fotografia Moacir Pimentel |
Moacir Pimentel
Gosto de olhar para o Musée d'Orsay do outro lado do Rio Sena a partir
do Jardim das Tulherias. Durante o verão o Museu funciona até mais tarde em
determinadas noites e preferimos visitá-lo após o por-do-sol, quando as
multidões de turistas já desistiram da caça às artes.
Para chegar ao Museu, a partir do Jardim, é só atravessar a nova
passarela Solferino construída em metal na virada dos dois últimos milênios e
rebatizada de Passerelle Léopold-Sédar-Senghor.
Redescobrir a velha estação de trem, apreciar suas interessantes
exposições temporárias e o melhor de seu acervo estupendo é sempre um prazer
mas antes de qualquer coisa, dos realistas e simbolistas e impressionistas e
pós - e inclusive das telas gigantes de Courbet! - é preciso passar pelo
terraço no útimo andar do Museu e contemplar as longas vistas. Em seguida é
mister fazer uma parada técnica no Café de l'Horloge redesenhado pelos irmãos
Fernando e Humberto Campana.
Inspirados por Emile Gallé, os designers brasileiros criaram um ambiente
aquático de sonho que homenageia o grande artista do vidro da Art Nouveau e
fornece a quem gosta de arte um motivo extra para visitar o Museu: o contraste
surpreendente entre a arquitetura clássica da antiga Gare d’Orsay e o design
moderno dos brasileiros e, apesar dele, a mais que perfeita integração do
design contemporâneo ao conceito arquitetônico da construção.
Antigamente e sem ter que lutar com as multidões era divertido olhar
através dos vidros do relógio que mora na esquina noroeste do quinto andar: uma
janela no tempo, literalmente.
À direita pode-se ver a torre que abriga o Musée Des Arts Décoratifs -
parte do Louvre! – a roda-gigante do Jardim das Tulherias e a fila de edifícios
Haussmann da Rua de Rivoli. À esquerda se destaca a silhueta da Basílica do Sacré
Coeur no alto da colina de Montmartre e , finalmente, no primeiro plano
inferior do quadro, serpenteia o Rio Sena.
imagem Wikimedia Commons |
Mas como nasceu esse estupendo Museu? Na virada do século XIX, duas
grandes estações ferroviárias foram construídas em Paris: a Gare de Lyon e a
Gare d'Orsay. A última teve esse endereço privilegiado: à beira do Sena em
frente ao Louvre onde antes morara o Palais d'Orsay, incendiado durante a
Comuna de Paris, porque à época alojava o Tribunal de Contas e o Conselho de
Estado franceses.
Por quase três décadas, as ruínas do Palais d'Orsay permaneceram ali,
servindo como um lembrete dos horrores da guerra civil. Finalmente o governo
francês cedeu o terreno para uma empresa ferroviária – a Compagnie du Chemin de
Fer de Paris à Orléans , vulgo a P.O. - que, em desvantagem face à concorrência
devido à localização remota da sua Gare d'Austerlitz, pretendia construir uma
estação mais central capaz de receber trens eletrificados no lado esquerdo do
coração de Paris.
Em 1897, a empresa consultou vários renomados arquitetos franceses pois
o projeto da estação era um desafio delicado face à sua proximidade do Louvre e
do Palais de la Légion d'Honneur com os quais a construção precisaria estar
perfeitamente integrada em uma já existente paisagem urbana de semblante
elegante. O arquiteto Victor Laloux foi escolhido como vencedor da competição
promovida.
A construção da estação e o hotel levou apenas dois anos e em maio de
1900 eles foram inaugurados a tempo para a abertura da Feira Mundial.
Surgia na margem esquerda do Sena um dos terminais urbanos mais modernos
do mundo. Laloux optou por mascarar as estruturas metálicas modernas com uma
fachada em estilo acadêmico usando pedra finamente cortada para casar
harmoniosamente a nova estação com os seus vizinhos.
