ilustração - Antoine de Saint-Exupéry |
Wilson Baptista Júnior
O livro de
Saint Exupéry mais conhecido no Brasil deve ser O Pequeno Príncipe, que ficou
com a fama de ser um livro para crianças e adolescentes por sua história
aparentemente simples, por algumas citações que se tornaram lugar comum e pelo
fato de que, nos tempos áureos dos concursos de misses, as candidatas quase
invariavelmente citavam a obra como seu livro de cabeceira.
Mas a
criação e o enredo do livro são bem mais complexas. Depois do seu acidente
quando caiu no deserto do Saara, que é o pano de fundo do livro, a mulher do
aviador, Consuelo Suncín Sandoval, com que foi casado a vida inteira mas teve
um casamento turbulento tanto pelas dificuldades da vida de piloto como por
suas recorrentes infidelidades, cansada, segundo suas próprias palavras, de um
relacionamento prolongado que o piloto tinha com uma mulher que ela chamou
apenas de “E.”, perdeu a paciência e resolveu deixá-lo e pedir o divórcio. Mas
quando chegou à Guatemala, em sua viagem para sua terra natal de El Salvador,
encontrou o marido no hospital, vítima de um novo acidente, desta vez acontecido
na tentativa de um raid de Nova Iorque à Terra do Fogo, e se reconciliou com
ele. Depois disso Saint-Ex escreveu o livro.
O Pequeno
Príncipe foi lindamente traduzido no Brasil pelo monge beneditino, escritor e
poeta Dom Marcos Barbosa, que tive o prazer de conhecer. Vale a pena procurar
esta tradução em vez das mais recentes. O meu exemplar, infelizmente, teve o
destino de muitos livros emprestados…
Sua amiga
Nelly de Vogüé, de quem se desconfia que tenha sido a misteriosa “E.”, e que
talvez de todos os seus biógrafos tenha sido quem melhor o conheceu, em seu
livro “Saint Exupéry”, que escreveu sob o “nom de plume” de Pierre Chevrier, diz
que o mais perfeito retrato que o autor deixou de si mesmo foi o principezinho
do livro: “…ele conservou da criança a
espontaneidade, uma curiosidade nunca satisfeita, uma necessidade perdida de
ternura, a esperança do milagre e uma capacidade infinita de tristeza (…) o
antigo piloto, o festejado escritor, leva escondido dentro de si este depósito
precioso com um sorriso um pouco triste. E é ao redor do encontro do piloto e
da criança que constrói este livro”.
A
dedicatória do livro, a seu amigo Leon Werth, já nos diz muito:
“Eu peço perdão às crianças por ter dedicado este livro a uma pessoa
adulta. Tenho uma desculpa séria: este adulto é o melhor amigo que tenho no
mundo. Tenho uma outra desculpa: este adulto é capaz de compreender tudo, até
os livros para crianças. Tenho uma terceira desculpa: este adulto mora na
França, onde sofre de fome e de frio. Ele precisa muito de ser consolado. Se
todas estas desculpas não bastarem, quero muito dedicar este livro à criança
que este adulto foi um dia, Todos os adultos começaram sendo crianças (mas
poucos deles se lembram disso). Corrijo então minha dedicatória:
Para Leon Werth, quando era um menininho”.
O livro é
ilustrado por suas encantadoras aquarelas, a primeira das quais é parte
integral da história, que conta quando o piloto, ainda criança, leu que as jiboias
enguliam suas presas inteiras, e depois de maduras reflexões fez o primeiro
desenho desta ilustração e perguntou aos adultos se o desenho lhes fazia medo.
E eles responderam “porque um chapéu nos
faria medo?”
ilustração - Antoine de Saint-Exupéry |
O garoto
desenha então a figura de baixo, para que entendessem que o desenho não
representava um chapéu, mas uma jiboia digerindo um elefante, e diz “Os adultos sempre precisam de explicações
(...) Os adultos nunca compreendem nada sozinhos, e é cansativo para as
crianças ficarem sempre lhes dando explicações”.
Todos nós
leitores, se apesar de sermos adultos ainda nos lembrarmos de nossos tempos de
criança, compreenderão isso muito bem...
