Desenho do Alpino |
Francisco Bendl
Várias são
as situações que nos decepcionam, que nos deixam tristes, que nos tiram o ânimo
não só daquele dia como de muitos que ainda estão por surgir.
Refiro-me a
um desses momentos ruins quando não somos compreendidos, quando não nos
entendem, quando recebemos críticas infundadas e até mesmo injustas.
Por que as
pessoas se arvoram na condição de julgadoras do comportamento alheio?
Por que uns
e outros têm predileção por apontar nossos erros, enquanto possuem iguais
defeitos?
Trata-se de
uma tática para que não venham à tona suas falhas?
Ou é melhor
criticar do que ser criticado?
A verdade é
que a Internet, além de nos ter proporcionado a fantástica facilidade de
comunicação, trouxe consigo a exigência de que devemos explicar muito bem o
recado a ser deixado.
Devemos
selecionar as palavras, as expressões, de modo que não sejam motivos de
respostas agressivas e insultuosas, pois uma vez rompida essa linha tênue de
amizade que atualmente delimita o nível dessa relação amistosa, adeus amigo ou
amiga.
Para
recuperar o mesmo nível de confiança perdido ou a amizade abalada será um longo
caminho, nem sempre retomado mesmo após várias tentativas.
Especificando
melhor as generalidades que mencionei acima, tenho sempre corrido o risco de
conseguir inimizades e ofensas com os comentários que registro em um blog, que
aborda principalmente temas políticos.
O assunto
por si só já acarreta polêmicas, debates, discussões mais acaloradas, e não
raro parte para o terreno pessoal, quando se perde as estribeiras e o pau come!
Não sou de
levar agressões sem respondê-las à altura do nível empregado pelo ofensor, mas
não mesmo. Se eu puder devolver os insultos com maior agressividade vou dar um
jeito pois nós, os gaúchos, sempre alertamos que “não me pisem no pala”, pois
haverá reações muito maiores.
Todavia,
quando se deixa de lado o aspecto político e se adentra no campo pessoal,
praticamente não existe mais como se retornar ao tema anterior com a mesma
normalidade, naturalidade, pois houve comprometimento de uma relação se não
amistosa, pelo menos virtual, e que exigia também respeito e educação de ambas
as partes.
Evidentemente
que esses episódios e corriqueiros estressam, cansam, decepcionam, em face de
uma colocação mal feita ou de uma opinião mal escrita, e que geraram encrenca e
desentendimentos sem necessidade alguma.
Fazer o quê?
Não
responder às provocações?
Manter-se
imune ao calor do momento, da discussão?
Mostrar-se
superior ao oponente?
Ou partir
para a briga por que é insustentável a posição de inatingível?
Claro, cada
pessoa tem o seu temperamento, as suas reações, o seu modo de pensar, a ponto
que talvez o certo fosse desconsiderar o impulso de se criar polêmica, mas... e
o sangue fervendo?
A raiva
incontida?
O desejo de
se ser mais ainda contundente, incisivo?
De se
mostrar mais valente e corajoso que o outro lado?
Há o outro
lado, entretanto, da decepção, da frustração:
Promotora de
desenvolvimento!
Criamos
resistências psicológicas para decepções mais graves, fortalecemos nosso
aparato de suportar desafios que se traduzem tanto em derrotas quanto vitórias.
Porém, diz a
experiência de setenta anos de vida que devemos estar ligados aos nossos
valores, desejos, interesses, menos aos resultados que as decepções podem nos
ocasionar.
O conflito
interno que se estabelece entre a decepção com a motivação que temos por conta
daquilo que acreditamos, de nossas convicções, certezas, devem suplantar os
episódios que nos abalaram, a tal ponto que deixam de ser remoídos
desnecessariamente, pois como diz a letra de uma célebre canção brasileira:
“Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima,” samba
imortalizado pela notável e saudosa Beth Carvalho!
Se houvesse
como, certamente deveríamos seguir a orientação do gaúcho Mário Quintana, poeta
famoso e extraordinário:
“Se eu pudesse eu pegava a dor, colocava dentro de um envelope e
devolvia ao remetente!”
O problema é
que as soluções mais simples são incompatíveis com a realidade, na maioria das
vezes.
Agora, se eu
ganhasse um real por cada decepção que sofri e que causei, lógico, eu estaria
decepcionado em Paris (alô Pimentel)!
Por outro
lado, quando me vejo decepcionado porque sucumbi às discussões políticas –
então razão tem o Mano que não permite esse tema no seu blog -, volta e meia me
lembro de uma frase que não sei o autor, e que retrata fidedignamente como
devemos reagir:
“Não existe decepção maior que esquecer de agitar o Toddynho antes
de beber.”
