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| Fotografia de Jonatan Svensson Glad ( Creative Commons Attribution-Share Alike 4.0 International License) |
Francisco Bendl
O texto
interessante e – como sempre – excepcionalmente bem feito de Ana, “A cor da
terra”, me aguçou a curiosidade para deixar uma questão no ar:
Como que
seria este planeta, a sua terra, que pisamos, cultivamos, e dela colhemos os
frutos para nossa sobrevivência, se não fosse colorida?!
Monocromática
ou duas e mais outra cor?!
A própria
palavra “colorida” já significa um espetáculo à parte, por exemplo:
Vida
colorida, uma existência feliz, radiante;
Filme
colorido, que motivou o espectador a ir ao cinema, e admirar as cores em tela
grande;
Espetáculo
colorido, ou seja, esfuziante, alegre.
As cores que
usamos nas roupas, as que mais preferimos, os tons de milhares de cores usadas
nos veículos, nos aviões, nos navios.
As cores dos
eletrodomésticos, e os aperfeiçoamentos tecnológicos das TVS 4k, que dão vida
às cores, tornando-as quase como o olho humano na perfeição de suas reproduções...
As cores das
cortinas, dos lençóis, das colchas, das toalhas de banho e mesa...
As cores dos
sofás, das poltronas, dos assentos, das cadeiras, das peças que compõem um
banheiro bem agradável com seus tapetes, cobertura do vaso, cortina do chuveiro...
As cores do
ser humano!
Branca,
negra, amarela, vermelha, cor de cuia, morena jambo, loira ou loura, loira de
farmácia, também. Da mesma forma as cores do cabelo, desde preto graúna, cor de
trigo, caju, castanho, ruivos, acinzentados, fios brancos, até mesmo pintados
na cor de vinho!
O mundo é
uma explosão de cores, onde as duas que mais nossos olhos estão acostumados é o
verde e o azul, que na verdade não é a cor do céu mas, vá lá.
E as cores
dos nossos olhos, que enxergam essas tonalidades que não temos ideia de quantas
existem?!
Olhos azuis,
verdes, castanhos, pretos, esverdeados, azulados, e brancos, quando a catarata
os invade...
Até a água
tem cor??!!
Azul, verde,
marrom, branca, transparente...
E as cores
que pintamos os prédios, seus telhados, portas, muros, as garagens...
Qual seria a
mais bela de todas as cores que conhecemos?
A cor do
ouro, do diamante, do rubi, da esmeralda, da opala...?
E que lindas
as cores dos animais!
O tigre,
então, dá a impressão que Deus foi muito generoso com a beleza dessa espécie!
O urso
Panda?
As araras
coloridas e a famosa azul?
Os papagaios,
verdes, vermelhos, amarelos...
E que tal a
cauda do pavão quando aberta, mostrando o esplendor da Natureza com suas cores
belíssimas e únicas?!
E dos gatos
angorás, brancos?
Dos siameses
e seus olhos coloridos?
E de um
cavalo baio ou tordilho ou malhado?!
E a dos
cães, tipo o maravilhoso pelo do Golden Retriever?!
E tem cada
vira-lata bonito...
E as cores
do sol, ora dourado, amarelo, avermelhado... e que tal o pôr do sol ou quando
desponta pela manhã com seu fulgor e vida?!
Por falar
nisso, qual seria a cor da vida?
Do amor?
Do afeto?
Do ódio?
Da vingança?
Certa feita,
um cego havia perguntado como que poderia saber sobre as cores através do tato.
Uma pessoa
inteligente, sensível, pegou-lhe a mão e a colocou sobre um cubo de gelo,
dizendo que era azul, frio; fez o mesmo com um palito de fósforo aceso, que o
deficiente físico passou o dedo rapidamente, para dizer que seria o vermelho,
quente. Da mesma forma, passou-lhe no rosto um ramo de grama macia, e disse que
era o verde.
Brilhante
ideia.
A Ana não me
surpreende mais com suas crônicas maravilhosas, que nos fazem pensar, meditar,
e brotar ideias e pensamentos que jamais teríamos durante nossos dia a dia (eu,
pelo menos, nunca me imaginei escrevendo sobre cores).
Curiosamente,
as palavras também têm cores!
Escrevemos
com tinta azul, preta, vermelha, verde, marrom, lilás, roxa, rosa... e temos os
lápis coloridos, que nos encantavam quando éramos crianças!
Os idosos
perderam esta alegria das cores, substituindo-as pelo cinza? Pelo opaco? Pelas
sem graça cores pastéis?!
Bom, o meu
time é o Internacional, de Porto Alegre, que tem as cores vermelha e branca!
Parabéns,
Ana, pelo texto, pela mensagem, pelas cores exuberantes desta tua obra, que
admirei muito e me fez meditar a respeito.
Aliás, este
é o papel do verdadeiro escritor, quando nos faz pensar, dar asas à imaginação,
quando nos obriga a brotar de dentro de nós mesmos ideias e pensamentos que
jamais nos passariam pela mente , ainda mais coloridos!
