fotografia Moacir Pimentel |
Moacir Pimentel
Se não me puxarem pelas orelhas eu sou capaz de passar uma tarde inteira
em Montmartre, diante de uma coleção de posters como essa que inaugura o post.
Porque a história do bairro também é narrada através desses cartazes que os
artistas nativos do século XIX transformaram em uma forma de arte e que hoje
enfeitam as calçadas e as vitrines, superpovoam as galerias de arte, livrarias
e sebos e ainda sobrevivem colados nos postes, paredes e telefones públicos do
bairro. Cada um desses posters daria uma longa conversa.
Tais cartazes começaram a aparecer assim luminosos e coloridos em 1869,
quando Jules Chéret passou a cria-los com novos e simples padrões de design.
Chéret estudou Belas Artes enquanto ainda trabalhava como aprendiz de litógrafo
e pode-se detectar em seu desenho alguma semelhança com obras dos pintores
Fragonard e Watteau. E essa é a razão pela qual durante muito tempo ele foi o
rei dos posters.
Jules Cheret (1891) |
Não porque suas criações merecessem os maiores prêmios da publicidade,
mas porque seus cartazes, mais de mil deles, são obras de arte. Em vez de
reinterpretar os grandes temas do passado criando grandes telas para os salões
suntuosos ele encontrou um novo lugar para seu trabalho: as ruas de uma Paris
recentemente reestruturada pelo Barão Haussmann com seus amplos bulevares e cruzamentos.
Nas paredes austeras da nova cidade os cartazes de Chéret apareceram como
explosões de cores, uma nova e vital forma de arte que falava o idioma popular
em seus anúncios de coisas efêmeras, como os bailes, peças teatrais, circos e
feiras.
No primeiro cartaz da montagem abaixo, de nome Bal Valentino, Chéret estabeleceu a qualidade dinâmica de seu
trabalho. As figuras dançantes de um palhaço abraçado a duas garotas surgem
como se fosse uma só e esse efeito é acentuado pela palavra Valentino sendo sugerida em 3-D. Dizem
que a titulação e todas as demais letras foram adicionadas mais tarde, o que
reforça a convicção de que ele era principalmente um muralista e não um homem
de propaganda.
Jules Chéret (1869) / Jules Cheret (1892) |
Mas o poster do Bal Valentino
é um design fora da curva da obra desse artista, em comparação com alguns de
seus cartazes posteriores como, por exemplo, o Theatre de L'Opera. Nesses outros trabalhos, o efeito é mais leve e
livre e neles Chéret criou uma garota dos sonhos que passou a morar no
imaginário popular. Sua modelo favorita era uma atriz e dançarina dinamarquesa
chamada Charlotte Wiehe que nos posters surge feliz da vida, dançando e rindo e
fazendo com que os senhores se agitassem e as senhoras e garotas imitassem sua
aparência e estilo.
Jules Chéret (1894) |
Ver os posters de Chéret é o equivalente pictórico da expectativa
despertada pelo som de uma rolha de cortiça sendo liberada de uma garrafa de
champanhe. As cores são fluentes, efervescentes e transparentes e as ricas
camadas de matizes são organizadas com cuidado para produzir uma sensação de
espontaneidade. Os simpáticos arlequins e pierrôs, as encantadoras colombinas,
suas frágeis garotas usando máscaras e fantasias, eram um deleite para os olhos
enquanto dançavam sobre os muros cinzentos de Paris.
Tudo bem que a evolução das artes gráficas, especialmente a introdução
da cor nas impressões e o tamanho das ilustrações dotam os cartazes de Chéret
com uma grande capacidade expressiva e comunicativa, mas ele foi pioneiro no
uso das cores planas – os tons quentes de amarelo, laranja e vermelho – e na
tentativa de alcançar a tridimensionalidade.
Talvez algumas das imagens mais emblemáticas da Art Nouveau sejam os
cartazes que Chéret fez em 1892 para as apresentações da bailarina americana Loïe
Fuller no Folies Bergère, nos quais ele reproduziu as cores brilhantes que a
artista criava na ribalta graças aos efeitos da iluminação elétrica sobre suas
vestes e mantos flutuantes. É interessante verificar como a Loïe inventada por
Chéret se parece com a musa nórdica da vida dele, Charlotte Wiehe (rsrs)
Jules Chéret (1897) |
Considerado o pai da litografia a cores e do cartaz, as inovações de
Jules Cheret influenciaram todos, de Toulouse-Lautrec - que o chamava de
“Mestre” - aos publicitários e anunciantes modernos. Seu trabalho transcendeu o
domínio da arte chamada de “comercial” e suas pinturas e pastéis eram
adquiridas ansiosamente pelos colecionadores mais influentes de então, bem como
por outros artistas como Degas e Monet.