Enfim, até a
filosofia se mete nas decepções, inacreditavelmente!
Diz assim:
“Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com
a certeza de ter acabado em dor” (frase pedante e presunçosa).
Dito isso,
lá vou eu de novo arranjar encrenca no blog político, haja vista que, se a cada
decepção eu aparelho melhor o meu sistema de defesa, nada como uma boa briga
verbal, pois não se tem como ir às vias de fato, como se dizia na minha época
porque depois deste texto renovei as minhas forças para CAUSAR e sofrer mais
decepções.
(Autoria desconhecida) |
Sadismo?
Masoquismo?
Nada!
Simplesmente
DIVERSÃO!
1) Chicão tocou em assunto importante e o final do artigo resolveu a situação, não esquentar a cabeça e levar na diversão.
ResponderExcluir2)Eu tb já percebi isso, no referido blog, eu escrevo uma coisa e o leitor entende outra e comenta completamente diferente.Para evitar dissabores eu tenho postado lá, muito pouco. Ou então só escrevo pequeníssimos comentários.
3) Mas esclareço que este não é o caso deste Blog do Mano, graças à boa percepção do Wilson que não permite o tema político e seus deletérios debates. Parabéns Mano.
4)Com relação às decepções aprendi com o Mestre Buda: não quero provar nada, nem convencer ninguém.Nem ganhar nos debates... até porque isso é dificílimo, tem a ver com a Hermenêutica - a Ciência das Interpretações, que o digam os políticos (de esquerda, de direita, de centro) que sempre encontram uma "brecha" para se darem bem.Cada um interpreta do seu jeito no momento, e muitos fatores influenciam este momento.
3)E quando eu escrevo e publico, é porque eu gosto de escrever, ou então para divulgar o assunto.
4)Valeu Chicão, bom domingo e boa semana. Eu estou aprendendo a me desapegar dos comentários na web.
Caro Rocha, meu amigo e professor,
ExcluirObrigado pelo comentário.
Fico alegre que mais temos aspectos que nos identificam como cidadãos, onde muitos outros poderiam ser antagônicos.
Da mesma forma gosto de escrever, Rocha.
Indiscutivelmente sem eu considerar a qualidade dos meus textos, mas por deleite, por transmitir a vasta experiência que a vida me deu e do alto dos meus 70 anos!
Quanto às nossas desavenças no blog mencionado, que não é Conversas do Mano, claro, os desentendimentos são até salutares, pois nos impulsionam a ratificá-los ou retificá-los, afora nossos conhecimentos sobre o tenebroso assunto política, se tornar maior, mais amplo.
Agora, conforme tem sido a maioria dos meus textos nesse oásis cultural postado pelo nosso amigo Wilson, faço questão de manter o humor, a diversão, o lado hilário do problema, e por um motivo que julgo importantíssimo:
Ninguém tem nada a ver com os nossos problemas!
Não temos o direito de importuná-las porque isso ou aquilo nos incomodam, nos perturbam, nos obrigam a agir diferente do que gostaríamos.
Um abração.
Saúde.
Faço questão de registrar a minha alegria pela felicidade do Mano na postagem das duas imagens que ilustram a minha crônica!
ResponderExcluirAplaudo o bom gosto e oportunidade que visualizou sobre o que disse este gaúcho, tanto sobre a decepção, quando me coloca de cabeça baixa escondido pelo chapéu quanto depois, eu reagindo, montado a cavalo e girando a minha boleadeira partindo para o contra-ataque!
Sensacional é o mínimo que tenho para elogiar o blog Conversas do Mano.
Muito obrigado, Wilson.
Abração.
Saúde, muita saúde.
Prezado Autor Sr. FRANCISCO BENDL,
ResponderExcluirJá que agradar a Todos é praticamente impossível, o senhor como bom Gaúcho deve usar a Arithmética: Tendo mais elogios que críticas, se está no Positivo, e no seu caso, eu que tenho a honra de ser seu Colega na Internet constato que sua média de Elogios é de mais de 90%. Logo as críticas e rudezas não passam de 10%, o que a nosso juízo está ótimo.
Depois tem o problema da compreensão do que escrevemos. Muitas vezes escrevemos "Branco" e alguns entendem "Preto". E confesso que eu também algumas vezes li "Branco" e entendi "Preto", coisas da vida.
É por isso que os Hebreus, Povo com quase 6,000 Anos de prática na Escrita dizem: "Que a Arte de escrever bem é a mais difícil de Todas".
