podia entrar e sair livremente do seu quarto.

Nosso soldado escreveu (surpresa!) quarenta e dois capítulos, onde mistura descrições, lembranças, realidade e ficção com algumas introspecções muito mais profundas do que a mera aparência do assunto poderia sugerir. Só uma vez, durante essa viagem, a sombra de uma queixa sobre o motivo do seu confinamento aparece quando ele fala do duelo que o causou e da situação difícil em que fica um cavalheiro vítima de uma ofensa real ou imaginária:

“Existe alguma coisa mais natural do que se arriscar a cortar a garganta com qualquer um que vos pise inadvertidamente o pé, ou que deixa escapar qualquer palavra ferina num momento de irritação do qual vossa imprudência tenha sido o motivo, ou então que tenha a infelicidade de agradar a vossa amante? Vai-se a um prado, e lá, como Nicole fazia com o Burguês Fidalgo, tenta-se atacar em quarta enquanto ele faz a parada em terça: e, para que a vingança seja certa e completa, lhe apresentamos o peito descoberto, e corre-se o risco de se fazer matar por seu inimigo para vingar-se dele.”

(Aqui, um parágrafo meu, “atacar em quarta enquanto ele faz a parada em terça” é jargão de esgrimista para dizer resumidamente que se atira a lâmina na direção do lado esquerdo do peito do oponente enquanto ele tenta aparar o golpe do lado direito, e não o conseguindo é ferido. Nicole é personagem do “Burguês Fidalgo”, de Molière)

“Vê-se que nada é mais consequente, e no entanto encontramos pessoas que desaprovam esse louvável costume! Mas o que é tão consequente quanto o resto é que as mesmas pessoas que o desaprovam e que querem que o consideremos uma falta grave tratarão ainda pior qualquer um que recuse cometê-la”.

De fato, pelos costumes da época, um ofendido que se recusasse a combater no campo de honra, por mais superficial que fosse a ofensa, seria considerado por seus pares covarde e indigno do nome de cavalheiro, mas se combatesse nem por isso deixaria de ser condenado por esses mesmos pares nos tribunais...

Xavier começa o seu livro no estilo dos relatos dos viajantes da época: “As observações interessantes que fiz, e o contínuo prazer que experimentei ao longo do caminho, me fazem desejar torná-lo público; a certeza de ser útil me decidiu a isto.” E nos diz que qualquer um de nós pode fazer viagem igual: “Na imensa família dos homens que cobrem como formigas a superfície da terra, não há um só – não, nem um só (entende-se, dos que moram em quartos) – que possa, depois de ter lido este livro, recusar sua aprovação à nova maneira de viajar que introduzo no mundo”.

Limitado aqui a um mundo, como nos conta, “de trinta e seis passos de perímetro, voltado do nascente ao poente, bem perto do muro da fortaleza”, e aos objetos nele contidos (alguns verdadeiros e outros imaginários), o autor nos leva a uma viagem por dentro de sua mente, atingindo às vezes profundezas insuspeitadas. Para começar, divide o viajante (ele próprio) em duas naturezas distintas, a alma, morada da inteligência e da memória, e “o outro”, ou “o animal”, que é o seu corpo, mas seu corpo infundido de uma vida própria, que perambula pelo mundo e toca nos seus objetos, às vezes junto da alma e às vezes livre do seu comando. E pela interação dessas duas naturezas vamos percebendo a sua pessoa.

Sua viagem não tem regra, nem método, nem caminhos determinados; como ele diz, “nada me atrai mais do que seguir as ideias pelos seus rastros, como o caçador persegue a caça, sem fingir que tem algum caminho. Assim, enquanto viajo por meu quarto, raramente percorro uma linha reta: vou de minha mesa para um quadro pendurado em um canto; daí parto obliquamente para ir à porta; mas conquanto ao partir minha intenção seja de chegar lá, se encontro no caminho minha poltrona, não me importo, nele me acomodo na mesma hora”.

