Enrico Caruso como Canio em I Pagliacci (imagem wikimedia) |
Francisco Bendl
Continuando do post anterior:
A Flauta Mágica, ópera fantasia em dois atos de Mozart.
Libreto, em alemão, de Emanuel Schikaneder e talvez Karl Ludwig Gieseke.
Estreia mundial em Viena, Áustria, 1791.
A ópera, na sua grande parte, descreve simbolicamente lendas e rituais
maçônicos. Contudo, pode ser apreciada como um simples conto de fadas que
relata a história de amor entre Tamino e Pamina. A flauta mágica é que protege
Tamino dos perigos.
A Rainha da Noite, mãe de Pamina, canta duas árias que permitem a um
soprano coloratura demonstrar todo o seu virtuosismo, pois têm passagens
extremamente difíceis e notas agudas:
Lucia de Lammermoor, ópera trágica em três atos, de Gaetano Donizetti.
Libreto, em italiano, de Salvatore Cammarano, baseado no romance escocês
“A Noiva de Lammermoor”, de sir Walter Scott.
Estreia mundial em Nápoles, Itália, 1835.
A história se passa na Escócia, no final do século XVII, e giram em
torno do tumultuado romance entre Lucia Ashton e Edgardo de Ravenswood. Enrico
Ashton, irmão de Lucia, se apodera ilicitamente das propriedades de Edgardo e,
para impedir que o casal se case, leva a irmã por meio de um embuste a se casar
com outro homem. Lucia fica louca, mata o marido e morre em seguida. Edgardo,
sabendo da morte de Lucia, suicida-se com uma punhalada no coração. O trecho
talvez mais conhecido da ópera é a “Cena da loucura”, no terceiro ato, na qual
a insana Lucia relata, cantando, um casamento imaginário entre ela e Edgardo.
Esta cena, de interpretação extremamente difícil, é considerada como um dos
maiores desafios para um soprano coloratura dentro de todo o repertório operístico:
Madame Butterfly, ópera trágica em três atos, de Giacomo Puccini.
Libreto, em italiano, de Giuseppe Giacosa e Luigi Illica, baseado na peça
norte-americana Madame Butterfly, de David Belasco, extraída de uma história de
John Luther Long.
Estreia mundial em Milão, Itália, 1904.
O enredo se passa em Nagasaki, Japão, aproximadamente em 1900.
Cio-cio-san é uma jovem japonesa que se apaixona por um oficial da Marinha dos
Estados Unidos, B. F. Pinkerton.
Casam-se numa cerimônia à japonesa. No entanto, de acordo com as leis do
Japão, tanto marido como mulher podem anular o casamento mediante uma
notificação no prazo de um mês. Pinkerton parte do Japão em seu navio. Algum
tempo após esta partida, Cio-cio-san dá à luz uma criança. Três anos mais
tarde, Pinkerton envia uma carta comunicando que se casara com uma
norte-americana, surgindo em seguida com sua mulher. A infeliz japonesa
concorda em dar-lhes a criança e imediatamente se suicida.
As árias mais conhecidas desta ópera belíssima, assim como La Bohéme e
Tosca, são “Um Bel di Vedremo”, na qual Cio-cio-san descreve a sua felicidade
quando Pinkerton retornar,
“Vogliateme
bene”,
“Bocca chiusa”:
Como apreciei em demasia o arranjo de Waldo de Los Rios neste trecho da
ópera, “Bocca chiusa”, abaixo o link desta apresentação diferente:
Os Palhaços, ópera trágica com um prólogo e dois atos, de Rudgiero Leoncavallo.
Libreto, em italiano, do próprio compositor.
Estreia mundial em Milão, Itália, 1892.
Ópera verista, curta, que gira em torno da vida dos membros de uma
companhia de atores ambulantes da Itália, na década de 1860.
A história se concentra nos ciúmes de Canio, o artista principal.
