Alice e o Gato (imagem Walt Disney Productions) |
Heraldo Palmeira
A vida passou ligeira, impiedosamente ligeira! Por sorte, ela se
cercou da arte e fez artes a vida inteira. Como por impulso incontrolável, por
necessidade gaiata, por estilo de vida, para dar vazão ao espírito livre.
Pincéis e telas das artes plásticas. Tintas e papel e teclados e telas
iluminadas para emaranhar letras. Mãos hábeis para dar destino às reinações do
juízo quente. O jeito de tocar fogo no circo sem deixar queimar a empanada e as
cordas.
A minha sorte dos últimos tempos, conhecê-la sem nunca ter visto,
neste modo pós-antigo de se viver amizades virtuais. Ouvi a voz soando no
infinito digital. Uma ou duas vezes, não mais! Incisiva, fogo e brasa, como se
houvesse uma orquestra vocal e não duas cordinhas de nada.
Percebi algo fora do normal nas trocas de mensagens do grupo.
Escrevi no particular, ela respondeu “Era uma vez uma velhinha que decidiu
fazer os sessenta e nove na pista de dança, com ou sem marido...”, antecipando
o vavavu que estava por vir no resto da missiva.
Ela nunca gostou de comemorar aniversário. Quem sabe por que
diabos, um ano antes já bradava que estaria na pista de dança no dia dos
sessenta e nove – imagino o que vai inventar para os setenta, as apostas estão
abertas.
O anúncio provocou disputas familiares, irmã mandona querendo
levar a fuzarca para o Rio de Janeiro, fechar um lugar, convidar seus próprios amigos
e outras milongas mais. Filho mexendo os pauzinhos por São Paulo, onde conhecia
um “lugar maneiro”. E tudo foi ficando confuso, amigos querendo ir, a certeza
de que chegariam também agregados que ela sequer saberia quem eram...
Matreira como toda boa mineira, previu que a festa poderia desandar
e decidiu pela sua querida Belo Horizonte mesmo. Apareceu no radar uma certa
casa de dança, que seria dividida àquela noite com um velhinho festejando cento
e dois anos!
Ainda mais matreira, ela entendeu que aquilo não ia acabar bem,
não comportaria o entusiasmo que vinha erguendo há um ano para sua festa
inédita. Ora, a regra da casa dizia que o forrobodó rolaria das oito à
meia-noite. “Não sou Gata Borralheira para perder o encanto à meia-noite!”.
Ela gostava do ABBA e de tudo de bom que marcou a era disco. Esse era o repertório que
escolhera para dar o tom da sua noite. Algo que me transportou imediatamente
para minha própria história.
Pensei nas grandes boates – que aprendemos a chamar de discotecas,
que viraram danceterias décadas depois – que marcaram época no eixo Rio-São
Paulo: Hippopotamus, Papagaio, Frenetic Dancin’ Days, New York City, Banana Power,
The Gallery, Sótão... Pensei no sonho estelar de conhecer o Studio 54, em Nova
York, que definiu todos os excessos dos anos 70 naquela usina hedonista sem
freio, e sua lendária da cascata de cocaína.
Pensei também na Apple Discothèque, que marcou época em Natal,
onde atuei como discotecário – que a modernidade transformou em DJ. Uma casa
que virou lenda local, pois não devia nada às melhores do país. Instalações de
altíssimo nível, ar-condicionado central, som espetacular importado, iluminação
deslumbrante e enorme dancing rebaixado
com piso iluminado, luxo supremo! E a linha direta que montei com as lojas de
discos Billboard, Cash Box e Modern Sound – todas fecharam as portas – nos
garantiam um repertório atualizado com os lançamentos musicais mais exclusivos
do mercado internacional. Inclusive do Studio 54.