Embora o senhor escreva muito bem, Nenhum de Nós é perfeito, nem mesmo os Hebreus.
Acho o senhor muito rigoroso com o senhor mesmo. E Cultura Política é coisa que evolui muito lentamente, ainda mais entre Nós Latino-Americanos dados a enorme Carga Emocional quando lidamos com o Assunto. Há que ter Paciência porque as rodas da evolução Política giram muito lentamente.
Abração, e como o senhor sempre diz muita, muita Saúde.
Mestre Bortolotto,
ExcluirPreciso e devo ser honesto contigo, meu amigo e guru financeiro:
Escrevo para mim mesmo, em princípio, ao registrar o que penso sobre os temas publicados;
concomitantemente, escrevo para que leiam as minhas conclusões, interpretações, pensamentos, convicções, se estou correto ou errado, quando devo ou não seguir outro rumo.
Logo, se eu sou a meta, o objetivo, capricho naquilo que depois vou ler:
se coerente, se contraditório, se duvidoso, se indiscutível, se mal entendido.
Tenho tido a sorte de ser bem recebido, logo, o teu percentual de apoio que recebo sobre as minhas postagens, acusando ser positivas as minhas manifestações.
E, escreveste uma verdade apodítica, estocástica:
Temos contra nós, ainda por cima, um sangue que ferve, que entra em ebulição, e que nos impulsiona para o litígio, menos para o diálogo e compreensão.
Por essas e outras, que tu e o Mano são meus orientadores:
Bortolotto, quanto o tema é dinheiro no bolso ou não - meu caso é de nunca tê-lo tido na vida;
Wilson, no que diz respeito eu me acalmar, pensar, refletir, contar até mil para frente e para trás, então postar as minhas respostas.
Portanto, encontro-me muito bem amparado onde nada sei, e muito menos me comportar à altura, pois um me ensina e o outro me contém!
Ora, mestre, a mim cabe ser divertido, humorístico, hilário.
Um forte abraço.
Saúde, muita saúde.
Chicão, gaúcho velho de faca na bota, já escrevi muito no outro blog que citaste (um blog de excelentes intenções de um bom amigo nosso) mas agora muito raramente comento lá porque atualmente me falta paciência para ler comentários de radicais dos dois lados que não querem prestar nenhuma atenção no que qualquer um diga que não coincida com suas opiniões próprias...
ResponderExcluirMas, como bem disse o Bortolotto, a aritmética lá te tem sido favorável, assim que roda as boleadeiras e carrega! :)
E qauanto às ilustrações, deves agradecer em primeiro lugar ao grande Alpino, talvez o melhor de nossos chargistas atuais, de quem tomei emprestado a ilustração da abertura, e depois ao ilustre desconhecido que desenhou o gaúcho das boleadeiras. Foi ver as ilustrações e saber imediatamente que estavam na medida para o teu post :)
Um abraço do Mano
Caríssimo,
ResponderExcluirGrato pelo que tu vens fazendo em prol da cultura, e de termos um espaço apropriado, que denomino de oásis cultural.
Neste espaço recuperamos o fôlego, o ânimo, pois falar de política hoje é mais que desgastante, é meio insano!
Na condição de frequentador do blog do nosso amigo Newton há 9 anos, tenho uma espécie de dependência escrita, ou seja, a abstinência de não postar um pitaco me deixa "doidão".
Brincadeiras à parte, e com a permissão dos saudosos Mamonas Assassinas, faz um bom tempo que alimento a minha imaginação, emoções e sentimentos, por conta desses dois blogs extraordinários, sendo um político e outro cultural.
O que mais posso querer na minha aposentadoria para que deixe de ser monótona como anteriormente?!
Escrever mais, simples, além de incomodar a Marli!
Eu acho que não, mas ela não para de me dizer que eu não posso vê-la e já peço alguma coisa ... credo.
Obrigadão, Mano.
Um forte e fraterno abraço.
Saúde, muita saúde junto aos teus amados.
Prezado Bendl,
ResponderExcluirO melhor tradutor que já tive o prazer de ler dizia que todo e qualquer ato de comunicação humana é simplesmente uma “tradução”. Para dar-lhe um exemplo prático desse blábláblá confesso que também muito me diverti com as ilustrações escolhidas pelo Sr. Editor para o seu post. Só que não as “traduzo” como você fez, como uma sequência que vai de uma dura decepção para uma alegre reação. O que me vem à mente quando contemplo essas imagens é o fato de que nos últimos anos perdi a conta dos seus entreveros no tal blog, de quantas vezes você “magoou”, das suas inúmeras despedidas, só para, em seguida, voltar a galope para o abraço (rsrs) Um "caso sério" no qual não vou dar pitaco.