Saint-Exupéry
padeceu sempre da sensação de não ser verdadeiramente compreendido. Por isso
talvez tenha escrito tanto. E diz, pouco adiante, no livro:
“Vivi assim sozinho, sem ninguém a quem pudesse falar de verdade,
até sofrer uma pane no deserto do Saara, há seis anos...”
E aí começa
verdadeiramente o livro. Não vou contar aqui toda a história, quase todo o
mundo a conhece. Pelo menos na sua superfície. Vou me limitar a contar um pouco
do que está por baixo dela.
O piloto
acorda, e se depara com um garotinho estranho, surgido do nada, naquelas areias
a centenas de quilômetros de qualquer região habitada. E é assim que fica conhecendo
o pequeno príncipe, e fica sabendo que ele caiu do céu vindo de um pequenino planeta
distante.
E o garoto
lhe pede: - Desenha-me um
carneiro... e o piloto desenha.
O pequeno
príncipe deixou no seu planeta uma rosa, a única de lá, e se preocupa com sua
segurança. É responsabilidade sua, que cuida do planeta.
Essa rosa, é
claro, representa Consuelo, a quem o piloto deixava por longos períodos e
muitas aventuras mas para quem sempre queria voltar.
O
principezinho saiu do seu planeta pegando carona numa migração de pássaros
selvagens. Em suas viagens pelos outros planetas, até chegar à terra, encontra,
cada qual em seu planeta, uma sucessão de pessoas que personificam diversos
tipos de personalidade, desde um rei cioso de sua autoridade que acredita
governar as estrelas, que nem sabem que ele existe, passando por um vaidoso, que
quer ser aplaudido, por um bêbado, que bebe para esquecer que tem vergonha de
beber, por um homem de negócios que passa seu tempo contando as estrelas que
acredita possuir e anotando-as num papel, e por um pobre acendedor de lampiões
que acende e apaga o único lampião de seu minúsculo planeta conforme minuto por minuto se
faz noite ou dia. Esse é o único que, para o pequeno príncipe, encontra algum
sentido em sua vida, e seria o único de quem poderia ser amigo, porque só ele pensa
em algo mais do que nele mesmo. O acendedor exprime a convicção que
Saint-Exupéry descreveria mais tarde, em seus Carnets:
“A grandeza nasce primeiro – e sempre – de um alvo situado fora de
si próprio: quando se encerra um homem em si mesmo, ele se torna pobre. Quando
serve a si mesmo.”
Por último o
principezinho encontra o planeta do geógrafo, que emprega o seu tempo em registrar
as descobertas contadas pelos exploradores de boa reputação que descobrem as
coisas do planeta que ele mesmo nunca vai conhecer em primeira mão. É o
geógrafo que conta ao principezinho que a sua rosa não é eterna, que um dia,
apesar de todos os cuidados, ela morrerá. O pequeno príncipe pela primeira vez
sente remorsos de tê-la deixado só. Mas ainda quer explorar mais, e o geógrafo
o aconselha a visitar a terra, que para ele “tem
boa reputação”.
O principezinho então vem para a terra. Que é enorme em relação aos pequeninos planetas
que conhecia. Nas palavras do autor, “contam-se
nela cento e onze reis (sem esquecer os reis negros), sete mil geógrafos,
novecentos mil homens de negócios, sete milhões e meio de bêbados, trezentos e
onze milhões de vaidosos, quer dizer, mais ou menos dois bilhões de pessoas” e,
“antes da época da eletricidade, precisava
de um verdadeiro exército de quatrocentos e sessenta e dois mil acendedores de
lampiões”...
A primeira
pessoa que o pequeno príncipe encontra ao chegar ao deserto é uma serpente. Começam
a conversar. E olhando para o céu diz a ela:
- Me pergunto se as estrelas são iluminadas para que cada um
possa um dia reencontrar a sua. Veja meu planeta está bem acima de nós. Mas
como está longe!
Mais adiante
lhe pergunta: - Onde estão os homens? Fica-se um tanto só,
no deserto.
E a serpente
responde: - Também se fica só junto
aos homens.
Está aqui a
angústia que Saint-Ex descreveu no Terra dos Homens e que permeia seus outros
escritos, o da necessidade de uma verdadeira comunicação com os outros (Não existe senão um luxo verdadeiro, que é o
das relações humanas).
Ao final da
conversa a serpente lhe diz:
- Quem eu toco, devolvo à terra de onde partiu. Mas tu és
puro e vens de uma estrela.
