Sidarta Gautama ensinando (autoria não identificada) |
Antonio Rocha
A expressão do tíitulo está na mais nova edição brasileira do “Darmapada
– a doutrina budista em versos”, editora L&PM, 154 páginas. Uma bela e
importante publicação, formato pocket. Tradução da língua páli por Fernando
Cacciatore de Garcia, que também fez a introdução e as notas.
O professor Tilak Karyiawasam, diretor do Instituto de Pós-Graduação em
Páli e Estudos Budistas da Universidade Kelanyia, Sri Lanka, dá o seu aval a
este magnífico trabalho.
Enquanto as outras traduções para o português escrevem no título o termo
páli Dhammapada, Cacciatore optou por registrar o termo em sânscrito Darmapada.
É texto sagrado. Canônico. Merece ser lido, meditado, orado e,
sobretudo, vivenciado no dia-a-dia, pois só assim se torna válido em nossas
existências, já que somos, todos, alunos de Gautama, esse incomparável
professor, pedagogo, pensador.
A estrofe abaixo está na página 103:
“Bem
despertos quando despertos
Estão
os alunos de Gautama
Os
quais, durante a noite e o dia
São
sempre conscientes de Buda”.
O primeiro verso faz alusão à gradação do despertar, são muitos
estágios, degraus. O segundo verso refere-se aos praticantes budistas. O
terceiro verso é a indicação de que, nas vinte e quatro horas do dia, estejamos
plenamente atentos, em todas as situações, boas ou ruins.
O Darmapada é um clássico da Literatura búdica. São palavras atribuídas
ao próprio Buda. Ao todo, 423 estrofes apresentando a Ética que Sidarta Gautama
nos ensinou no século VI antes de Cristo. Fácil de encontrar em qualquer grande
livraria e se não tiver, encomende com o livreiro. A gaúcha editora L&PM
tem distribuição nacional.
E já que estamos vivendo, infelizmente, em uma era de intolerância, de
ódios, vejamos o ensinamento do meu citado professor:
“O ódio não é pelo ódio vencido,
somente pelo amor é sufocado. O erro não cometas, boas ações produzas, que o
teu coração seja puro. Esta é a verdadeira doutrina ensinada por todos os Budas
e que para sempre perdura”.
Antonioji,
ResponderExcluirO que os seus posts deixam claro como o sol do meio dia é que você, além de ser um budista da gema, é um estudioso das grandes espiritualidades. Não sou um cara religioso mas pela estrada percebi que cada uma das principais religiões do mundo - sejam as tradições orientais ou as religiões monoteístas do judaísmo, cristianismo e islamismo - apesar das suas diferenças significativas, concordam que há algo errado com a espiritualidade se ela não se manifesta na compaixão prática.
Penso que todas as crenças da humanidade, todos os “ministérios”, conversam sobre a compaixão que experimentamos ao nos colocar no lugar do outro, ao dar lugar ao outro em nossas mentes. Parece um troço fácil mas não é, muito ao contrário, é dureza abdicar de nossas posições de onisciência, desistir de impor nossos próprios pensamentos, sentimentos e preconceitos e verdadeiramente tentar calçar os sapatos alheios e enxergar o mundo da perspectiva de outras pessoas.
Creio que Confúcio foi o primeiro iluminado, até onde se sabe, a enunciar a Regra de Ouro, esse código de comportamento que, colocado em termos não religiosos, pode ser traduzido livre e igualmente para ateus, agnósticos, humanistas ou crentes, no seguinte mandamento: “Trate as pessoas como você gostaria de ser tratado". Depois disso, para mim, todo o resto tem sido comentário.
E falando nisso quando estou na t’rrinha, feliz da vida com os meus, me desligo da tomada e tiro férias das “conversas”. Faça o mesmo e tenha a melhor das viagens.
Namastê!
Prezado Autor Prof. Dr. ANTONIO ROCHA,
ResponderExcluirO comentário acima de nosso Colega, esse Escritor excelente, Sr. MOACIR PIMENTEL, deixa o Assunto praticamente esgotado.
A dica do Livro, "Darmapada - A Doutrina Budista em versos" é excelente, e sendo a tradução para o Português tão elogiada pelo Prof. ANTONIO ROCHA, mais razão ainda para se ler.
Admiro sobretudo a Coragem do BUDA de, entre outras coisas, numa Sociedade de Castas, de rigoroso Apartheid, e de uma maioria de Impuros (Intocáveis) que nem Casta era, (Bramanismo), pregar a IGUALDADE ENTRE TODOS OS HOMENS.
Abração e boas Férias.
ResponderExcluirOlá Antonio Budista,
É básico se colocar no lugar do outro para uma vida serena e com poucos tropeços.
Mas que erros são cometidos é verdade. Para eles o fundamental é reconhecê-los e aprender com eles. Só assim não serão apenas erros remoídos vida a fora.
Aproveite muito suas férias com a família. Paparique a neta que para isso são os avós.
Até mais.
1)Obrigado Ana, vi a postagem na Bélgica, fiquei feliz.
Excluir2)Ilustração bonita. Os parentes que viram gostaram do blog.
3)Aos poucos, como das outras vezes, irei atualizando os comentários.
4) Feliz mês de agosto a todos (as).