Eleodoro Marenco - Viejito mateando (imagem Pinterest) |
FranciscoBendl
Quinta-feira,
2 de agosto de 2018.
A
temperatura diminuiu de ontem para cá!
O relógio
marca sete horas e a temperatura está 4º Celsius! Faz muito frio, mesmo com o
dia apontando um sol exuberante.
Os Estados
que compõem a Região Sul do Brasil têm seus invernos bem demarcados.
Nas
localidades serranas, invariavelmente a temperatura é menor de cinco a oito
graus Celsius!
Aqui, perto
de onde moro, Gramado, a apenas sessenta quilômetros da minha cidade, se hoje
está a quatro graus, lá a noite deve ter sido de zero grau ou até menos!
Enfrentar
essas baixas temperaturas não é para qualquer vivente.
Levantar
pela manhã para ir trabalhar ou a gurizada ter de ir para a escola é problema.
Mesmo para
os idosos, que estão aposentados e em casa, sem terem de aumentar os seus
parcos vencimentos TRABALHANDO, o frio não é mais suportado como antes, óbvio,
pela falta de energia corporal, por não se mexerem, por ficarem encarangados
pelos cantos da casa.
O que ajuda
sobremaneira a esquentar a casa, por mais humilde que seja, é o bendito fogão a
lenha!
Usado no RS
em quase todas as residências – difícil é tê-lo em apartamentos -, quinze
quilos de lenha custam dez reais e um metro cúbico oitenta, que é muita lenha,
só para quem reside em casa para ter essa quantidade de material.
E temos as
roupas adequadas para o inverno:
Cuecão,
camisetas, calças de lã, botas, moletons, casacos de lã, sobretudo, jaquetas
forradas, botas forradas com lã de ovelha, mantas, luvas de couro e lã. Sem
exageros, mas se despir um gaúcho no inverno rigoroso, ele tem vinte quilos de
roupa!!!
Logo, somos
a Região com o menor crescimento vegetativo do país, pois até fazer “amor” e
sair debaixo das cobertas para um banho é dureza, enquanto o corpo pede...
moleza, se é que me entendem.
O negócio é
dormir até com a roupa que se está e, claro, se houver o cobertor de orelha
melhor ainda nessas ocasiões.
Uma das
dificuldades quase que intransponíveis para os sulistas é... o banho!
Verdade, a
água congela nos canos e não desce pelo chuveiro!
Mesmo que
houvesse, que estivesse líquida e não congelada, não há chuveiro elétrico que a
esquente!!!
E tirar a
roupa, ficar pelado... nem que fosse pagar promessa!!!
Alguns mais
atrevidos ou meio que sujismundos – lembram? – se lavam com toalha!!!
Passa atrás
da orelha, nas virilhas, nas axilas... perfume – o mais vendido é Amor Gaúcho,
mas bah!
O cara tá
novo, lépido e faceiro!!!
Mesmo os
chuveiros aquecidos com caldeira, lenha ou diesel, a água quente até chegar no
banheiro esfriou, um problema sério para os hotéis na serra, onde a portaria se
vê meio doida para atender as reclamações dos hóspedes:
- Não tem água quente nesta espelunca?
Independente
da categoria do hotel, os protestos são inevitáveis.
Alguns
atendentes, os mais humorados, se divertem com os mais exaltados:
- Como não está quente a água, meu senhor? Aqui, no RS está para
pelar porco!
Justamente
em razão do frio, o alimento do gaúcho deve ser forte, encorpado, que lhe
proporcione muita energia.
Então entra
em cena o carboidrato:
Massas,
polenta, arroz, feijão mexido, doces – Pelotas, mais ao Sul do RS, tem a famosa
Feira Nacional do Doce, qualquer coisa parecida como a antessala do paraíso!
E seguimos
com pinhão, muito chimarrão, muito churrasco – qualquer moradia no RS, aos domingos, o
churrasco é obrigação!
E a carne
consumida é a costela, seguida de salsichão.
O pão não
nos acompanha, mas a maionese – salada de batatas - é imprescindível (pão, quem
os devora são uruguaios e argentinos. Café com pão, sopa com pão, carne com
pão, refeições tem de ter pão, pipoca com pão, sobremesa com pão, água com pão,
vinho com pão ... impressionante)!
E adoramos
sopa!
A
indefectível sopa de capeletti é inegociável ou, então, o sopão, um prato
vigoroso com vegetais, legumes, arroz ou massa, e carne de peito, que o
italiano chama de “carne lessa”, que pode ser servida dentro do sopão ou até
fora.