E ante o
silêncio do principezinho:
- Fazes-me pena, tão fraco, nesta terra de granito. Posso te
ajudar, um dia, se tiveres muitas saudades do teu planeta.
- Oh,
compreendi bem - responde o pequeno
príncipe – mas porque falas sempre por enigmas?
- Eu os resolvo todos, disse a serpente.
O pequeno
príncipe caminha e encontra um roseiral. E se sente infeliz porque sua rosa lhe
havia dito que era a única do universo. Mas aqui estavam cinco mil, todas parecidas
com a sua. E ele pensa em como a sua ficaria triste e humilhada e fingiria
morrer se soubesse disso:
“... e eu seria obrigado a fingir que cuidava dela, porque senão,
para humilhar-me também, ela se deixaria morrer de verdade...”
Podemos
perfeitamente imaginar aqui o remorso latente do autor com o efeito que suas
múltiplas infidelidades, simbolizadas pelo roseiral, provocavam em Consuelo...
Depois o principezinho
encontra uma raposa. E ela lhe explica o significado do afeto, dizendo o que
acontece quando alguém cativa a outro.
- Eu não sou para ti mais do que uma raposa parecida com
outras cem mil. Mas, se me cativas,
precisaremos um do outro. Serás para mim o único do mundo. E serei para ti a
única do mundo...
- Começo a compreender -, diz o pequeno príncipe. – Existe uma
flor... creio que ela me cativou...
É desta
parte do livro a frase mais citada, “Tu
te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Mas quase todo o
mundo pensa que a raposa fala apenas deles dois, quando na verdade é também um
lembrete que faz do amor do pequeno príncipe pela sua rosa, porque o resto da
frase é: “És responsável por tua rosa”...
E uma frase pouco
antes dessa, também muito citada só por uma parte, diz: “O essencial é invisível para os olhos (...) é o tempo que perdeste com
tua rosa que a faz tão importante”.
Muito mais
tarde é que o principezinho encontra o piloto perdido no deserto. E depois de oito
dias, a provisão de água se esgota, e eles partem à noite à procura de um poço.
Fatigados, param um, pouco para descansar, e o pequeno príncipe diz:
- As estrelas são belas, por causa de uma flor que a gente
não vê...
(...) O deserto é belo, (...) O que torna belo o deserto é que em
algum lugar se esconde um poço...
Cansado, o
principezinho dorme e o piloto o toma nos braços e continua a andar. E conta:
“O que me emociona tanto neste pequeno príncipe adormecido, é sua
fidelidade a uma flor, é a imagem de uma rosa que irradia nele como a chama de
uma lamparina, mesmo quando dorme... – E o percebia ainda mais frágil. É
preciso proteger as lamparinas: um golpe de vento pode apagá-las...”
Encontram o
poço, ao raiar do dia. E quando o pequeno príncipe bebe, conta o piloto que a
água que ele bebia:
“Era doce como uma festa. Essa água era bem mais do que um alimento.
Tinha nascido da marcha sob as estrelas, do canto da polia, do esforço de meus
braços. Era boa para o coração, como um presente (...)
- Os homens da tua terra, disse o pequeno príncipe, cultivam
cinco mil rosas num mesmo jardim... e não encontram o que procuram.
- Isso mesmo, respondi
- E no entanto o que eles procuram poderia ser encontrado
numa só rosa ou num pouco d’água...
Mas os olhos são cegos, é preciso procurar com o coração.”
Voltando
para o avião, o pequeno príncipe lembra ao piloto que ele lhe tinha prometido
desenhar uma focinheira para seu carneiro, para proteger sua flor quando o levasse para o seu planeta. E o piloto
desenha. Mais tarde fica sabendo que tinha sido ali perto que o
principezinho tinha sido deixado, um ano antes, pelos pássaros selvagens que o
trouxeram à Terra. E se preocupa pelo desejo dele de voltar àquele lugar. Quem
sabe ele iria embora?
O pequeno
príncipe lhe disse que vá consertar o avião. E que ele o espera ali na noite
seguinte.
“Mas não fiquei tranquilo, Me lembrava da raposa. A gente se
arrisca a chorar um pouco quando se deixou cativar...”
