Esperança

Qual matutina stelle esce de l'onde / rugiadosa e stillante, o come fuore / spuntò nascendo già da le feconde / spume de l'ocean la dea d'amore / tal apparve costei, tal le sue bionde / chiome stillavan cristalino umore (Tasso - Gerusalemme liberata - estátua de Venus de Giambologna)

Domingos Ferreira

Alvíssaras

Ao fim de uma linda tarde do dia 1/1/2018, fui caminhar no calçadão lotado, passei pela estátua do Drummond, cercada de gente, e me sentei no banco seguinte, a uns cem metros adiante.

Uma Lua espetacular, nascendo do mar a Leste, dominava o cenário irreal. Em seguida, varri com o olhar mais para o Sul, sobre a ponta do Forte, e tive a grata surpresa de redescobrir Vênus, a meia altura. Ela se esforçava, com um brilho forte, para chamar minha atenção. Orgulhosa e ciumenta, nada tinha a ver com a cafonice da Lua.

Havia meses que eu ia para aquela posição na praia, tentando restabelecer nossos encontros, rotineiros nos muitos mares, desde Tenente, e que, na Reserva, continuavam nas caminhadas atuais.

Passamos uma boa meia hora, como velhos e apaixonados enamorados, botando o assunto em dia.

Voltei para casa feliz.

Viva 2018!!!