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27/10/2019

Coisa existencial



Ana Nunes

Às vezes me pego sentindo e depois pensando em não escrever. Já disse quase tudo que penso. Outros já escreveram aqui o porquê, o para que de escrever e de ler e de parar. Ninguém sabe as respostas. Porque são muitas e são muitos. Cada um lê o que gosta e escreve o que sente. São retalhos emendados ponto a ponto.
Levantei hoje com essa coisa existencial. Uma espécie de angústia. Na verdade começou antes, junto a textos inacabados. Por isso ou aquilo. Como já disse um belo documentário brasileiro, é por preço ou é por quilo?
Não sei se escrevo sobre o mendigo, um desses meus papéis inacabados, já tão bem descrito pelo Heraldo, em passagens de belas crônicas.
O meu mendigo
Vejo numa manhã sombria
Ele sobe a rua devagar
Não tem pressa
Não tem casa nem família.
De pertences,
O cachorro magrelo que o segue
Sem saber porque
Apenas um dia se encontraram
No dividir o pão e a solidão.
E a sacola murcha
Com sei lá o que.
Não tem onde ir
Só o mundo no seu percurso.
Não tem cores além do cinza
Na camiseta velha e na calça achada
No tênis surrado de buracos andarilhos.
Com o tempo nem é mais cinza
Fica marrom o mendigo inteiro
Mais sujo e mais andado
Sua cor se mistura com o marrom da roupa
E só vejo seus olhos baços e baixos
Teimosos em continuar vendo.
Vê o mundo ao seu redor
Vê o lixo
Vê o passante aflito
E o ciclista atleta
Vê outro cachorro amarelo magrelo.
Vê o aroma do tempero
Nas casas do caminho
E não sei o que pensa.
Sente fome.
E penso de novo, não foi isso tudo já dito? Escrito e combinado? Continuo desanimada. Nem sei mais se sou eu ou se o nosso pequeno mundo. De aqui e de agora, de dor e desamor.
Pego outros papéis de rabiscos rabiscados. E entre eles um que fala de saudade. Já não a dissecaram todos aqui? Saudade de mãe de lua e de mar? De lugares de música e de amores? O que fazer?
A minha saudade
Começa no dia
Que amanheceu assim lindo
Sol claro tocando as folhas
E acordando os pássaros
Acordei com eles
Bem cedo ainda.
E soube o olfato apurado
Para sentir o traço da saudade
E olhos marrons bem claros
E bem abertos para beber a vida
E olhar a rua abandonada
No quase silêncio da madrugada.
Não sei porque
O café está melhor e mais apurado
O cheiro mágico se espalhando.
Lençóis ainda quentes e amarrotados
Travesseiros sentindo já a saudade da noite.
A música toca
E não me lembro do nome.
Que importa?
Meu filho está chegando.
Também já não o cantaram todas as mães de ninho vazio? Para que dizer de novo o que já foi dito? Até as notas musicais estão cansadas de se verem repetidas e repetidas.
Fico no meu ninho vazio. Cheio de lembranças boas e boas coisas de fazer. E letras de um não acabar mais. Misturadas e enroladas num novelo rechonchudo.
E perdida nos achados não quero sair de casa. Só em casos especiais. E deixo avisado que se ficar bem velhinha, acho até que ja falei isso mas sempre é bom lembrar, nada de me levar para passear porque o médico assim prescreveu. Ainda hoje, depois de uma semana intensa quase toda na toca me sinto vista estranha e diferente. Mas... Aleluia! Encontro um par! Um cara da CBN bem mais jovem, talvez nos seus cinquenta, crítico literário, escritor em prosa e verso, vira notícia porque, hoje, saiu de casa! Amigo, quase alma gêmea!
Se bem me lembro, nessas fracas luzes da ribalta, isso também já foi dito quando conversamos de velhice, de saudade, de modo de ser.
Escrever o que?
Se o mendigo passa por mim e nem me olha, se o filho lê e nota a falta de um a.
Se as velhinhas continuam a ser levadas a passeio num lugar sem senso na desculpa de tomar um sol já sem serventia.
Falar de flores?
Ou falar de chuva?
Ou de dores e amores?
A fase é existencial.
Mas ela passa e a existência fica.
Posso falar de frutas?