Logo no início do primeiro ato, Canio descobre que Nedda, sua mulher,
lhe é infiel, mantendo uma ligação amorosa. Canio, porém, desconhece a
identidade do homem, e canta uma das mais belas árias de Tenor de todas as
óperas, “Vesti la Giubba”, na qual expressa o seu destino trágico.
Abaixo, a ária com o inesquecível Pavarotti:
O mesmo trecho com o tenor do momento, Jonas Kaufmann:
Eu não poderia deixar de mostrar esta ária com Plácido Domingo:
Durante a apresentação de uma peça, Canio vem a saber que o amante de sua
mulher é Silvio, um camponês que vive na aldeia onde a companhia está se
apresentando.
No final da ópera, Canio apunhala Nedda e Silvio.
Rigoletto, ópera trágica em três atos de Giuseppe Verdi.
Libreto, em italiano, de Francesco Maria Piave, baseado na peça francesa
Le Roi s’amuse, de Victor Hugo.
Estreia mundial em Veneza, Itália, 1851.
A ópera conta uma história de traição e vingança na corte de um nobre
italiano, o duque de Mântua, no século XVI.
Os principais personagens são o duque, Rigoletto, um corcunda, que é o
bobo do corte do duque e Gilda, filha de Rigoletto.
Em consequência de engodos, artifícios e traições, a adorada filha de
Rigoletto é assassinada.
Verdi compôs para esta ópera maravilhosas páginas musicais.
No primeiro ato, Gilda canta a bela ária “Caro Nome”
na qual expressa o seu amor pelo duque, que está disfarçado de
estudante.
No terceiro ato, o duque canta uma das árias mais populares do repertório
operístico, “La Donna é Móbile”
No final do terceiro ato é cantado o melodioso e dramático quarteto
“Bella Figlia dell’Amore”
Tosca, ópera
trágica em três atos de Giacomo Puccini.
Libreto, em italiano, de Giuseppe Giacosa e Luigi Illica, baseado na
peça francesa La Tosca, de Victorien Sardou.
Estreia mundial em Roma, 1900.
Os principais personagens são Floria Tosca, famosa cantora; Mário,
pintor e amante de Tosca, e o barão Scarpia, o ignóbil chefe de polícia.
No enredo, Cesare Angelotti, um prisioneiro político e evadido, consegue
escapar de Scarpia. Tanto Tosca quanto Mário sabem do esconderijo de Angelotti.
Grande parte da ação gira em torno das tentativas do barão em fazer que
os dois amantes revelem onde se esconde o prisioneiro. Scarpia também deseja
que Tosca seja sua amante, com Tosca o matando e se suicidando quando presencia
a morte de Mário por um pelotão de fuzilamento.
Entre as árias mais belas, destacam-se:
“Vissi d’Arte” :
“E Lucevan le Stelle”:
e “Recondita Armonia”:
La Traviata, ópera trágica em três atos.de Giuseppe Verdi.
Libreto, em italiano, de Francesco Maria Piave, baseado na peça francesa
A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas filho.
Estreia mundial em Veneza, Itália, 1853.
Verdi colocou a ação da obra em Paris e arredores, em meados do século XIX.
A ópera chocou o público da época porque Violetta, a heroína, levava uma
vida desregrada.
Os personagens da ópera são realísticos e motivados por complexas
emoções. Suas ideias e sentimentos são tornam-se particularmente convincentes
pela música de grande efeito teatral de Verdi.
No terceiro ato, Violetta canta uma das árias mais pungentes da ópera,
“Addio del passato”, na qual se despede dos dias felizes do passado
Não sem motivo, a ária mais conhecida e tocada de todas as óperas é
“Libiamo ne’lieti calici” (Brindisi):
O Trovador, ópera trágica em quatro atos, de Giuseppe Verdi.
Libreto, em italiano, de Salvatore Cammarano, baseado na peça espanhola
El Trovador, de Antônio Garcia Gutiérrez.
Estreia mundial em Roma, 1853.
História triste e violenta, plena de fortes emoções.
A ação tem lugar na Espanha do século XV.