Os seus esforços pioneiros na gravura a cores foram um importante
contributo para a emoção e a energia associadas à Belle Époque muito
principalmente porque, desde os seus primeiros trabalhos, o uso do preto e as
formas planas interligadas resultaram no divórcio da interpretação tradicional
da forma e da ilusão de profundidade, que os artistas mais jovens, como
Toulouse-Lautrec e Bonnard, em seguida, desenvolveram ainda mais.
Cheret também influenciou o pintor Georges Pierre Seurat, considerado o
pai do Pontilhismo. Duas das obras do artista, Le Cirque e Le Chahut,
tiveram o circos e os dançarinos como temas em vez da sua costumeira
dependência da natureza, aliás uma das características do naturalismo
impressionista pontilhado. Em sentido horário, Le Cirque, de fato, chega a repetir as cores da protagonista do
cartazista enquanto que Le Chahut –
embaixo à direita - ecoa os elementos encontrados no Spectacle-Promenade de l'Horloge que Cheret cometera uma década
antes.
Jules Chéret (1891) / Jules Chéret (1888) / Jules Chéret (1876) / Jules Chéret (1889) |
À arte pontilhada de Seurat, tão casada com o mundo natural, Cheret
forneceu um conceito artificial que Seurat achou útil. O certo é que através da
crescente influência de Cheret os artistas mais jovens descobriram que o
cartaz, por sua própria natureza, era uma forma de taquigrafia visual na qual
as idéias poderiam ser expressas de forma simples e eficaz.
Os cartazes portanto resumem o espírito da era conhecida como fin de siècle,
um mundo ilusório de estilo quase alegórico no qual aqui e ali eram cometidos
raros comentários sobre a vida social porém sem deixar de ser decorativos.
Assim os posters de Cheret como Bal au Moulin Rouge eram infalivelmente
sucessos de público. Alunos seus, como Lucien Lefèvre, no cartaz Electricine, e Georges Meunier, no
poster anunciando um evento no Elysée
Montmartre, continuaram ilustrando os cabarés, os concertos, produtos ou
cenas domésticas conforme a cartilha do ilustre professor.
Jules Chéret (1889) / Lucien Lefèvre (1897) / Georges Meunier (1895) / Henri de Toulouse Lautrec (1891) |
Por mais de uma década Jules Cheret não teve um rival sério pois era o
único que realmente entendia as possibilidades do cartaz. Mas então o conde e
pintor e litógrafo Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa apareceu no
horizonte propagandístico e, é claro, seus cartazes foram muito além.
Note que o primeiro cartaz da montagem acima, assinado por Jules Chéret,
anunciava a inauguração do cabaret Moulin Rouge, em 1889, no seu primeiro
endereço. E que embaixo da montagem, à direita, se encontra um novo cartaz para
o mesmo estabelecimento, dessa feita criado por Toulouse- Lautrec em 1891. A
mudança de estilo é óbvia.
Lautrec parece ter eliminado os elementos tradicionais do trabalho do
mestre, exagerando certos aspectos e dando asas à criatividade. Há um contraste
acentuado entre os cartazes de Cheret, destinados a agradar e deleitar, e os de
Lautrec que podem até ser feios e mesmo desconfortáveis, mas são simplesmente
geniais. Os posters de Henri Toulouse-Lautrec - ele fez apenas trinta e um
durante sua curta vida - foram definitivos para estabelecer esse tipo de
trabalho como uma forma de arte.
Mas eles serão uma outra conversa.
A sua foto é um arraso, Moacir. Eu adorei ver estes cartazes coloridos por todos os lados quando visitei Montmartre. Trouxe alguns bem românticos e retrô como os de Cheret para dar de presente mas tive pena. Pendurei um no hall de entrada e guardei o resto num canudo a espera da parede certa num apartamento maior. Ainda estão lá no armário kkk. Você disse tudo quando escreveu que estas ‘garotas dos sonhos’ dançando pelas ruas do bairro fazem a gente pensar em champanhe. Amei! Obrigada!
