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18/03/2018

Jesus e Maria Madalena

Cartaz do filme "Maria Magdalena" (2018)


Francisco Bendl
Livros de autores renomados dão conta que Jesus fora casado com Maria Madalena, em face não só dos costumes à época como em razão de que era tradição entre os judeus casarem-se cedo, ainda muito jovens.
Há quem diga que Jesus não poderia ter sido esposo de Madalena porque filho de Deus ou o próprio Deus, porém,  lembro que este Deus se fez homem, viveu e agiu como tal, caso contrário não se alimentaria, não tomaria banho, não teria nascido de uma mulher e não beberia vinho, como aconteceu na sua festa justamente de bodas, onde Madalena lhe avisara que estava faltando esta bebida – e teria de ser muito íntima de Jesus para Lhe avisar sobre esta falta -, e Cristo transforma água em… vinho!
A meu ver, entendemos Cristo como imaculado, intocável, absolutamente puro, mas estamos errados.
Se veio à Terra enviado por Deus, NOSSO PAI, e não somente como Seu Filho, Jesus ao se igualar ao ser humano foi exatamente um de nós.
E precisava sê-lo para dar sentido à existência humana. Explico:
Somente um homem dotado de qualidades extraordinárias para evitar que um novo dilúvio ou outra tragédia acontecesse com a Humanidade!
Ora, Deus já havia perdido a paciência conosco duas vezes, e éramos em maior quantidade à época que nasceu Jesus.
Mesmo com os castigos que nos atribuíra, o homem continuava a desafiá-Lo com seus pecados, vaidade, ambição, egoísmo, violência, domínio sobre os outros homens, ou seja, não obedecíamos aos Mandamentos.
A última tentativa do Criador para não nos dizimarmos de vez foi trazer o seu Filho para nosso convívio, mas um ser humano diferente, excepcional, assim como foram Buda, Moisés, Elias, Sócrates, Platão, Aristóteles, Confúcio, mais adiante São Francisco de Assis, e por que não os grandes benfeitores e inventores da Humanidade como Newton, Euclides, Da Vinci, Descartes, Freud, Stephen Hawking, que nos deixou recentemente, seres humanos que contribuíram decisivamente para a evolução do próprio ser humano!
Se Jesus se manifestou e aprimorou a nossa fé e modificou o entendimento que havia sobre os Mandamentos, que ninguém obedecia porque praticamente impossível, Jesus trouxe a Boa Nova, trouxe o PERDÃO!
A ponto que mudou de comportamento com relação ao seu Pai:
Se antes Deus era conhecido como o Senhor dos Exércitos, olho por olho e dente por dente, Jesus disse:
– Se te baterem em um lado da face, ofereça o outro também!
Logo – e voltando ao assunto inicial -, o casamento seria não só natural como consequência de ser homem, e mesmo que tenha sido esposo de Madalena não vejo onde estaria o mal no sexo que tenha feito com a sua mulher, haja vista que é dessa forma que nos mantemos, que preservamos a espécie, e que manifestamos nosso amor por elas e por outros homens, nossos filhos!
A Igreja Católica que depois deturpou essa relação.
Quis tirar da mulher o seu poder de encantamento sobre os homens, a sedução que lhe é inata, pois os homens não poderiam se subjugar a elas, que deveriam ser inferiores e obedecer do seu marido, uma espécie de escrava com intimidades!
Em consequência, Jesus precisava ser retirado dos braços de Madalena, então a escolha de Evangelhos com a exclusão de Tomé, Madalena, e outros considerados apócrifos.