15 comentários:

  1. Lea Mello Silva27/10/2019, 06:59

    Pode falar qualquer coisa que já é válido
    Tem dias que a gente se sente assim ... mas passa ... e eu acredito que amanhã vai ser diferente ... a esperança renasce ...
    Vc nasceu poeta e vem nos brindar com estes poemas lindos
    Continue assim porque precisamos alimentar a alma e sentir a beleza que existe por aí
    Um abraço da prima amiga ❤️

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    1. Querida PrimaLéa
      Como te chamarei no verão?
      Seu comentário delicado como você é puro carinho e generosidade.
      Um beijo.

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  2. 1) Oi Ana, versos bonitos e reflexivos, ilustração idem.

    2) Aprendi com o Budismo que a Felicidade está nos mínimos detalhes, por exemplo, respirar livremente, e eu sei bem o que é isso, não poder respirar direito quando tinha as crises de asma, barra pesadíssima...

    3)Felicidade é poder, mensalmente, contribuir para uma instituição idônea de Caridade. Escrevo isso no meu caso, específico, não estou passando fórmula de felicidade.

    4) E como hoje é domingo, felicidade é uma boa macarronada na hora do almoço.

    5) Mas... e o mendigo? Envio mentalmente boas vibrações de saúde e coisas boas, quando posso colaboro financeiramente.

    6) Bom domingo a todos e todas.

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    1. Olá Antonio,
      Respirar livremente...também tive crises de asma até a adolescência.
      Realmente os pequenos detalhes é o que segura nossa felicidade.
      Macarronada e frango no "ajantarado do domingo" é, para mim, cheiro de infância e alegria!
      E você é um homem bom. Felizes os que convivem com você!
      Gratidão.
      Até mais.

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  3. Moacir Pimentel27/10/2019, 10:44

    Caríssima Donana,
    Sabia que seus posts me provocam brainstormings “em seguidinho”? (rsrs) É verdade, a senhora tem razão, tem dias que tudo e todos têm “som de repetido”. Mas e daí? Na ilustração da sua “coisa existencial” vejo um novelo de lã – quem sabe para costurar os “retalhos” - mas também vislumbro uma daquelas suas xícaras mágicas, prima em terceiro grau das coisas do Morandi, cujo post continuo esperando (rsrs) Só que as garrafas do pintor não se desenrolavam nesse fio mesa a abaixo, escorrendo feito choro para o texto. Em seguida eu pensei nas cavernas ancestrais, naqueles tempos remotos quando por não saber escrever os bichos homens lambuzavam as mãos de tinta e as imprimiam nas rochas querendo dizer a mesma coisa - “ eu estive aqui” - através dos anos, séculos e milênios. Aquelas palmas me encantam: cada uma delas é única, cada uma delas serviu de passagem para a irreprimível necessidade humana de expressão e todas são mensagens que enriquecem e iluminam a caverna escura.
    E acabei de pensar nas pretinhas do Jorge Luís Borges: "O tempo é a substância de que sou feito. O tempo é um rio que me arrasta, mas eu sou o rio; é um tigre que me destroça, mas eu sou o tigre; é um fogo que me consome, mas eu sou o fogo". Pois é. Não interessa quantas águas já rolaram : esse fluxo de ideias é seu, essa pororoca de percepções é sua, essa fogueira de sentimentos lhe pertence. Não, a senhora não é a primeira artista a teclar sobre as nossas impressões de nós mesmos, sobre nossas angústias existenciais e sobre a arte da escrita, tudo junto e misturado. Fernando Pessoa no Livro do Desassossego - que ele assinou como Bernardo Soares - lá pelas tantas quase finais descreve como certa vez uma criança lhe dissera, diferentemente do que diria um adulto imbecil, estar “com vontade de lágrimas”(rsrs) E então ele inicia o seu melhor capítulo - para mim inesquecível - com várias exclamações!!!!!!
    (continuo...)