E é pela alternância entre os lugares onde vai parar, seja levado pela alma, seja pelo animal, e pelas sensações que cada lugar ou objeto lhe traz que ele vai falando com o leitor.

Da poltrona: “Um bom fogo, livros, penas, quantos recursos contra o tédio! E ainda que prazer em esquecer seus livros e suas penas para atiçar o fogo, se entregando a alguma doce meditação, ou construindo algumas rimas para alegrar os amigos!”.

Mas, seguindo da poltrona, encontra o leito, e fala do prazer de ver os raios do sol avançando pelas paredes, do ouvir as vozes das andorinhas que moram no telhado, do quanto lhe apraz prolongar ao máximo estes momentos neste “móvel delicioso em que esquecemos, durante metade da vida, as tristezas da outra metade”...

No capítulo seguinte (dedicado, segundo ele, aos metafísicos) ele nos explica sua concepção da pessoa humana, “separando a potência animal dos raios puros da inteligência”.

Xavier não considera o homem como composto de alma e corpo; para ele o nosso “animal” é “um ser sensível, perfeitamente distinto da alma, indivíduo verdadeiro que tem sua existência separada, seus gostos, suas inclinações, sua vontade e que só está acima dos outros animais porque é melhor criado e provido de órgãos mais perfeitos (...) A grande arte de um homem de gênio é saber criar bem seu animal, de modo que este possa andar por si só, enquanto a alma, livre deste seu doloroso acompanhante possa se elevar até o céu”.

O autor gostava de pintar, e pelo exemplo abaixo, da coleção de uma sua contemporânea russa, era mais do que um mero principiante:

Paisagem por Xavier, Conde de Maistre (coleção de Elizabeth Tschitschagow)

É ele quem nos diz: “Feliz ainda o pintor que o amor da paisagem arrasta em passeios solitários, que sabe exprimir sobre a tela o sentimento de tristeza que lhe inspira um bosque sombrio ou um campo deserto!”.

Não é de surpreender, então, que algumas das reflexões mais interessantes de sua viagem sejam provocadas pelo exame dos quadros pendurados (verdadeira ou imaginariamente) nas paredes do seu quarto. Mas nos alerta: “É tão impossível descrever claramente um quadro quanto pintar um retrato que se pareça com o modelo tendo apenas uma descrição”.

O primeiro com que se defronta, inspirado na obra de Goethe, mostra Charlotte, o amor impossível do jovem Werther, desempoeirando com a alma cheia de maus pressentimentos as pistolas que ele tinha pedido emprestadas ao seu marido Albert sob o pretexto de fazer uma viagem, e que ele usaria depois para tirar a própria vida. E pensa: “Quantas vezes não fiquei tentado a quebrar o vidro que cobre essa estampa, para arrancar este Albert de sua mesa, de o despedaçar, o desmanchar sob os pés? Mas sobrarão sempre demasiados Alberts neste mundo. Qual homem sensível não tem o seu, com o qual é obrigado a viver e contra o qual as efusões da alma, as doces emoções do coração ou os arroubos da imaginação vão se quebrar como as ondas sobre os rochedos?” – e aí, contrapondo a isso o bem que faz ter um amigo, faz uma belíssima elegia a um seu companheiro das fileiras que morrera em combate, e termina dizendo “a morte de um homem sensível que expira em meio a seus amigos desolados, e a de uma borboleta que o ar frio da manhã faz perecer no cálice de uma flor, são duas épocas parecidas no curso da natureza. O homem não é mais do que um fantasma, uma sombra, um vapor que se dissipa no ar... (...) Não, meu amigo não entrou no nada; qualquer que seja a barreira que nos separa, eu o verei de novo”.

Usa o ver outro, retrato de uma sua amiga, para nos mostrar a dicotomia da alma e do animal; quando chega à sua frente e vê que o quadro está empoeirado sua mão começa maquinalmente a remover a poeira que o cobria, enquanto a alma vagueia por outros lugares, mas à medida em que a figura da dama vai sendo revelada a alma se encanta novamente pela beleza da retratada e se envolve com o coração para dividirem a alegria das lembranças que os assaltam. Por um momento o amor antigo domina nosso viajante, mas num piscar de olhos a razão o retoma e, nas suas palavras, ele “envelhece um ano inteiro” e volta à realidade.

