25/04/2012
Vi agora uma reportagem da revista "New Yorker" com a história de um
menino de nove anos, filho do dono de uma lojinha de peças usadas para
automóveis em Los Angeles, que adora jogos de fliperama e resolveu
construir os seus. Com caixas velhas de papelão, fita de embalagem,
bonequinhos de plástico e pouca coisa mais construiu diversas máquinas
(operadas por ele mesmo, que em alguns casos tem que entrar dentro das
caixas para fazer as peças funcionarem), colocou-as na sala da frente da
lojinha do pai, preparou as fichinhas para os jogadores, fez os tickets
de entrada e ficou esperando os fregueses.
E aí aconteceu que um
aspirante a cineasta em aperto financeiro, procurando uma loja para
comprar peças baratas para consertar seu carro velho para poder
vendê-lo, gostou do jeito da fachada da loja do pai, entrou, viu o
fliperama do menino e resolveu brincar. Gostou tanto que fez um vídeo de
onze minutos contando a história do menino, e colocou-o na rede, com um
link que pedia contribuições para criar um fundo para poder pagar os
estudos do garoto numa escola de engenharia quando crescesse. O vídeo
virou um sucesso viral, em dois dias as contribuições passaram de cento e
vinte mil dólares, o garoto recebeu convites do M.I.T. e da CalTech
propondo ajustarem os currículos para ele já poder começar a estudar
desde já, ele e o cineasta apareceram na TV em rede nacional e a coisa
foi crescendo tanto que o cineasta (agora não mais aspirante, porque foi
convidado por um grande estúdio de Hollywood para dirigir um longa
metragem) criou uma fundação para reunir fundos para incentivar crianças
com criatividade parecida.
O vídeo que provocou isso tudo, ainda sem tradução para o português, está em http://vimeo.com/40000072 e o artigo do New Yorker pode ser lido em
http://www.newyorker.com/online/blogs/culture/2012/04/caines-arcade-nirvan-mullick.html
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