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  4. Moacir Pimentel27/10/2019, 10:47

    “Dizer! Saber dizer! Saber existir pela voz escrita e a imagem intelectual! Tudo isto é quanto a vida vale! (...) Creio que dizer uma coisa é conservar-lhe a virtude e tirar-lhe o terror. Os campos são mais verdes no dizer-se do que no seu verdor. Mover-se é viver, dizer-se é sobreviver (...) Tudo é o que somos, e tudo será, para os que nos seguirem na diversidade do tempo, conforme nós intensamente o houvermos imaginado, isto é, o houvermos, com a imaginação metida no corpo, verdadeiramente sido. Não creio que a história seja mais, em seu grande panorama desbotado, que um decurso de interpretações, um consenso confuso de testemunhos distraídos. O romancista é todos nós, e narramos quando vemos, porque ver é complexo como tudo. Tenho neste momento tantos pensamentos fundamentais, tantas coisas verdadeiramente metafísicas que dizer, que me canso de repente, e decido não escrever mais, não pensar mais, mas deixar que a febre de dizer me dê sono, e eu faça festas com os olhos fechados, como a um gato, a tudo quanto poderia ter dito.”
    Não, eu não sei por que Borges, Pessoa, todos os seus fantasminhas e a senhora escreveram/escrevem tantas maravilhas e muito menos por que escrevo eu minhas loooongas “viagens”. E quer saber? "Pouco se me dá que claudique a onagra, o que me apraz é acicatá-la.”(rsrs) O que é importante é que aqui, nas Conversas do Mano, a senhora pode falar do que quiser e preferir, porque todos nós continuaremos nos reconhecendo nas suas artes, nos lendo na sua escrita, esbarrando na nossa humanidade nos seus belíssimos posts e comentários e, portanto, nos perdoando e encontrando motivos para continuar teclando.
    Muito obrigado e “até sempre mais”


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    1. Olá Moacir,
      Assim mesmo, com "brainstormings em seguidinho", fico eu ao ler seus posts. Pobre de mim! Lembra que disse ter vontade de ir anotando nas margens inexistentes do iPad? E aí a confusão se instala porque as idéias são mais rápidas que as palavras, que são mais rápidas que a escrita, tudo embolado nas cores da ansiedade diante do brancão do papel. E quero mesmo é" deixar que a febre de dizer me dê sono, e eu faça festas com os olhos fechados como a um gato,ma tudo quanto poderia ter dito".
      O verde é mais verde na escrita e no desenho porque somos nós mesmos que o pintamos lá. É o nosso verde ideal, o verde do nosso sonho e da nossa imaginação. Não existe verde mais verde mesmo que seja o claro verde de um filhotinho de planta, o broto inocente da semente plantada.
      Ontem, pondo ordem na toca, me deparei com Manuel Bandeira num trabalho sobre Di Cavalcanti e lembrei da "vontade de lágrimas":

      Tudo porém reaparece
      Na água da lágrima
      Que atravessa o coração
      A alma cansada
      Desfaz-se em sombras
      Com terrível lentidão
      O fim da caminhada
      A fonte que cessa de cantar
      O fundo de um vale
      Onde chega a madrugada...
      E dentro da solidão sem esperanças
      A vontade em novamente
      Partir por esse mundo
      Levado pela mão de uma criança.

      Parte do Soneto dos cinquenta anos.
      Procurei no meu iPad batizado e crismado de tão usado para checar origem e disposição dos versos. E só achei o nome do livro Lira dos cinquent'anos. Corrija-me se estiver errada.
      Depois de tudo dito, COMO já foi dito...escrevo porque sou teimosa!
      Seu comentário me fez feliz. Muito! E só posso dizer
      Obrigada, obrigada.
      Até sempre mais.

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  5. Força aí, irmã

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    1. Querida cunhada,
      Forças divididas. Porque a sua é grande, já foi provado! E generosa! A família também é grande e precisa dela
      Um beijo.

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  6. Flávio José Bortolotto28/10/2019, 18:44

    Prezada Autora Sra. ANA NUNES,

    Nesse seu elegante Escrito, "Coisa Existencial" inspirado em alguns Contos seus inacabados, temas como "O Mendigo", Lares que criaram Filhos e agora são habitados só pelos Pais, " Ninhos Vazios", " A Velhice" que como dizia o sábio Papa RONCALLI ( JOÃO XXIII), é inevitável, mas podemos viver Velhos muito tempo,etc, neste seu elegante Escrito encontramos muito do seu Pensamento.
    Muito já se escreveu sobre tudo, mas a senhora com sua grande Alma de Artista/Escritora muito acrescenta ao que já foi escrito.
    A senhora sabe injetar Beleza/Elegância em tudo o faz/Escreve.
    Vossa Família, a começar pelo seu ilustre Pai, Médico Veterinário da ACAR MG muito trabalhou para melhorar o Padrão de Vida daquelas Famílias Rurais espalhadas pelo nosso Interiorzão, como a senhora testemunhou quando nas férias Escolares ia junto em suas visitas de Jeep 4 x 4 naquelas estradas de terra. Muitos portões a senhora deve ter aberto para Papai passar.
    Seu ilustre Esposo, nosso Editor/Moderador Sr. WILSON BAPTISTA JÚNIOR, além de grande Profissional da Engenharia, especializado em Programação de Computadores, etc, agora na Aposentadoria, junto com a senhora, se dedica entre outras coisas,a Editar esse "Oásis Literário" royalties para Sr. FRANCISCO BENDL, onde conversamos/escrevemos dos quatro cantos do Brasil com Pessoal maravilhoso, que Escreve muito bem.
    A senhora já ajudou muito com suas Aulas/Palestras nos Bairros Pobres de Belo Horizonte - MG e continua ajudando a fazer um Mundo Melhor em todas as suas Atividades, Privadas e Sociais.