ResponderExcluirMônica,
ExcluirVocê não é a primeira nem será a última senhora a se perder nas "comprinhas" em Montmartre caçando e escolhendo quais cartazes e outros souvenirs levar para casa (rsrs) Porém torço para que as meninas de Chéret saiam logo do armário e possam cumprir o seu destino : embelezar a vida, dançando sobre as paredes, conversando sobre coisas boas e prazerosas como música, teatro, arte e champanhe!
Obrigado e abração.
Moacir,
ResponderExcluirLindos os cartazes! Adorei conhecer mais detalhes da história de Montmartre através deles. Gosto de olhar para tudo em ordem cronológica porque assim fica mais fácil de entender. As suas palavras junto com as imagens explicam perfeitamente porque Cheret fez uma arte encantadora e não apenas propaganda e a influência do trabalho dele nos outros cartazes e pinturas. Consegui ver em vários deles até mesmo algumas silhuetas como as do teatro das sombras! Mas o Moulin Rouge de Toulousse Lautrec foge do contexto e é bem mais moderno. Quero muito saber por que os cartazes dele eram 'simplesmente geniais'.
Um abraço para você.
Flávia,
ExcluirÉ impossível descrever só com palavras essa “joie de vivre” que tomou Paris de assalto na dita Belle Époque. Como Victor Hugo observou, a cidade viveu tudo aquilo “ por toda a humanidade”. As grandes avenidas de Haussmann abriram um palco espaçoso ao ar livre, onde Paris fazia de si mesma um espetáculo dia, noite e madrugada e as paredes cinzentas dos prédios simétricos exibiam esses cartazes coloridos criados em Montmartre e a publicidade nunca mais teve dias tão felizes. Que bom que a mais efêmera das artes nos deixou uma visão colorida daqueles bons velhos tempos que desapareceram para sempre na fumaça dos primeiros tiros disparados em 1914. Mas...
Embora a gente tenha que estar muito de mal com a vida para não apreciar os deliciosos cartazes de Chéret, na minha modesta opinião foi o prezado Conde Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa quem revolucionou a França propagandística. Enquanto Chéret agradava e virava um empresário - muito bem sucedido por sinal! - Lautrec só queria brincar experimentando tintas e por isso fez grande arte. Quanto às silhuetas você ainda as verá noutras paragens pictóricas (rsrs)
Outro abraço para você
Tudo o que o Escritor Sr. MOACIR PIMENTEL, esse Viajante de longo curso, Mestre da História da Arte, conhecedor da Alma Humana que é mais ou menos a mesma em toda parte, tudo o que o Sr. MOACIR PIMENTEL escreve é prazeroso de se ler.
ResponderExcluirEsse Artigo sobre os cartazes do Artista CHÉRET, principalmente sobre Estabelecimentos e Produtos de Montemartre- Paris-FR, onde o Artista usando magistralmente as cores, coloca o corpo humano em movimento
(dançarinas, etc), é muito bonito.
Também interessante o Preço das Entradas dos Espetáculos. Me chamou atenção um cartaz sobre o Caldo de galinha MAGGI, já famoso naquela época. Como admiro esses Suíços especialistas em criar Empresas Centenárias.
Parabéns Sr. MOACIR PIMENTEL, e muito Obrigado.
Flávio Bertolotto,
ExcluirÉ com satisfação que percebo que você tem um olhar atento e que nessa leitura percebeu que a arte da gravura é dependente das máquinas e que, portanto, só explodiu depois da Revolução Industrial e das mudanças resultantes na vida das populações urbanas no final do século XIX. Chéret foi “o pai do cartaz” porque criou uma nova técnica bem mais adaptada à produção em massa, acrescentando aos monótonos e monocromáticos anúncios de então um visual moderno, cores, tipografia estilizada e elementos dinâmicos às imagens daquilo que queria vender para a emergente classe média que tinha dinheiro para consumir e se divertir.
