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Francisco Bendl
Assisti durante à tarde algumas reprises do América’s Got Talent, pois o
frio de dois graus e chovendo, impelia que eu ouvisse música em frente ao
micro, onde o ar condicionado estava em vinte e quatro graus Celsius para
esquentar a máquina, e não a mim, que me delicio no frio!
Gosto de programas de calouros, pois surgem talentos indescritíveis, que
depois se tornam astros de primeira grandeza, e conseguem o sucesso tão
almejado.
Jamais vou esquecer a primeira apresentação do cantor Rinaldo Vianna, no
Raul Gil, cantando uma ária da ópera Turandot, chamada Nessum Dorma!
Simples, com uma falha nos dentes, vestido com uma calça preta e camisa
branca, tinha ido a pé para os estúdios porque sem dinheiro.
Ao ver aquela figura, pensei que deveria escolher outra música, pois
justamente o trecho que eternizou Pavarotti seria demais para as suas
pretensões.
Rinaldo cantou a primeira nota, e o que se viu foi algo fantástico, que
raramente acontece:
Uma voz única, um talento nato, uma potência de dó de peito exclusiva
dos notáveis tenores, que o colocou como um dos artistas mais requisitados
imediatamente ao seu surgimento para o Brasil!
Pois, agora, à tarde, encontro-me assistindo as surpresas que esses
programas apresentam e as emoções que acarretam, quando estamos diante de uma
pessoa feia, cuja aparência denota que não será um cantor ou cantora que nos
agradará, pelo contrário. E, ainda por cima, traz consigo um drama pessoal,
complicando mais ainda a análise deste candidato.
No entanto, tive momentos de extrema emoção, ao assistir pessoas
exatamente como descrevi mas, que ao cantar, me envolveram com sua voz mágica,
maravilhosa, espetacular!
E os aplausos! O choro compulsivo pelo reconhecimento! As lágrimas que
lavam o rosto do artista até então desconhecido!
E quando esses jovens talentos decidem cantar ópera, uma das tantas
árias que nos emocionam imensamente, que espetáculo!
Pois fiquei pensando sobre o aplauso do povo e os comentários dos
jurados que enaltecem a apresentação, o candidato, levando-lhe a esperança de
uma carreira artística de grande sucesso, de milhões de discos vendidos e da
riqueza que virá, em consequência.
E imaginei a emoção dessa pessoa, o sentimento que não a envolve quando
está diante do sucesso que um dia sonhou ao cantar, que um dia pensou em se
tornar um grande artista!
Deve ser uma tarefa muito exigente para a mente e o coração
contrabalançarem o equilíbrio entre a razão e o sonho, a realidade com a
fantasia, de quem minutos atrás era um célebre desconhecido e, em seguida,
explode para país e mundo!
Vibro muito com essas realizações pessoais, emociono-me facilmente
quando vejo os olhos brilhando de felicidade, de vitória, do objetivo
finalmente conseguido!
Mas, e sempre tem um mas, existem aqueles que lutam e não recebem
aplauso algum, reconhecimento nenhum, que jamais serão conhecidos pelos seus
esforços!
Existem os notáveis e maravilhosos anônimos, que andam de ônibus, de
metrô, muitas vezes caminham por falta de condições, que buscam vencer as
dificuldades que a vida lhes impôs!