E, a Igreja, enalteceu o celibato, o que não faz jus à importância da natureza entre os seres humanos neste contexto, cuja comprovação maior é através do sexo, onde não só se preserva a espécie, mas onde atinge o paroxismo do prazer!
Não há sensação, prazer, emoção, maiores do que o sexo, que nos faz viver com tamanha intensidade que faz o coração pulsar como a vida, como se aqueles minutos serão eternos, e devemos vivê-los mesmo como nunca antes experimentado, pois sexo é vida!
Ora, ora, Deus nos deu a vida através do… sexo, então porque diminuir-lhe o significado e importância à humanidade, que repudia Cristo fazendo… sexo?!
Flagrante contradição com a própria fé e crença em Deus!
O sexo não foi uma invenção exclusiva do homem, e nem poderia, pois o sexo verdadeiro, natural, é feito entre macho e fêmea, e porque dessa relação nascemos!
Portanto, o sexo faz parte do ser humano, que se completa quando homem e mulher se unem, a ponto que para se ter um filho há a necessidade precípua da união do casal. Um homem e uma mulher compõem o ser humano e não isoladamente, ou seja, apenas o homem não é um ser humano completo, tampouco é a mulher pois, isolados, morrem e acaba a espécie, termina a humanidade.
Sexo é o que há de mais sagrado no ser humano que, lamentavelmente, o desvirtuou, maculou, transformou-o em profano!
Sexo virou sacanagem, humilhar a mulher, submetê-la a caprichos e taras, desnudar-lhe a alma, despi-la de sua dignidade!
Nessas alturas, imaginar que Deus – Cristo – tenha feito sexo como fazemos, logicamente é impensável, pois o pensamento do homem sempre foi maldoso, de conquista, de dominar a mulher.
Certamente Jesus com Maria Madalena deve ter feito o contrário:
Valorizou-a, enalteceu-a, deu-lhe a devida importância para que conhecesse o calor da mulher, o seu cheiro, as suas qualidades como fêmea, o seu carinho como mulher, a sua vontade em ter dentro de si o homem que amava, e Cristo deve ter correspondido a esta expectativa, EXATAMENTE COMO O HOMEM FAZ COM A SUA ESPOSA QUANDO RECÉM CASADO, cujo desempenho na noite de núpcias e por algum tempo é esplendoroso, para depois erguer os olhos para outras mulheres e destruir a relação antes tão primorosa!
Antes que eu esqueça, quanto mais desvalorizamos o sexo, isto é, como se esta relação SAGRADA fosse profana, mais nos desvalorizamos, então o pensamento pecaminoso, maldoso, o sexo feito de forma pornográfica, traindo a companheira ou companheiro.
Quando entre o casal, e se mantendo fiel, ardente, com amor, sentimento de saciar a esposa e ela o marido ou companheiro(a) porque não precisam estar casados por óbvio, o homem e a mulher elevam o ser humano, dão-lhe significado, fortalecem os alicerces deles mesmos material e espiritualmente.
Se amo a minha mulher e ela a mim, o sexo é a homenagem que fazemos ao Criador, à vida, à natureza.
Se o sexo é feito pelo sexo, sem amor, desvalorizamos essa relação, que se torna apenas humana, logo, jamais irá nos satisfazer e contentar como deveria, pois não houve a total entrega desse  homem para a mulher e vice-versa.
Somente quando a intenção de ambos é a mesma, com o espírito envolvido nesta relação, comprometido com esta união, o sexo é inigualável, e o prazer que ocasiona é incomparável aos demais praticados mecanicamente, então sentimos o poder divino e da natureza simultaneamente porque estamos legitimamente  representando-os no seu esplendor!