O arquiteto foi muito elogiado por sua “sensibilidade” arquitetônica, ou
seja, por ter se deixado pautar pela ambiguidade vigente e deliberadamente
disfarçado a indústria siderúrgica francesa com um topete de pedra pomposo.
No interior, no entanto, foram utilizadas todas as técnicas modernas:
rampas e elevadores para bagagem, elevadores de passageiros, trilhos
subterrâneos, serviços de recepção no piso térreo e tração elétrica. A
superestrutura criou um átrio que continua como um salão de quarenta metros de
largura por quase cento e oitenta metros de comprimento. Uma obra arrojada!
Entre 1900 e 1939 a Gare d'Orsay foi a locomotiva da rede ferroviária
francesa. O hotel recebeu numerosos viajantes ricos e nobres e famosos, além de
sediar os banquetes e reuniões das associações e partidos políticos de Paris.
Mas já em 1939 a Gare d'Orsay estava obsoleta pois suas plataformas
tinham se tornado demasiado curtas para os modernos e mais longos trens que
apareceram com a eletrificação das ferrovias. Ela passou a receber apenas os
trens dos subúrbios e, em 1958, estas rotas também foram abandonadas. Porém os
relógios da Gare continuaram a ser cartões postais de Paris.
A Gare d’Orsay foi então usada como um centro de acolhimento para
prisioneiros de guerra, como estacionamento, como local da conferência de
imprensa no qual o General de Gaulle anunciou seu retorno ao poder em 1958,
como refúgio para o grupo de teatro Renaud-Barrault e até mesmo como cenário de
vários filmes.
O hotel fechou suas portas em 1973 e só cinco anos depois o presidente
Giscard d'Estaing decidiu utilizar a antiga Estação como um Museu de Arte dos
séculos XIX e XX com destaque para as pinturas, mas também outras formas de
arte, incluindo esculturas, gravuras, fotografias, cinema, arquitetura e
urbanismo.
A restauração do Museu d'Orsay, como é agora chamado, começou em 1979 e
em novembro de 1986 o museu foi inaugurado pelo então presidente François Mitterrand,
com um acervo de mais de duas mil pinturas e cerca de mil e quinhentas
esculturas - Ingres, Delacroix, Monet, Degas, Manet, Gauguin, Toulouse-Lautrec,
Rodin, Renoir, Cézanne, van Gogh e outros - todas elas executadas entre meados
do século XIX e a segunda década do século XX.
Por muitos anos, as coleções de arte do século XIX de Paris estiveram
distribuídas entre o Louvre, o Museu de Arte Moderna e as alas muito
movimentadas do pequeno Museu du Jeu de Paume, com suas obras-primas
impressionistas insuperáveis.
Hoje o museu D’Orsay abriga seis coleções diferentes que ilustram a
diversidade e riqueza da arte do século XIX e oferecem uma visão detalhada e de
tirar o fôlego do nascimento das artes modernas desde o Neoclassicismo e o
Romantismo, passando pelo Impressionismo, Pós-Impressionismo , Realismo,
Expressionismo e Art Nouveau.
A velha estação que tinha sido até ameaçada de demolição transformou-se
em um dos mais belos museus do mundo e promoveu um renascimento do interesse
nas arquitetura e artes do século XIX.
No Museu d’Orsay encontram-se tesouros como o Auto Retrato, a Noite
Estrelada sobre o Rio Ródano e a Igreja de Anvers de van Gogh, O Baile do
Moinho de la Galette e as Duas Jovens Ao Piano de Renoir e A Rua Montorgueil de
Monet.
Além do Enterro em Ornans, do Estúdio e das Origens do Mundo de Gustave
Courbet, lá moram ainda A Pequena Bailarina de Edgar Degas, o pontilhado O
Circo de Georges Seurat , o Fugit Amor de Rodin e uma das Idades Maduras de
Camille Claudel, o emblemático Urso Polar de François Pompom e por aí vai.