À tardinha,
quando o piloto volta, encontra o pequeno príncipe sentado nas ruinas de um
muro de pedras, conversando com a serpente, que foge ao ver o aviador. E o
principezinho diz:
- Esta noite vai fazer um ano. Minha estrela estará bem em
cima do lugar onde caí na terra no ano passado.
E depois,
- Olharás à noite para as estrelas. Meu planeta é pequeno
demais par que te mostre qual delas é a minha. Melhor será. Minha estrela será
para ti uma das estrelas, e por isso gostarás de olhar para todas. Serão todas
tuas amigas. (...) Quando olhares para o céu à noite, porque eu morarei numa
delas, porque rirei em uma delas, será para ti como se todas as estrelas
rissem. Tu, tu terás estrelas que sabem rir!
E anda para
diante; o aviador, incapaz de segui-lo, vê-o ser picado pela serpente e “tombar docemente, como uma árvore tomba”.
As últimas
duas aquarelas do livro são estas:
ilustrações - Antoine de Saint Exupéry |
E a última
página do livro traz apenas:
“É para mim a mais bela e a mais triste paisagem do mundo. É a
mesma paisagem da página anterior, mas a desenhei de novo para mostrar a vocês.
Foi aqui que o pequeno príncipe apareceu na terra, e depois desapareceu. Olhem
atentamente para esta paisagem para terem a certeza de reconhecê-la, se um dia
viajarem pela África, no deserto. E. se acontecer de vocês passarem por lá, eu
lhes peço, não tenham pressa, esperem um pouco bem debaixo da estrela! E se
então uma criança se aproximar de vocês, se ela rir, se tiver cabelos de ouro,
se não responder quando o interrogarem, vocês adivinharão quem é. E então,
sejam gentis! Não me deixem tão triste: escrevam-me depressa que ele voltou...”
Como duvidar
de que o livro é um retorno ao mais íntimo do autor, além de uma bela e comovente carta de amor?
Prezado Autor Sr. WILSON BAPTISTA JÚNIOR,
ResponderExcluirComo é bom ler um Livro como o " Pequeno Príncipe " de SAINT-EXUPÉRY, comentado por um expert como o senhor, nos dando todos os detalhes do contexto humano do Escritor.
Então sim, entendemos todas as Metáforas contidas no Livro.
É difícil entender os Poetas sem conhecer bem suas circunstâncias, o que o senhor no caso, faz com Maestria.
O "Pequeno Príncipe" é realmente uma bela carta de amor de SAINT-EXUPÉRY a sua legítima esposa Sra. CONSUELO SUNCÍN SANDOVAL.
Abração.
Caro Flávio,
ResponderExcluirFico muito feliz por você ter gostado e lhe agradeço o generoso comentário. Não, eu não sou um expert, apenas sempre gostei muito de ler e Saint-Exupéry, como sem dúvida você percebeu, é um de meus autores favoritos. Tanto pelas suas qualidades de escritor e homem de ação quanto pela paixão pela aviação que trago desde criança.
Espero falar ainda de um ou dois livros dele aqui no Conversas, só não posso prometer que seja logo.
Um abraço do Mano
Maravilha Mano!
ResponderExcluirPreciso reencontrar esse livro que li aos seis anos para reencontrar esse pequeno príncipe cheio das angústias do viver
Beijo grande.
Ana, vou tentar encontrar por aí um exemplar da tradução do Dom Marcos, para que primeiro você o reencontre e depois, talvez, nossos netinhos travem conhecimento com ele. Um beijo grande também.
ExcluirWilson,
ResponderExcluirEssa é a melhor resenha do Pequeno Príncipe que já li, ponto parágrafo. Você realmente conhece profundamente o conjunto da obra do autor e muito aprecia o livro e portanto dele nos teclou o essencial: “ É ao redor do encontro do piloto e da criança que se constrói este livro", nas palavras da "outra rosa" biógrafa. E “Todos os adultos começaram sendo crianças (mas poucos deles se lembram disso)", na dedicatória do autor ao amigo.
Bingo!
O livrinho tem a perspectiva do aviador pioneiro, varrendo as paisagens e sendo guiado pelas estrelas, do aristocrata um pouco atrapalhado pelas exigências humanas, de um espírito livre ressentido com os laços terrestres. Em contraste, a mensagem empática da raposa é muito mais preocupada com os outros e tem os pés em terra firme. É com a raposa que o príncipe aprende sobre o afeto e é isso o que o narrador/piloto aprende com o príncipe.