15 comentários:

  1. 1) Muito bem Chicão, concordo plenamente.

    2)Eu sempre vi Jesus assim como um ser humano pleno, integral. semelhante aos nomes que vc citou.

    3) Sidarta Gautama, o Buda, era um ser humano, casou, teve filhos, de vez em quando ficava doente...

    4)Aqui no Ocidente inventaram um conceito de Deus que é ilusão, fantasia, ficção.

    5) Abraços de bom domingo e boa semana !

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    1. Moacir Pimentel18/03/2018, 18:07

      Agora, se você me permitir, gostaria de registrar na caixa de comentários desse seu importantíssimo post as fontes que conheço das especulações a respeito do suposto casamento de Jesus com Maria Madalena – inclusive as de Dan Brown no seu best-seller O Código Da Vinci (rsrs) Pelo que sei tais suposições se baseiam em dois dos muitos evangelhos ditos “apócrifos”: um dos Evangelhos de Nag Hamm, o de Felipe, e outro atribuído à própria Maria Madalena descoberto em um bazar do Cairo no final do século XIX. Como batem de frente com dogmas da doutrina cristã os evangelhos “apócrifos” passaram a ser quase malditos e nos disseram que não deveriam ser lidos. Só porque focam em temas que não se lê na Bíblia, como por exemplo o que Jesus teria dito aos discípulos e à Maria Madelena depois de ressuscitar. São da lavra de Felipe as palavras mais controversas já escritas sobre a moça, que aparece nos papiros dele como a mais sábia dos discípulos, é descrita como uma das três Marias da vida do Cristo: "sua mãe e sua irmã e Maria Madalena, sua companheira”. Tudo bem que "irmã" pode significar “prima” e “companheira” a Maria do Rosário (rsrs) mas logo a seguir Jesus também é citado como o “companheiro que a amava mais do que todos os discípulos", e costumava " beijá-la com frequência na boca”- na tradução de Isenberg.
      Maria Madalena esteve com Cristo aos pés da Cruz, foi para ela que ele apareceu depois de morto, foi a ela que ele pediu para anunciar aos demais que ressuscitara dos mortos. Pensando bem, coube a essa senhora anunciar o ponto de virada, o ápice do cristianismo: a ressurreição. Não é pouca coisa. E no entanto e estranhamente, a Maria Madalena que esteve presente nos momentos mais cruciais da maior das religiões ocidentais vive em nossas memórias como foi registrada na arte através dos séculos: ungindo os pés do Cristo e secando-os com os longos cabelos ou semi-nua como uma eremita isolada no deserto se autoflagelando e se arrependendo dos seus pecados. Essa não é a história de Maria de Madalena. Que eu saiba nenhum dos quatro evangelistas jamais afirmou que ela fosse uma prostituta. Sabe-se lá de onde tiraram isso. O fato é que até a Igreja já declarou oficialmente que a santa não era a tal da pecadora arrependida e redimida, mas a reputação ainda persiste. A questão é: por quais cargas d’água textos que oferecem ao mundo uma visão significativa da história cristã não foram estudados e debatidos? E, muito principalmente, o que mais não nos disseram?
      Obrigado pela instigante leitura e desculpe pela verborragia.
      Abração

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    2. Francisco Bendl19/03/2018, 08:26

      Pimentel,

      Vou considerar que esta seja a complementação do teu comentário abaixo.

      Compactuamos, portanto, que Madalena teve muito mais importância na vida de Cristo do que nos ensinaram ao longo do tempo.

      A dedução de que ela era muito próxima de Jesus é lógica, justamente em face dos costumes à época e entre os judeus, de o casamento ser obrigado e ainda cedo, a gurizada tendo 12/13 anos somente.

      Também concordo com essa questão de o sexo ter virado pecado, vergonhoso, contraditoriamente sendo necessário à nossa preservação.

      Evidente que o sexo que citei no artigo, que humilha a mulher, que a ofende, sendo praticado com egoísmo, distorções (zoofilia, pedofilia), precisa e deve ser repudiado, pois animalesco, que vai de encontro aos mais comezinhos princípios da dignidade humana.

      Agora, o sexo feito com consentimento de ambas as partes e por mais intenso que seja, com sentimento, com amor, esta relação não pode ser condenada, rotulada como nefasta, conforme por séculos e séculos a Igreja o combateu!

      A luta travada pelo Catolicismo Romano com o sexo, além da manutenção da unidade da Igreja, trazia consigo o enfrentamento com a Natureza, um combate desigual entre a fé e a fonte de sobrevivência humana, onde naturalmente sairia vencedor a união do macho e da fêmea, haja vista ambos completarem o ser humano, homem e mulher terem necessidades precípuas onde somente o sexo contempla tais requisitos essenciais à vida de ambos.

      No entanto, estava em jogo justamente a fé em Deus com a forma como este mesmo Deus nos deixou para que Seus filhos sentissem as emoções mais indescritíveis e prazerosas quando um casal se envolvia sexualmente, que não se atritava com esta fé como entende a Igreja até hoje, mas consolidava a crença em Deus, que nos possibilitou tanta satisfação e modo de valorizar a espécie!

      Sexo é vida!

      Deixá-lo de lado, exigir de si mesmo a castidade, tal sacrifício é pecado, ofende a Deus, pois estamos renegando exatamente o que Nos foi dado como poder de darmos sequência ao crescimento da Humanidade!

      "Crescei e multiplicai-vos", consta nos Evangelhos, logo, qualquer medida humana que conteste esse princípio divino não pode ser defendida.

      Muito obrigado pela tua participação.

      E sabes que teus artigos e comentários são sempre bem-vindos, pois complementam com muita propriedade o recado muitas vezes incompleto dos meus textos, justamente porque reúnes mais cultura e conhecimentos, logo, o meu reconhecimento.

      Um grande abraço.
      Saúde e paz.

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  2. Francisco Bendl18/03/2018, 14:34

    Rocha, meu amigo e professor,

    Grato pelo comentário.

    Mais ainda fico alegre porque admites que o texto contém afirmações plausíveis, possíveis, aceitáveis.

