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06/10/2017

As Óperas que conquistaram o público

Giuseppe Verdi regendo a "Aida" em Paris - gravura de Adrien Marie (1880)

Francisco Bendl
Giacomo Puccini foi o mais popular dos compositores de ópera do início do século XX.
Suas óperas são famosas pela linha melódica plena de sentimentalismo e pelos libretos de grande efeito teatral.
Puccini alcançou os primeiros sucessos na década de 1890, com Manon Lescaut (1893) e La Bohéme (1896).
Seguiu-se Tosca, ópera verista composta em 1900.
Outras grandes obras de Puccini são Madame Butterfly (1904) e Turandot (produzida em 1926, após a morte do compositor).
Richard Strauss foi, depois de Wagner, o compositor mais importante e que obteve o maior êxito no cenário operístico alemão.
As óperas de Strauss exigem cantores de vozes possantes, tornando-se muito conhecido pelas três óperas que compôs quando jovem:
Salomé (1905), Electra (1909) e O Cavaleiro da Rosa (1911).
No início, as duas primeiras - Salomé e Electra – causaram muita controvérsia entre os amantes da ópera devido à violência da ação dramática e à rispidez da música. Contudo, o tema e o espírito de O Cavaleiro da Rosa são inteiramente diversos. Nessa ópera, Strauss e o libretista Hugo von Hofmanthal criaram um quadro ameno e carinhoso da sociedade aristocrática de Viena do século XVII.
As óperas de maior sucesso até hoje e as mais comuns são:
Aída, composição trágica em quatro atos, de Giuseppe Verdi.
Libreto em italiano, de autorias de Verdi e de Antônio Ghislanzoni.
Estreia Mundial no Cairo, Egito, em 1871.
A história tem lugar no antigo Egito e gira em torno do trágico romance entre Aída, escrava etíope, e Radamés, oficial do exército egípcio.
Trata-se de uma grande ópera, exigindo um numeroso elenco. A obra tem cenas grandiosas, com muitas presenças em cena, coros de soldados, escravos e sacerdotes, além de um elaborado balé.
No primeiro ato, Radamés expressa seu amor por Aída na bela ária “Celeste Aída”:
O segundo ato inclui a emocionante “Marcha Triunfal”, na qual o soberano egípcio passa em revista o exército vitorioso:
O Anel dos Nibelungos é um ciclo de quatro óperas, com música e libreto (escrito em alemão) de Richard Wagner.
As três obras principais desse ciclo são As Valquírias (1870), Siegfried (1876) e O Crepúsculo dos Deuses (1876).
A quarta obra - que serve de prólogo às outras três, mesmo sendo uma ópera completa – Wagner a intitulou de O Ouro do Reno (1869).
Essa tetralogia foi apresentada pela primeira vez, como um ciclo, em Bayreuth, Alemanha, em 1876.
O enredo das quatro óperas obedece a uma sequência e é baseado em antigas lendas alemãs.
As donzelas do Reno guardam um tesouro que está no fundo deste rio. Alberich, que faz parte de um grupo de anões chamados nibelungos, rouba o ouro do Reno e faz com ele um anel. O objeto confere poderes mágicos a quem o possuir. Quando o anel é roubado de Alberich, este põe uma maldição sobre ele. Durante as quatro óperas, o anel muda de dono várias vezes.
Muitos deuses e deusas tomam parte na ação, inclusive o maior deles, Wotan, e Fricka, sua mulher. Destacam-se também Brunilda, uma das várias guerreiras chamadas valquírias; Siegmund, um mortal, filho de Wotan; o filho de Siegmund e Sieglinde, irmã de Siegmund.
O ciclo de O Anel dos Nibelungos se reporta fundamentalmente sobre o declínio e a queda dos deuses, ocasionados pela ganância e cobiça pelo poder, simbolicamente representadas pelo anel.
O Barbeiro de Sevilha. Ópera cômica em dois atos, de Gioacchino Rossini. Libreto em italiano de Cesare Sterbini, baseado na peça francesa O Barbeiro de Sevilha, de Pierre Beumarchais.
Estreia mundial em Roma, 1816.