Saint-Exupéry parece ter vivido dividido entre essas duas perspectivas, essa duplicidade, lutando contra o desapego quando na verdade tanto apreciava a espaçosa liberdade, querendo ficar mas fugindo, sempre que possível, para suas longas vistas atmosféricas mesmo com saudade das “rosas”.
É complicado ser homem retendo no coração a fome de proximidade, na imaginação a ludicidade e na alma funda a curiosidade e o espírito aventureiro do menino que se foi um dia. Complicado mas verdadeiro pois creio que todos nós precisamos fundamentalmente de coisas antagônicas: de segurança emocional e de aventura e empolgação.
A pergunta existencial do autor é atemporal: Como introduzir o risco na segurança e o mistério na bendita intimidade? Como harmonizar entusiasmo com estabilidade, compromisso com excitação, responsabilidade com brincadeira? Como resistir às estrelas e às cinco mil rosas?
Para os românticos como o autor, lealdade não é sinônimo de fidelidade e a intensidade vale mais que a estabilidade. Para os realistas as permanência, confiabilidade e tranquilidade valem mais que a perigosa paixão.
Mas talvez as rosas e os pequenos príncipes e os pilotos e os caminhantes só precisem de doses mais generosas de entrega e autonomia, união e distanciamento. Segurança não significa absorção nem a rotina falta de ar. O impulso para o outro brota de um necessário espaço entre os viajantes. Se não há voos solo se "conversa" do quê, ainda mais nos desertos? (rsrs)
Porém qualquer comentário "terrestre" sobre O Pequeno Príncipe e sobre Saint-Ex não está com nada. Eles pertencem às estrelas e queremos mais “cartas de amor”. Meus sinceros parabéns!
Abração
Moacir,
ExcluirAgradeço-lhe pelos bem pouco merecidos elogios e fico contente do post ter-lhe agradado. Não sou, a esta altura da vida, um conhecedor profundo de nada e sim, para usar suas próprias palavras, "um leitor caudaloso" que teve muitas décadas para ler. Mas me confesso realmente um grande apreciador da obra do Saint-Ex, que foi um dos meus heróis de infância e continua a sê-lo por sua rara conjugação de uma vida de ação levada às últimas consequências, uma grande inquietação espiritual e uma grande profundidade intelectual.
Seu belo comentário, como de hábito, escrito por alguém que, como eu, aprecia a obra e o escritor de que fala aprofunda e completa o meu post. Obrigado e um abraço do Mano
Caríssimo Mano,
ResponderExcluirAs tuas análises sobre a obra de Saint-Exupéry precisam ser lidas com atenção e arquivadas devidamente.
Trata-se de um trabalho importante, esclarecedor, no sentido de entendermos a mente do autor, seus objetivos, o seu mundo à parte.
Na razão direta que a imaginação prodigiosa dos autores nos envolvem em suas dissertações, da mesma forma um comentário responsável, sério, contundente, demonstrando profundos conhecimentos a respeito do tema, ocasiona a mesma reação dos leitores.
Logo, os meus parabéns à sequência que vens dando aos livros de Exupéry, que nos mostram a antessala dos relatos mencionados em suas obras, tanto por dissecá-las quanto por nos apresentares detalhes que desconhecíamos para valorizar mais ainda o conteúdo das mensagens emitidas pelo notável escritor.
Um forte abraço.
Muita saúde e paz.
Chicão, muito obrigado por teu comentário, ainda mais que sei bem quanto de esforço representa para ti sentar-te ao teclado nestes dias. Por favor repousa para que os remédios possam fazer efeito e retornares definitivamente ao nosso convívio.
ExcluirUm abraço do Mano
Wilson, desculpe a demora em vir até aqui. Que espetáculo de artigo!!!! Não sabia que esse acidente tinha acontecido de verdade, nem a questão do casamento dele.
ResponderExcluirAdorei sua aálise e todos os trechos que você trouxe e esmiuçou. Parabéns pelo texto e pelo trabalho!
Sempre que tiver algum artigo falando de livros me avise! Forte abraço, nos encontramos no Instagram! (e na Tribuna da Internet) :)
Júlia de Aquino