Os principais personagens são Manrico, um trovador; Leonora, uma
aristocrata; Assucena, uma cigana e o conde de Luna.
Assucena deseja vingar-se do conde, cujo pai mandara que sua mãe fosse
sacrificada e morresse na fogueira. No final da ópera, Leonora se suicida e o
conde manda executar Manrico. Assucena diz ao conde que matara o irmão e assim
a cigana tem a sua vingança.
O Trovador tem passagens de grande efeito teatral. No segundo ato, um bando de
ciganos em seu acampamento nas montanhas canta o que talvez seja o coro
operístico mais conhecido, o “Coro dos Ferreiros”
Evidente que a minha intenção não é narrar a História da Ópera no
Conversas do Mano, apenas apresentei um resumo desta forma de teatro musicado e
cantado, que eleva a música e seus cantores.
Como a meu ver a música é a arte mais esplendorosa, fantástica e
poderosa que temos, portanto incomparável no meu entendimento com relação às
demais formas artísticas existentes e onde o ser humano expõe o seu talento
brilhantemente, a ideia foi prestar uma homenagem à canção, ao som inigualável
de composições que nos enlevam, que nos envolvem nas tramas compostas por
geniais autores, e imorredouras quanto aos acordes registrados, obtendo o mesmo
sucesso quando apresentadas há várias décadas, sobrepujando o tempo e modismos.
As óperas mencionadas com mais detalhes podem não ser as mesmas na
preferência de todos, mas reitero a falta de espaço para escrever a respeito de
um tema tão vasto, ressaltando a existência de composições magníficas e suas
árias não menos vibrantes e enternecedoras:
Lohengrin, de Wagner, onde destaco a famosa Marcha Nupcial, usada até hoje nos
casamentos:
Nabucco, de
Verdi, onde esta ária, Va Pensiero, chegou a ser o Hino Italiano durante um
certo tempo:
A Viúva Alegre, opereta de Franz Lehár, e suas árias românticas e belíssimas:
“Lippen
Schweigen”:
“Dein ist mein ganzes Herz”:
Otello, de
Verdi, considerada como uma das maiores dramatizações operísticas, e sua ária
“Gia Nella Notte”:
Manon Lescaut, de Puccini, e uma das árias mais cantadas pelos notáveis Três Tenores,
Pavarotti, Plácido Domingo e Carreras, quando se apresentavam em público
“Donna non vidi mai”:
Turandot, de
Puccini, obra inacabada pois o célebre compositor morreu antes de completá-la,
e sua ária como uma das mais espetaculares da História da Ópera,
“Nessun Dorma”:
Tannhaüser, de Wagner, e a grandiosidade do
“Coro dos Peregrinos”:
Príncipe Ígor, de Borodin, de onde se extraiu a conhecida canção Estranhos no Paraíso
(Strangers in Paradise)
“Danças polovitsianas”
Na voz de Engelbert Humperdinck
A lamentar que não existam mais os compositores de óperas.
Sir Andrew Lloyd Webber, inglês, recriou os musicais nos teatros,
alcançando sucesso mundial merecido pelas suas composições maravilhosas, que
não eram óperas, claro:
Jesus Christ Superstar, “I don’t
know how to love him”:
“Don’t Cry
for Me, Argentina”, de Evita,:
“Memory”, de
Cats:
e “The Music
of the Night”, de O Fantasma da Ópera.
Chicão.
ResponderExcluirUma trilha sonora impressionante - não conheço várias das peças postadas- que vou levar praí um mês para curtir toda e como merece. Calmamente.
Quanto à Ópera creio que, já no seu tempo, ela foi uma repaginação das tragédia e comédia gregas , tornadas mais avassaladoras pela música deslumbrante, os enredos comoventes, as vozes sublimes, os coros possantes, os cenários suntuosos, os figurinos e maquiagens exagerados, tudo feito sob medida para arrebatar o prezado público e mergulhá-lo de cabeça em novas experiências, fazendo-o entender suas vivências e sofrências pessoais, ou purgar seus pecados enquanto os heróis penavam e passavam da felicidade para a infelicidade e, em seguida, dessa para outra pior ou melhor, os corpos caindo por todos os lados.