Alguns ainda
misturam a essa sopa incrementadíssima o feijão, que lhe dá um sabor melhor
ainda.
Um detalhe:
Quem quiser
saborear algo novo, que o levará às nuvens em termos de sopa – para quem gosta,
lógico -, uma vez o prato fundo estar servido com esta especiaria, adicione uma
colher de sopa com vinho, que deve ser tinto e seco, e queijo ralado, à
vontade!
Nooooossssaaaaa!
O cara sai
da mesa limpando os beiços, de tão bom que fica a sopa com vinho, mas em
quantidade que recomendei, caso contrário se toma vinho com sopa!
Bom, com
essas providências levadas a efeito, o gaúcho encara o inverno naturalmente.
E, aos fins
de semana, além de ter passado frio nos dias úteis, sobe a serra para buscar a
neve, o espetáculo da natureza, que deixa extasiado o turista que nos visita
nesta época do ano.
Evidente que
o inverno e suas belezas naturais cobram o preço, e é caro, na maioria das
vezes.
Hospitais
lotados; crianças fortemente gripadas; adultos doentes e com pneumonia; idosos
gelados; motoristas tão encasacados que os movimentos na direção do veículo são
lentas, então as colisões; a falta de reflexo porque o cara tá esfregando as
mãos ou as pernas; os pés ficam dormentes, logo, o corpo não esquenta; até o
carro reina no inverno!
Tenho pena
invariavelmente dos animais.
Ficando ao
relento, haja condição orgânica para aguentar a geada, a neve, o vento, as intempéries.
O gado ou a
rês, cavalos, cachorros, gatos, a bicharada sofre.
Meio-dia.
Tô com fome.
A Marli me
chamou uma duas vezes para ir almoçar, mas eu quero terminar esta crônica, e
depois me atirar no sofá com um cobertor até o nariz!
A boia tá
boa.
Uma bela
sopa de agnolini (a grosso modo, trata-se de um capeletti menor, a massa é um
pouco diferente, mas se encontra com carne de gado ou frango, o melhor, para o
meu gosto), arroz, feijão, salada e... BIFE À MILANESA!!!
A Marli
custa a fazer esta iguaria, o bife à milanesa. Ela sabe que eu detono com eles,
e a melhor maneira de devorá-los é com batatas fritas e ovos fritos, ou seja,
maravilhoso para o colesterol ruim, pois só fritura!
Não tô nem
aí para a saúde.
O gosto
comendo essa especialidade suplanta os problemas físicos no futuro!!!
..........
A Marli
estragou o meu almoço, pois me deixou comer apenas quatro bifes, e depois os
tirou da minha frente!
E não fez a
batata e os ovos, que implorei!!!
Ainda não
entendo as mulheres, mesmo estando casado com uma há quarenta e oito anos!
Se eu comer
morrerei do mesmo jeito, assim como se não comer irei mais cedo, logo, vamos
comer!
Não!
- Chico, isso faz mal, isso engorda, isso dá azia, isso não é bom.
De novo te lambuzando com quindins??!!
A voz de
advertência soa como uma sirene desafinada, que interrompe qualquer apetite!!!
Ora, bolas,
nessas alturas exigir que eu me cuide é o mesmo que pedir para o Neymar não
cair durante os jogos de futebol!!!!
Prestem
atenção, por favor:
Se, no
inverno, a Marli me observa o que eu como e gosto, e me impede de ter os
prazeres da gastronomia, imaginem no verão, que, se for o caso, eu me mudo para
a Síria em busca de sorvete!!!
Enfim, chego
à conclusão que o Budismo está certo (alô, meu amigo Rocha)!
Um gaúcho
queria viver para sempre.
Indicaram-lhe
um mestre budista, que teria condições de lhe dizer como deveria fazer para
lograr êxito na sua intenção.
Encontrou o
monge, e lhe perguntou:
- Mestre, como faço para viver para sempre?
O monge
coçou o queixo, tamborilou os dedos na cadeira onde estava, pensou, e
respondeu:
- Case!
- Quer dizer que, se eu casar viverei para sempre?!
- Não, claro que não, mas a vontade passará!!!
BOM INVERNO
PARA TODOS!
1) Feliz inverno para todos nós Chicão. Obrigado pela referência ao meu nome e ao meu querido Budismo.
ResponderExcluir2)Alegremente, às vezes penso que, nasci nesta vida, por estas bandas tupiniquins para divulgar o Darma (a Doutrina budista) e aprender o Espiritismo, que são muito parecidos.