A história se passa em Sevilha, Espanha, no séc XVII. Exemplo de ópera bufa italiana. O libreto tem muitos personagens e situações típicas do gênero da comédia, sendo seus principais personagens um idoso (Dr. Bartolo) que está interessado numa bela e rica jovem (Rosina).
Apesar de tentar mantê-la sob severa vigilância não consegue evitar que um garboso nobre (conde Almaviva) a conheça e acabe se casando com ela.
Também tem a participação de um soldado ébrio, que na realidade é o conde disfarçado, e uma rabugenta hospedeira. Fígaro, o barbeiro do título da ópera, ajuda o conde a conquistar Rosina.
No primeiro ato, a ária de Rosina, “Una voce poco fá”, oferece oportunidades para uma interpretação primorosa. Ainda no primeiro ato, Fígaro faz a sua entrada numa ária cômica muito popular, “Largo al Factotum”, na qual gaba-se da sua esperteza:
As Bodas de Fígaro, ópera cômica e em quatro atos de Mozart. Libreto em italiano de Lorenzo da Ponte, baseado na peça francesa As Bodas de Fígaro, de Pierre Beumarchais.
Estreia mundial em Viena, Áustria, em 1786.
Beumarchais escreveu O Barbeiro de Sevilha antes de As Bodas de Fígaro. Mozart escolheu a segunda peça para sua ópera. Trinta anos mais tarde, Rossini escreveria uma ópera baseada em O Barbeiro de Sevilha.
Os mesmos personagens centrais aparecem nas duas obras. O enredo de As Bodas de Fígaro é uma sequência da ação iniciada em O Barbeiro de Sevilha. A ópera de Mozart descreve os problemas que surgem quando Fígaro, criado do conde Almaviva, procura casar com Susana, criada da condessa Almaviva.
A ópera inicia com uma abertura humorística que se tornou uma das mais populares dentre todas as óperas:
La Bohéme, trata-de de uma ópera trágica em quatro atos, de Giacomo Puccini.
Libreto, em italiano, de Giuseppe Giocosa e Luigi Illica, baseado no romance francês Cenas da Vida Boêmia, de Henry Murger.
Estreia mundial em Turim, Itália, em 1896.
Vida boêmia de quatro jovens, pobres mas despreocupados, que vivem em um sótão, em Paris, aproximadamente em 1830.
Rodolfo, poeta; Marcello, pintor; Schaunard, músico, e Colline, filósofo.
Mimi, uma jovem frágil e de saúde delicada, é a vizinha dos boêmios. Mimi e Rodolfo se encontram e se apaixonam mas, no final da ópera, Mimi morre.
Uma trama secundária gira em torno do tempestuoso romance entre Marcello e uma jovem chamada Musetta.
Nessa ópera estão alguns dos trechos mais apreciados, como “O Soave Fanciulla”:
um dueto de amor entre Rodolfo e Mimi.
Talvez a parte mais conhecida da ópera seja “A Valsa da Musetta”, no segundo ato:
simplesmente maravilhosa!
Boris  Godunov, ópera trágica em um prólogo e quatro atos, de Modest Mussorgsky.
Libreto em russo, de autoria do compositor Alexandre Pushkin, primordialmente baseado na peça russa Boris  Godunov.
Estreia Mundial em São Petersburgo, em 1874.
O enredo se passa na Rússia e na Polônia, entre 1598 e 1605, em torno dos fatos da história russa.
Boris  Godunov, conselheiro do Czar, manda matar o jovem herdeiro do soberano. Quando este morre, Boris apodera-se do trono. Com o decorrer do tempo, seus sentimentos de culpa fazem com que tenha visões do herdeiro assassinado, resultando adoecer e morrer.
O “herói” da história é o povo russo, retratado pelo coro, que toma parte em várias cenas, inclusive na da coroação.
A música da ópera foi considerada por muitos compositores como demasiadamente pesada e áspera.
Após a morte do autor, seu amigo e também célebre compositor russo, Nicolai Rimski-Korsakov, reescreveu uma orquestração completamente nova para a ópera, sendo nesta versão que Boris  Godunov tem sido apresentada:
Carmen, ópera trágica em quatro atos de George Bizet.
Libreto, em francês, de Ludovic Halévy e Henri Meilhac, baseado no romance francês Carmen, de Prosper Merimée.
Estreia mundial em Paris, em 1875.