    O artigo não iria conter apenas minhas ideias e conclusões sem uma certa sensatez, lógica, mesmo que frágil, mas algo que fosse pelo menos indiscutível.

    Uma delas, evidente, que Jesus era homem, de carne, osso e sangue, e que amava, tinha emoções, chorava, comia e vestia.

    E, nesta condição masculina, deve ter amado Maria Madalena, a ponto de os apóstolos certa vez questionarem Jesus a respeito, quando Lhe disseram que Ele amava mais a mulher que seus discípulos, que era visível esta preferência.

    Um forte abraço.
    Saúde e paz.

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  3. Moacir Pimentel18/03/2018, 17:58

    Chicão,
    Esse é um excelente post! Parabéns pela lucidez: se a carnalidade humana supostamente foi o caminho escolhido pelo divino para a nossa redenção então não faz sentido a rejeição de parte dessa humanidade.Sou de opinião que as religiões se ocupam por demais com a vida sexual dos meros mortais. Parece até que são contra a expressão sexual humana livre de culpa. Jamais entendi porque Maria precisa ser o fruto de uma imaculada concepção, a mulher de um celibatário e a mãe virgem de um filho assexuado. Como você tão bem colocou, Jesus era judeu e o povo judeu ainda vive à espera do Messias que nascerá de uma mãe judia. Portando não casar e procriar é conspirar contra a vontade divina. No tempo histórico de Jesus, não havia judeus solteiros.
    É como se o sexo fosse um inimigo a ser dominado, algo a ser evitado a qualquer custo pelos deuses. Alguém deveria estudar a fundo o impacto disso, dessas maluquices da religião, na cabeças e na sexualidade humanas. Acontece que o cérebro também é um órgão sexual. Sexo além de vida e saúde é assunto nosso, privado, e normatizar instinto é uma batalha inglória como bem provam os recentes escândalos de pedofilia no coração da fé institucionalizada. É como se as religiões não apenas manchassem e deturpassem a mais prazerosa das necessidades humanas e a nossa reprodução biológica, mas menosprezassem e enfraquecessem nossa capacidade de romance, amor, sexo, intimidade e parentalidade.
    Continuo...



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  4. Francisco Bendl19/03/2018, 08:00

    Pimentel,

    Aguardarei a conclusão do teu comentário para responder.
    Em princípio, muito obrigado por ter gostado da artigo.

    Um abraço.
    Saúde e paz.

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    1. Moacir Pimentel19/03/2018, 09:59

      Chicão,
      Você me desculpe a postagem errada - debaixo do Antonio! - da continuação do meu loooongo comentário. É o que dá blogar depois de virar alguns copos (rsrs) Retorno só para lhe dizer que também me custa acreditar que Jesus Cristo tenha sido um homem pela metade e, muito principalmente, que o seu texto foi brilhante, sensato e COMPLETO em si, na questão desenvolvida. O recado que você nos mandou no subtexto é também importantíssimo nos dias de hoje : não podemos acreditar no que nos dizem, no que lemos, no que comentam, no que nos ensinam os doutos simplesmente porque sim. É preciso pensar e questionar e duvidar sempre e nos aprofundar nas questões. Afinal pensar não tira pedaço, trocar ideias não é pecado, aprender é preciso e nada está acima da crítica construtiva. É isso ou permitir que façam de nós mais uma "narrativa".
      A minha intenção ao cravar alguns dados sobre os evangelhos apócrifos - que não li - foi apenas a de deixar claro que as especulações sobre a suposta história amorosa do Cristo e da Madalena, não são maluquices de desocupados iconoclastas, nem baseadas em ficção literária mas em documentos históricos.
      Mais uma vez obrigado e meus sinceros parabéns pelo seu belo e lúcido artigo.
      Abração



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    2. Francisco Bendl19/03/2018, 11:10

      Pimentel,

      Não importa a colocação do teu comentário, mas existi-lo!

      Olha, te confesso que sempre fui um contestador.

      Fui muito castigado nos colégios - estudei em escolas de padres salesianos, irmãos maristas e lassalistas -, em face de perguntar nas aulas de religião sobre assuntos que eu não aceitava, principalmente os dogmas católicos.

      Nas empresas que trabalhei, eu questionava as ordens, táticas e estratégias de vendas, que eu sabia previamente que fracassariam. Não que eu fosse o "cara", mas eu estava no campo, eu conhecia a clientela, eu sabia como seria a recepção desses planos mirabolantes.

