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09/12/2018

O Sul da Ilha

fotografia Moacir Pimentel

 Moacir Pimentel
E então lá fomos nós deixando para trás os Budas de Colombo rumo ao Sul Maravilha da Ilha Abençoada. Simplesmente não se pode falar de Sri Lanka sem falar de religião – o budismo, o hinduísmo, o Islão e o cristianismo. Exceto no caso dos cristãos, que podem ser encontrados em vários grupos étnicos, essas tradições religiosas mapeiam o país e, apesar dos budistas e hindus de Sri Lanka compartilharem uma série de crenças fundamentais e práticas rituais, de certa forma, manipuladas pela política, elas causaram uma guerra fratricida que durou longos vinte e seis anos.
Os códigos morais de ambas as religiões recomendam, por exemplo, as moderação e contenção, os hindus enfatizando a disciplina e os budistas defendendo “o caminho do meio”. Em ambos, o conceito de karma e renascimento são centrais, idéias que postulam que as nossas ações nessa vida determinam o tipo de vida na qual cada um renascerá pelo mérito que se ganha.
Embora tanto o budismo como o hinduísmo também proponham que se pode escapar do ciclo de renascimento, meta altamente elaborada dentro do budismo, a aquisição de mérito espiritual para obter um melhor renascimento quer para si próprio quer para os entes queridos é defendida na ilha de Lanka por gregos e troianos. Face a uma paisagem tão espiritualizada é difícil compreender a guerra civil no país.
Em 2009 quando estivemos em Sri Lanka pela última vez, os ânimos e a guerrilha já haviam serenado e o armistício já havia sido assinado mas o fim dos conflitos era algo ainda muito recente e as muitas feridas ainda não tinham cicatrizado.
Portanto não quisemos saber de longas conversas com a capital Colombo – um dos alvos prioritários dos ataques terrotistas - e, em vez, o nosso destino foi Galle, a cem quilômetros de distância dela e, em seguida, a praia de Mirissa no tranquilo e paradisíaco sul da ilha.
Confesso que gosto muuuuito de Sri Lanka. Não gostar de Sri Lanka é difícil desde a primeira visão do aeroporto com ares coloniais da capital. Há algo de relaxado e antiquado sobre o aeroporto de Colombo que é cativante. Não sei se é o gigantesco pavão esculpido com sucata que o enfeita ou porque os funcionários que checam os passaportes realmente sorriem para os visitantes ou se rola simpatia porque o único terminal nos faz recordar uma época em que as viagens aéreas ainda eram românticas.
Porém...
fotografias Moacir Pimentel