O certo é que seu novo estilo e técnica foram um sucesso e tornaram-se tão populares que uma empresa só se estabelecia no mercado se os posters de Chéret anunciassem seus produtos. Eles venderam casas de shows e cabarés, teatros e salões de dança, a ópera, o hipódromo e os circos, diferentes licores e bebidas, cosméticos, sabonetes, perfumes e produtos farmacêuticos, chocolates e lâmpadas, viagens ferroviárias e marítimas e muitas outras manufaturas. Algumas dessas indústrias são sim centenárias. E concordo com você: é sempre muito bom quando a gente se depara, no vasto mundo, com aquilo que deu certo, com iniciativas funcionais. Ajuda a nos lembrar a confiar mais em resultados e menos em promessas (rsrs)
Obrigado pela generosidade das suas palavras
Abração
Ainda bem que as várias postagens neste blog da autoria de Pimentel sobre Paris, os relatos são excelentes, narrando com detalhes precisos o bairro que tanto gosta, Montmartre.
ResponderExcluirAssim, para quem não conhece a cidade-luz e jamais irá visitá-la, os registros são tão primorosos com suas fotos, como se também a capital francesa e este bairro específico se tornassem conhecidos daqueles que não foram à Europa.
Logo, independente da qualidade da postagem, do assunto tratado, e sempre com a excelência característica de Pimentel em seus escritos, a mente identifica a importância do bairro tanto para a França quanto para os turistas, da mesma forma para os artistas e notadamente os pintores.
Os cartazes que anunciavam as noites imperdíveis em cabarés, em teatros, restaurantes e bares, ilustravam com suas cores e traços de cada pintor exatamente o ambiente vibrante, a alegria, a sofisticação, as ideias sempre fervilhando para se fazer o melhor.
E foram tão importantes à época até como meio de divulgação dos locais que se tornaram conhecidos mundo afora, que hoje são adquiridos a preços vultosos merecidamente, pois verdadeiras obras-primas.
Mesmo com a falta de conforto de hoje, viver naquela fase em Paris e em Montmartre, indiscutivelmente deve ter sido muito divertido, lembrando que no tempo dos gauleses era uma colina, que se destinava a lugar de culto, curiosamente.
Culto que depois se transformou em manutenção da diversão, da arte, de se viver com emoção e sentimentos a flor da pele!
Um brinde a Montmartre, e meus agradecimentos ao Pimentel por mais um artigo que me propiciou viajar no tempo.
Um grande abraço.
Saúde e paz.
Chicão,
ExcluirSim, um brinde a Montmartre, essa usina de gênios! E viva os cartazistas - Chéret, Steinlen e Toulouse-Lautrec - cuja arte efêmera pregada nos muros e postes de ontem, hoje não tem preço porque ainda conversa conosco e encanta ao nos fazer viajar de volta ao passado.
Mas você colocou o dedo na ferida: viajar! No tempo e no espaço.Conhecer pessoas que normalmente não encontraríamos, passar por lugares que nunca frequentaríamos, aprender sobre assuntos que nem sabíamos que poderiam nos interessar, descobrir novos caminhos que antes nem imaginávamos que existiam. É ISSO que Dona Arte faz: alarga nosso mundo.
Fico muito feliz e, acredite, honrado e agradecido, de saber que você está aí na sua Oficina do Pensamento, conhecendo Montmartre e Paris através desses rascunhos e cartazes. Mas também gosto de viajar. E queria poder fazê-lo pelas suas estradas, através das coisas que só você viu e sentiu e interpretou e aprendeu.
Às pretinhas!
Abração
Eu sabia que Toulouse-Lautrec estava a caminho, rs. Gostei do post. Porque uma coisa é dizer que os cartazes influenciaram a pintura e outra coisa é matar a cobra e mostrar o pau como você fez comparando os cartazes de Cheret com as telas de Seurat.
ResponderExcluirMárcio,
ExcluirPois é. Tenho o costume de tentar encontrar as digitais de um pintor nos trabalhos daqueles que o seguiram: El Greco em Cézanne e Picasso, Ticiano em Manet, Monet em van Gogh , Rubens em Renoir, Fragonard e Watteau em Chéret, Chéret em Seurat e Lautrec, Lautrec em Picasso e por aí vai. E sempre me surpreendo ao descobrir que a arte , como a vida, é uma corrente inquebrantável, na qual tudo se transforma, onde nada é exatamente como já foi, mas conserva a mesma voz e o “coração antigo”.
Obrigado por participar.