3)Eu, pernambucano, sofria demais com o frio. Aqui no bairro de Santa Teresa,RJ, mais ou menos 200 metros acima do nível do mar, o frio e a umidade são intensos, acrescente-se as árvores e a floresta perto.
4)Então uma vez, eu fui conversar com uma "assistente de Mestre" da PL - Perfect Liberty. Contei-lhe do meu sofrimento e impaciência com o frio. E ela acertou em cheio.
5)Disse-me que, além das condições climáticas naturais da época e local, eu tinha aversão ao inverno, ao frio, eu não gostava do inverno e com esta atitude eu estava brigando com o Tempo que é Deus/Buda/etc.Eu precisava aceitar a Natureza.
5)Passei então a amar o inverno. Fazer declarações de amor ao tempo frio e fui ficando mais resistente às baixas temperaturas e hoje, às 04:30 da manhã, quando vou lecionar, tomo banho quente e faço, debaixo do chuveiro, a Meditação da Gratidão ao banho quente/morno. Depois vou trabalhar na Baixada Fluminense.
6) Tem dado certo e... viva o Inverno e as outras estações também.
Prezado Rocha,
ResponderExcluirGrato pelo comentário.
O inverno é bom, mas precisamos estar preparados.
O frio do RS é intenso e em todo o Estado, enquanto em Santa Catarina é somente na serra.
A nossa fronteira e região da campanha são frias, com temperaturas sempre em zero grau ou menos no rigor do inverno.
Até Porto Alegre JÁ NEVOU!!!
Em 84, à tarde, começou a cair os flocos de gelo - saiu no JN -, que duraram mais de meia hora e deixou a cidade branca, um cartão postal europeu!
Agora, frio mesmo, passei no Exército!
Olha, ficar de sentinela com temperaturas de zero grau é uma tortura!
E o banho?
No quartel não há CHUVEIRO QUENTE, pelo menos na minha época!!!
Para entrar embaixo d'água só na base do berro!!!
Mas, prefiro o inverno ao verão.
No verão não tem onde se esconder, mesmo com ar-condicionado ligado em temperatura glacial.
No inverno, um cobertor e uma estufa ligada e tá feito.
O problema é sair à rua, ainda mais com vento.
Um abração, Rocha.
Saúde e paz.
Olá Francisco Bendl dos Pampas gelados,
ResponderExcluirBela descrição do seu inverno. Se um dia eu passar uma temporada fria por essas bandas vou ficar do seu tamanho!
E com esse tanto de roupa, menos o cuecão, e baixinha, não vou andar, vou rolar...em Rolante! Só vou sentir falta do pão. Como você disse, sou do pão no café da manhã, no da tarde e no lanche. Pão conTUDO!
E por que será que estamos casados há uma eternidade?
Saúde, paz e abraço. Experimente o pão!
Minha prezada Aninha,
ResponderExcluirPrecisarás de muitos invernos no RS para ficar do meu tamanho!!!!
Gosto de pão, mas não nas refeições, nem na sopa.
O pão é para sanduíche, comê-lo com ovos fritos, com manteiga e depois no forno ... uma delícia.
Quanto ao casamento nosso durar tanto tempo, quer dizer, o meu com a Marli e tu com o Mano, lógico, acredito que se deve a valores que colocamos acima de nossos interesses, conveniências e sentimentos pessoais.
A família se tornou a nossa prioridade, a nossa vida e, em nome dela, deveríamos nos esforçar permanentemente para sua união!
Deu certo, pois estamos com mais de quarenta anos de casados, porém eu sendo mais "experiente" neste particular, pois tenho com a Marli 48 anos que estamos juntos, um ao lado do outro, para o que der e vier!
Agora, quase meio século de união é um tempo que precisa ser considerado.
Não é para qualquer casal.
E não que os atuais cônjuges sejam diferentes de nós, não, mas o modo de vida que hoje se leva, com essa velocidade para trabalhar, se manter, cuidar de filhos, pagar os compromissos, preocupar-se em não perder o emprego, de não ser assaltado, de não se ser morto no trânsito, inegavelmente leva o casal a ter estresses repetidamente.
E sobre para um dos dois quando a situação está difícil, principalmente quando falta dinheiro.
Na razão direta que estamos aposentados, que a nossa existência está de certo modo tranquila, sem os sobressaltos do passado, os filhos e netos nos confiscaram nossos corações e mentes, logo, queremos mais do que nunca que este casamento perdure eternamente, pois não queremos perder a companhia deles, claro!