Ou seja, antigamente a galera se identificava com as Óperas, tinha suas emoções afetadas, era capaz de refletir seus próprios prazeres e dores nos amores e sofrimentos dos personagens. Em resumo, rolava a velha catarse da qual já nos falava Aristóteles: esse afastar-se dos nossos papéis cotidianos e, pela força da imaginação, ser, ou sentir, ou ver como os heróis e bandidos no palco, fruindo tudo irrealmente, sem riscos, como espectador. E, assim, lavar a alma.
Só que hoje apesar de continuarmos amando e odiando e sofrendo, essa identificação é muito mais difícil, pois muito poucos resolvem seus conflitos partindo para o matar e morrer. Por isso, entendo que a Ópera esteja em mutação: veja como os cenários e figurinos, por exemplo, saíram de moda e de cena e, aqui entre nós, isso não tira o brilho do Addio del Passato da eternamente bela La Traviata. Ficou a música apaixonante que , infelizmente, poucos conhecem. Não tiveram ,como nós, familiares que as escutavam em casa ou amigos que depois de alguns copos a mais saíam "libiando" pelos becos (rsrs)
Achei brilhante a colocação que você fez, no final do post, dos modernos musicais. Pois não foi só a Ópera que perdeu espaço para o teatro, Chicão. Não tem como o teatro matar no peito o glamour do cinema. Tudo bem que Cats ou mesmo Miss Saigon não chegam aos pés da nossa Madame , que Tonight é uma linda canção mas West Side Story não é Shakespeare e que o Book of Mormon não será jamais como Hair mas o maior problema é que cada vez mais os efeitos especiais dos filmes nas telonas e telinhas passam por cima de todas essas maravilhas feito um trator, pulverizando-as.
Os musicais não são a Ópera, é claro, mas são o que temos, falando a linguagem dos nossos tempos , com boas produções brasileiras e, inclusive, para as crianças, como foi o caso do Rei Leão. Portanto acho importante continuar indo ao teatro e finalizo com os versos do Sonho Impossível no musical Homem de La Mancha, que eu assisti na Broadway em 1977 e jamais esqueci. Porque no palco, cantadas ou recitadas, ao vivo e a cores, por criaturas de carne e osso, todas essas histórias parecem verso e não prosa e viram pura magia.
E vida que segue.
https://www.youtube.com/watch?v=OHVGOp5Usv4
Abração
Pimentel,
ExcluirEscreveste uma verdade apodítica, estocástica, que o tempo leva de arrasto o passado, e se queremos que este pretérito não seja esquecido, a solução é a mudança, adaptá-lo aos "novos tempos".
Inegavelmente a ópera não é mais a mesma, perdeu público, perdeu o seu glamour, os cenários em comparação aos efeitos especiais cinematográficos se tornaram jurássicos, apesar de os cantores maravilhosos se não possuem mais o mercado de trabalho de antes, essencialmente operístico, encontram em apresentações nos ginásios, estádios, largos espaços, de modo a levar multidões para ouvi-los, um campo de atuação interessante.
A Copa do Mundo de Futebol, na Itália, em 90, nos deu o primeiro espetáculo estupendo dos três tenores, absolutamente desconhecidos da grande platéia, pois esta desconhecia a ópera, o ambiente natural de Pavarotti, Carreras e Plácido Domingo.
Foram tão ovacionados, que repetiram o mesmo espetáculo em 94, Los Ângeles e em Paris, no mesmo torneio.
Pois justamente em homenagem a uma forma de teatro musicado e cantado, conforme historiadores haviam entendido que o teatro grego era cantado e não dialogado, e com a devida compreensão e aquiescência do nosso Mano, postei um longo artigo sobre as óperas mais conhecidas, e um pouco de onde se originaram, seus compositores e resumo das tragédias ou comédias que contém suas histórias.