Fico tentando entender como a crítica foi incapaz de reconhecer uma
música produzida de forma tão espetacular. Músicos estupendos executando
arranjos repletos de naipes de metais e cordas. Uma torrente irresistível
que até hoje nos joga na pista ao som de Bee Gees, Chic, Donna Summer, Village
People, Michael Jackson, Gloria Gaynor, Barry White, Earth, Wind and Fire,
George Benson, Billy Paul, Tavares, Boney M, Grace Jones, Voyage, Sylvester, KC
and The Sunshine Band, Kool & The Gang, Sister Sledge, Tina Charles, Patrick
Hernandez, Santa Esmeralda, Poussez, Roberta Kelly…
Uma onda tão eletrizante que arrastou até Barbra Streisand e o gigante
do pop rock inglês Dire Straits, que acabara de lançar seu primeiro álbum, com
o clássico Sultans of swing. Naquele
momento, não havia melhor cenário para ganhar o mundo.
Naquela noite, Belo Horizonte teria seu revival daqueles tempos e sons memoráveis. O lugar era pequeno,
encantador, duas bandas tocando a partir das onze. Somente amigos e parentes
mais chegados foram arrebanhados pelas redes sociais e começaram a chegar,
convencidos por um convite com a cara da dona da festa: “Vou fazer sessenta e
nove na pista de dança, com banda. Topas? Vou de Uber e volto de SAMU. Quer
carona?”
A irmã mandona e o filho levaram adornos coloridos e brilhantes,
distribuídos entre os presentes. Todos pareciam crianças em festinha de
amiguinho. A aniversariante se dividia entre cumprimentar os amigos, a pista, o
bar para mais uma cerveja e a volta arrastando mais gente para a dança.
Nem teve tempo de comer uns tira-gostos, assim lhe disseram.
Apareceu lá pelo meio da noite um outro aniversariante. Trocaram votos, chapéus
e fatias dos respectivos bolos.
Ela se esbaldou até as quatro da manhã. Tudo ótimo! Desceu as
escadas até o passeio, em algazarra feliz. O abraço da sobrinha que pediu
carona, um rodopio sem música, e as duas estateladas de costas no chão,
agarradinhas, como metades de um mesmo sanduíche. Vencidas por um grande buraco
em volta de uma árvore. A moça sendo levantada com ajuda, a irmã gritando, o
filho correndo para socorrer.
A aniversariante dizendo que estava tudo bem, a perna esticada
para a frente. Daquela posição, ela não enxergava o pé totalmente para o lado,
como se a canela terminasse em toco. Um segurança da casa retirou-a do buraco,
repetindo “Ela estava tão feliz!”, deixando clara sua absoluta decepção –
aquilo não precisava ter acontecido.
De repente, todos sóbrios, quase por milagre. Dois táxis rumando
ligeiros para o pronto-socorro. O socorro ali nem era tão pronto assim, não
havia ortopedista de plantão. Rumaram para outro. Como se não houvesse uma dor
do cão, como se não houvesse uma aflição medonha.
O remédio para dor servido na maca, como entradinha, ela feliz
como se ainda estivesse na festa planejada com tanto esmero. Consolou a
sobrinha mortificada de culpa, acalmou a irmã mandona e a outra irmã atarantadas como baratas tontas, já sem qualquer mando, apenas zelosas. O filho
e o outro filho batendo cabeça em silêncio carinhoso para demonstrar uma calma
tão verdadeira tal a do marido branco como alma – que não ousou ousar não ir à
festa, tem juízo.
O médico com cara séria, já iniciando os primeiros socorros: “É
grave!”. E avisou que iria recolocar o pé destrambelhado no devido lugar.
Fratura dupla do tornozelo. Dezessete horas de espera na maca como antessala da
cirurgia. Ela irremediavelmente feliz, lembrando da festa de uma velhinha
encapetada – o senhor marido diz sempre que o diabo é sábio porque é velho.
A luzerna azulada no teto da sala, imagem como aquela que vemos
nos filmes, médicos azulados e esverdeados ao redor. Ela sequer percebeu a
picada da agulha na veia das costas de uma das mãos, o degrau ascendente na
escala da consciência.
