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20/09/2019

A Bélgica tem mais de mil marcas de cerveja

igreja de Woluwe Saint-Pierre (imagem eglise.be)


Antonio Rocha
E eu que não era de beber, bebi e gostei de cerveja doce. É uma tradição que vem dos monges medievais que viviam de oração e trabalho em seus mosteiros. Vi cervejas trapistas, beneditinas, franciscanas e suas respectivas propagandas.
O aeroporto é imenso e no primeiro dia aproveitamos para conhecer a pequena cidade onde mora o meu trio (filha, genro e netinha de 4 anos e meio). A localidade chama-se Woluwe Saint Pierre. Woluwe é uma bonita cidade, um município a quinze minutos de carro da capital Bruxelas. Usamos um bonde ou ônibus e vamos para o centro de Bruxelas. Woluwe na linguagem de antigos habitantes significa “rio estreito” que banha a região. A República foi fundada em 1860, é um Reino e governada liderada pela Democracia Cristã.
A qualidade de vida é ótima, mesmo os bairros onde tem as chamadas  “habitações sociais” é um luxo. Ficamos dez dias nesse bonito país, não vi muros altos. A maioria tem meio metro de altura, no máximo um metro e raramente um metro e meio, mas o detalhe é que todos são muros vivos com plantas e muitas flores.
Em Woluwe nunca se registrou um assalto a mão armada ou invasão de casas. No máximo, vez por outra, aparece um “batedor de carteira” quando algum turista desavisado anda com a mochila aberta.
O nome da cidadezinha é dedicado a São Pedro, aquele que tem as chaves do Céu (conversamos bastante). A Igreja local é em homenagem à Santa Alix (Alice) que, na Idade Média vivia na floresta próxima, visitamos a pequena e bela floresta. À noite, aparecem raposas que comem os pombos. E durante o dia, corvos negros, ave predadora dos pombos.
O país fala três línguas, a parte de língua francesa, onde moram os meus queridos, uma outra parte de língua holandesa e um pequeno pedaço, a língua alemã. Mas todo mundo fala inglês. Minha neta na creche estuda o francês e a partir dos seis anos vai estudar também o holandês.
Desculpem o artigo na primeira pessoa do singular ou do plural, mas é assim que está saindo o texto, tipo um relatório, crônica pessoal de viagem.
Duas vezes por semana tem a feira local. Pode-se comprar de quase tudo um pouco: frutas, legumes, hortaliças.
Era verão, chegamos a ver os termômetros nas ruas: 48º graus, Mas depois veio uma frente fria e a temperatura caiu para 26º.
Depois eu conto mais.


10 comentários:

  1. Flávio José Bortolotto21/09/2019, 19:04

    Prezado Autor Prof. Dr. ANTONIO ROCHA,

    Belo local onde mora a Família de sua Filha, Woluwe Saint Pierre - Reino da Bélgica, há vinte Km da Capital Bruxelas.
    E os Belgas que como disse CÉSAR era a mais próspera e potente Tribo Gaulesa, são famosos pela sua abundante Cozinha e Cervejas.
    Os Padres Medievais foram famosos como grandes Cervejeiros.
    O Reino da Bélgica pela sua esplêndida localização e minas de carvão de excelente qualidade se industrializou muito cedo, e por isso seu alto Padrão de Vida.
    Boa Agricultura, bons Portos e excelente Indústria.
    Woluwe possui também uma bela Igreja Matriz conforme foto que enriquece o Artigo.
    Abração

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    1. 1)Obrigadíssimo mestre Bortolotto. Gostei muito da Bélgica, fiquei impressionado com o Porto de Antuérpia, região de língua holandesa, parece que é o segundo da Europa e do mundo; quase empatados em primeiro lugar tem Roterdam,
      Holanda e Hamburgo, Alemanha.

      2) Andei de carro de norte a sul,estradas maravilhosas, asfalto idem, florestas e bosques em cada lado das vias. Constatei também a ótima Agricultura e... é um povo alegre e acolhedor.

      3)Mestre Bortolotto tem toda razão ao afirmar que a Bélgica é um "alto Padrão de Vida", o chamado Primeiro Mundo.

      4) Quando fomos passear em uma das Praças de Woluwe com a minha neta, observei que se as crianças esquecerem seus brinquedos no local, ninguém pega, nem mexe, deixa no mesmo lugar, pois no dia seguinte a criança volta lá e leva para casa o brinquedo que esqueceu no dia anterior.

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  2. Olá Antonio, recém saído do inferno astral.
    Como bem disse o Bortolotto seus queridos moram num lugar maravilhoso.Acho até que é o paraíso desconhecido. Criada assim sua netinha não poderá nunca morar nesse nosso lindo, fértil e judiado país. E judiada gente.
    Sua viagem deve ter sido ótima e parece que vocês aproveitaram bastante do trio saudoso.
    Senti falta de você no meu post.
    Até mais paraíso perdido!

