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03/11/2018

Amorosos e criativos - Meu mundo encantado

fotografia Ana Nunes



Ana Nunes
“Subo neste palco
Minha alma cheira a talco
Qual bumbum de bebê, de bebê.
Minha aura clara
Só quem é clarividente pode ver. Pode ver”.

É assim que eu entro lá, com Gilberto Gil, no meu refúgio, na minha toca, no meu atelier. No meu coração!
Pablo Picasso morava num castelo. Tinha lá seu atelier de artista. Não posso comparar. Não posso, ou não devo, sequer chamar minha toca de atelier. É que eu sou um pouco ousada.
As diferenças não param aí. Ele é homem. Eu sou mulher. Ah, como gosto de ser mulher. Intrinsecamente complicada. Explicitamente desbocada. Mas “sem perder a ternura jamais”. Não sou ilustre mas desconhecida. Sem fama mas com ganas.
E um atelier deste tamaninho. Fantástico! Mágico! Milagroso quando o papel à minha frente teima em continuar branco!

É lá que eu guardo meus sonhos mais secretos e meus projetos mais descabidos. Lá também deixo minha saudade nos lápis em canecas coloridas quando viajo. Ou mesmo quando saio rápido para um chope ou para um amigo ou uma reunião de família. Quando volto é onde vou primeiro. Se é noite acendo a luz e aqueço o coração. Se é dia recolho as persianas e me cubro de luz de sol. Qual seja a hora deixo a paz do pertencimento tomar conta de mim.
Se lá tenho as ferramentas, muito bom. Se não as tenho a ideia continua avassaladora. E aí vale tudo, escrever ou desenhar no box enfumaçado do calor do banho, na colcha peludinha recém estendida na cama. Até no ar. Mas aí não tem registro e a memória anda um pouco lerda. Vale também largar o que estiver fazendo e correr atrás de um pedaço de papel já profanado e escrever entre as linhas, nas margens e no verso. E depois levar vitoriosa o produto da aventura para a oficina.

Lá encontro meu amigo, que nem conheço, Milton Jung com as notícias fresquinhas da manhã no porquinho cor de rosa. Ou a voz rouca da Nina Simone no CD. Mas esta tem que ser mais tarde porque demanda uma bebidinha, tão louca era. Também tem pen drives enfeitados de sandália de borracha e capacete de operário. Afinal minha irmã que deles me provê, vem da contenção de encosta. E as músicas são curiosas: tem spiritual, Praise the Lord, I see the light, tem They say I'm beautiful, tem gaita de fole, tem I will survive, também a do anjo maluco do John Travolta dançando muito sexy enlouquecendo as mulheres e enfurecendo os namorados, tem também Billy Paul e Love is in the air, Can't take my eyes off you... Que me faz dançar como na festinha fatídica e tão boa dos sessenta e nove anos. Essas eu ouço no radio vermelho grandão que às vezes saio carregando como um negão americano saído dos filmes de Spike Lee.

Tem coleção de gatos vários e de galinhas d'angola, uma penosa para cada mulher da família, (sem nenhuma conotação pejorativa, por favor), minha mãe querida, as irmãs e eu, a cunhada com três galinhazinhas e as duas noras uma ruiva e a outra morena. Netinha não tenho. Se tivesse teria que procurar a penosinha mais linda desse artesanato mineiro. Bilhetes e listas presas nas estantes de livros que vão do Decameron de desenhos interessantes ao Evangelho de São Lucas maravilhosamente ilustrado por Rembrandt (meu primeiro roubo) passando por Meet my Cats e Waltércio Caldas. Tem quadros nas paredes, os retratos dos avós em aquarela, um autoretrato, quadro inacabado e um gato engaiolado pendurado no teto. Tem sino de tubo perto da janela que o vento faz tocar notas tristes e lindas e sempre acho que é minha mãe conversando comigo. Fico melancólica. Nostálgica. E não poderia deixar de ter desenhos dos netos porta afora.
Breve terei favelas de cerâmica pelas paredes. Não sei quais paredes, talvez dê uma olhada nas paredes do banheiro. É que lá já foi invadido pelos sem teto de um quadro grande de amebas e afins e uma escultura em ferro chato e gancho de âncora. E uma grande árvore tipo xilo de cordel em preto e branco pintada atrás da porta. Só esperando os netos para acabar os pássaros.
fotografia Ana Nunes