Mais adiante ele disserta sobre a arte da pintura, comparando-a à da música e estabelecendo a superioridade da primeira. A dissertação é muito longa para ser resumida aqui, mas em essência (e ressalvando ele honestamente que não é músico, “como atesta o céu e todos os que já me ouviram tocar o violino”, termina por dizer que “vê se frequentemente crianças tocarem o cravo como grandes mestres, mas nunca vi eu um bom pintor com doze anos. A pintura, além do gosto e do sentimento, exige uma cabeça pensante, da qual os músicos podem prescindir. Vemos todos os dias homens sem cabeça nem coração tirar de um violino, ou de uma harpa, sons encantadores. Podemos criar o animal humano para tocar o cravo, e, quando isso é feito por um bom professor, a alma pode viajar à vontade enquanto os dedos vão maquinalmente tirar sons com os quais ela não interfere. Não se saberia, ao contrário, pintar a coisa mais simples do mundo sem que alma deva empregar nisso todas as suas faculdades”.

(Aqui eu, que não sou músico nem pintor mas sempre apreciei as duas artes, prefiro ficar calado para não contradizer o nosso viajante).

Depois de falar, com igual emoção, de outros quadros, inclusive de dois que ele coloca acima de todos – um auto retrato do grande Rafael Sanzio e outro que ele pintou de sua última amante, La Fornarina – e desse último ele conta: “Minha alma, enquanto a admira, sente um movimento de indignação contra essa italiana que preferiu seu amor ao seu amante, e que extinguiu no seu seio esta chama celeste, este gênio divino” – ele termina a visão das pinturas assim:

“As estampas e os quadros de que acabo de falar empalidecem e desaparecem logo ao primeiro olhar que se lança sobre o quadro seguinte: as obras imortais de Rafael, de Corregio de de toda a escola da Itália não suportariam o paralelo. Assim o guardo sempre para o último pedaço, para o bocado reservado, quando dou a alguns curiosos o prazer de viajar comigo; e posso assegurar que, depois que faço ver este quadro sublime aos conhecedores e aos ignorantes, aus homens do mundo, aos artesãos, às mulheres e às crianças, até mesmo aos animais, sempre vi qualquer dos espectadores mostrar, cada um à sua maneira, mostras de prazer e de espanto: tanto está a natureza tão admiravelmente reproduzida!  (...) O quadro de que falo é um espelho, e ninguém até hoje o criticou; é, para todos os que o veem, um quadro perfeito ao qual nada se pode corrigir.  (...) Único entre os conselheiros dos grandes, ele lhes diz constantemente a verdade”.

Já vai muito longe nossa conversa, e muito haveria ainda para dizer. Muitas vezes mais, por diferentes caminhos, o viajante mergulha dentro de si próprio. Até o dia em que é libertado, e ao sair de novo debaixo do céu, termina dizendo, mais do que nunca cônscio de sua dualidade: “Oh meu animal, meu pobre animal, entra em guarda!”

Mas o meu conselho é que, se gostaram dessas amostras, leiam o livro. Tem muito, muito mais do que gostar.

Este foi o primeiro romance (se assim o podemos chamar) publicado de Xavier de Maistre. O último, publicado quase trinta anos depois, retoma a ideia e se chama “Expedição noturna ao redor do meu quarto”. Quem sabe um dia ainda conversaremos sobre ele?

 

8 comentários:

  1. Flávio José Bortolotto27/09/2020, 22:42

    Prezado Autor Sr. WILSON BAPTISTA JUNIOR,

    Muito interessante sua hábil análise do Criador de uma nova maneira de viajar, o Escritor e Militar da Savóia hoje França, XAVIER DE MAISTRE, também bom Pintor Clássico, ao escrever 42 Capítulos nos 42 dias que passou punido por ter participado de um duelo irregular, de reclusão tendo seu quarto por Menagem.