Não estranhou encontrar logo adiante a poetisa de pé quebrado
caindo literalmente no buraco da Alice das maravilhas, a música com notas de
rock soando com baticum distante – como se houvesse um eco.
Adorou passear com Alice e o Gato e o Chapeleiro voando rasante
sobre a festa, encontrar o salvador desconhecido, másculo, forte, falante, que
lhe resgatou do buraco ao pé da árvore. “Ela estava tão feliz, feliz, feliz...!”
– aquele eco de novo!
Passeou sobre uma mesa num ambiente azulado, uma senhora deitada,
inerte, o marido branco de medo e um homem vestido de azul olhando para ela e
para o pé destrambelhado e falando em tom grave “É grave, grave, grave...! –
aquele eco de novo!
A velhinha voadora encapetada ria o tempo todo para Alice e para o
Gato e para o Chapeleiro. Tomou um chá com o gato risonho cor de rosa, ajeitou
o chapéu maluco na cabeça, os cabelos esvoaçantes. Sentia um torpor de coisa
doce misturada ao sangue e seguia como em um coro sensorial, a trilha de Lucy in the Sky with Diamonds.
Subitamente, a alegria de encontrar El Bebedor feliz, a cara dela
mesma! Continuava como se estivesse na festa, ainda mais porque havia aquela
sensação de estar nas nuvens, um meio de caminho bom demais entre nada e lugar
nenhum.
Quando a gente tá contente
Tanto faz o quente
Tanto faz o frio, tanto faz
Que eu me esqueça
Do meu compromisso
Com isso e aquilo que aconteceu
Dez minutos atrás
Dez minutos atrás de uma ideia
Já deu pra uma teia de aranha
crescer
Sua vida na cadeia do pensamento
Que de um momento pro outro
Começa a doer
Quando a gente tá contente
Gente a gente quer pegar
Barata pode ser um barato total
Tudo que você disser
Deve fazer bem
Nada que você comer
Deve fazer mal
Quando a gente tá contente
Nem pensar que tá contente
Nem pensar que tá contente
A gente quer
Nem pensar a gente quer
A gente quer é viver
La, la, la, la, la...
De repente, todo mundo sóbrio, como um despencar em queda livre. A
agulha saindo do vinil parando a música, as marcas da lâmina aguda e fria
gravadas na carne. Um palco vazio e calado, um jejum de silêncio quebrado, pontos
do seu acordo de voltar ao mundo. E o texto desperto pela poetisa do pé
quebrado – não ouviu aquele eco de novo!
Acordou repleta de adornos incorporados, muletas e botas
imobilizadoras no visual. Sem contar placas e parafusos de metal e um bônus
restritivo: dois meses sem pôr o pé no chão. Psicodelia pura! Bobagem para quem
tem a varinha de condão que sempre altera tudo para melhor.
Ela cumpriu a promessa escrita no convite, chegou de Uber e foi embora
de SAMU. Definitivamente, isso não é para qualquer um. Feliz aniversário!
Trechos de:
Barato
total (Gilberto Gil)
Dedicado a:
Ana Nunes, a velhinha encapetada.
Adorei o texto é como amiga e prima sei que é real tudo isto
ResponderExcluirImpossível está velhinha charmosa !!
Parabéns Heraldo pela deliciosa crônica 👏
Léa,
ExcluirObrigado, estou feliz por retratado a aniversariante de forma correta.
Grande Mestre Heraldo,
ResponderExcluirDepois dessa sua beleza de prosa nada mais de tem a dizer. Porém peço a sua licença para desejar que a estrada seja longa para a bailarina “encapetada”, a “velhinha em formação", a “criança nascida faz tempo” às voltas com as formas e cores e pretinhas, a artista que ora é “meamarga, ora é "inteira" ora é "aos pedaços" mas que é sempre... Alice:
"Gentil, gentil como uma corsa;
depois cortês, – cortês com todos, grandes ou pequenos,
ilustres ou grotescos, Rei ou Lagarta,
como se fosse ela mesmo filha de um Rei,
e seus trajes de ouro forjados;
depois, confiante, confiante na vida e nas pessoas,
com toda aquela ilimitada confiança que só os
sonhadores conhecem; e, por fim, CURIOSA –
desvairadamente curiosa,
com um gozo ávido da Vida
que só ocorre nas horas felizes da infância,
quando tudo é novo e justo,
e quando Pecado e Dor são apenas nomes -
palavras vazias que nada significam”
(Lewis Carrol)
Abração
Mais um gol literário mano Heraldo, parabéns!