Em um estado de espírito caridoso, eu chamaria a região que liga Colombo à rodovia para Galle de “exótica”, e a usaria como exemplo de como o homem pode enfeiar mesmo a mais bela e exuberante das naturezas.
Com o seu tráfico enrolado, os seus tuk-tuks costurando ônibus e carros e motos e bicicletas, edifícios degradados, fios por todos os lados, pilhas de auto peças enferrujadas e o nosso motorista buzinando de cinco em cinco minutos – somente os rapazolas sem noção se arriscam a guiar em Sri Lanka (rsrs) - aqueles quilômetros do centro da cidade até a via expressa sul foram realmente desanimadores.
É preciso esclarecer que nenhum ser humano minimamente informado consegue realmente relaxar dentro de um veículo que não tem cintos de segurança e cujo motorista – que dirige no banco do passageiro (rsrs)! - ultrapassava compulsivamente todos ônibus dos anos cinquenta de um lado enquanto os tuk-tuks o fechavam do outro. O jeito é manter os olhos abertos e assistir ao caos organizado em movimento sem que aparentemente ninguém mais considere a séria possibilidade de uma colisão frontal a qualquer momento.
E, como se não bastasse o caos do trânsito tivemos pela frente muitos “postos de controle”.
- “TODOS para fora”, nos ordenou o militar olhando para a minha senhora no banco de trás do carro.
Êpa!
Eis aí uma enorme diferença entre se viajar solteiro e casado. Na última hipótese você se mantém ligado em como os homens estão olhando para ela. (rsrs)
Não me entenda mal. Sri Lanka é um país tranquilo e com a mulher alheia e acompanhada ninguém mexe. Tabu! Além disso jamais ouvi falar de qualquer tipo de assédio contra as turistas estrangeiras nos meus velhos tempos de andarilho.
Tudo bem que desde que o mundo é mundo homens e mulheres se olham e se querem. E que “se colar colou”. Lembro que na Índia dos anos oitenta os caras estendiam a mão para as turistas ocidentais ao conhecê-las, ansiosos por um clássico e caloroso aperto de mãos ocidental.
E que os rapazes da nossa tchurma, mais tarimbados, orientavam as viajantes recém desembarcadas e ainda sem noção no sentido de que, se as senhoras indianas não podiam ser tocadas por estranhos, a regra deveria valer para as senhoras de além fronteira, mesmo no caso de um inocente aperto de mão. E elas passavam a ignorar as mãos estendidas e a fazer o famoso gesto de saudação com ambas as mãos unidas à frente do corpo:
- “Namastê”!
E não havia problema que um “namastê” não resolvesse. Mas houve algo no olhar daquele militar que me incomodou: não era atrevimento, mas indiferença. Em seguida ele solicitou-nos os passaportes. O motorista abriu a mala apressadamente para lhe mostrar nossas sacolas que, no entanto, não foram revistadas. E pronto fomos liberados. Mas no ônibus à nossa frente vimos os turistas europeus descarregando suas malas e se colocando em fila indiana.
Tais são os inconvenientes de se visitar um país vivendo um pós-guerra; mas viajáramos sabendo que o passado ainda seria presente, que duras memórias ainda estariam intactas nessa ilha em forma de lágrima da qual eu já gostara tanto e que, por mais pacífica ou pitoresca que ela pudesse parecer na superfície, ao fim e ao cabo, estaríamos visitando inevitavelmente um lugar complexo que ainda carregava os traumas de um conflito brutal de décadas de duração entre o governo majoritário cingalês e um bando de rebeldes separatistas mal orientados por terroristas loucos de pedra chamados de Tigres.
E assim foi. As marcas da guerra não tinham desaparecido no passe de mágica da reabertura da ilha tropical, da vida selvagem, das praias imbatíveis e de novos hotéis para o turismo. Sim, com certeza muito dinheiro fora investido na ilha, estradas tinham sido construídas, edifícios coloniais restaurados e tal mas o país ainda abrigava campos de prisioneiros e um governo acusado de minar os princípios democráticos.
A sombra da guerra era evidente, à medida que nossa van avançava, principalmente na conversa do motorista tamil que volta e meia se desviava de volta ao mesmo assunto.
Porém...
Exatamente porque o exército ainda estava mobilizado para assegurar a manutenção da tão recente paz e porque foram muito frequentes os postos militares ao longo da estrada, fomos forçados a diminuir o ritmo do carro e das críticas e começamos a realmente olhar para os lados enquanto a natureza ia se impondo à cada vez mais distante metrópole.
fotografia Moacir Pimentel

Sri Lanka é verde demais! Sua beleza natural fez com que ficasse conhecida como a Pérola do Oceano Índico devido às florestas de acácias, palmeiras e de madeiras nobres como ébano, pau-ferro, mogno e teca. Uma a uma fomos deixando cidades e vilas de nomes impronunciáveis para trás e começaram a surgir as praias brancas, pequenas ilhas, coqueirais que são primos legítimos dos nossos nordestinos e oportunidades de belas fotos não só da beleza circundante mas das peculiaridades da vida cotidiana.
Os muros e jardins surgiam decorados por elefantes, as frutas se amontoavam em vendas à beira da estrada que abraçava rochas salpicadas pelas ondas, as mulheres de sári desafiavam o trânsito com seus guarda-chuvas coloridos, homens vestidos com camisas brancas e sarongs multicores pedalavam bicicletas enferrujadas ou pilotavam motos fora de moda com grossas pencas de cocos amarelos ou de bananas vermelhas equilibradas nas costas, barraquinhas vendiam curries e rotis e pescadores ofereciam o produto do dia em lonas sob o sol ao lado de ramadas de maracujá.