Pimentel,
ResponderExcluirPosso imaginar os velhos cartazes de Cheret mudando a paisagem urbana e não questiono a qualidade artística do trabalho. Mas acho que antes de fazer arte ele captou a psicologia da publicidade. Descobriu que se juntasse pouco texto com mulher bonita com pouca roupa a mensagem seria infalível! Por fim, li a sua excelente resenha do filme Meia Noite em Paris. Muito obrigado.
Sampaio,
ExcluirVocê acertou na testa: Chéret descobriu que sexo vende (rsrs) Ele criou cartazes sedutores usando e abusando de duas coisas: das cores e das “Chérettes", jovens, animadas, levemente vestidas e quase sempre em movimento. As protagonistas dos posters - de praí uns dois metros e muito de altura - “causavam” um impacto, digamos, “emocional” (rsrs)
Que bom que você continua apreciando a leitura e obrigado lhe digo eu.
Bravo Moacir,
ResponderExcluirFantástico e completamente compreensível que você se deixe ficar na frente dos cartazes até que alguma voz imperiosa o liberte, e depois mergulhe nesse estudo histórico para nós. E somos nós que saímos ganhando.
Esses posters inauguraram uma nova época e uma nova arte, nunca imaginaria o Seurat do pontilhismo metido nisso! Nada será como antes.
Esses cartazes "falando o idioma popular" devem ter causado espanto e admiração e também uma certa rejeição a serem considerados arte. Faço um paralelo com os grafites de hoje. Diferentes e populares, estranhos e coloridos aproveitando muros, pedras, e rachaduras nas paredes. Muitas vezes com linhas estranhas. E polêmicos quanto a serem arte. Até conseguirem adentrar galerias, onde, para mim. São expostos mas não pertencentes. Seu lugar é mesmo nas ruas, viadutos, caminho de ônibus para mexer com todos.
Todo novo é sempre por muitos rejeitado. Assim foi também com a fotografia, não é? Cabe à linha de frente, audaz e alerta, para mudar opiniões.
Obrigada pela deliciosa aula de hoje. Estou esperando muito pelo prometido Toulouse Lautrec o meu preferido.
Até mais.
Caríssima Donana.
ExcluirE quem disse que só o Seurat estava metido nisso? E enquanto os "sabichões" torciam os narizes os cartazes conquistaram Paris! Quanto ao grafite sou radical: não milito no time dos que pensam que ele é uma completa desconsideração pela propriedade pública e privada. Nada disso. Eu gosto muuuuito da arte de rua. Estou falando, é claro, daquela que alguém rabisca sinistra em cima de uma “fresta”, e aí vem outro e desenha outra colorida como resposta do lado e então chega mais alguém e instala por cima e por aí vai. Em vez de uma obra de arte sagrada, emoldurada e pendurada dentro de um museu , uma arte tão viva quanto as cidades que a hospedam, em constante evolução e mutante de acordo com os caprichos e condições dos humanos circundantes. Esse é um tipo de arte que sempre vou querer ver. Porque ao ver o mundo através do olhar dos grafiteiros a nossa “teoria” nasce das ruas e aprendemos a encorajar e defender o impulso criativo mesmo que ele desafie nosso mundinho.
É como quando os nossos netos “não socializados” já aos dois aninhos em vez de rabiscar em um papel bem direitinho, tudo arrumadinho, barbarizavam e de lápis em punho se expressavam pelas paredes das casas (rsrs) É da nossa natureza, essa coisa de ser de alguma forma do contra e original e de nos interpretar conforme às nossas próprias formação, cultura, personalidade e experiência. Temos manipulado tecnologias para rabiscar nas paredes desde as cavernas. É ISSO, essa coisa rebelde e "audaz" que não permite que cresçamos e/ou envelheçamos depressa demais, o que eu chamo de “arte”.
Quanto ao Lautrec, ele lhe pede por favor para aguardar mais um “poucachinho”.
“Até mais”
1)Uma bela coleção de cartazes e as devidas explicações esclarecedoras.
ResponderExcluir2)Penso que um aluno de publicidade/artes gráficas vai gostar muito. Eu inclusive, que já trabalhei nas duas áreas.
3) Obrigado Pimentel.
Antonioji,
ExcluirMuito obrigado pelas boas palavras e, por favor, fica a sugestão para que nos conte da sua experiência no mundo da publicidade e das artes gráficas.
Abração