Ora, uma nova relação depois de tanto tempo junto com outra mulher, meu caso, e tu com outro homem, teríamos de abrir de quem mais amamos, então tal pensamento não frequenta o nosso cérebro, pelo contrário, o rejeitamos com decisão.
E, depois, pensa bem, Aninha, como conseguiremos a mesma intimidade que temos com os nossos cônjuges?!
Nem pensar!!!
Enfim, depois de alguns anos onde as tempestades passam e vem a calmaria, o tempo bom e firme;
quando o casamento atinge a sua estabilidade;
quando não mais estamos sujeitos às tentações;
o matrimônio é a melhor atitude do homem e da mulher, indiscutivelmente.
Mas, desse jeito, unidos, pois o contrário, casa, separa, casa, separa, dá muita incomodação.
Não que eu seja contra a separação, haja vista que em alguns casos é irremediável, mas o casal não pode se separar à toa, sem maiores motivos, ainda mais se existem filhos nesta união.
Bom, é o que penso, Aninha.
Um forte abraço, respeitoso, como sempre.
Saúde e paz, extensivo aos teus amados.
Para nós que somos do tempo em que as pontes tinham telhado, e como eram lindas essas pontes com telhado, essa bela crônica sobre o inverno na serra Riograndense, e no Rio Grande todo, tão bem escrita pelo Sr. FRANCISCO BENDL, nos lembra que o inverno Riograndense é também muito chuvoso.
ResponderExcluirE chuva prolongada de inverno nos lembra acorrentar os pneus, e seu som característico na estrada, tchak, tchak, tchak, tchak, tchak........
E no inverno realmente o apetite redobra.
E nós somos como a Sra. ANA NUNES, os Uruguaios e Argentinos, adicionamos pão em todas as refeições.
Mas o Autor comete injustiça com a Prof. Sra. MARLI, que tem um excelente bom gosto para Refeições, sopa de capeletti com bom queijo parmesão, carne Lessa com krem , divinos bifes a milanesa, etc, mas mais do que quatro com acompanhamento é exagero, Sr. BENDL. Está certa a sra. MARLI.
Abração.
Bendl,
ResponderExcluirTambém eu gosto das mudanças provocadas pelas diversas estações nas paisagens e nas mesas. Se bem que o inverno que rola nas minhas paragens é ameno e até dá praia (rsrs) Inverno mesmo, para valer, abaixo de zero, só encontro pelas minhas andanças.
Confesso que fiquei cansado só de ler sobre o guarda-roupa invernal dos pampas. Como viajar leve é preciso, todo o meu “kit” de inverno mora numa mala que tem rodinhas mas que também pode ser levada nas costas e não pesa mais do que doze quilos. Além de três suéteres, duas jeans, algumas camisas, cachecol e luvas e meias, os itens obrigatórios são dois: um bom casaco insuflado e várias “segundas peles”. Explico: trata-se de um conjunto de calça e camiseta de mangas compridas feito com um tecido super leve e aderente e quente. Os mergulhadores de águas profundas e geladas, as usam por baixo daqueles macacões de borracha. As peças são vendidas nas lojas esportivas e, acredite, são tiro e queda contra o frio dispensando roupas pesadas, lãs grossas e que tais. Uma camisa social de mangas compridas e colarinho abotoado, um suéter e o casaco dão conta do recado. Só tem um senão: tem que tomar banho e trocar de “pele” suada diariamente (rsrs)
E last but not least, sossegue: quando você come bifes à milanesa – aqui em casa eles se chamam “panados” - já está comendo ovos (rsrs) A minha senhora acaba de me garantir que não se pode “empanar” carnes sem eles.
Valeu, bom apetite e abração
Pimentel, meu caro,
ExcluirGrato pelo comentário.
Tu, nas tuas andanças mundo afora, precisas mesmo de praticidade, que começa nas roupas a serem levadas nas viagens.
Até porque sempre se compra uma peça nova por onde se vai, que seja condizente com a temperatura da estação.
Quanto à questão das roupas pesadas no inverno, lembro que tem um detalhe de suma importância para quem trabalha:
a elegância!
Nos homens, a gravata com terno e sobretudo e, nas mulheres, os vestidos ou saias acompanhados de casacões.
A esportividade que mencionaste é para pessoas que não precisam se apresentar tão bem arrumadas, então concordo contigo que existem vestimentas bem mais leves e que aquecem, porém informais.
Quanto aos bifes "empanados", de fato, sem ovos eles não existem.
Mas, ficam mais saborosos com ovos fritos e batatas fritas, para o meu gosto, claro.