E são os motoristas de coletivos, caminhões, táxi, os vendedores
viajantes; são os enfermeiros e enfermeiras, os técnicos em enfermagem, médicos
residentes, atendentes, os que limpam as sujeiras dos doentes;
São os professores tão mal pagos e mal reconhecidos na sua importância à
sociedade, que não vestem mais as roupas da moda, que não compram livros porque
muito caros, que dividem as caronas com os colegas;
São os policiais que arriscam as suas vidas para nos proteger, que
dividem com os bandidos a mesma comunidade porque seus vencimentos lhes
condenam a viver monasticamente;
São os vendedores ambulantes, que nos vendem o lanche rapidamente, a
água que nos saciará a sede, que nos alcançam um pacote de pipocas que será
saboreado ou um pacote de balas para tirar o gosto amargo da garganta;
São as lavadeiras, as passadeiras de hotel, que nos deixam as roupas em
condições de serem usadas de novo em
festas ou no trabalho;
São os cozinheiros, as cozinheiras, os auxiliares de cozinha, que nos
servem os pratos que tão bem fizeram, em frente a fogões quentes, cozinhas
muitas vezes apertadas e sem conforto, mas que nos alimentam diariamente;
São os pilotos de avião, que nos levam rápido para onde pretendemos, e
os comissários e comissárias de bordo, que tentam fazem com que as nossas
viagens sejam as mais confortáveis possíveis;
São os balconistas, moças e rapazes, que mediante paciência e interesse
nos alcançam o produto que desejamos, que o dinheiro possa pagar, a mercadoria
que estamos querendo, seja roupa, calçado, um tecido, uma panela, uma TV, um
aparelho de som, celular ... um automóvel;
São os maquinistas de trens suburbanos e de superfície, os metrôs, que
mais andam por baixo da terra que vendo a luz do sol, e que transportam
milhares de pessoas para o trabalho e depois para suas casas;
São os bombeiros, que estão sempre à disposição para salvar nossas vidas
e nossos pertences materiais;
São os barqueiros, que transportam o peixe que tanto apreciamos, os
pescadores, que nos oferecem sua iguarias tiradas dos rios e mares, que nos
alimentam saudavelmente;
São também os pobres, os que moram nas ruas, os que buscam alimentos no
lixo, os que vestem trapos, os quem têm os olhos distantes, sem esperança,
apenas pedindo que Deus lhes deem forças para suportar as agruras de cada dia, que
merecem o meu aplauso efusivo, pleno, a minha salva de palmas vibrante, com
força, ruidosa, os meus gritos de salve tanto talento, tanto esforço, tanta
dedicação, tanto sacrifício, e que jamais terão a emoção do reconhecimento do
público, então este texto em suas homenagens, onde registro que eu os admiro,
que eu os reverencio, e que humildemente eu gostaria de tê-los imitado um dia,
afirmo, pois também de forma anônima, discreta, existem aqueles que jamais vão
esquecer a importância de cada um neste universo tão vasto e desconhecido
porque sem esses heróis anônimos, sem esses artistas desconhecidos não haveria
quem entendesse a grandiosidade do indivíduo na razão direta da infinitude do
Universo!
Somos nós, os desconhecidos, que elevamos o talento; somos nós, os sem
habilidades, que reconhecemos os aptos; somos nós, os feios, que valorizamos a
beleza; somos nós, os anônimos, que fazemos surgir aqueles que serão
conhecidos; somos nós, os humildes, que aplaudimos a competência, o artista, o
ser humano diferente, e não receberemos nenhuma crítica favorável porque
projetamos o espetacular, o maravilhoso, o notável, pois somos comuns, os
opacos, a massa, o geral, a galera!
Também se faz necessário ter qualidades para aceitar que devemos
aplaudir e jamais ser aplaudidos.
O meu reconhecimento a esses artistas memoráveis do silêncio, do
esforço, do lutador, daquele sem os louros da vitória, dos últimos lugares nas
competições, dos eliminados, dos vaiados, dos rejeitados, dos gordos, desses
seres humanos que são sensíveis, porém sabem que precisam ser fortes para
seguir adiante em suas existências, e que o troféu é entregue ao fim de cada
dia, deitado na cama, respirando calmamente por mais um dia vivido e superado!
Os grandes e injustiçados talentos!
Prezado Sr. FRANCISCO BENDL, também meu Mestre.
ResponderExcluirCom o teu Talento da Escrita ( a mais difícil das Artes segundo os Hebreus que a praticam há 5.777 anos), descreves muito bem sobre esse misterioso Dom, " o Talento".
Desde os mais remotos tempos, observa-se que determinadas Pessoas nascem com "Talento" para determinadas Artes, Ciências, Esportes, Profissões, Política, etc.
Eu tenho muita admiração pelos que tem o Talento da INVENÇÃO, porque elevam muito a Produtividade de nosso Trabalho. Especialmente dos inventores das Vacinas, ANESTESIAS, tratamento e IMPLANTE DE DENTES, Remédios, SCANNERS que nos fotografam com perfeição por dentro, processos cirúrgicos, etc,etc.