A ação de Carmen se passa em Sevilha, Espanha, aproximadamente em 1820.
Carmen, uma bela cigana, quando trabalhava em uma fábrica de cigarros em Sevilha, conhece Don José, um militar, e tem com ele um caso de amor. Posteriormente, abandona-o por um toureiro, Escamillo. Ao final, Don José suplica a Carmen que volte para ele quando ela, desdenhosamente, recusa-se a fazê-lo, que, diante de um acesso de ciúme, mata-a a punhaladas.
As árias mais conhecidas e popularizadas da ópera incluem a “Habanera”:
a “Ária da Flor”, de Don José:
e a “Canção do Toreador”:
A ópera possui trechos vibrantes com a participação do coro e alegres números de danças.
Cavalleria Rusticana (Cavalheirismo Rústico), ópera trágica em só ato, de Pietro Mascagni.
Libreto, em italiano, de Guido Menasci e Giovanni Targioni-Tozetti, baseado na peça italiana Cavalleria Rusticana, de Giovanno Verga.
Estreia mundial em Roma, 1890.
A ação desta ópera se passa em uma aldeia da Sicília, no século XIX.
Uma mulher casada, Lola, tem uma ligação amorosa com Turiddu, um jovem soldado. O título da ópera se refere ao código de honra dos aldeões, segundo o qual Alfio, marido de Lola, deve se vingar.
No meio da ópera, os aldeões estão na igreja e o palco fica vazio. Nesse intervalo, a orquestra toca o Intermezzo,
peça melodiosa e suave que ameniza atmosfera carregada e tensa da ópera.
O Cavaleiro da Rosa é uma ópera parte cômica e parte séria, de Richard Strauss.
Libreto, em alemão, de Hugo von Hofmannsthal.
Estreia mundial em Dresden, Alemanha, em 1911
O enredo aborda um retrato fascinante da vida aristocrática em Viena, século XVIII. Em quase todas as produções, os cenários dos dois primeiros atos são espetaculares, representando luxuosos palácios vienenses.
A ópera descreve os amores de quatro personagens centrais:
A princesa Von Werdenberg, chamada de Marschallin; Otaviano, um jovem aristocrata; Sofia, uma bela moça, e o barão Ochs, um rústico e cômico representante da nobreza rural.
Strauss escreveu o papel de Otaviano para ser integrado por voz feminina - um meio soprano canta a parte desse personagem:
Don Giovanni, ópera parte Cômica, parte séria, de Mozart.
Libreto, em italiano, de Lorenzo da Ponte.
Estreia mundial em Praga, República Tcheca, em 1787.
Esta obra se tornou a versão mais conhecida das lendas que cercam Don Juan, o famoso amante espanhol.
A ação tem lugar em Sevilha, na Espanha, no século XVIII.
Na cena de abertura, Don Giovanni está fugindo da casa de Dona Ana, após seduzi-la, matando o pai da donzela posteriormente em duelo. Vários episódios deixam claro a natureza cruel de Giovanni.
No final da ópera, a estátua de mármore do pai assassinado de Dona Ana visita Giovanni e instiga-o a deixar aquela vida pecaminosa. Giovanni recusa-se, e a cena é envolvida numa cortina de fumaça e fogo quando Giovanni desaparece no inferno, acompanhado por um coro de demônios:
Fausto, ópera trágica em cinco atos, de Charles Gounod.
Libreto, em francês, de Jules Barbier e Michel Carré, baseado na primeira parte da peça alemã Fausto, de Johann Wolfgang von Goethe.
Estreia mundial em Paris, 1859.
A história de Fausto tem lugar na Alemanha do século XVI. Fausto é um velho filósofo que almeja ter de volta a sua mocidade perdida. Mefistófeles, o demônio, aparece diante de Fausto e oferece-lhe a juventude, mas, em troca, o filósofo vende a sua alma ao diabo, comprometendo-se após a morte, a tornar-se seu servo no inferno.
A ópera concentra-se no romance entre o agora jovem Fausto e Margarida, uma bela camponesa. Margarida morre e um coro de anjos a acompanha até o céu. O demônio, em decorrência, arrasta Fausto para o inferno.
O alegre “Coro dos Soldados”, no quarto ato, é um dos mais conhecidos coros de óperas:
Na próxima conversa continuaremos a falar de minhas peças preferidas.