ExcluirCaríssimo,
ExcluirA aniversariante é muito maior do que qualquer palavra que ousemos lhe dirigir. Abração.
Caríssimo,
ExcluirA aniversariante é muito maior do que qualquer palavra que ousemos lhe dirigir. Abração.
Prezado Autor Sr. HERALDO PALMEIRA,
ResponderExcluirMe associo a Sra. LÉA MELLO E SILVA, acima, em parabenizá-lo por essa excelente Crônica " Feliz Aniversário", dedicada a essa grande Escritora e Artista Plástica, Sra. ANA NUNES, a qual todos nós nos associamos em desejar "Feliz Aniversário e pronta Recuperação".
Realmente no "Conversas do Mano" do Sr. WILSON BAPTISTA JUNIOR, formamos um grupo de Conhecidos Virtuais, com os quais Conversamos de forma muito agradável.
Saudações e um Abração.
Flávio,
ExcluirObrigado, abraço.
Querido Heraldo, ler suas crônicas já se tornou um grande vício em minha vida,de cada história contada, tiro sempre uma lição, um aprendizado.
ResponderExcluirParabéns e muito sucesso!
Patrícia, querida,
ExcluirQue grande prazer que sinto. Essa é a razão e a força da palavra. Obrigado.
A verdade é que a Ana conquistou os leitores e participantes deste blog extraordinário!
ResponderExcluirNão foi só pelo seu talento e vocação às artes e a seus contos, narrativas, crônicas ... não, mas também pelo seu espírito dinâmico, vibrante, alegre e permanentemente jovial.
Ora, como sabemos que o espírito não tem idade e é quem nos impulsiona à vida com vontade ou comedimento, a Ana se mostra um tornado de ideias, pensamentos, fantasias, e viver com ela – o Wilson que o diga – é ter uma existência trepidante que, a meu ver, qualifica esta bela e simpática mulher como eletrizante, humorada e realizada!
Logo, a Ana mais me parece uma jovem em seu apogeu, em seu esplendor, pois une a sua experiência de esposa e mãe reproduzindo em seus textos os seus conhecimentos, as suas interpretações desta vida, do momento atual.
E na sua felicidade, na sua alegria pelo aniversário, simplesmente deixou de se preocupar onde seus pés pisavam, pois o passeio público concerne à prefeitura mantê-lo adequado, então o quebrou porque pisara em falso, onde mais uma vez os governantes mostraram o seu descaso com o povo e contribuinte!
No entanto, a sua verve radiante, humorada, ainda se sai com a célebre expressão:
“Vim de Uber, volto de SAMU!”
Até na dor, a Ana ri das circunstâncias, demonstrando exatamente o seu espírito elevado, pois se o corpo se machuca, a mente não pode ser afetada por ocasiões contrárias à sua alegria, ao domínio que possui da situação, cuja intenção é de se divertir e manter o ambiente ao seu redor na mesma sintonia.
Decididamente não seria um pé quebrado que iria prejudicar o clima tão envolvente do seu aniversário!
E rendeu uma crônica divertida, muito bem feita como sempre, comprovando que estamos diante de uma mulher onde não será o tempo que lhe limitará o dinamismo e a sua inteligência, mas quando ela disser para si mesma como que deverá seguir em frente, se do mesmo modo ou desacelerando a velocidade magnífica da sua mente rica e contagiante!
Pois eu vejo a Ana – na verdade imagino como ela seja, pois não a conheço pessoalmente -, uma mulher muito adiante do seu tempo, avançada, extraordinariamente atualizada e multifuncional.