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    1. 1) Oi Ana, não esqueci o seu post, também tem dois do Pimentel, estão aqui esperando, no máximo semana que vem comento. Desculpem, trabalhos e outras atividades.

      2)Fiquei 5 dias em Lisboa e 10 na Bélgica. Tudo muito bom.

      3)Concordo, infelizmente, nosso querido Brasil é muito maltratado por várias razões...

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  3. Moacir Pimentel22/09/2019, 12:20

    Antonioji,

    A Bélgica pode ser pequena, mas como é bonita! Atravessei o país de carro, em 1992 e 2002, e muito apreciei o chocolate, as cervejadas, suas florestas e vales, a Grand Place de Bruxelas, as guildas do século XIV, a Prefeitura gótica e as casas art nouveau de Victor Horta. A cidadezinha de Bruges, à beira do rio Reie, também é uma preciosidade com suas ruas medievais perfeitamente preservadas, repletas de canais tranquilos, de praças e campanários.

    De certa forma, não importa aonde, no quesito qualidade de vida todas as pequenas aldeias europeias se parecem: tem sempre um rio, uma ponte romana, um beco medieval, um Pelourinho, uma igrejinha, uma praça e, é claro, um Café! As portas e janelas da frente das casas são separadas da rua por uma faixa de "relva" e os quintais por sebes floridas que são aparadas no verão. Todos os sábados pela manhã os nativos vão ao pequeno cemitério para polir os bronzes e enfeitar com flores as últimas moradas de seus queridos.

    Tão verdadeiro e triste o comentário da Donana! Por aqui os nossos trovadores falam de fachadas “escrito em cima que é um lar” e “de flores tristes e baldias como a alegria que não tem onde encostar”. Por lá os poetas garantem que ninguém nunca pensa no que há para além do rio dessas aldeias.

    "O rio da minha aldeia não faz pensar em nada. Quem está ao pé dele está só ao pé dele.”

    Namastê e mande mais notícias de lá!

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    1. 1) Gratidão Pimentelji por suas palavras, desculpe, estou te devendo dois comentários, escreve-los-ei breve.

      2) De fato, Bruges é linda, uma cidadezinha medieval por onde se passeia de barco pelos canais.

      3) Eu não tenho a capacidade descritiva que vc tem para falar de uma cidade, de um local, de uma região, mas tentarei.

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  4. Francisco Bendl23/09/2019, 10:31

    Meu amigo e professor Rocha,

    Que passeio, eim?
    A Bélgica tem mais cervejarias que habitantes!

    Brincadeiras à parte, os belgas comeram o pão amassado pelo diabo na Segunda Guerra Mundial.
    Caminho que os nazistas escolheram para derrotar a França, a Bélgica foi destroçada, arrasada, e tendo se rendido aos alemães em 28 de maio de 1940!

    Assim, quando leio e vejo o jardim que se transformou, a reconstituição de seus prédios suntuosos, as suas belas cidades tomadas por flores e um clima de alegria pelo fluxo de turistas, a Bélgica merece ser elogiada e divulgada.

    Neste sentido, se eu pudesse e se meu dinheiro desse, eu gostaria de visitar a Bélgica e andar pelas Ardenas, onde cada árvore que ainda exista desde 1.939, eu me curvaria e a abraçaria por ter sido testemunha de atrocidades cometidas por aqueles que se dizem "racionais".

    Belo texto, Antônio, agradável e significativo.

    Abração.
    Saúde.

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    1. 1) Obrigado Chicão, sua frase: "eu me curvaria e a abraçaria por ter sido...", parece um veterano budista falando sobre poesia e ecologia.

      2)Então, se a Bélgica foi destroçada na Segunda Grande Guerra Mundial, a sua recuperação foi impressionante, pois o país parece um jardim bem administrado.

      3)Vc pode em sonho, ou na forma astral visitar a Bélgica. Quem sabe na próxima reencarnação (eu sei que vc não acredita, mas a vida (esta e a outra) são tão impermanente...

      4) Boa semana ! Abração !

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  5. Wilson Baptista Junior23/09/2019, 17:04

    Antonio, uma tentação ver sua descrição da pacata cidadezinha de Woluwe. Ficamos todos aqui à espera da continuação da sua viagem. E de saber de qual das cervejas você gostou mais. Trapistas, beneditinas ou franciscanas. (As trapistas, não imagino. Como alguém que não pode conversar pode fazer uma boa cerveja? Ou será, ao contrário, que eles colocam a eloquência presa dentre deles no gosto das cervejas?) E, quem sabe, de um pouquinho da sua conversa com São Pedro? Deve ter sido interessante.
    Um abraço do Mano.

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  6. 1) Amigo Wilson, sou ecumênico e assim bebi várias marcas. Era calor demais e para matar a sede só o "amarguinho" das cervejas.claras, escuras, rosáceas e as doces.

    2)Realmente,a bela paz e o silêncio de Woluwe me marcaram muito. Estou amadurecendo um artigo sobre as minhas conversas com São Pedro. A - do - rei !

    3) A Bélgica me deixou em Estado de Graça !

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