Tem aquarela apaixonante e lápis de cor. Potes de tinta e vasos com pincéis. Grandes, fortes para acrílica e delicados, pequenos e macios para as amadas aquarelas. Tem comprados e tem ganhados. Um presente assim! Obra do coração!
E muitos potes de tesselas de vidro colorido para os mosaicos. Tenho tudo muito nesse meu mundo de sonho e devaneio. Até flores na janela, bem-te-vi na árvore e maritacas barulhentas. Mas tudo isso vocês já sabem. É só o conjunto da obra.
Não canso de me repetir,

“Gracias a la vida, que me ha dado tanto”.

fotografia Ana Nunes

E as famosas ferramentas quase todas compradas com a ajuda técnica do Mano, o sabichão do pedaço. Tem as goivas que me ajudaram a cortar madeira em gatos e aranhas. Os buris que feriram ferro e fizeram os Meamargos, feriram aço da Acesita e tiraram sangue de latão e cobre nas plaquinhas das Eróticas guardadas no Objeto do Desejo. Tem ainda as ferramentas grandes que me ajudaram nas pedras de onde saiu a Anja Grávida e na madeira do gato engaiolado. Acreditem, tem até ferrinho de dentista! Direto do consultório!
E a prensa maravilhosa, muito mais do que eu precisava, para colocar essas feridas em preto nos papéis brancos de doer. Principalmente no bolso.

fotografia Ana Nunes

Tem cadeira de leitura onde leio os posts com os pés na prancheta. Tem tanto, tanto, que daria um tratado maior que os Cubistas do Moacir.

Mas não é só o meu espaço que me põe em estado de amorosidades, mas qualquer atelier, porque todos são cheios de estórias e histórias, de memórias em alegria e sofrimento. Todos têm coisas curiosas e detalhes muito lindos como pedaços de escultura, pinturas abandonadas por cisma do criador ou outro motivo qualquer. Não importa mesmo. E o melhor de tudo, os esboços. Estes são imperdíveis. Procurem por eles em caso de visita a um desses locais maravilhosos. Esses desenhos ensaios são cheios de intenção e desejo.

O atelier do meu amigo Zé Maria é um paraíso criativo exótico. Arrumado entre enormes pinturas maravilhosas de homens nus e muito coloridos onde as partes pudendas (que horror, nem acredito que escrevi isso) não são poupadas. Muito antes são a proposta da obra. Zé querido, sofrido desde a meninice, que uma vez queimou todas as suas telas. Casado com meu professor de desenho, um cara de obras mais sérias e escuras.

Tem o atelier da amiga ceramista que tenta me encaminhar nesse mister. Uma das pessoas mais criativas que já vi, que produz compulsivamente, como deve ser. Seus espaços, seja no atelier ou num quarto na sua casa, são preenchidos com peças de espírito forte e atrevido. Até seus corações de Maria rodeado de pombinhas Espírito Santo, que chamo respeitosamente de pombinhas-gira, são ternos e fortes. Tenho em casa, no corredor pertinho da porta do atelier, uns corações feridos de prego. E na sala um exemplar de uma série, feito de identidades mortas, com retrato 3x4 em estrelas de cerâmica. Até pequenos estandartes com santos. Lindos todos.

Conheci numa viagem não sei mais o nome da cidade, onde moravam dois artistas numa casa maravilhosa. Na época fazia aulas de tecelagem e a professora nos levou lá. O gigantesco atelier de pintura era mais limpo que a minha casa, sem tinta nem nada, e no de tecelagem não vi um fiapo de linha no chão. E isso nunca significou ausência de trabalho. Os tubos de tinha alinhados de forma perfeita e os pincéis cada qual no seu lugar. Tudo muito organizado, como dizia o meu neto ainda bem pequeno.