11 comentários:

  1. Moacir Pimentel06/10/2017, 18:24

    Chicão,
    Paladar se faz e então gostamos daquilo que provamos ou, no caso, do que escutamos e então eu sou mais Puccini - Manon Lescaut, Tosca, Madame Butterfly, Turandot e La Bohéme! Gostei de ouvir aí O Soave Fanciulla mas faltou a Anna/ Musetta cantando Quando me'n vo'.
    Não conheço bem as óperas de Strauss e Wagner - se bem que quem nunca ouviu a Cavalgada das Valquírias é de Marte - nem as dos russos e mesmo o grande Mozart eu ouvi pouco neste estilo. Da Aída prefiro a Marcha Triunfal e Largo al Factotum, é sempre muito bom ouvir porque, veja você, tem uma barbearia na Rua do Alecrim na Alfama onde vou sempre que passo por Lisboa chamada o Barbeiro de Sevilha onde isso é a trilha sonora de um trato caprichado de barba , cabelo e bigode (rsrs) Muito aprecio ainda a Canção do Toreador da Carmem de Bisset e algumas árias de Orfeu e Eurídice do Gluck. Mas a ópera da qual mais gosto, a única que assisti toda, de cabo a rabo e ao vivo e cores, aplaudi de pé e pedi bis você não mencionou.

    https://www.youtube.com/watch?v=vlSjTq5J9PU

    Abração

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    1. Francisco Bendl07/10/2017, 09:25

      Pimentel,

      Pequenas observações se fazem necessárias, meu amigo:
      "Quando me'n vo" foi, sim, postada por mim, cujo título acima é a Valsa da Musetta;
      Quanto ao trecho que mencionaste, da ópera La Traviata, na próxima postagem e fim deste artigo, justamente selecionei a parte que mais gostas desta obra, exatamente a mesma, cantada pela Anna Netrebko;

      Muito obrigado pelo comentário.

      Certamente irias gostar de algumas árias das óperas até aqui mencionadas, haja vista apreciares a arte em si e, esta, o teatro cantado e musicado não serias indiferente à postagem.

      Agora, lamento o desuso da ópera atualmente, pois pouco comentada e difundida. Uma pena, pois existem trechos musicais e cantados simplesmente incomparáveis, memoráveis.

      A minha ideia, admitida pelo nosso Wilson, foi resgatar a ópera pela sua importância e significado ao longo do tempo, apesar de ser ainda aceita em pessoas de mais idade, onde as temporadas operísticas eram aguardadas com entusiasmo pelos admiradores desta arte magnífica.

      Um grande abraço.
      Saúde e paz.


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    2. Moacir Pimentel07/10/2017, 11:36

      Chicão,
      Que bom que no próximo capítulo você vai falar da Traviata. Mas não pule a parte animada e mundialmente conhecida dela : "Bebamos!" (rsrs)
      Confesso que não abri todos os links do seu post e que portanto não percebi que a Valsa e a "Soletta" - era assim que minha saudosa mãe se referia à ária - eram uma só. Desculpe-me e obrigado pela informação. Com certeza vou ouvir toda a trilha sonora operística sugerida por você, só que com calma.
      Como já lhe disse tiro o chapéu para essa sua franquia sobre Ópera. Quanto a ela não ser do agrado dos leitores é o seguinte: como podem gostar do que não conhecem? Dia destes estive batendo teclas com o Sr Editor pois estava em dúvida se continuava rascunhando posts "artísticos" ou se investia mais tempo em passeios "turísticos" (rsrs) Ele me falou que "os artísticos definitivamente valem a pena mesmo que os turísticos deem mais ibope porque como hoje não tem muita gente realmente interessada em arte esse é justamente o motivo para escrever sobre ela". Concordo com o Wilson. Quando eu lhe peço que comente as telas que coloco na roda, o que é que você me diz? Que não pode comentar aquilo que não entende.É por aí. Penso que, como os quadros que tanto aprecio, também as óperas que você ama podem parecer coisas distantes e incompreensíveis para alguns leitores e que, ao escrever sobre telas e óperas para despertar-lhes o interesse, é preciso mostrar que esse belo universo, em vez, não está tão distante de nós. Um post interessante para a sua franquia, Chicão - fica a sugestão! - poderia ser mostrar como todos nós conhecemos a Ópera da cultura pop, de tantos e tantos filmes que já assistimos. Assim de cara lembro da Cavalleria em Touro Indomável , de La Traviata em Uma Bela Mulher, da Cavalgada das Valquírias em Apocalipse Now, de Tristão e Isolda de Wagner em Melancolia, do Dueto das Flores em Fome de Viver. Deve ter muito mais. Pense nisso, PARABÉNS e às pretinhas!