Uma mulher moderna, como se diz, mas uma jovem, forte, destemida, corajosa, que sobrepuja facilmente as suas dificuldades.
A Ana me lembra uma estudante em seu vestido azul marinho com aquelas dobras, blusa branca, sorriso permanente, animada porque está muito bem preparada para as provas de fim de ano, e sabe que passará por média!
Não vem ao caso a idade que a Ana comemorou.
O importante é que estamos convivendo com uma mulher magnífica, que nos enternece, que nos convida para estarmos ao seu lado e do seu marido como se fôssemos da mesma família, reunidos em torno da lareira da casa e contando nossas histórias, e querendo que este momento se eternize pela paz que nos ocasiona e reflete em cada postagem no Conversas do Mano.
Parabéns ao Palmeira pela homenagem à Ana e oportunidade que temos para registrar a nossa admiração e carinho por esta mulher dinâmica, efervescente, esposa e mãe exemplares, e cuja jovialidade e vibração ultrapassam o tempo.
Pelo que li de autoria da Ana e seus comentários até o dia de hoje, quero cumprimentá-la pelos seus 17 anos, e por ser uma jovem alegre e muito feliz, indiscutivelmente também influência do convívio com o Mano!
Um abraço, Palmeira.
Saúde e paz!
Bendl,
ExcluirObrigado. Abraço.
Olá Heraldo,
ResponderExcluirViu só o que você faz com suas palavras mágicas?
Faz um texto de Alice para uma Rainha de Copas que suscitou um monte de elogios que me deixaram tonta!
Fiquei constrangida, é muita coisa pra gente do meu tamanho. Mas vou guardar para sacar e usar nos meus momentos mais escuros.
E que sorte a nossa nos últimos tempos por ter você nesse cantinho virtual de amigos pós modernos!
Até sempre.
Ana,
ExcluirPalavras mágicas?! Qual nada, a mágica está na sua varinha de condão, ora! Elogios? Apenas reconhecimento verdadeiro de pessoas que lhe querem bem. E sorte grande a minha de estar aqui. Até sempre.
Essa Ana faz jus ao nome. Se Ana significa cheia de graça. Ela realmente é agraciada.
ResponderExcluirAna,
ExcluirA aniversariante tem o dom de transformar as coisas sempre a favor. Agraciada mesmo!
Mais um gol literário mano Heraldo,parabéns!
ResponderExcluirSuzy,
ExcluirPra torcida, mana!
Obrigada
ResponderExcluirLéa pela velhinha charmosa,
Moacir, pela encantadora Alice em quem me transformou, hora meamarga hora inteira aos pedaços, mas sempre Alice,
Flávio Bortolotto, pelos elogios e votos, e o cantinho agradável das "conversas",
Francisco Bendl, que quase se esqueceu do Heraldo para copiar "o eco" e me fazer feliz, feliz...numa bela imagem de quase garota, sempre sempre exagerado,
Ana Carvalho, pelo agraciada.
Ana,
ExcluirA festa é sua, a festa é nossa!
1) Bons nomes de artistas, músicos, cantores e compositores citados.
ResponderExcluir2) Felizes Aniversários ! para todos os autores, comentaristas e leitores deste ótimo blog.
30 Bom fim de semana.
Obrigado, Antonio.
ExcluirDifícil viver sem as crônicas de meu querido amigo HP. Já está reunindo material para um segundo livro, certamente! Para quem ainda não leu, "30 Contos de Réis" é o mais delicioso livro que já li nos últimos tempos. Ali, vocês vão encontrar histórias encantadoras e envolventes como a da nossa querida Ana reportadas com maestria pelo grande escritor Heraldo Palmeira!
ResponderExcluirWA,
ExcluirQuanta generosidade em suas palavras, meu velho querido amigo. Sim, o segundo já está com rabiscos jogados sobre papel, ainda naquele estágio de ganhar forma.
E muito obrigado pelas suas referências a 30 CONTOS DE RÉIS.