Antonio Rocha
“Ó Amor Eterno, mandais pintar a Vossa Santa Imagem / E nos
desvendais a fonte da misericórdia inconcebível! / Abençoai quem se aproxima
dos Vossos raios, / e a alma negra se tornará branca como a neve” (pág. 26).
O “Diário: A
Misericórdia Divina na minha Alma” abre com esta quadra poética. Eu não sei se
no original em polonês tem rima, mas em português temos versos soltos, livres,
sem rima. Também não sei se a “alma negra” está no original ou se é um recurso
de versão.
Eu começo a
comentar este importante livro em Teresópolis, no quarto do hotel onde me
encontro diante do Dedo de Deus. Sinto que a Montanha conversa comigo. Aliás,
desde a minha varanda, eu cumprimento diariamente o Dedo de Deus. Percebo que
esta Montanha quer retribuir e conversar comigo. Vejo-a alegre, sorridente,
feliz. Também em nosso quarto, onde eu e minha esposa estamos, há um quadro na
parede, e apresenta, na cabeceira da cama, uma foto da Montanha Dedo de Deus.
Gratidão.
VIDAS
PASSADAS – No “Diário”, é muito bonito quando Santa Faustina chama Jesus de “Amor
Eterno”. Entendo teologicamente, misticamente, pois ela afirma que daqui para
frente vai amá-lo sempre. Imagino que, quando esteve nessa última vida ela não
acreditava em reencarnação, pois era uma freira católica. Entretanto, vamos ver
que mais adiante, tanto ela quanto Jesus declaram que já se encontraram e
conviveram em vidas anteriores.
Eu faço uma
leitura budista/espírita dessa magnífica obra literária. Assim, admito que o
amor entre eles é eterno. Mestre e discípula, professor e aluna.
Peço perdão
aos que discordam da minha interpretação, mas em partes adiante vamos ver que
Jesus diz que ela é esposa dele “há longo tempo”, e eu leio “há muitas longas
vidas”.
Entendo que
é comum muitas freiras se dizerem esposas de Jesus, mas me parece que neste
livro, Cristo assume a qualidade de esposo de Santa Faustina, e às vezes, a
chama de minha secretária.
MARIDO E
MULHER – Respeitosamente, vejo-os sim como marido e mulher espirituais. Aliás,
Jesus está de parabéns, é uma jovem muito bonita e fotogênica. Interessante que
ao longo de todo o Diário, quase quinhentas páginas, ele não chama outra freira de
consorte, logo… seria Santa Faustina reencarnação, ou como dizem os budistas,
o renascimento de Maria Madalena?
Cristo foi
muito feliz quando determinou que pintassem um quadro dele como a Misericórdia
Divina, irradiando raios de luz. Santa Faustina começa a desvendar para todos
nós esta Misericórdia Divina. Só vivenciando saberemos o imenso poder que isso
significa. Todo aquele, toda aquela que contemplar com fé esses raios e esta
sagrada imagem, saberá compreender as bênçãos crísticas.
Nossas almas
também se tornarão luzes, como é a atual imagem de nosso bom amigo de Nazaré.
(originalmente publicado na Tribuna da
Internet, do nosso amigo Carlos Newton)
Antonioji,
ResponderExcluirVocê sabe que eu sigo entre os que duvidam. Mas é tão cansativo, nas nossas paragens, avançar rumo ao futuro que nos prometeram e que nunca chega que, no meu inverno, dei de desejar saber rezar.
Além disso o fato de não ser capaz de crer jamais impediu-me de perceber que a espiritualidade é da nossa natureza e que, na sua direção, não existe só uma estrada. Certa vez, na Índia, um cara tentou me explicar a reencarnação. Ele falou-me que nada pode permanecer “interminado”, me explicou que tudo evolui perpetuamente e concluiu que, sendo assim, eu deveria tratar muito bem os desconhecidos de hoje, pois amanhã eles seriam os meus conhecidos, que em seguida seriam os meus amigos, para depois serem os meus irmãos, os meus filhos, os meus pais até que finalmente, depois de muita estrada e no ápice de uma evolução espiritual-afetiva, virem a ser os meus amores. Jamais esqueci as palavras daquele homem tão oriental que, na sua crença tão absoluta de que os amores são gestados através dos milênios até que estejamos prontos para vivê-los em plenitude, apenas defendia com outras tintas e cores a Lei de Ouro da nossa ocidentalidade e dos povos do Livro: o amor e o respeito ao próximo. Finalmente o seu post me lembrou de um versinho do grande Camões: "Para tão longo amor, tão curta a vida".
Namastê!
1) Moacirji Pimentelji,
ResponderExcluir2) Seu belo comentário me fez lembrar de uma frase do Dalai Lama (um dos meus professores) que circula nas redes:
3)"Ore, há um bem incomensurável nisso".
4) Bem eu acredito nele e na prática da oração, me faz muito bem em vários sentidos e a Ciência anda afirmando que sim.