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    3. Francisco Bendl07/10/2017, 15:29

      Pimentel,

      Concordo contigo que não devemos transformar Conversas do Mano em um espaço somente para nosso deleite, mas anexar postagens que causem interesse ou no mínimo curiosidade entre os leitores.

      As telas que mais aprecias com seus gênios da pintura e esculturas, assim como os meus filmes e gosto pela música e óperas, indiscutivelmente formam um quadro abrangente da arte em si, caracterizando este blog extraordinário exatamente como seu dono exige, a ponto de não aceitar os temas que abordem política.

      Evidente que a qualidade deste espaço cultural se completa pelas crônicas excepcionalmente bem escritas da Aninha, Palmeira, Domingos, Rocha e pelo Mano, pois as de minha autoria, que diminuiriam esta excelência apresentada são justamente muito bem compensadas por essas obras que anunciei.

      Logo, evito postar artigos genuinamente de minha autoria, pois medíocres, então a decisão de colaborar registrando a arte em outro formato, através da música e do canto, a meu ver tão belas quanto às esculturas e pinturas, e escrevo em caráter particular, lógico.

      A tua sugestão é interessante, e como nossos pensamentos se identificam neste particular, no próximo post faço exatamente o que me pedes, ao relacionar a ópera Príncipe Igor, de Borodin, e o trecho Danças Polovitsianas com a música Strangers in Paradise, famosa no mundo inteiro, utilizada no musical Kismet em 1.953!

      Da mesma forma o cantor grego, Patrick Dimon, gravou uma trecho da abertura da ópera O Guarani, do nosso Carlos Gomes, que se transformou em grande sucesso popular com o nome Pigeon Without a Dove (Um pombo sem pomba)!

      Outro abraço.
      Mais saúde e paz.

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    4. Moacir Pimentel08/10/2017, 07:31

      Chicão,
      Para começo de conversa vou fazer de contas que nada li sobre a fictícia "mediocridade" dos seus textos (rsrs)
      Só quero lhe dizer que gostei muito de saber que a canção Strangers in Paradise é oriunda de um trecho das Danças Polovitsianas. Valeu!
      Por fim, peço licença para registrar mais duas famosas canções que embora não sejam da Ópera, têm genealogia clássica.
      É o caso de No Other Love
      https://www.youtube.com/watch?v=g3jE_K6frd8
      que muita gente boa não sabe que é apenas a Tristesse de Chopin
      https://www.youtube.com/watch?v=7io96Ru2BWE
      E de All By Myself, gravada na década de 70 por Eric Carmem,
      https://www.youtube.com/watch?v=hbn6o5tiPds
      que é irmã de pai e mãe do Concerto para piano N. 2 em C menor, op. 18 ( Adágio sostenudo) de Rachmaninov!
      https://www.youtube.com/watch?v=znlUBaLH2zY
      Abração e bom domingo

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  2. Wilson Baptista Junior07/10/2017, 08:43

    Chicão, agora seu post começa realmente a nos trazer à memória uma porção de boas lembranças. Só senti falta, quando você falou da "Carmen", de uma das minhas áreas preferidas dela, que talvez não exija tanto virtuosismo vocal mas me agrada muito no conjunto: "L'amour est un oiseau rebelle":
    https://m.youtube.com/watch?v=K2snTkaD64U
    Que bom que ainda teremos outro post com mais de suas árias preferidas.
    Um abraço.

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    Respostas
    1. Francisco Bendl07/10/2017, 09:33

      Caríssimo,

      Em minha defesa, por não ter postado a ária de preferência da ópera Carmen, a razão é simples:
      Eu não poderia escrever um artigo tão longo, a ponto que dividiste em três partes!

      Então colei alguns link a respeito de cada uma das que escolhi como referência, lembrança, e aguçar a curiosidade de algum leitor em pesquisar a respeito e ouvir mais trechos de óperas.

      Muito obrigado pela concessão quanto à publicação deste artigo, que percebo não ser do agrado do teu público, apesar da minha tentativa em postar esta arte que, a meu ver, trata-se de uma das mais completas formas existentes até hoje, logo o arrebatamento que ocasionava nos períodos onde a ópera teve o seu auge.

      Um forte abraço.
      Saúde e paz.

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  3. 1)Parabéns Chicão pelo artigo.