    Continue escrevendo, continue suas Obras de Arte tão bonitas, quando der complete seus Escritos Incompletos, sem deixar de tirar um tempo para Descansar.
    Tenha certeza que seu Crédito Social é muito Positivo. A senhora com sua Arte ajuda a transformar nosso Mundo num Jardim.

    Saudacões, aqui do Sul.

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    1. Olá Flávio Bortolotto, gentil cavalheiro,
      Quem dera eu conseguisse mudar o mundo um pouquinho que fosse. No muito, no caminhar do dia a dia, vou tentando ser ouvinte, paciente, generosa. E disponível. E assim às vezes com alegria, às vezes desesperançada e inconformada, leia-se brava, e até com humor vou pondo a escrita em dia. E descanso também! Afinal estamos ficando velhinhos, não é mesmo?
      Agradeço de coração seu comentário delicado, com lembranças preciosas de estradas vermelhas e porteiras velhas como elas.
      Até mais.

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  7. Francisco Bendl29/10/2019, 10:10

    Ei, Wilson,

    NÃO RECEBI O TEU E-MAIL, AVISANDO QUE A ANA TERIA UM ARTIGO NO BLOG!!!
    ESQUECESTE DE MIM!

    Ainda bem que dei uma olhada para ver se havia novidades, e me deparei com mais esta crônica da Aninha - perdão! -, outro trabalho digno, inteligente, questionador, eque ressalta magistralmente as angústias que temos, independente da nossa situação pessoal, familiar e social!

    A Ana é uma mulher feliz porque realizada.
    Bem casada, mãe, avó, ligada às artes, que tanto gosta, a mulher, esposa, mãe e avó, deveria, a grosso modo, acordar e cantar a plenos pulmões que a vida é bela!

    MAS NÃO É BELA!

    A vida para a maioria das pessoas é uma luta constante para se sobreviver neste mundo eivado de injustiças. de desigualdades injustificáveis, de segregações, de dificuldades, de incompreensões e de violência exacerbada.

    Uma pessoa que se sente parte deste mundo e compondo o infinito universo, mesmo com a sua ínfima participação no cosmos, tem como obrigação moral exatamente postar os anseios e desconfortos que geram em nossa amiga Aninha as suas inquietações.
    E que as divido comigo, pois sinto o mesmo, apesar de a minha vida ter sido ultimamente um paraíso terrestre!

    Mas, e os outros?
    Os pobres, os miseráveis, os desempregados, os endividados, os analfabetos absolutos e funcionais ... como ignorá-los?!

    Ana faz da sua preocupação com as demais pessoas que sofrem, uma analogia que achei brilhante, típica da sua cultura, capacidade mental infinita e sensibilidade feminina:
    " ... E olhos marrons bem claros
    E bem abertos para beber a vida
    E olhar a rua abandonada
    No quase silêncio da madrugada ... "

    Ana bem que preferiria um mundo isolado, quieto, com pouca gente, do que vê-lo apinhado de sofrimento, padecimento, de dores, de desesperança e de desesperos!

    Isso sim é que é magia no escrever!!!

    Então, aplaudo, claro, o sentimento que Ana postou nesta crônica exuberante, típica de uma mulher moderna, atualizada, que não se mantém alienada dos problemas nacionais, principalmente a condição social que tem sido o nosso flagelo nas últimas décadas.

    Ana não me surpreende mais com suas postagens.
    Dela, espero sempre uma novidade, um texto que também me atinge, que me faz pensar além de mim e da minha vida excelente, nessas alturas!