A Galeria dos Impressionistas, o coração palpitante do museu no seu
quinto andar, é de tirar o fôlego enquanto se vai caminhando e encontrando as
telas que se conhece desde menino por causa de uma publicação em fascículos
chamada Os Grandes Pintores do Mundo que era colecionada pelos adultos na casa
da minha infância.
Lá estão todas as joias da coroa do impressionismo: as bailarinas de
Degas, as papoulas de Monet, as bailarinas do Moulin Rouge de Renoir, os
jogadores de cartas de Cézanne e dezenas de obras-primas francesas icônicas do
século XIX.
Para os impressionistas, “o diabo estava no detalhe e na cor” e as telas
parecem saltar daquelas paredes de um cinza estranho. Para uma alma amante da
pintura a cor é importante e o tom quente e elegante das paredes da Galeria,
muda de cor dependendo da luz - às vezes é verde-cinza, às vezes cinza-vermelho
– fazendo com que as pinturas se destaquem e que a paleta dos impressionistas
seja apreciada como deve.
Pendurar os trabalhos em paredes coloridas me parece sensato e mais
próximo do modo como as pinturas impressionistas teriam sido exibidas em seu
tempo. A Galeria é colorida e nada tem a ver com a paisagem tradicional de
tantos museus: corredores sombrios e apertados, salas mal iluminadas, becos sem
saída.
A luz brilhante do enorme dossel de vidro que forma a avenida central do
Museu faz companhia a uma iluminação artificial que cria uma atmosfera íntima,
quase caseira.
Os pintores do século XIX, que trabalharam em uma era anterior à lâmpada
elétrica generalizada, com certeza apreciariam os truques modernos dos sistemas
de iluminação - uma combinação de lâmpadas de halogênio e luzes de diodo de
nova geração - que reproduzem a riqueza da luz solar, mas iluminam diretamente
as pinturas e refletem as cores e detalhes.
Afinal, desenvolver técnicas artísticas e científicas para capturar na
tela o modo como a luz transforma paisagens e objetos foi uma obsessão entre os
impressionistas. O foco era crucial para criar o que eles chamavam de “realismo
óptico”.
Claude Monet disse do impressionismo, o movimento que fundou e conduziu:
“A luz é a personagem principal na
imagem.”
Para isso, ele se esforçou repetidamente para encapsular o modo como a
luz dançava sobre o Tâmisa em Westminster,
Claude Monet - O Sol Brilhando Através da Neblina - da série Casas do Parlamento (imagem wikimedia commons) |
a catedral de Rouen, os nenúfares na lagoa do jardim de sua casa em
Giverny e os palheiros próximos - tudo em momentos diferentes e em diferentes
tempos.
Porém as obras-primas do Musée d'Orsay vão além do Impressionismo
mostrando-nos a dramática mudança na arte e na vida européias durante o final
do século XIX e início do século XX. A partir de 1886 os artistas do movimento
impressionista, que usaram cores vivas para capturar luz e vida urbana,
começaram a mostrar sinais de mudança.
Movendo-se para além da representação da natureza e do interesse pela
luz, os pós-impressionistas representativos como Paul Cézanne, Vincent van Gogh
e Paul Gauguin mudaram sua visão artística para se concentrar na vida
primitiva, na estrutura fundamental da natureza e no reino psicológico dos
sonhos. Trabalhos posteriores de artistas como Claude Monet e Henri Rousseau
transmitem as personalidades dominantes e as mentes agudas destes lendários
artistas.
O Museu tenta contar essa história com obras de vários meios - incluindo
fotografia, escultura, desenho de movéis e artesanato – nos oferecendo os mais
diversos aspectos da vida em Paris, a capital global da Idade Moderna, evocando
a essência e, na verdade, o próprio sopro e vida desses extraordinários
artistas, que remodelaram o mundo da arte na virada do século XX.
Certa vez li, já não me lembro onde, que se um visitante permanecesse
por trinta segundos apenas em cada sala do Museu do Louvre , ele precisaria de
mais de três meses para passar por todas elas. Quando se vai a um grande Museu
é preciso ter foco: ver bem um tema de cada vez.