E, falando
de cores, deixo vocês na companhia da Joan Baez:
Aí Francisco Bendl!
ResponderExcluirRugindo aqui também, hem!!? !E não ponha a culpa em mim não! Assuma a responbilidade do seu ato.
Você pos a cor em tudo, até nos sentimentos. Que cor teria o Conversas?
Parabéns muitos!
Até sempre.
1) Belo texto do Chicão. Parabéns !
ResponderExcluir2) A meu ver, ótima pergunta: se não existissem cores não existiria Vida, pois Vida é plural e tem múltiplas cores
3)Nós seres humanos também, temos várias cores e combinações de cores, por exemplo, além das variantes da cor da pele e dos cabelos:
4)Temos a saliva que pode ser incolor, mas dependendo do Estado de Saúde pode ter outras cores, idem com o catarro, o escarro, o cocô, o xixi... (licença abordar o assunto, mas é pura verdade, desculpem)o sangue etc...
5) Ou seja a Vida, a Natureza é multiplamente colorida, plural, donde deduzimos que se não existissem cores, não existiria vida, nem Planeta, nem cosmos, nem universos...
6)Até o nada, o vazio tem cores, conforme os zen-budistas dizem... tema meu mais adiante.
7) Bom domingo a todos (as). Multicoloridos (as) !
Meu amigo e professor Rocha,
ExcluirObrigado pelo comentário.
Fico pensando se o mundo fosse monocromático, que chatice seria viver!
Como de resto, e aproveitando a tua "deixa", qualquer dias desses me animo e faço um artigo sobre cheiros, fedor, aromas, fragrâncias ...
Acho que, se alguém se atrevesse a dar cor à vida, ela teria de ser todas as possíveis e imagináveis, e que cada um de nós resgatasse aquela que mais gosta.
Agora, uma vez que gostas desse assunto, religião, que obra fantástico nos transformamos para ter esta capacidade de ver em cores o Universo, o mundo onde vivemos, as cores das pessoas, da Natureza, e até dos sentimentos!
"Que pessoa encardida", por exemplo.
"Ficou vermelho como uma beterraba".
"Branco como uma folha de papel".
Um forte abraço, com as cores da paz e da saúde, meu caro.
Prezado Autor Sr. Francisco Bendl,
ResponderExcluirComentando o belo Artigo da grande Artista Plástica Sra. Ana Nunes sobre as cores observadas nos cortes de terrenos do metalífero solo de Minas Gerais, em cima de uma Obra Prima, fizestes outra, com muita criatividade.
E nesta época do Torneio Internacional de Futebol, aonde a Alemanha desafia outras 31 Seleções Nacionais, a TV colorida, que para nós Brasileiros estreiou em 1970, outro espetáculo de cores, tudo partindo das cores básicas, Vermelho, Verde e Azul.
Sobre cores e’ interessante a observação do.grande Inventor e massificador do Automóvel, Sr. Henry Ford que dizia, podem escolher qualquer cor, desde que seja Preto.
Outro aspecto interessante são as cores dos Balanços Patrimoniais, números pretos para o Lucro, Vermelho para o Prejuízo.
Que nossos Balanços sejam sempre bem Pretos.
Abração.
Mestre Bortolotto,
ExcluirObrigado pela tua participação neste blog extraordinário.
Ler os teus comentários é pintar o dia com as cores mais belas, mas significantes, mais enternecedoras.
Cores que nos impulsionam à frente, que nos incentivam, que nos fazem seguir adiante com nossos planos, invariavelmente amarelos antes dos sinais de pare ou siga!
A tua amabilidade, generosidade com os textos alheios, nos deixam extasiados porque pintados com muito gosto, sem exageros ou suavidades em demasia, exatamente de acordo como enxergas como devem ser as relações entre pessoas que se respeitam, que se gostam, que se admiram, logo, um festival de tonalidades que se combinam dando ao ambiente - Conversas do Mano - um requinte inigualável.
Um grande abraço, que deixe vermelho, sem ar, apertado.
Saúde e paz.
Aninha,
ResponderExcluirA cor do Conversas do Mano não é uma só, mas um caleidoscópio!
O blog assume a cor que preferimos, e desenhos que nos encantam.
Participar deste espaço é estar em um mundo de cores vibrantes, de tonalidades exuberantes, de um colorido inigualável!
E, claro, quem dá as pinceladas que admiramos és tu, com a tua sensibilidade, habilidade com o lápis em desenhos que reverenciamos e textos que nos inebriam.
Então a facilidade depois para aproveitarmos a qualidade que deixas e postarmos nossos rabiscos, só isso.
Por exemplo, uma semana multicolorida para todos nós, que ora inicia.
Realizações, alegrias, problemas resolvidos, todos saudáveis, e enfrentarmos o dia a dia resolutos, pintando cada período com as matizes adequadas e próprias de cada horário e momento.
