Santa Faustina Kowalska (fotografia Pinterest) |
Antonio Rocha
Desde agosto
do ano passado ando lendo, estudando e pesquisando a vida e a obra da polonesa
Santa Faustina (1905-1938). Viveu apenas trinta e três anos, tal e qual Cristo,
mas percebo que a sua obra literária vai marcar o século XXI e os demais daqui
para a frente.
O Dicionário
do Mestre Aurélio chama de hagiografia,
a biografia dos santos e santas. Eu prefiro escrever HagioLiteratura,
HagioLeitura, HagioLinguística. São neologismos, acho que inventei, até que
provem o contrário. Irei reconhecer e aceitar a autoria de outros.
Estou
aprendendo, com bastante afinco, a “Biografia de uma Santa: Faustina Kowalska”,
da jornalista e escritora polonesa Ewa K. Czaczlpwska., 492 páginas e muitas
fotos.
No início, a
hoje santa, foi acusada de histérica, maluca, doida, desequilibrada com muitas
fantasias espirituais. Numa linguagem contemporânea, teria sido chamada de
fanática. Durante muito tempo os seus superiores não acreditavam na jovem, mas
atualmente ela é considerada não apenas uma das maiores místicas do século XX,
mas de toda a humanidade, dizem os teólogos.
Muito pobre,
a menina Elena só conseguiu estudar até o terceiro ano do antigo curso
primário. Parou para trabalhar e ajudar o pai na lavoura e depois como
doméstica em casas de família.
Mas ela não
parava de ler sobre a vida dos santos e santos, lia diariamente em todo o tempo
livre e assim decidiu que ia ser freira. Os pais foram contra, mas ela decidiu
e foi atrás do que queria.
Não tendo
maiores instruções tornou-se cozinheira e lavadora de pratos, ajudando na cozinha
do convento.
Qual não foi
a sua surpresa, misturada com alegria e medo, quando passou a ver e conversar
com o próprio Jesus.
Como já
dissemos, nem ela mesma acreditou nas aparições e nos diálogos. Aos poucos
Cristo foi esclarecendo a missão de Faustina, o nome religioso que ela
escolheu. Vem do Latim e significa venturosa, auspiciosa.
Por fim o
Mestre pediu que ela escrevesse um Diário, registrando todas as conversas entre
os dois, pois seriam, mais do que diárias, seriam o tempo todo, dia e noite.
Faustina
arranjou três cadernos e começou a escrever tudo o que ouvia de Jesus. Estes
três cadernos tornaram-se o “Diário, A Misericórdia Divina na Minha Alma”, já
traduzido em diversas línguas; a edição em português tem 500 páginas e muitas
fotos. Todo este material está sendo publicado pela editora Apostolado da
Divina Misericórdia, de Curitiba, PR.
Semelhante
ao tempo de pregação de Cristo, que aqui na Terra durou três anos, as anotações
de Kowalska também demoraram três anos. Ela faleceu de tuberculose.
São mais de
mil frases, parágrafos e períodos de Jesus dizendo a ela o que deveria ser
feito, pois Cristo estava começando a preparar a sua segunda e última volta ao
planeta Terra.
A Bíblia e
estes escritos de Faustina não especificam a data certa, quando Cristo voltará,
mas aqui eu faço um parênteses budista: o médium japonês Ryuho Okawa, em um de
seus tantos livros, informa que Jesus voltará entre os anos 2400 e 2500, mas
não diz qual será o país onde ele renascerá. Sendo budista, Okawa diz que Jesus
virá não como pensam os cristãos, mas através de um nascimento normal.
Entre
outras, Cristo pediu que Faustina mandasse pintar um quadro dele com uma roupa
branca e saindo do coração um feixe de luz vermelha e outro na cor branca. Esta
moldura teria o nome de Divina Misericordiosa, que é a forma como Ele se
apresenta hoje.
Particularmente
eu gostei dessa imagem, pois sempre tive dificuldade com o crucifixo, ele
sentindo muita dor. No pé da imagem está escrito: “Jesus, eu confio em vós” e o
Mestre falou que todo aquele que contemplar este quadro com fé, será abençoado
de várias formas.
Ele
determinou também que, Faustina iniciasse uma outra forma de devoção à
Misericórdia Divina. Que todo dia, às quinze horas seria a Hora da Misericórdia
e onde a pessoa estiver, nesse momento, pare por alguns segundos e reflita,
medite nas Graças que a Misericórdia Divina vai entregar aos praticantes.
Estabeleceu também a Festa da Misericórdia, que será no “Primeiro Domingo, após
a Páscoa”.
Tem outras
recomendações, mas vou encerrando por aqui, prometendo voltar ao tema.