No atelier onde hoje perambulo em busca de um trabalho autoral, uma vez que a minha amiga ceramista não me deixa fazer utilitários (porque sou “artista”, pode?), é como a dona dele gostaria que fosse: uma casa livre. Cheio de gente de trabalhos muito diferentes. Não é um lugar de aula, antes um lugar de experimentos. A Dona ceramista chefe é sabida das cores e dos esmaltes, das misturas preparadas com balança de precisão em potinhos de poções mágicas feitos no mais cuidadoso segredo.
E quando a gente falta é ameaçada de bomba e segunda época. Estou doida para sofrer disso! Tem cafezinho e delícias trazidas pelos fazentes. Onde quem quer lava as xícaras usadas, outro limpa as mesas e outro abre o portão para o que chega. Qualquer coisa e já virou um vício.
Funciona num casa mais velha com jardim de roseiras e pés de tomatinho e fornos grandes e mesas cheias de peças prontas para a queima. Sou muito doméstica e falo que estão prontas para assar. Criticada, lógico. Tem showroom com peças para venda, bem-te-vis pelas paredes, negas-malucas toscas de peitos atrevidos e bunda arrebitada, argola nas orelhas e enormes joanetes nos pés, folhas de borda repicadas, e flores vermelhas presas na parede. Travessas, xícaras e vasos. E muitas outras coisas. Todo dia enquanto pego meu material passeio por esses quartos e me encanto com todas essas maravilhas. Vou até no proibido onde o oleiro guarda seus segredos. Já descobri até um armário de preciosidades, sempre fechado a olhares curiosos. Não resistiu ao meu. Ou fui eu que não resisti a ele?

Bem, tem também o atelier de Monet e, como diz o amigo sabichão, aí já é outra história. Atelier de gente grande. Colorido, muito azul e muito amarelo e muitos nenúfares. Inesquecível! Tem o de Braque e o de Picasso nos textos do Moacir que me deixaram assim, com urticária literária.
Auto retrato - Ana Nunes
Até mais.




13 comentários:

  1. Ao ler um texto desses fico imaginando quanta imaginação para postar num papel tantos detalhes imperceptíveis que para qualquer humano “normal” passaria imperceptível por toda a nossa vida. Mas não, pelo menos a você que consegue fazer com que até um prego na parece passa a ser coadjuvante na sua narrativa. Minhas sinceras considerações a você por tão rico e detalhado texto! A propósito, o que você estava fazendo nesses últimos 60 anos? Porque foi descobrir esse talento tão tardio?

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    1. Lea Mello Silva03/11/2018, 10:02

      Vc só descobriu está prima agora mas eu já conhecia seus talentos
      E fico encantada com suas crônicas

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    2. Olá Mauro,
      Que surpresa boa te ver aqui!
      Tenho seguido seus textos e suas belíssimas fotos outonais, primaveris e invernais.Acho que está muito tarde para desejar mais juízo para dirigir na neve, certo? Você é o mesmo doidinho de sempre. E bonito.
      E parabéns pelo dia de ontem.
      Em tempo, estava escondida criando filhos, minha melhor obra!
      Obrigada pelo comentário.
      Volte sempre.

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  2. Lea Mello Silva03/11/2018, 13:23

    Ana

    Vc tem o dom das palavras com uma facilidade que impressiona
    Conheço este ateliê mágico e sou encantada com seus trabalhos
    Ver os avós que vc fez emociona e seu perfil colorido no final ficou muito bonito !
    Gosto de aprender com vc e sou agradecida pela nossa amizade

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    1. Oi Léa,
      Perfil de mil anos atrás de quando ainda tinha gato!
      Viu só seu filho?!
      Obrigada pelo carinho!
      Beijo.

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  3. Francisco Bendl03/11/2018, 15:56

    A Aninha é uma mulher além do nosso tempo.

    Tudo o que faz é arte, pura, singela, sensível, inteligente ...
    Suas habilidades manuais nos encantam, e seus textos são admirados.

    Casada, mãe, avó, atuante, pensadora, representa a feminilidade e, ao mesmo tempo, o poder que tem a mulher tanto para se ocupar com várias tarefas, quanto desempenhá-las com eficiência, eficácia, beleza, elegância e bom gosto.