Mas nada se compara ao Talento de criar uma harmoniosa e boa FAMÍLIA. Pois, não diz o Salmista (133):
Oh! como é bom, como é agradável
Para irmãos unidos, viverem juntos
..................................
..................................
Pois alí derrama o SENHOR a Vida
E uma benção eterna.
Sei que formastes, junto com tua Esposa, a Profª D. MARLI, uma Família assim. Recebestes o maior Talento de Todos.
Abração.
1) Chicão, seguindo a trilha do que disse o Bortolotto, vc tem um bom talento para fazer amigos, parabéns.
ResponderExcluir2)Quanto ao texo acima, gostei muito qdo vc falou dos "maravilhosos anônimos"...
3) Viver, não resta dúvida, é uma grande Arte e desenvolvemos um Talento impar, às vezes mais de um.
4) Abração !
Caríssimo Rocha,
ExcluirFaço muita questão dos teus comentários pela lucidez dos mesmos, e espero que estejas entendendo quando no outro espaço democrático, a TI, eu te provoco politicamente!
A minha intenção é tu baixares o meu facho, sempre muito alto, desafiador.
Jamais é para te contestar, mas querer o debate com uma pessoa muito mais inteligente do que eu e infinitamente mais equilibrada!
Sabes que eu ainda sou mais incendiário do que bombeiro, e necessito banhos de água fria para voltar à realidade, à minha limitação, razão pela qual este artigo onde eu me lembrei dos anônimos, desta massa que mover o Brasil e não tem a devida compensação pelos seus esforços!
Muito obrigado pelas palavras, meu amigo, e tenhas na tua cabeça exatamente esse detalhe, que sou teu amigo em quaisquer circunstâncias, tempo e hora!
Um forte abraço.
Saúde e paz, extensivo aos teus amados.
Meu caro mestre Bortolotto,
ResponderExcluirEu assim te denomino pela tua sabedoria, calma, paz interior.
Da mesma forma, a tua família deve ser um grupo de pessoas muito feliz, e que deve agradecer a Deus diariamente o pai e o avô que és, que leva para suas vidas o conhecimento, o equilíbrio, a palavra sensata!
Dito isso, mestre, é verdade, sim, que para manter uma família coesa, faz-se necessário talento e vocação. Constitui-la é fácil, porém dar-lhe continuidade, sustentação ética e moral, educação, formação ... os pais devem se dedicar aos filhos e à família permanentemente, além de servirem de exemplo de união, de um casal que se ama e, em decorrência, à sua prole!
Nos tempos de hoje, um desafio gigantesco, de proporções bíblicas!
Dia 31 de dezembro, completo 47 anos de casado com a Marli, a minha bênção, os louros da minha vitória, a minha paixão obsessiva!
Reconheço sempre que posso esta dádiva que me foi dada por Deus, e os filhos que ela me presenteou, exemplos atualmente de chefes de família, trabalho, dedicação, amor aos seus filhos e filhas, meus netos e netas que tanto os amo!
E como foste feliz quando mencionaste os inventores, os médicos, cientistas, a vacina, que previne as doenças, que impede que desenvolvamos patologias por que imunizados, assim como os antibióticos, os exames preventivos ...
O gosto pela pesquisa, pela descoberta, considerando o bem para a humanidade!
E que belo salmo transcreveste, mestre Bortolotto, que traduz o quanto alegramos a Deus quando os irmãos vivem unidos e juntos ou que estejam se dando bem, que se visitam, que se gostam, que se procuram!
Muito obrigado pelo comentário e participação, que nos deixa muito felizes que estejas frequentando este blog cultural extraordinário, tanto pela tua inteligência e sabedoria, quanto pela tua simpatia e cordialidade com teus colegas!
Sinto-me demasiadamente alegre e feliz com as tuas palavras, não imaginas o quanto, mestre Bortolotto!
Um grande e forte abraço.
Muita saúde e paz, e vida longa, extensivos aos teus amados!
Belo post, Chicão, em que falas dos talentos obscuros, daqueles que nos ajudam a viver e em quem muitas vezes não pensamos, daqueles que fazem com que alguns possam brilhar mais aos olhos dos outros, muitas vezes devido ao esforço invisível daqueles em quem os que brilham se apoiam. Da generosidade e da dedicação muda das pessoas simples, que pelo simples ato de viver fazem com que os outros vivam.