    2)Obrigado, estou aprendendo bem, pois sou leigo na matéria.

    3) Bom fim de semana para todos (as) !

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  4. Francisco Bendl07/10/2017, 10:33

    Rocha, meu caro,

    Espero que, afora estares aprendendo, estejas gostando das árias postadas.

    A bem da verdade, a música operística é dramática na sua maior parte, e raras são alegres. No entanto, mesmo com a sua densidade, muitas delas são excepcionais melodicamente, e cito Vesti la Giubba, da ópera Os Palhaços, simplesmente indescritível.

    Um forte abraço.
    Saúde e paz.

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  5. Francisco grandão amigo,
    Você tem que acreditar mais nos comentários dos amigos. São seus amigos e falam verdades. E por falar em comentários, você fez fazer ótimos com as suas" óperas que conquistam o mundo" e a nós, pobres mortais como eu. Concheço poucas, todas lindas. E fico sabendo mais com seus textos, e estou contente porque vou saber mais.
    A sugestão do Moacir é muito boa. E era mais ou menos sobre isso que o sr. Redator e eu nos vimos envolvidos em boa conversa hoje à tarde. Com seu texto, com os pedaços de óperas e as nossas preferências e conhecimentos. Claro que, no quesito conhecimentos, saí perdendo de muito.
    Como o Antonio, agradeço pelo aprendizado, a alegria do saber.
    Com quem virá Nessun Dorma?
    Até então.

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  6. Francisco Bendl08/10/2017, 07:50

    Aninha,

    Repito que o Wilson foi agraciado pelo Criador quando te conheceu e te tomou por esposa, aliás, eu e ele, e certamente o Pimentel, o Rocha, Palmeira, Domingos ... esse pessoal que frequenta este oásis cultural (por onde anda a Ofélia?).

    Dito isso, se a apresentação deste trabalho, que inteligentemente o Mano o dividiu em três, causou em ti e no teu marido boas conversas e nos demais comentaristas bons momentos ouvindo as belas árias de óperas inesquecíveis, alegro-me, pois a ideia deste artigo era exatamente esta, de causar ótimas recordações, instantes agradáveis.

    A sugestão do Pimentel, que mencionaste, Aninha, é interessante, e devo aproveitá-la para o futuro, pois preciso permitir aos leitores deste blog extraordinário que se livrem de mim por uns tempos, haja vista três assuntos meus em seguida, apesar de se reportarem ao mesmo tema.

    Muito obrigado pelo comentário.

    Ao final desse artigo, Nessun Dorma virá na voz do nosso melhor e maior tenor, descoberto em um programa de calouros, do Raul Gil, Rinaldo Vianna!
    Assisti a primeira apresentação deste rapaz, pois o programa de calouros há 12/15 anos atrás era excelente, e trouxe para o público cantores e cantoras que depois alcançaram o sucesso merecido.
    Rinaldo atingiu o seu ápice no Brasil, e lamento profundamente que, em nenhum momento, a Globo o tenha chamado para uma única apresentação!
    Evidente que Pavarotti não só tornou conhecida a ária da ópera Turandot, Nessun Dorma, como a imortalizou ao cantá-la no parque adjacente à Torre Eiffel, em Paris, antes da inauguração da Copa do Mundo de Futebol, em 98.
    Jamais o célebre tenor italiano repetiu aquele momento, quando alcançou a maior extensão musical daquele trecho, obtendo aplausos fervorosos e delirantes ao final da apresentação, porém Rinaldo merece ser lembrado, razão pela qual eu o escolhi para entoar esta ária memorável, Aninha.

    Por outro lado, os dois maiores tenores da atualidade são Jonas Kaufmann e Rolando Villazon.
    O primeiro é alemão, e o seguinte é mexicano, naturalizado francês!

    Vale a pena tu clicares nesses dois nomes no Youtube e te deliciares com essas vozes poderosas e vibrantes.

    Quanto às mulheres, Anna Netrebko, russa, já esteve melhor, mas ainda é a "diva" incontestável do bel canto, assim como a romena Ângela Gheorghiu.
    Ouve, por favor, este ensaio com a romena e o alemão de uma ária da ópera Madame Butterfly, denominada de Vogliatemi bene:

    https://www.youtube.com/watch?v=9Op7RmV7S3c

    Um grande e forte abraço, Aninha, respeitoso, como sempre.
    Saúde e paz, extensivo aos teus amados.


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