Frequento “blogs políticos” para me informar, para ler artigos plurais e opiniões diferentes do que diariamente encontro nos jornalões, para saber como os outros estão pensando o Brasil, que leitura estão fazendo dos fatos. Assim, lamento quando neles me deparo com “debates políticos” que acabam com a menção das fraldas geriátricas alheias e me chateio com os “xerifes” à esquerda e à direita esculhambando autores sem nem ler-lhes os textos e/ou patrulhando comentários. Ninguém merece ser ofendido pessoalmente ou ler adultos se espancando verbalmente como se fossem adolescentes na triste tentativa diária de entender nossa política pornográfica, de filtrar e driblar a imensa desinformação circundante. Não tenho mais tempo, paciência e senso de humor para tanto. Então... como os blog não me pertencem, como não me cabe pautá-los, como graçasadeus já eduquei as minhas crianças quando chovem os palavrões e o barraco rola, simplesmente passo a evitar tais espaços tóxicos. Acontece que milito no time do Dante: "Segui il tuo corso, e lascia dire le genti".
Agora... temos sim que usar das palavras com muito cuidado ainda mais na internet onde as articulamos preto no branco, sem a ajuda das linguagens gestual e corporal para amaciar a mensagem. Não se pode acreditar, nem por um segundo, que os outros irão decodificar nossas pretinhas como nós as pensamos. Já mencionei por aqui a imagem do copo d’água que os otimistas entendem estar meio cheio e que, em vez, os pessimistas percebem estar meio vazio. É fascinante sacar que as gentes enxergam exatamente a mesma coisa mas a traduzem de formas completamente diferentes. É vital a compreensão de que os bichos homens desse planeta multicultural e multilíngue encaram os mesmos problemas de sete bilhões de maneiras diversas, pois olham para tudo de suas próprias perspectivas únicas, as quais nunca poderemos experimentar porque resultam das experiências de vida de cada um. Não somos capazes de verdadeiramente calçar os sapatos de ninguém.
Abração
Pimentel,
ExcluirO teu comentário, pelo qual agradeço muito, onde abordas a diferença entre mim e você quanto ao aspecto da participação em blogs políticos, vem exatamente ao encontro da definição que faço de mim mesmo, e, que lá pelas tantas, desagrada o Mano e sua amada esposa, a nossa querida amiga, Aninha.
Eu não tenho essa tua superioridade intelectual, cultural, essa bagagem fantástica de viagens mundo afora que, inegavelmente, te caracterizam como uma pessoa muito acima de mim, simples mortal e peleador político, e onde estaria a minha diversão e, claro, decepção ao mesmo tempo.
O meu mundo é pequeno, limitado, ínfimo.
Se eu não puder extrair o mínimo para dar um colorido à minha existência ou mesmo deixando-a monocromática, mas que tenha uma “corzinha” no ocaso, agora, da minha vida, então tenho mais que me tornar um eremita, morar no mato, encontrar uma gruta e esperar a morte chegar.
Se a vida é composta de emoções, sensações e sentimentos, a decepção e a alegria estão embutidas em uma delas ou em duas ou nas três condições que citei, mas elas são inevitáveis e inexoráveis durante o tempo que permanecemos nesta nave cósmica, a Terra.
O debate político me anima, confesso, até porque o ser humano a pratica diariamente!!
Desde o nosso comportamento social à convivência com estranhos, com nossos familiares, esposa e filhos, agimos na maior parte das vezes politicamente.
Ou de forma firme, com posições definidas, convicções inabaláveis ou de maneira mais conciliatória, mais amena ou até mesmo deixando de lado qualquer envolvimento político com a ... política.
Observa, tu teres deixado o blog de lado porque não suportavas mais as peleias diárias foi uma decisão ... política.
A minha disposição é contrária à tua, neste sentido, onde entendo que devo postar as minhas opiniões, ideias, pensamentos, convicções, interpretações e conclusões.
Se, nesse meio tempo, alguém me ofende ou agride ou insulta, vai levar consigo o mesmo como pretendeu me atingir, até mesmo em escala maior, mais contundente e incisiva.
Mas essa pessoa sou eu; é assim que reajo; é dessa forma que passo uma boa parte do meu tempo; é sendo elogiado ou elogiando ou ofendido ou ofendendo, que, ao me dar conta, “tá na hora de dormir não espere mamãe mandar” .... (lembras dessa canção, que fazia a propaganda dos cobertores Parahiba na década de sessenta)?