Saímos da autoestrada para beber uma água de coco e beliscar... Os velhos comerciantes ainda eram muito amáveis nos dizendo para ter cuidado com os motoristas de tuk-tuks porque eles eram “uns ladrões” ou ainda nos ofereciam de brinde e com um sorriso sincero algumas das bananas que acabáramos de fotografar. Tudo bem que TODOS continuavam curiosos e perguntadores mas se a conversa permanece respeitosa nos divertimos e... beliscamos!!
Sri Lanka tem alguns pratos típicos tão picantes quanto os indianos mas, em geral, sua gastronomia é muito mais suave e saborosa. O almoço tradicional é o famoso “arroz com curry” uma montanha de arroz rodeada por até doze pratinhos com diferentes curries de legumes, carnes ou peixe ou frutos do mar, dhal, chutney de manga, coco sambal etc, cozidos com pimentas, especiarias e, muitas vezes, leite de coco. O arroz cozido em uma folha de bananeira tem um paladar único.
Se pode comer arroz e curry todos os dias no mesmo restaurante e o prato sempre saberá diferente devido a infinita variedade dos curries. O prato nacional autêntico é comido com a mão direita. Pense numa coisa difícil isso de comer com os dedos! Mas o sabor é diferente pois a ideia é colocar um pouco de cada contorno no arroz e em seguida misturar tudo muito bem em uma bola que os nativos com os polegares ágeis – o truque está no polegar! - levam sem acidentes até a boca (rsrs) Em geral, as porções são enormes e, a bem da verdade, uma boa colher e um garfo substituem o polegar com galhardia. (rsrs)
fotografias Moacir Pimentel

O onipresente arroz pode voltar à mesa com outros curries também à noite, mas é mais comum que o desjejum e a ceia sejam compostos por umas panquecas de nome tremonhas ou de outras de amendoim chamadas de thosai. Mas em qualquer refeição que se preze o que não falta é o rotti – o pão de cada dia – acompanhado por um ou dois curries e pelo sambol, um ensopado de verduras e pimentas que, segundo os nativos, “refresca”.
O curd, um iogurte feito com o leite das búfalas d’ água ou vacas é muitas vezes servido como uma sobremesa e uma rica variedade de frutas está disponível o ano todo.
Uma das minhas mais antigas memórias de viagem tem a ver com uma fruta da minha infância que na montagem acima encontra-se perto dos limões. O sapoti é uma deliciosa fruta nordestina de difícil consumo pois não amadurece bem se colhida ainda verde do pé. Comi muitos suculentos sapotis ainda quentes de sol roubados do pomar da senhora minha avó.
Sucede que em 1980 logo no primeiro dos meus dias em Sri Lanka me deparei com uma senhora agachada junto a um balaio vendendo sapotis numa calçada de Colombo. Foi então que caiu a ficha e eu aprendi que a maior parte das frutas que conhecemos e julgamos nativas e tupiniquins da gema não o são: nos foram trazidas pelos portugueses lá da Ásia!
Nas praias da ilha a dieta difere um pouco e come-se bem demais começando pelo suco da tal “maçã de madeira”- pense numa fruta estranha e saborosa! - que os vendedores ambulantes oferecem pelas esquinas e terminando com os peixes e mariscos grelhados, acompanhados por chutney de manga, curry de tamarindo e pol sambol e coco ralado com um toque de lima. Quando em Roma, faça como os romanos!
Há profundas influências lusitanas e holandesas na gastronomia local como por exemplo nos arrozes cozidos no forno e em vários bolos e pudins. Eu jamais esqueci alguns quitutes nativos como por exemplo o pittu um arroz com coco ralado, a massa de arroz cozida rapidamente numa panela especial acompanhada de mil e um molhos e contornos e um pudim moreninho, srilankês da gema, que leva leite de coco, açúcar mascavo, castanha de caju, ovos e temperos diversos, incluindo cravo e canela e noz-moscada.
Porém tais pratos não estão disponíveis no meio da rua e muito menos à beira das estradas. Nas barracas espalhadas de norte a sul o que se come são os fabulosos kottus, uns sanduíches feitos com o pão rotti recheado com legumes, ovos ou carnes e diversas especiarias.
Feitos numa chapa de ferro aquecida os recheios são picados e misturados por duas lâminas de metal. É fácil saber onde comer kottu pelo barulho ritmíco e metálico dessas duas facas. O choque do metal contra metal faz um som muito característico e a batida do kottu pode ser ouvida em qualquer boteco de beira de estrada do país. Era disso que eu me alimentava quando era jovem e desbravava a ilha. Fiquei viciado!
Aliás comer fora de casa – ou nas guests houses onde eu me hospedava no começo da década de oitenta - não era um hábito comum entre os nativos de Sri Lanka. Havia em quase todas as cidades maiores pelo menos um restaurante chinês e outro árabe e não muitos mais, excetuados, é claro, os hotéis de luxo. Porém no terceiro milênio o que não falta em Sri Lanka são bons restaurantes e infelizmente quase todas as cadeias fast food ocidentais invadiram a ilha e mesmo os vendedores ambulantes além deem rottis tornaram-se peritos em hot-dogs(rsrs)
fotografias Moacir Pimentel