    O mundo é pouco para a sua imaginação;
    A sua mente é ilimitada;
    Pois diante dessa grandiosidade, Ana possui o devido equilíbrio entre o que é no tempo e no espaço, e o que poderia ser, caso se deixasse envolver pela ilusão.

    Então, as obras que as suas mãos concretizam, e os artigos que a sua inteligência e mente prodigiosa postam, a soma dessas habilidades elabora uma mulher avançada, moderna, cuja conduta não é ser irrequieta, mas colocar-se à disposição de si mesma para realizar um pouco de seus sonhos, e muito da sua indiscutível capacidade!

    E, nós, nos deliciamos com tal rebeldia, com essa dissidência do normal, com essa inconformidade de se sentar no sofá da sala para ver TV e tricotar, alheia ao que se passa ao seu redor e no mundo!

    A Aninha está à frente, pois necessita saber o seu futuro para constatar se, o que faz, a levará a ser feliz mais adiante.
    Ao verificar que sim, ela nos premia com registros dessa ordem, dessa criatividade, desse poder que tem como mulher, a ponto que, sem ter escolha, Deus pediu à mulher que expulsara do Paraíso, fosse a mãe do seu Filho!

    Para meu orgulho e honra, a Aninha é minha amiga, e casada com um homem que a merece tê-la como esposa!

    Um abração, Ana, forte, caloroso, fraterno.
    Saúde e paz, extensivo aos teus amados.



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    1. Gauchão amigo, Francisco dos Pampas,
      Você exagerou de fato. Aqui tem elogios para serem distribuidos por uns cinco ou seis textos. Nem sei como agradecer. Saia justa e degrau grande!
      O fato é que hoje as mulheres são assim, mesmo velhas de cabelo branco ou colorido! Fortes, ativas, rebeldes, femininas, operosas e ainda com tempo para tv e quem sabe, um tricôzinho ou um remendo rápido. Eu sou a do remendo!
      São mães, avós, mulheres e amantes, executivas ou faxineiras queridas que descem lá do morro que gosto tanto de desenhar! Batalhando para por comida e ordem em suas próprias casas depois de cuidar das nossas.
      Uma coisa tenho que concordar, sou uma mulher à frente no tempo: você viu a bengala junto com os rolos de papéis na foto da prensa? Foi da minha avó alemoa, peguei quando fui para o seu enterro. Não é assim, o prevenido vale por dois?
      Gratíssima, amigo. E viva a dissidência e a rebeldia para fazer os dias mais interessantes! (Principalmente para os outros...hehehe)
      Até mais.

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  4. Flávio José Bortolotto04/11/2018, 13:08

    Prezada Autora, Sra. ANA NUNES,

    Assim como os grandes craques do Futebol ( PELÉ, GARRINCHA, etc ) dominavam, brincavam e faziam magicamente o que queriam com a bola, e esta sempre lhe obedeciam, a senhora dominando a mais dificil das Artes que é Escrever bem, a senhora com facilidade "brinca com as Palavras", fazendo-as lhe obedecerem sem esforço, compondo uma Crônica criativa e harmônica, muito gostosa de se ler, onde descreve a Vida no seu Atelier em " Amorosos e Criativos - Meu mundo encantado.

    Feliz quem tem esse Dom, pois cria Obras de Arte nas Artes Plásticas e principalmente na Escrita, que perpetuam o Nome da Autora.

    Saudações.

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    1. Olá Flávio Bortolotto,
      Adorei o "brinca com as palavras"! É assi mesmo que escrevo até quando estou triste ou comovida. Aliás tenho que estar assim para escrever, ter alguma coisa mais forte me empurrando. Por isso não posso dizer que sou escritora. Não tenho a sorte nem a disciplina necessária para sê-lo.
      Mas quando escrevo e as pessoas acham "uma crônica muito gostosa de ler" me sinto feliz e recompensada. Quase responsável.
      Obrigada e até mais.