      No Exército não foi diferente, a ponto de eu pedir a minha baixa após 4 anos, por não concordar que um superior hierárquico mesmo sendo um pateta, mandasse em mim!

      Por que eu não faria o mesmo com a religião, e não com Deus, pois eu seria ridículo?!

      Ora, na razão direta que a religião é uma invenção humana, de certa forma tenho até a obrigação de questionar, duvidar, perguntar, e tecer a minha teoria mediante experiência de vida e alguns estudos e leituras.

      Mais um abraço.

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  5. Wilson Baptista Junior19/03/2018, 10:12

    Chicão, um post muito interessante, razoável, sensato e bem escrito. O Antonio e o Moacir já tocaram em todos os pontos importantes, então vou dizer apenas que também fico muito curioso de saber porque raios o Papa Gregório I, quinze séculos atrás, entendeu o trecho do evangelho de Lucas, onde se diz que "Jesus tinha tirado dela sete demônios" e que muitos entendem como tendo dela curado uma doença grave, como se referindo aos sete pecados capitais, e fez um sermão que estigmatizou Madalena pelos séculos afora como uma prostituta arrependida... Só na segunda metade do século XX a igreja católica refutou oficialmente esta interpretação equivocada. Antes tarde do que nunca, as engrenagens da igreja rodam beeem devagar :)
    Um abraço do Mano

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  6. Francisco Bendl19/03/2018, 11:01

    Caríssimo Wilson,

    Se Deus nos deu inteligência, certamente foi para que questionássemos o que não entendemos ou não acreditamos.

    Não se trata de heresia, mas em face de os ensinamentos de Jesus terem sido transcritos pelo homem, e a Igreja Católica Apostólica Romana ir de encontro à Natureza, a soma desses dois aspectos nos leva a buscar na História como seria a vida à época da existência de Jesus, se é que Ele de fato esteve entre nós pela inexistência de provas materiais.

    No entanto, a forma como nos ensinou, através de parábolas, denota um homem dotado de extrema inteligência, sagaz, sutil, que sabia perfeitamente usar esta didática como a melhor para ser compreendido.

    E não invalida tais predicados, que não tenha tido uma vida conjugal, pelo contrário, conhecendo as dificuldades de uma relação desta importância, o casamento, indiscutivelmente foi um bom marido, pois Madalena o acompanhou até a crucificação.

    Não vejo, portanto, qualquer óbice sobre a Sua excelsa figura, que não tenha sido um homem superior porque vivia com a sua mulher, razão pela qual citei alguns gênios da Humanidade, que nos ajudaram sobremaneira em nos desenvolver.

    Muito obrigado pela tua participação e comentário.

    Este oásis cultural precisa ser recomendado, difundido, pois aborda assuntos variados, importantes e altamente polêmicos.
    Justamente esse tipo de debates que precisamos, tanto para corroborar nossos pensamentos, quanto contestá-los.

    Um grande abraço.
    Saúde e paz.

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  7. Olá amigão Francisco,
    Caramba, cheguei tarde e os dadinhos já disseram tudo!
    Me agrada muito imaginar Jesus de braços dados com Madalena, num affair romântico!
    Parabéns pelo post tão bem escrito.
    Saúde e paz para muitos outros!

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  8. Francisco Bendl20/03/2018, 08:23

    Aninha, minha colega dissidente,

    Obrigado pelo comentário.

    Ótimo que tenhas gostado de Jesus de braços dados com Madalena, uma imagem que enaltece a espécie humana.

    Acredito que diante do avanço da idade, a gente possa estabelecer alguns pensamentos e conclusões e mostrar às pessoas, mesmo que estes sejam polêmicos ou que poderiam causar espanto.

    Não foi o que aconteceu neste oásis cultural, onde registros admitiram esta possibilidade, de Jesus e Madalena poderiam ter sido casados.

    Logo, este teu amigo não foi um herege, apenas enveredou por um caminho mais delicado sem ofender a Deus, porém valorizando o ser humano.

    Deves ter notado que gosto desse tipo de assunto, assim também os textos com doses de humor, pois a vida deve ser levada com alegria, na medida do possível, claro, sem que deixemos de lado a seriedade necessária em certos momentos.

    Gosto em demasia desse blog extraordinário, Ana, tanto pelas reflexões que fazemos, quanto pela leitura dos artigos de amigos que escrevem, invariavelmente de forma impressionante e excelente.

    Um grande abraço, respeitoso, claro.
    Saúde e paz, extensivo aos teus amados.