    Tendo por motivos coisas e móveis de seu quarto, vai ele nos cantando sua "viagem" como tão bem o senhor nos mostra.

    Lá pelas tantas, frente a um Quadro da parede, vai falando sobre as Artes e nos diz que a Pintura requer sempre o Corpo e a Alma, ao passo que "tocar Música" muitas vezes pode ser feito no "piloto automático" só com o Corpo, ficando a Alma em outro nível.

    Mas para os Hebreus, Povo que tem muita experiência na Escrita, a Arte que mais exige concentração e esforço do Corpo e da Alma é a LITERATURA.
    E o senhor Sr. WILSON BAPTISTA JUNIOR, escreve muito bem, maneja portanto com mérito, a mais difícil das Artes.

    Muito Obrigado e um Abração.



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    1. Wilson Baptista Junior06/10/2020, 22:07

      Caro Flávio, obrigado pelo elogio, motivado, tenho certeza, mais por sua bem conhecida gentileza do que por algum mérito meu. O livro é muito interessante, dá vontade de falar dele página por página, mas obviamente isso de recontá-lo não seria justo com o autor. Mas a idéia que o move, da viagem do autor por dentro da sua mente e suas lembranças enquanto confinado contra sua vontade aos limites do seu quarto, pode, quem sabe, ser replicada por algum leitor que queira tentá-la enquanto estamos também num confinamento por razões mais melancólicas do que os arroubos mal dirigidos do cavalheiro que o escreveu.
      Um abraço do Mano

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  2. Francisco Bendl29/09/2020, 10:34

    Parabéns pelo texto, Mano.

    Sofisticado, altamente intelectual, culto, refinado, digno de uma pessoa que se esmera pela qualidade do blog, além de demonstrar seus conhecimentos de maneiras variadas e de extremo bom gosto.

    Gostei demais do título.
    Bem apanhado para tempos de isolamento ou distanciamento social.

    Saliento que, para os inteligentes, um dos quesitos é saber usar o tempo da melhor maneira possível, e a leitura estaria em uma das principais formas de gastá-lo com sabedoria, ainda mais quando criam conosco identidades significativas entre a ficção e a realidade.

    Ótima postagem, Wilson.
    Um forte abraço.
    Saúde e paz, extensivo aos teus amados.
    Te cuida, meu!


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    1. Wilson Baptista Junior06/10/2020, 22:08

      Amigo Chicão, o título é obra do De Maistre, só me coube aproveitá-lo, o que fiz sem o menor escrúpulo :)
      Espero que tenhas gostado também do pouco que consegui transmitir da viagem do moço soldado, que com certeza amadureceu um pouco durante seu confinamento forçado por ter sido obrigado a se encontrar um pouco com si mesmo.
      No momento em que escrevo você já deve ter feito a intervenção que vai dar uma nova vida a esse teu coraçãozão. Torço para que os mecânicos tenham trabalhado direitinho.
      Um abraço do Mano

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  3. Léa Mello Silva01/10/2020, 15:36

    Sua bagagem literária e sua capacidade de nos conduzir pela história é fantástica
    Desperta o nosso interesse pelos livros
    Muito interessante descobrir o que podemos fazer num confinamento em um quarto
    Ótimo texto !
    Um abraço

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    1. Wilson Baptista Junior06/10/2020, 22:13

      Prima Léa, a "bagagem" literária não é mais do que a consequência de ter podido ser sempre, como diz o Moacir, um "leitor caudaloso". Que bom que você gostou da viagem!
      Um abraço do Mano

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  4. 1) Bom texto e boas ilustrações...

    2) Boas viagens literárias amigo, não apenas em torno do quarto, mas em torno dos demais cômodos da casa.

    3) Vc escreve bem, deve continuar escrevendo. Parabéns Mano !

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    1. Wilson Baptista Junior06/10/2020, 22:09

      Mestre Antonio, que continuemos viajando dentro e fora dos livros, e que esse ombro melhore logo para podermos ler de novo as suas histórias.
      Um abraço do Mano

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