ResponderExcluirMeu prezado amigo Mano,
ExcluirA simples postagem de rabiscos meus neste blog extraordinário, neste oásis cultural, é um prêmio que jamais eu imaginaria um dia recebê-lo!
Os comentários de aprovação e mesmo aqueles que fazem uma crítica pela minha posição, me deixam orgulhoso, compensado, e animado para seguir em frente!
Pois essa maneira de impulsionar as pessoas, animá-las, dar-lhes confiança naquilo que gostam, independente de saberem que lhes faltam talento e vocação, porém é o que as leva adiante, advém de pessoas superiores, dotadas de caráter e personalidade ímpares, exatamente como eu te considero, Wilson, tanto pela oferta de um espaço tão necessário na Web quanto pela tua imensurável consideração pelos outros, pelo próximo!
Sabe, a gente ver publicado um texto que nos exigiu em demasia pensar e dar-lhe forma, consistência, início, meio e fim, indiscutivelmente é desgastante!
Então, a sua postagem nos deixa alegres, embevecidos, cuja publicação ficará exposta sabe-se por quanto tempo!
Assim, meu amigo, eu te sou muito grato pela deferência, reconheço publicamente a tua boa vontade, a tua cidadania, e reitero que podes contar comigo permanentemente!
Muito obrigado pelo comentário, e bota na tua cabeça que sempre será para mim motivo de honra e orgulho poder colaborar com Conversas do Mano, simplesmente inigualável naquilo que se propõe, merecendo meu aplauso e admiração!
Um grande e forte abraço.
Saúde e paz, extensivo aos teus amados.
Olá Francisco Bendl, companheiro nas dissidências,
ResponderExcluir"Somos nós os anônimos, os comuns, a galera", nós que também queremos ser valorizados entre os nossos, competentes no nosso dia a dia, querendo a arte e o espetacular. Por que não?
Continue usando sua voz de trovão, no falado ou no escrito, nesse seu grande desejo de justiça. Fome e sede de justiça!
Saúde sempre, alegria quando for possível.
Até mais.
Minha prezada Ana, também dissidente,
ResponderExcluirMuito obrigado pelo comentário.
Acredito que o meu signo chinês - sou tigre - contribua para que eu seja um adversário ferrenho da injustiça!
E como tenho lutado contra ela nesta minha vida, tanto em caráter familiar quanto social!
Tu deverias ver o combate que enfrentei em 2.000 com relação ao servidor público, que envio para o Wilson em correspondência particular, a minha empreitada neste sentido!
Sempre detestei as diferenças que, invariavelmente, prejudicavam os anônimos, a massa, a plebe ignara, em benefício do apadrinhamento, do tráfico de influência, da "indicação".
Olha, Ana, na idade que me encontro não preciso mais dourar a pílula, mas deixei bons empregos, de pedir demissão, ao constatar que a administração deixava a desejar!
Claro, paguei um preço alto pela rebeldia, pois hoje moro em casa alugada, apesar de os três filhos com curso superior, e a esposa, patrimônio que plano algum tira ou governo qualquer irá desvalorizá-lo!
Mas, a luta segue, e cada vez mais renhida.
Daí, a vontade de escrever uma homenagem aos sem talento, que apenas aplaudem os dons artísticos alheios, apesar de suas qualidades pessoais inatas, que não bastam para ser reconhecidos.
Não fosse a imensa bondade e consideração do teu marido, o meu amigo Wilson, e eu não teria onde deixar registrado a minha admiração e afeto pela massa, pelos desconhecidos.
Ainda mais com este teu apoio moral, com a tua concordância sobre o que foi escrito, a tua compreensão, e as qualidades que somente as mulheres possuem, principalmente a sensibilidade.
Um forte e grande abraço, respeitoso, como sempre.
Muita saúde e paz, Ana, extensivo aos teus amados.
Bendl,
ResponderExcluirDesconfio que ter sucesso é ser feliz enquanto damos conta, do melhor jeito possível, da parte que nos cabe no imenso show da vida. Ponto parágrafo.