Importante este teu comentário, Pimentel, pois abrange exatamente as mudanças que deixaram a ópera um pouco de lado, apesar de sabermos que jamais será esquecida, haja vista que sempre haverá um Chicão para resgatar uma das artes mais completas que temos, e admiravelmente bela.
Um forte abraço, Pimentel.
Saúde e paz.
Chicão,
ResponderExcluirExcelente conclusão para o seu trabalho sobre a ópera. Muito bom ver um post sobre ópera de quem conhece e gosta.
Eu só acrescentaria que, além das árias cantadas, algumas óperas tem lindas peças instrumentais, como, aliás, você mostrou com o "Intermezzo" da Cavaleria Rusticana. Então gostaria de deixar aqui para seus leitores aquela que, na minha opinião, é não só uma das mais belas peças instrumentais das óperas como da música em geral, a "Meditação" da ópera "Thaïs" , de Massenet, na execução impecável do Itzhak Perlman:
https://youtu.be/NLhvMgucWns
Obrigado e um abraço.
Caríssimo,
ExcluirObrigado por esta longa postagem, que tiveste de dividir em três "atos" - ainda bem que não foi uma tragédia ao seu final!
Inegavelmente, Conversas do Mano se realça e se notabiliza como um verdadeiro oásis cultural, que permite espaços para as mais variadas formas de arte:
do livros à escultura, da pintura ao bel canto, do cinema à música ...
Obrigado, Wilson, pelo comentário, lembrando que eu não tinha como me estender tanto, logo, muitos trechos (árias) ficaram de fora, mas, os comentaristas e leitores podem pesquisar, pois o start foi dado.
Um forte abraço.
Saúde e paz.
1)Obrigado Bendl pelo seu belo trabalho de nos transmitir as belezas das Óperas.
ResponderExcluir2)Bom fim de semana a todos (as).
Rocha, meu caro,
ExcluirQuem agradece sou eu, pelo fato de ser aceito neste blog extraordinário!
Lembro que eu apenas resgatei os trechos (árias) mais bonitos e conhecidos de algumas óperas, talvez as mais importantes, mas muitas obras deixei de lado porque eu monopolizaria o blog.
Alegro-me que tenhas gostado.
Um forte abraço.
Saúde e paz.
1) Obrigado Bendl por nos transmitir seus importantes artigos sobre as belezas das óperas.
ResponderExcluir2)Bom fim de semana para todos (as).
Bendl, que postagem bacana sobre ópera, você fez. Bateu em mim uma saudade dos bons tempos, em que, com um grande amigo, cultivávamos óperas. Filmes “O grande Caruso”, seleção na década de 50 para o grande Caruso, escutar Beniamino Gigli, Mário Lanza, Giuseppe di Stefano, estavam sempre em nossa pauta.Com sua voz de tenor, meu amigo chegava do almoço soltando sua voz em
ResponderExcluir“Ma n'atu sole
Cchiu' bello, oi ne'.
'O
sole mio
Sta 'nfronte a te!
'O sole, 'o sole mio
Sta 'nfronte a te!
Sta 'nfronte a te
Éramos dois nordestinos “pé rapado” que sonhávamos alto. Alimentávamos o sonho de estudar piano, ele de também de ser um cantor de ópera. Eu virei Bibliotecária, ele professor de Filosofia. E assim la nave va com Torna A Surriento: vide ‘omare quant’è bello/spira tanto sentimento/comme tu, a chi tiene mente,/ca scetato ‘o faje sunná (adoro).
Sabe que tenho o cognome de “Nome de Ópera”?
Hoje não é comum a gente vê cantores de ópera. Tivemos Luciano Pavarotti, sem dúvida o mais famoso do século passado. Amei ler o seu texto.
Minha queridíssima Carmen Lins,
ExcluirMuito obrigado pelo teu comentário, pelas informações que nos passaste da tua vida e como a ópera fez parte dela.
Que bom que tenhas gostado desta postagem, graças ao nosso amigo Wilson, que nos oferece este blog extraordinário.