E, dessa maneira, lá se foi um dia que julgo “produtivo”, bom, pois foi lá e cá, recebendo e devolvendo, aceitando e repudiando textos alheios, porém eu deixando a minha análise sobre esse período que vivemos de injustiças sociais, políticas corruptas e autoridades incompetentes e, evidente, pessoas como eu, que encontram nesse meio que detestas, que te retiraste – muito respeito essa tua decisão -, um certo sentido de como passar o dia, sem necessariamente assistindo TV, jogando cartas, lendo, molhando a grama, levando o lixo, secando a louça, passando uma vassoura na casa, pregando uma tábua que se desprendeu, lavando o carro, fazendo compras no supermercado, pagando contas, conversando com um vizinho e se queixando das dores do corpo como todo bom aposentado!
Pois além de eu fazer o que disse acima, Pimentel – e, lamento, mas confessei que ajudo em casa, e que era um segredo, droga! -, ainda participo do blog político dando meus pitacos, e enfezando uns e outros para meu deleite!
Espia só a diferença que mencionei acima entre mim e você, que deixa de lado a política e viajas pelo mundo, enquanto eu jamais vou poder fazer o que fizeste e fazes, logo, viajo nos conceitos, nas interpretações políticas, nas contendas, no bate boca ou, melhor, no bate tecla (se percebeste, agi politicamente correto nesta última expressão)!
Enfim, evidencias para minha alegria, Pimentel, que até mesmo um oásis cultural pode se transformar em uma arena política.
Se não nos moldes de situação e oposição, porém quanto a frequentar ou não espaços dedicados a esse tema, onde reside a nossa diferença ... política.
Ainda bem!
Forte abraço.
Saúde, muita saúde.
Olá Franciscão amigo,
ResponderExcluirNa verdade a comunicação total será sempre impossível. Se usamos as mesmas palavras quem as lê ou ouve, lê ou ouve com bagagem diferente. Se só ouvida ainda dá tempo de corrigir alguma falha de interpretação porque estamos ali atento ao corpo e sua linguagem. Na escrita é diferente. E ainda deixa provas...
Mesmo em assuntos diet e comentários light como os nossos no Conversas. Eu mesma já fui compreendida de outro modo que o desejado. Mas como somos lidos com carinho e afeto fica tudo resolvido.
Gosto de polêmica, e me lembro dos longos comentário trocados seus e do Moacir trocados com a Ofélia. Eram muito bons. Tinha réplica, tinha tréplica, carinho e afeto como já disse. Onde você milita é diferente. E mesmo fora de lá a intolerância para respeitar, a deseducação para discutir e a falta de delicadeza para se desculpar prejudica ainda mais a precária comunicação.
Como já mostrou Saramago no Cerco de Lisboa a colocação errada de uma vírgula pode mudar a história. Aqui em casa remos um mote, criado por uma criança metida em nossos lençóis numa manhã de adivinhação: É seu filho, burro! Ou É seu filho burro!
Muita saúde e bom humor para você. Polêmicas leves, nada de "porco imundo".(rsrs)
Aos 70 precisamos mesmo é de ser feliz e não de ter razão.
Até muitos mais Gaúchão.
Minha querida amiga, Aninha,
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, e mais ainda me alegro por teres entendido essa croniqueta em tela.
A vida é assim mesmo, de altos e baixos, realizações e frustrações, decepções e satisfações, de amores e desamores, de ronhas e paz.
Pois, a essas variedades de momentos que permeiam a nossa existência, dá-se o nome de circunstâncias ou escolhas pessoais, e de onde somos obrigados, em tese, a extrair o material que vai construir uma vida mais confortável e segura ou embaixo de uma árvore ou marquise e insegura!
Assim agimos, porém menos ainda esperamos que façam o mesmo conosco.
Explico:
As pessoas nos decepcionam, mas ignoramos quando decepcionamos;
As pessoas nos perturbam, mas deixamos de lado quando perturbamos;
As pessoas nos entristecem, mas desconhecemos quando entristecemos;
As pessoas nos alegram e nos deixam felizes ... mas isso era obrigação delas!
Logo, criei essa espécie de defesa quanto me decepciono, alegrando-me e, quando decepciono, FICO FELIZ!!!
Claro, claro, antes que me dês um pontapé e me expulses do Conversas do Mano, explico:
SOMENTE EM CASOS DE DISCUSSÕES POLÍTICAS!!!!
Nas demais ocasiões, eu me comporto, garanto.
Um grande, afetuoso e fraterno abraço, irrepreensivelmente respeitoso.
Saúde prá ti, guria, e o mesmo para teus amados.