Agora...sou de opinião que o talento muito raramente surge do nada, por geração espontânea, pronto e acabado. Não basta tê-lo mas sim ser capaz de fazê-lo virar concretude, o que significa ralar. Ninguém nasce sabendo cantar, escrever, pintar, esculpir, dançar, representar ou muito menos inventar uma vacina. É o estudo e a prática disciplinados que levam a perfeição, muitas vezes longe dos holofotes e das palmas e dos bravos. Os grandes e verdadeiros artistas não fizeram da sua arte um meio mas um fim e foram artistas não por boniteza mas por necessidade, porque não tinham como evitar. Não me deixam mentir El Greco, Rembrantd, Vermeer, Cézanne, Gauguin e van Gogh que viveram vidas nada glamourosas e morreram pobres de Jó e o Modigliani que, inclusive, foi para o andar de cima aos trinta e poucos anos na mais absoluta miséria.
Com certeza - aliás teclei isso em um texto que mandei para a Redação dia desses - existem por aí muitos Machados de Assis analfabetos e vários Mozarts que jamais tocarão um acorde e tantíssimos Leonardos que nunca mexerão com pincéis e tintas. Principalmente em paragens onde jamais ter lido um livro é motivo de orgulho e os jovens querem mesmo é ser o funkeiro da hora, o artista global da novela de plantão ou o jogador de futebol da moda, de preferência rapidinho e sem muito esforço.Talvez porque nas suas escolas eles não tenham a oportunidade, de fazer esportes , editar um jornal, participar de um coral, nem aprendam a debater em aulas de oratória e a pintar nas de arte,nem sejam levados a visitar museus, nem participem da montagem e da encenação de uma peça teatral a cada semestre letivo.
Mas você tem razão e decerto são inúmeros os heróis anônimos e os grandes artistas da vida sobre cujos ombros e trabalho dedicado outros se erguem mais alto. Eles merecem todo o nosso respeito pelas suas pequenas obras e gestos do dia a dia que no entanto fazem a diferença e deveriam ter mais espaço e visibilidade.
Finalmente não esqueça que, às vezes, o calor e a sensibilidade que lemos em um belo e veemente texto como esse seu pode ser tudo o que os "anônimos" precisam para lidar melhor com as frieza e aridez circundantes ao longo do resto do dia porque sentem que não estão sozinhos às voltas com as suas próprias angústias e limites.
Portanto, às pretinhas e, pelas suas, muito obrigado.
Caro amigo Pimentel,
ResponderExcluirSabes que sou um admirador do teu trabalho neste blog extraordinário. Reconheço a tua obra, os textos, as informações que nos prestas de pintores e escultores, países e cidades, que nos transmitem cultura e conhecimentos.
Portanto, este teu comentário é muito importante para completar o artigo em tela, onde nada neste mundo se obtém gratuitamente, mas após muita luta, muitos enfrentamentos, muita disposição.
Pois eu me lembrei daqueles que também lutam, que se desgastam em demasia de tanto trabalhar, e que jamais tem o reconhecimento das pessoas porque anônimos, a vida não lhes deu o troféu da fama, do dinheiro, dos holofotes, e não deixam de ser importantes!
Queres alguém mais obscuro e medíocre do que este teu amigo?
Mas eu convivo com as minhas limitações, haja vista a minha recompensa conforme escreveu muito bem o mestre Bortolotto, outro grande amigo, que foi a constituição da minha família e mantê-la, mas nesta união existem as minhas obrigações e compromissos, e não só talento e vocação para marido e pai, agora de avô, também.
Não, eu me refiro ao talento e vocação de um motorista de ônibus, cujas centenas de vidas diárias estão sob a sua responsabilidade, afora os riscos de um trânsito caótico e sem respeito pela vida alheia, e por aí adiante, vidas que não poderíamos prescindir que, no entanto, não são devidamente aplaudidas e reconhecidas.
Uma simples homenagem aos comuns, aos que não são conhecidos como vencedores, só isso, mais nada.
Tenho muito para dar ao meu próximo, aos meus amigos, pois sou um abençoado, então a lembrança deste pessoal.
Muito obrigado pelo comentário, Pimentel, e pelas palavras sempre bem colocadas, que exprimem as tuas razões de forma inequívoca e indiscutível.
Um grande e forte abraço.
Saúde e paz, extensivo aos teus amados.