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09/05/2012

Será que o próximo prefeito do Rio vai ser um computador da IBM?

04/05/2012

Um artigo do comentarista Sebastian Anthony no site Extreme Tech, sobre cidades inteligentes, fala do Centro de Operações que foi implantado pela prefeitura do Rio de Janeiro com tecnologia da IBM e da CISCO. 300 telas LCD ligadas por trinta quilômetros de cabos de fibra ótica mostram  as imagens de 450 câmaras de vídeo e três helicópteros, monitorando em tempo real a localização de dez mil ônibus e ambulâncias, as condições de tempo na cidade, simulações do tempo, até o dia seguinte, num raio de mais de duzentos quilômetros de distância, e resumem estas informações numa "sala de crise" ligada ao prefeito e aos órgãos da defesa civil.
Centro de Operações - Prefeitura do Rio de Janeiro
No Centro de Operações, segundo o artigo, trabalham mais de 70 chefes de diversos departamentos da Prefeitura, e essa concentração no mesmo lugar de dados e de poder decisório permite uma resposta muito rápida a qualquer situação de crise.
É animador saber que já contamos com uma estrutura tão de ponta no Rio de Janeiro. Mas o assunto principal do artigo, muito mais amplo e que apenas cita o centro de operações do Rio como exemplo de avanço tecnológico, é o que pode acontecer com a evolução da integração dos sistemas de informação e decisão de uma cidade em uma verdadeira "cidade inteligente" (que para o autor é um caminho inevitável), onde praticamente tudo da cidade, dos fluxos de tráfego à distribuição dos táxis e aos volumes de produção das indústrias funcione conectadamente para atingir resultados otimizados, gerenciados por um complexo cada vez maior de sistemas de software e hardware cada vez mais potentes -  fornecidos por uma ou mais empresas privadas. Será que à medida em que a cidade se torna inteligente e os sistemas mais complexos e interligados a autonomia de decisão sairá gradualmente das mãos dos cidadãos e da administração pública para se concentrar cada vez mais nos próprios sistemas, ou, como consequência, nas empresas privadas prestadoras destes serviços? Estaremos caminhando para um prefeito (ou tirano) digital em vez de humano? E que consequências isso pode trazer para o cidadão, quanto ao seu emprego e suas liberdades?
O assunto se presta a discussões infindáveis. O  artigo original e alguns comentários dos seus leitores podem ser lidos em http://www.extremetech.com/extreme/127647-the-internet-of-things-and-smart-cities-will-an-ibm-computer-be-your-next-mayor
O que vocês acham? Essa evolução é boa? É desejável? É inevitável? Como pode ser controlada para um melhor resultado humano?

Um comentário:

  1. Bom, se BH tivesse algo assim provavelmente o gridlock de ontem poderia ser minimizado, ou até evitado...

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