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  9. Francisco Bendl20/03/2018, 11:23

    Apenas para deixar registrado, que recebi da nossa amiga Dulce Regina, uma mensagem enviada de seu Ipad, dizendo que havia gostado deste meu post.

    Também escreveu que, o Papa Francisco, tem Maria Madalena como a apóstola da esperança!

    Respondi agradecendo a sua participação, além de lhe dizer da minha alegria pela mensagem que me enviou.

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  10. Estimado amigo Chicão
    Você, com intensa inquietação intelectual, abordou um assunto de extrema complexidade na busca da verdade, seja ela o que for. Para tentar levar esse assunto adiante, cabe analisar algumas premissas balizadoras, a fim de evitar divagações inúteis ou extravagantes. Senão, ficaremos como os nefelibatas da Idade Média, que se dedicavam, de ofício, a discussões infindas. O tempo, para eles, era um fator irrelevante. Bem ao contrário do que ocorre nas nossas vidas, cada vez mais curtas, com a avalanche dos smartfones, para dizer um mínimo...
    A primeira premissa reconhece ,"a priori", que não chegaremos a uma conclusão. Quando muito, poderemos concordar com algumas intenções, interpretações e contastações;
    A segunda diz respeito à identificação, localização e a atuação, no espaço e no tempo, da religião cristã, dentre os sete e meio bilhões de seres humanos ocupando este apertado e carente planeta. Nós somos minoria, sem nenhum demérito nisso.
    A terceira e última premissa decorre de a fé cristã existir há dois milênios, e ter um papel importantíssimo na história da humanidade.
    Com esse balizamento, o que me parece o mais importante é a mensagem sublime de Cristo, quando disse "Amaivos uns aos outros", cuja prática foi, é, e será sempre difícil. Mas que traz em si o papel da mulher em todos os momentos das nossas curtas passagens neste mundo. Maria amou Cristo, como mãe. Maria Madalena o amou como homem...E sua importância vem sendo destacada pelo extraordinário Papa Francisco.
    Um grande abraço
    Domingos

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  11. Francisco Bendl22/03/2018, 07:58

    Caro Domingos,

    Muito obrigado pelo comentário, em princípio.

    A intenção, Domingos, desta postagem foi essa, de pensarmos a respeito dessa possibilidade de Cristo ter sido casado com Maria Madalena.

    As premissas que mencionaste com respeito à fé cristã, e que dificilmente chegaremos a um denominador comum neste aspecto, de Jesus como homem e amando a sua mulher, concordo plenamente, porém não invalida que estabeleçamos teorias sobre a Sua vida, pois na condição de ser humano deve ter tido as nossas mesmas necessidades, inquietações, sensações, prazeres, emoções, sentimentos, perturbações, alegrias e felicidades.

    E postaste um dado muito interessante, que o Papa Francisco vem dando à Maria Madalena a importância que lhe foi negada pela Igreja durante 17/18 séculos!

    Se um dos ensinamentos de Cristo foi "amai-vos uns aos outros como vos amei", conforme escreveste, pressupõe-se que amar Maria Madalena tenha sido natural, tanto como homem quanto pelo que representava, Filho de Deus ou próprio Deus.

    Mas, admito, sobre religião e fé jamais haverá um entendimento absoluto e pleno a respeito de questões que ensejam dúvidas ou raciocínios ou teorias e até com alguma procedência, e sem que tais desenvolvimentos possam ser rotulados de heresia ou ofensas ao Criador!

    Logo, as tuas colocações são importantes para este contexto que se discute ou se imagina que Jesus tenha sido casado com Maria Madalena, que, na minha ótica e de outras pessoas não lhe tiraria o manto de sagrado, pelo contrário, haja vista que a relação conjugal é para o ser humano a parte mais significativa da sua vida, logo, se Jesus também teve esse período na sua curta existência conosco, mais ainda constatou como é difícil mesmo que amemos uma pessoa e com ela vivamos até o fim de nossas vidas!

    Inegavelmente, e como prova do que afirmo, ficamos todos surpresos e até espantados quando verificamos que um casamento completa 50 anos, 60, até 75 anos de convivência de um casal que serviu de exemplo quanto à fidelidade, lealdade e amor incondicional.

    Enfim, trata-se de um assunto que vai longe, solicitando nas suas entrelinhas que amanhã ou depois possamos repeti-lo com outras nuances, e continuarmos com esse debate.

    Um grande abraço.
    Saúde e paz.

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