E, claro, que a cor do amor seja a que prepondere entre nós durante os sete dias da semana!
Um abração, menina.
Saúde e paz, extensivo aos teus amados.
Bendl,
ResponderExcluirParabéns pelo belo artigo! Você pode até não ter o gogó de um Pavarotti mas bate um bolão quando resolve teclar (rsrs) Pena que as suas pretinhas sejam tão raras! Depois das suas, tão bem descritas, falar das cores seria uma bobice e então vamos às suas questões: como seria um mundo sem cores? Preto ou branco? No mundo da luz a soma de todas as cores é igual ao branco e o preto é a ausência de qualquer luz visível. Mas, por outro lado, no mundo das tintas, todas as cores adicionadas resultam em negro e o branco é a total ausência de cor (rsrs) A cegueira seria branca como aquela inventada por Saramago ou seria preta como quando apagamos a luz? Não sei. Mas é mais difícil ainda imaginar um mundo incolor!
A vida ou a falta dela em Terra descolorida seria triste, insossa, chata, depressiva, monótona, desprovida de diversidade, tudo e todos em uma imensa mesmice. Seríamos forçados a distinguir nossos gostos e desgostos através das diferentes formas, tamanhos ou texturas e passaríamos a preferir as coisas mais ou menos circulares ou quadradas, grandes ou pequenas, macias ou ásperas (rsrs) Complicado!
Suas perguntas me fizeram lembrar de um filme de nome O Doador, uma ficção científica sobre uma comunidade onde todos vivem de bem com uma vida cinzenta porque conhecem apenas o agora: o passado e todas as lembranças do antigo mundo colorido tinham sido apagadas de suas mentes. Um único cidadão é o guardião da antiga memória coletiva, com o objetivo de aconselhar os governantes nas horas difíceis. E então um garoto de doze anos começa a ser treinado por esse velho senhor - que mora sozinho rodeado de livros - para ser o próximo oráculo. O Doador das memórias da tribo lhe apresenta, pouco a pouco, o universo extraordinário que lhe fora roubado. O moleque se encanta com o espectro completo das cores! Bombardeado com vislumbres reveladores da rica tapeçaria da experiência humana, com as memórias de toda a humanidade , com a força do espírito humano, o carinha entende que as pessoas da sua comunidade tinham escolhido desistir da liberdade de sentir e pensar como indivíduos, de todas as coloridas memórias e demoções para alcançar a harmonia e a igualdade social. Como se uma névoa fosse se dissipando ao seu redor, ele é apresentado à complexidade do conhecimento, às nuances da vida e tem que fazer uma escolha: ficar ou fugir. Somos nós que decidimos o final do enredo tanto nesse filme quanto na vida. Finalmente, os “velhinhos em formação” não perdem "esta alegria das cores". Como dizem os poetas em uma canção que meus curumins adoravam e os curumins deles mais ainda: é só que um dia, começando pelos nossos cabelos, "o mundo descolorirá"...
https://www.youtube.com/watch?v=njcAOjJayoE
Obrigado e abração
Pimentel,
ResponderExcluirEste blog, Conversas do Mano, nos trouxe um colorido à vida ultimamente!
A cor da velhice é cinzenta, opaca, sem brilho, assim como um olho com catarata.
A pele enrugada, sem brilho, sem o antigo tônus muscular, flácida, amarelada - o avançar da idade vai nos tirando as cores pessoais, na razão direta que o mundo a passa a ter menos tons para nós, os idosos.
Mas, surgiu o Wilson e o seu Conversas, e pintou o quadro gasto e e indefinido que estava na parede de nossa existência, dando-lhe as formas originais e suas cores que antes tanto admirávamos!
Sim, isso mesmo:
REMOÇAMOS!
A começar que eu nunca antes imaginei que fosse apreciar artigos sobre pinturas e esculturas, e tu me fizeste arquivar os teus textos, que não só passei a gostar como perceber o quanto são importantes!
E as crônicas da Ana, Domingos, Heraldo, do Mano, que exibem cores belíssimas e contrastes de muito bom gosto?!
Os comentários, então, primorosos nas suas arquiteturas, nas mensagens deixadas, nos recados dados!
O blog tem cores próprias e formas únicas, logo, somos parte deste oásis cultural, deste descanso mental, desta satisfação de ler e de nos comunicarmos com pessoas incomparáveis!
Indiscutivelmente o mundo para nós fica mais colorido, não mais tão monótono quanto antes, tendo cores vibrantes, novas, que representam a alegria que temos de poder compartilhar o que escrevemos com as demais pessoas, nossos amigos, que sequer os conhecemos pessoalmente.
Obrigado pelo comentário, e pela lembrança do guri, que será o depositário da memória da sua comunidade, e que terá como função transmitir para outro sucessor o que lhe foi relatado, pincelando a vida do seu pessoal com as cores da esperança, da fé, da liberdade, da independência.
Um forte abraço, Pimentel.
Saúde e paz.