    Penso que a esta qualidade, hoje cada vez mais rara, a Ana nos demonstra não só possuí-la como a exercita plenamente:
    EMPATIA.

    Não é brincadeira colocar-se no papel daquele que sofre, que não tem nada, apenas e tão somente a companhia de um cão magro, cuja fidelidade ao dono é algo absolutamente inigualável, incomparável, e que serve de companhia à vida irracional do racional, que, assim como o seu cachorro, busca a sua comida em latas de lixo, dorme embaixo de marquises, nas portas de edifícios comerciais, bancos de praças, rodoviárias ... e tem quem o entende e segue sem qualquer contestação!

    Parabéns, Aninha!
    Rendo-me à tua sensibilidade e inteligência, preocupação com o próximo e sofrendo com ele nas noites calmas, tranquilas, sorvendo um café e olhando as ruas calmas e sem pedestres, como que almejando que suas vidas fossem desse jeito, tranquilas, sem atropelos, sem a luta diária por uma comida mesmo azeda ou estragada!

    Um forte, fraterno e amistoso abraço!
    Saúde, muita saúde, guria, junto aos teus amados.
    Tem sido uma honra e alegria, eu poder compartilhar contigo e demais comentaristas deste blog extraordinário, nossos pensamentos, ideias, interpretações, conceitos e conclusões sobre o que é viver, o que é a vida, e que a felicidade não pode existir enquanto a maioria padece e clama por ajuda!

    Pelo menos, nós que estamos do lado oposto, que temos fartura, casa, conforto, marido e/ou esposa, filhos, netos, que a existência nos contemplou com muito mais alegria que tristeza, pensemos e escrevamos a respeito das carências e necessidades de nossos semelhantes!

    Minha reverência a ti, Aninha!







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    1. Olá Franciscão amigo,
      Até pensei que por causa do castigo imposto de elogiar só por cinco linhas, depois por três até chegar em duas, você tivesse se embirrado comigo, brigado com minha escrita e com meu desenho. UFA! Ainda bem que não!
      E sabe do que mais? Nada de castigo. Com esse tamanhão, vozeirão, sapato 46 (é isso mesmo?) você não poderia ser belo, recato e do lar. Tem que ir com tudo, se elogia, elogia de montão, se briga...a TI que o diga.
      Portanto, pode elogiar o quanto quiser e finjo que acredito. Acabo gostando! Mesmo sem graça. Ia escrever embaraçada mas não estou mais em tempo hábil (hehehe).
      Que seja.
      Continuamos assim, eu escrevo e você elogia, elogia e elogia? Pelo tempo que nos resta?
      Muita saúde.
      Muita paz.
      E muito obrigada.
      Até mais

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  8. Francisco Bendl30/10/2019, 13:24

    Ana, ô teimosa, ô teimosa, credo!

    Eu não te elogio, apenas escrevo verdades!!!
    Por que eu seria o único comentarista a te elogiar, se todos fazem o mesmo??!!

    Então, escrevemos as nossas verdades, as nossas constatações, as nossas observações sobre os textos que postas neste blog extraordinário.

    E, esses comentários serão sempre te parabenizando pela tua inteligência, sensibilidade, conhecimentos, experiência, que enobrecem e enaltecem este oásis cultural.

    Sim, Aninha, os meus sapatos têm o número 46, e precisam ser altos e largos, pois compridos não servem para esses meus ricos e grandes "pezinhos"(certamente em reencarnações passadas devo ter sido um hobbit)!

    Dia desses, sem nada para fazer, cortei dois capachos - esses objetos que colocamos na soleira das portas - porque grossos e fortes, e fiz de chinelos!

    E fui ao centro da cidade com eles!!!!
    E, na loja onde o meu pessoal compra seus pisantes, reclamei que para mim o dono não se preocupa, então eu mesmo tive de criar uma solução!!!

    Bah, foi um sucesso, a ponto que tiraram fotos da minha "originalidade" na proteção dos pés!

    Outro abraço.
    E te prepara:
    Mais uma postagem tua, e lá vou eu registrar as minhas verdades!!!

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  9. Franciscão, quando disse que eu escrevo e vc elogia pelo tempo que nos resta, era um combinado!
    Infelizmente sou um POUQUINHO teimosa! O Mano sempre diz isso. Será que vcs têm tanta razão assim? É só um POUQUINHO!
    Então, topas? Ir assim até o fim dos nossos tempos? Pode ser divertido!
    Até mais.

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