Mas um fato
que me chamou a atenção é que a menina e depois jovem freira era muito
nacionalista, patriota, amava profundamente a sua terra natal e, pedia sempre
que Jesus abençoasse e protegesse a sua Nação. Por fim, Jesus diz que vai
ajudar a Polônia, o país onde a “sua secretária” nasceu.
Então, cá
com os meus botões pensei: Deus é brasileiro (ouço isso desde criança), o Papa
é argentino e Jesus agora é polonês.
Numa
linguagem espírita podemos dizer que Santa Faustina foi excelente médium
clarividente e clariaudiente.
Eu já pedi a
Santa Faustina uma graça de saúde para uma outra pessoa e o fato foi atendido,
realizado, logo...
Gratidão
Irmã Maria Faustina Kowalska!
Lendo e
estudando as obras citadas, cheguei à intuição que Jesus renascerá na Polônia,
Leste Europeu... quem diria...
Olá Antonio budista,
ResponderExcluirÓtimo texto, muito interessante.
Com você é lendo e aprendendo.
Você não acha que todos, ou quase, santos, líderes espirituais, guias enfim, passam por classificação de exóticos, excêntricos e histéricas?
Quem diria, Jesus nascendo na Polônia...pena que não veremos.
Até mais.
1)Oi Ana, bom trabalho aí na "fazedura" da capa do livro. Quem falou assim, algumas vezes, foi o mineiro Darcy Ribeiro... somos fazedores e fazemos muitas fazeduras...
Excluir2)Tb acho que os santos do Oriente e do Ocidente são meio excêntricos e com frequência considerados malucos.
3)Quem sabe, entre 2400 e 2500 estaremos todos reencarnados escrevendo no blog "Conversas Siderais do Mano". Mesmo que eu esteja morando em outro planeta, envio os textos via e-mails intercósmicos... e assim presenciaremos a vinda do polonês Jesus.
4) Abraços !
Antonioji,
ResponderExcluirEu não sou, como você, um cara de certezas mas de dúvidas. Além disso nada sei sobre Santa Justina e espero que você nos conte o que foi que Jesus disse para a moça. Mas no seu ótimo post me chamou a atenção a questão da cruz. Com certeza você não é o único que questiona a fixação dos católicos com o Cristo eternamente pregado na cruz, que não estranhamos porque a conhecemos desde a mais tenra infância.
Na Ásia, quando eu era jovem, me perguntavam: "Por que os católicos retratam Jesus na cruz, ele não ressuscitou?" E eu não sabia responder. Continuo sem respostas para essa como também para questões do tipo por que as crianças sofrem, por que isso ou aquilo acontece, por que a vida é tão trágica?
Entendo a fé mariana mais facilmente - todas as religiões têm as suas grandes mães celestiais – e talvez Maria tenha me ajudado, mais recentemente, a pelo menos interpretar a cruz. Explico: certa vez , lendo um romance do Follet de nome Os Pilares da Terra, fui apresentado a uma estátua de Nossa Senhora das Dores que chorava - era um truque engendrado por padres não muito católicos! - e a uma mulher que perdera o filho e a voz em um terremoto. Acontece que ao ver Maria chorar a muda senhora disse as suas primeiras palavras desde a morte do menino: "Ela entende".
Concluí que mais do que saber que os deuses e santos cuidam de nós , láááá loooonge no céu, talvez nos console muito mais acreditar que eles descem do nirvana para sofrer COMO nós, ou seja, que Jesus e os santos não vieram ao mundo para explicar o sofrimento, mas para por os pés na lama e as mãos na massa, ver o que é bom para a tosse e chorar CONOSCO as nossas mágoas. Nesse contexto a cruz seria o ponto de encontro de Jesus com a nossa humanidade, as nossas angústias e dores. Ali ele chora, ele teme, ele reclama, ele tem medo: "Pai, porque me abandonastes?". E a sua mãe também chora à sua beira e é por isso que, ao longo dos séculos, as mulheres que perderam seus filhos se voltaram para Nossa Senhora das Dores. Porque "ela entende". O que consola é a compreensão e infeliz e geralmente, somente quando choramos somos capazes de entender. Logo o longo martírio dos divinos e santos....
Obrigado, abração e bom Carnaval!
1) Meu caro Moacir, eu não tenho tantas certezas assim... talvez eu seja um pouco afoito nessa área que gosto. Me lanço a deduções, intuições e similares.
Excluir2) Uma vez me perguntaram: "e se tudo que vc pensa que existe do outro, quando chegar lá não encontrar nada disso, só o próprio nada?".
3) Respondi: "sem problemas... por enquanto me sinto bem assim, se for outra coisa ou nada, tudo bem... vou vivenciar o vazio"
4) Considerando que somos Energias e de acordo com a Física, as Energias não morrem, transformam-se, então somos imortais... imorTao !
5)Gosto muito de N.S.das Dores !
6)Voltando... para recomeçarmos o ano.