De barrigas cheias e de bem com a vida clicamos uns moleques jogando críquete numa das vielas do vilarejo antes de pegar novamente a estrada.
Sempre me pareceu que os singaleses são um povo dotado, entre tantas outras qualidades, de grande capacidade histriônica. Essa impressão mais uma vez se confirmou quando numa das curvas da estrada apareceu o que nos pareceu ser uma cobra bem grande. O motorista de pronto freou a van e lá fomos nós dar uma espiada. Ela estava viva mas parecia que tinha sido atingida por um carro e estava ferida.
O motorista jurou de pés juntos que tratava-se da serpente “mais perigosa” do pedaço e apressou-se a pegar um galho e a empurrá-la dramaticamente para fora da estrada. As cobras são comuns em Sri Lanka e costumam ser fotografadas – em troca de alguns dólares - enroladas nos pescoços dos turistas.(rsrs)
Na ilha a galera bebe chá, geralmente com leite, dia, noite e madrugada. Mas as bebidas alcoólicas apesar de serem condenadas pelo islamismo, budismo e hinduísmo são parte importante da rotina dos homens que consomem fartamente a cerveja, o toddy e o arak, bebidas potentíssimas feitas a partir da fermentação e da destilação de uma mesma palma nativa.
Em Sri Lanka não faltam os clubes do Bolinha! Eu diria que a ilha é um país machista sim mas que, é claro, há outros bem piores. Fora das grandes cidades, nos pequenos restaurantes há apenas homens e os garçons, por exemplo, só dirigiam a palavra a mim. O cavalheirismo... hein, cavalhei o quê? ... é inexistente e o conceito de fazer uma fila e de obedecer à ordem de chegada está além da capacidade das mentes nativas. Esses são pequenos detalhes do cotidiano que quando jovem e solteiro me passaram batidos. Mas que considero reveladores sobre a cultura do país e - atenção! - eu estou apenas observando.
As vistas e os sons do mar de um lado e da realidade doméstica e comercial do outro fizeram a viagem até Galle divertida entre os carros de boi e os ônibus, os caminhões e os tuk- tuks, as pavorosas fábricas de cimento e a visão colorida de um povo caloroso e alegre cujos caminhos são bem menos asfaltados do que os nossos.
E de repente chegamos à cidade de Galle. Mas ela vai ser outra conversa...



7 comentários:

  1. 1) Belo texto Pimentel, viajei novamente pela Ilha...

    2) Sobre a Guerra Civil, a versão que eu conheço é a dos budistas que andavam por aqui:os Tamis hindus (Tigres da Libertação) queriam a independência territorial e política da pequena ilha porque a região deles é rica em petróleo e já na região budista cingalesa não tem o "óleo" preciosos chamado petróleo.

    3) Abraços de bom domingo e boa semana.

