11/04/2012
Os computadores Macintosh da Apple tiveram por muito tempo a
reputação de serem praticamente invulneráveis a ataques de vírus, e a
grande maioria dos usuários não utiliza programas antivírus nem nenhum
sistema de proteção além do próprio sistema operacional da Apple. Mas
esta aparente invulnerabilidade na verdade era consequência da pequena
fatia de mercado que eles ocupavam, que aliada ao fato do seu sistema
operacional, baseado no Unix, ser muito diferente do líder de mercado
não animava os desenvolvedores de vírus e malware em geral a gastarem
tempo e esforço desenvolvendo ataques para os Macs.
Isto está
mudando; em março um trojano que ficou conhecido como "Flashback" e que
explora uma falha no Java atingiu quase 600.000 Macs, e a Apple só
distribuiu uma atualização do seu sistema operacional para corrigir o
problema em 3 de abril; embora este número possa parecer pequeno, já
representa perto de 1% do número de usuários de Macs, estimados pela
Apple, em julho de 2011, em 54 milhões no mundo inteiro. O "Flashback"
se instala nos computadores sem que o usuário perceba e sem que ele
faça nada além de visitar os sites infectados que servem de armadilhas.
Uma vez instalado, ele serve de ponte para descarregar e executar
programas hospedados nos servidores remotos dos criminosos.
Não é o
primeiro ataque ocorrido contra os Macs, já houve outros de menos
intensidade. E a tendência é que ataques deste tipo se repitam e
aumentem de sofisticação.
O panorama dos ataques contra
computadores pessoais tem mudado muito, porque hoje o crime organizado,
no mundo inteiro, já descobriu o filão representado pelos programas
capazes de atacar um computador e permitir o roubo de dinheiro das
contas bancárias e cartões de crédito dos usuários, e o que começou como
uma brincadeira de jovens que gostavam de mostrar que conseguiam
penetrar nas barreiras dos sistemas operacionais agora é um negócio
criminoso de grande volume.
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