Outra forma de fazê-los é com a bolacha Cream Craker, amassada com um rolo de fazer massa, deixando-a quase como farinha.
Uma iguaria, apesar do trabalho adicional.
Ah, naturalmente, a carne apropriada é a alcatra, pois macia e se pode cortar bifes maiores.
E para onde será a tua próxima viagem?
Europa, Ásia, África, Oceania ou ficarás no continente americano?
E, nessas andanças tuas pelos sete mares, qual foi a cidade mais estranha que tiveste ou que mais te chamou a atenção (não vale Paris)?
Um forte abraço, Pimentel.
Saúde e paz.
Mestre Bortolotto,
ResponderExcluirMuito obrigado pelo comentário.
O inverno é mesmo uma estação do ano onde os exageros são praticados.
Tanto faz na alimentação quanto nas roupas que se veste, o ser humano está à mercê do tempo, que precisa ser enfrentado, em razão dos compromissos que temos diariamente.
E como o corpo precisa de energia, os alimentos são mais consumidos, mais substanciais, mais calóricos.
Resultado:
Um sobrepeso natural depois de três meses de frio, chuva, vento, e desconforto.
Agora, quanto aos bifes à milanesa ou, como eu os denomino, de alinamesa, mestre Bortolotto, um dia deverás vir à minha casa e experimentar um deles!
A Marli usa farinha de pão, e não de rosca, e eles são muito apetitosos, muito saborosos, a ponto que ela sabe que eu os detono quando faz a célebre refeição.
Em Taquara, uma cidade distante de Rolante 20 quilômetros apenas, porém bem maior, existe um restaurante famoso.
Prato servido, e só este:
Arroz, feijão, salada de maionese, tomate, alface, carne de panela, ovos fritos, batatas fritas, bifes na chapa e à milanesa.
Ah, à vontade!!!
O nome do restaurante é Topo Gigio (tá no Google).
Lembra desse personagem, um ratinho, orelhudo, que fez sucesso na Globo na década de setenta?
A voz pertencia ao falecido Agildo Ribeiro.
Enfim, ando eu implorando que a Marli faça os bifes de novo, pois inigualáveis.
Digo mais:
Apenas dois pratos eu não os trocaria pelo nosso fantástico churrasco, que seriam a tainha grelhada e bife à milanesa.
Uma tainha na grelha, temperada só com sal e limão, certamente deve ser o prato de entrada para os que vão para o céu!
Como principal, bife à milanesa.
Um grande abraço, mestre Bortolotto.
Saúde e paz.
Chicão, apesar de ter sido criado comendo bifes à milanesa, e concordar contigo sobre a tainha grelhada (saudades de Florianópolis, nas épocas da corrida das tainhas, muito bem preparadas pela mãe de um amigo, grande cozinheira), devo dar razão à Dona Marli, nas suas persistentes mas pouco resultantes tentativas de controlar o apetite do marido que ama e não quer perder antes da hora...
ResponderExcluirUm abraço do Mano
Meu caro amigo Mano,
ResponderExcluirA questão se resume sempre nas razões pelas quais as esposas não atendem seus maridos nos pedidos que lhes são feitos!
Ora, depois de quase meio século juntos, certamente estou de posse de direitos adquiridos, tais como solicitar certos pratos que me apetecem sobremaneira.
E, convenhamos, eles são simples, nada sofisticados.
No entanto, tem aquela história do controle, que as esposas precisam ter sobre seus cônjuges de qualquer forma.
No meu caso, a Marli dita as normas sobre a minha alimentação e quantidade, logo, estou sendo torturado impiedosamente, mesmo sendo um marido de tantos anos e único!
Todavia, ando ameaçando de ter depressão, se ela não me tratar "melhor", apesar de, às vezes, eu imaginar que não está dando muito certo essa tática.
Ontem, ela se saiu com esta:
- Chico, podes morrer até de depressão, mas o teu jantar será uma salada e nada mais!!!
Eu ainda tentei retrucar:
- Mas acompanhada de refrigerante?!
Ela me olhou firme, apertou os olhos e lascou:
- Não me provoques ou nem a salada terás, apenas e tão somente um copo d'água!
Abraços, Wilson.
Saúde e paz.
Delicia ver estes comentários !
ResponderExcluirMe divirto e aprendo com cada um e vou sentindo que os conheço a cada dia
Frio demais cansa Francisco e por aqui nestas montanhas também temos um friozinho que chega a ser gostoso
Mas hoje lembro que a primavera está perto e vamos curtir está estação linda
Um abraço para todos vcs 😘