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  2. Flávio José Bortolotto09/12/2018, 16:44

    Prezado Autor Sr. MOACIR PIMENTEL,k

    Também como o Prof. ANTONIO ROCHA, viajei com o senhor e senhora, de Colombo-Kotte para Galle, +- 100 Km para o Sul e depois até a Praia de Mirissa não muito longe de Galle, pela rodovia Costeira,
    em uma Van, tudo na contra-mão conforme as boas normas de tráfego Inglês.
    Apesar de em 2009 a Guerra Civil já ter terminado, o Exército ainda estava muito presente especialmente nas estradas, o que sempre é um transtorno. Mas um país onde se para uma viagem para se examinar uma cobra na pista, vale mesmo o transtorno.

    Observo nas fotos que as estradas, ruas, praças, vias públicas enfim, estão sempre impecavelmente limpas.

    Com senso de observação agudíssimo, o Autor, Sr. MOACIR PIMENTEL, vai prazerosamente nos mostrando o país e seu Povo.

    Como o Sr. MOACIR PIMENTEL e Exma Família vai entrar em fėrias quero agradecer e retribuir Votos de Feliz Natal e Ano Novo.

    Abração.

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  3. Mônica Silva09/12/2018, 17:15

    As primeiras fotos mostram a pobreza no meio do paraíso mas a da mulher vestida de rosa com o guarda chuva é das mais lindas que já vi, Moacir. Adorei as descrições do trânsito e das comidas e eu também não tenho nojinho de provar coisas diferentes quando viajo kkk Talvez o fato do povo ser tão religioso explique o país parecer antiquado e os homens serem tão machistas. As religiões podem até parecer inofensivas mas todas dizem que a sua maneira de acreditar é a única verdade e todas botam a culpa na Eva e nas pobres filhas dela kkk Curta as suas férias na paz pra depois contar o que viu e a gente aqui no Blog continuar viajando de carona nos seus artigos. Obrigada!

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  4. Lea Mello Silva10/12/2018, 06:57

    Moacir

    Vc pode e deve ser prolixo !! Tenho viajado com vc e são ótimos estes relatos com fotos lindas !
    Desta vez me deliciei com a culinária
    Um pais exótico onde nunca iria mas pude passear com vc nas suas lembranças
    Um abraço agradecido

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  5. Márcio P. Rocha10/12/2018, 17:24

    Muito bom o post. Você literalmente matou a cobra e mostrou o pau, rs.

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  6. Francisco Bendl10/12/2018, 18:20

    Jamais me vi morando em uma ilha, mesmo após setenta anos de existência.

    Com exceção dos sonhos, onde algumas vezes eu era um sobrevivente e, ao meu lado, três belíssimas mulheres em uma ilha paradisíaca - a primeira procurava coco e frutos silvestres, a segunda pescava e, a terceira, me fazia cafuné -, o aspecto insular sempre se manteve afastado até das minhas andanças, caso eu tivesse feito um centésimo das viagens de Pimentel mundo afora.

    Portanto, ler os detalhes, pormenores, a história, os alimentos, a cozinha de Sri Lanka, considero uma obra que merece ser reverenciada, elogiada, e pelo fato de que o nosso globetrotter nos coloca à disposição para conhecimento um local que eu jamais iria visitar, sinceramente.

    Então, Pimentel disseca o local visitado:
    Pesquisa, vai a museus, restaurantes, observa o povo, tenta se comunicar, usa o transporte coletivo local, vai em busca da história do país, e fotografa a sua passagem de maneira ampla, o testemunho da sua viagem, o seu interesse, a sua curiosidade.

    Imagino o que não terá para contar para seus netos ali adiante, nossa!
    Ainda mais com essas fotos exuberantes e textos que complementam as imagens.

    Aulas de História e Geografia não se assemelhariam aos artigos de Pimentel, em termos de pormenores e detalhes!

    Se, antes, seus trabalhos sobre esculturas e pinturas foram notáveis, densos, incluindo biografias de seus autores, as cidades e nações visitadas mantém a narrativa rica e apreciável de se ler, uma das tantas qualidades de Pimentel em reproduzir fidedignamente suas impressões.

    Sigo aplaudindo a tua obra gigantesca e maravilhosa, Pimentel.

    Abraços.
    Saúde e paz.

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  7. Olá Moacir,
    Viva o Sri Lanka!
    Viva você que nos leva até lá com suas pretinhas mágicas!
    Até sempre mais.

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