A ideia foi essa, de eu resgatar esta arte um tanto esquecida e trazer à tona trechos das óperas mais conhecidas, de modo que pudéssemos nos emocionar mais uma vez com a música e cantores fenomenais.
Agora, a tua participação é muito importante Carmen, pois a mulher com a sua inteligência, sensibilidade e raciocínio muito diferente do homem, isto é, mais sensato, ela produz textos com mais lógica, com mais essência, com mais razão.
Basta eu te citar os artigos da Ana, que entenderás o que digo, razão pela qual a ópera é feminina, e as árias mais importantes de todas,as mais belas, as mais maviosas são interpretadas pelas mulheres, as sopranos ou contraltos.
Muito me alegrei com o teu comentário, Carmen, e frequenta com mais assiduidade este blog extraordinário, este oásis cultural, por favor, onde as mulheres se não estiverem presente será apenas um oásis, porém sem água, sem vida, apenas palmeiras, apenas sombra.
Um forte abraço, caloroso, apertado, também, respeitoso, evidente.
Saúde e paz.
Wilson, a ficha caiu. Pensei até que tinha dado uma de "Magda". Mas juntei as pedras de um quebra-cabeça e tudo se encaixou. Você nem é o responsável pela não-publicação de meu comentário. BFS
ResponderExcluirCarmen, não se preocupe. Seus comentários são sempre muito bem vindos aqui. Um abraço do
ExcluirMano
Francisco Bendl sabichão!
ResponderExcluirComo pode saber tanto!
Vou demorar, vou aprender e até, quem sabe, começar a apreciar? De algumas já gosto, as mais manjadas.
Obrigada demais.
Abração.
Aninha, Aninha ...
ExcluirAfasta de mim este cálice de "sabichão", pois posso entender do alto da minha sapiência que esta palavra é a junção de "sabe nada com salsichão", então sabichão!
Eu ficaria feliz apenas se me disseste que sou um esforçado, mais nada, pois um idoso que completa o Ensino Médio aos sessenta anos, como foi o meu caso, mais precisa ser compreendido do que elogiado.
Portanto, agradeço esta tua gentileza para comigo, pois a tua sensibilidade, inteligência, sagacidade, conhecimentos, produzem naturalmente palavras que animam, impulsionam, incentivam, para que pessoas como eu, sem talento e sem eira nem beira, se sintam bem na presença de homens e mulheres tão talentosos, tão capazes, apesar da enorme diferença intelectual que as separam de gente do meu (des) nível.
Tu e teu marido, Wilson, formam um casal maravilhoso, cuja fidalguia os enobrece, culminando com este oásis cultural, que nos oferece aquilo que o ser humano tem de melhor, a sua arte.
Ora, como não tenho esta aptidão, vocação e talento para qualquer tipo de criatividade neste sentido, pesquisei a ópera porque a música me atraiu desde quando eu era guri, e sem saber a letra que as acompanhava, logo, não sou o autor de nada, Aninha, exatamente o que nos separa de forma abissal:
enquanto tu nos enterneces e impressionas com tuas crônicas, eu apenas transcrevo dados buscados nos livros pesquisados, minha sábia amiga dissidente!
Um forte, caloroso e apertado abraço, claro, respeitoso, como não poderia ser diferente.
Saúde e paz, extensivo aos teus amados, que precisam saber a importância de serem alvos do amor de uma mulher tão nobre, tão inteligente, tão sensível e amável como a esposa e mãe que tu tão bem exerces essas funções, Ana, onde tu e a minha esposa se identificam muitíssimo bem, logo, o meu reconhecimento às tuas qualidades inatas e adquiridas com o tempo, e junto com o Mano, um notável ser humano, marido, pai e homem!
Obrigado por eu poder compartilhar este meio que colocam à disposição do talento, permitindo que eu "fure a fila", que eu seja um penetra.
Francisco, Franciso,
ExcluirEu estava fazendo um suduku e até perdi o rumo...
Obigada. E para mim sabicháo é um sabido muito sabido.