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  5. Moacir Pimentel04/11/2018, 15:58

    Caríssima Donana,
    Peço-lhe desculpas por comentar atrasado esse seu post tão especial que, na verdade, eu torci para que estivesse no forno por causa de um seu comentário dia desses. É claro que para editar, ilustrar, fotografar, escrever ou comentar em um blog como o Conversas é preciso ter imaginação. Portanto, de artista, por aqui, todos nós temos um pouco nesse esforço compartilhado e talvez vão de teclar para tentar , de alguma forma, controlar o mundo caótico no qual vivemos, recriando-o de uma maneira que satisfaça nossos entendimentos - graçasadeus variados! - de como ele deveria ser (rsrs) Porém quem disse que não somos capazes de reconhecer uma verdadeira artista quando nos deparamos com ela? Diferentemente de quem rascunha textos por diversão, de quem pinta o sete por diletantismo ou de quem aprecia registrar fragmentos de pensamento, sentimento e memória, a senhora faz arte porque nasceu para ISSO, porque não pode evitar se expressar através de todos os meios possíveis, porque experimenta uma insatisfação estranha, uma agitação abençoada que a mantém criativa e a faz mais viva do que o resto dos mortais.
    Apesar de não ser artista, nem maluco o suficiente levar o laptop para a cama – perigo! - quando volto para casa o meu "escritório" também é “onde vou primeiro para deixar a paz do pertencimento tomar conta de mim”. E embora o meu cavalete hoje more na área de serviço e minhas "ferramentas" em uma gaveta qualquer, ainda lembro da importância de se ter um espaço onde a magia do processo criativo possa ser abraçada livremente.
    Muito obrigado, Donana, primeiro por nos mostrar que o estúdio é a sua dona, experimentando a beleza e o terror, toda olhos e curiosidade e emoção pelo mundo inteiro. Depois por criar um ambiente que promove o pensamento inovador e permite que o milagre da empatia e a benção da conversa rolem. Um mundo amoroso que onde se sofre de urticária criativa compulsiva, se escuta sino de tubo, bem-te-vi na janela e gato no teto e cujas portas são os manifestos das crianças. Só não esqueça nuuunca, que as mais belas Meamargas e Eróticas guardadas no Objeto do Desejo - Acesita?! - são as artes que a senhora ainda não inventou.
    Mãos à obra e parabéns e "até sempre mais".

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  6. Oba Moacir!
    Pensei que tinha se esquecido de mim. E que comentário! Desses que deixa uma melancolia pouca, quase uma tristeza, de saber-se nem metade do que foi dito e ainda acreditar para ser feliz, e a certeza triste de que o tempo já é curto...
    Tenho então um companheiro nesse sentimento de pertencimento?! É tão reconfortante, não é? Não importa onde estivermos, tem um LÁ sempre à nossa espera! "Um palco iluminado onde estamos vestido de dourado", sem culpa e sem perdão.
    E concordo, os amigos são todos artistas neste blog onde, escrevo mais uma vez, entrei de gaiata. Sorte minha! Somos todos, como,você disse, por escrever, ilustrar, fotografar e até fazer rir. E aliviar o caos.
    Acho que o seu cavalete está no lugar errado. Opinião não pedida, intrusa! Solte as suas tintas e me deixa ver. Só uma! Às vezes a gente tem mesmo que acreditar que o melhor ainda não foi feito. É muito bom quando alguém nos diz isso!
    Eu é que agradeço muito, muito.
    Até muito mais.

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  7. Andréa Mendes Carneiro06/11/2018, 22:00

    Hoje no ateliê de Ione Laurentys quando Ana minha querida amiga leu sua publicação arrancou lágrimas com suas belas e bem colocadas palavras. O que tenho a dizer, nada, não tenho o dom da palavra, só agradecer o quanto soma no nosso dia a dia de ateliê.

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  8. 1) Oi Ana, mais um encantador trabalho literário de sua lavra,suas fotos e ilutrações idem.

    2)Ainda que vc se diga ateia me fez lembrar a citação de Aristóteles, o filósofo grego (384-322 antes de Cristo):

    3) "A beleza é dom de Deus".

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