E então no Museu D’Orsay apreciaremos a nudez... mas em uma outra
conversa.
ResponderExcluirE eu que pensava que conhecia Paris, Moacir. Como se só passei 3 dias na cidade? Talvez eu tenha visto tudo de longe mas de perto não deu tempo pra conhecer quase nada. Não visitei o Museu Orsay mas quando vi suas fotos me lembrei que passei defronte do prédio no passeio de barco pelo rio Sena. Reconheci o relógio. No Louvre o meu grupo quase que corria atrás do guia. Tenho muitas fotos na pirâmide e paramos na Vênus e na Monalisa que é um quadro pequeno e eu mal pude ver de tanta gente que tinha. Vi outras obras mas não me lembro bem delas. Como você diz tem que focar e tem que priorizar os museus que não são valorizados no dia a dia. Eu nunca fui a museus importantes mesmo na minha cidade. Gostei muito do artigo e fiquei curiosa para ver a 'nudez' kkk Obrigada!
Monica,
ExcluirSe é para ver de longe então não é preciso sair de casa mas fazer pipoca e acionar o controle remoto (rsrs) O seu comentário bota o dedo em uma ferida tupiniquim: a desimportância dos museus.Afinal um dos nossos ministros da Educação já afirmou que museus não tinham nada a ver com a pasta dele (rsrs) Acho triste que as visitas a museus não façam parte da nossa cultura enquanto que em outras paragens os vemos cheios de crianças a perguntar : O que é isso?" e "Por que?"
Tem coisa melhor?
Museus são laboratórios das idéias. Seja do que forem eles - de história , ciência, arte, jardins botânicos etc, etc - são concebidos para oferecer aos humanos desde a mais tenra idade, experiências de aprendizagem memoráveis e imersivas. Os museus provocam a imaginação e a curiosidade, introduzem a mundos e assuntos desconhecidos, expõem as crianças a novas experiências. Talvez sejam os museus os únicos lugares do mundo onde adultos e crianças podem aprender juntos , de verdade, em pé de igualdade, ativos no aprendizado, compartilhando oportunidades para se conectar, entender e explorar percepções, sentimentos e pensamentos inovadores. Dar aos miúdos um vislumbre de diferentes épocas e lugares, uma compreensão ampla do passado e do mundo, misturar histórias de família e eventos históricos, usar a arte como uma maneira de conversar, explorar e aprender uns com os outros, em vez de uma coisa "aburrecida" como se pensa, é um programa divertido.
Abração
Olá Moacir, Gostei tanto! Fui passeando tranquila pelo museu, sabendo da sua história e lembrando por onde passei. Revi obras e recordei autores. Fiquei apaixonada pela construção desde a primeira olhada. Pena que não fui ao último andar. Nem sei se já existia nas vezes em que lá estive. Quanto à nudez anunciada, será tranquila ou polêmica como a do Modigliani? Grata. Até mais.
ResponderExcluirCaríssima Donana,
ExcluirQue bom que a senhora passeou de novo por essa bela e velha estação. Quanto à nudez feminina ela sempre foi O tema desde que os humanos deram o ar da graça deles sobre a Terra e não me deixam mentir as Vênus das cavernas, apesar de toda a filosofia e arte gregas (rsrs)
O que tentaremos fazer, graças ao Museu d'Orsay, é começar lá atrás no Renascimento quando a idealização era a marca registrada do nu feminino - ao contrário de figuras mais descritivas - e avançar através de diferentes visões mais modernas da mulher nua e reclinada sem perder de vista uma questão essencial: apesar de sempre terem sido sedutores e atraentes, os verdadeiros nus da arte ocidental foram feitos para agitar a mente bem como as paixões.
"Até mais"
Moacir,
ResponderExcluirObrigada por não se cansar de nos escrever tão bem sobre coisas bonitas. Além de ser apaixonada por Van Gogh desde menina eu gosto muito de autoretratos. Então entre todas as obras de arte deste fabuloso museu que você mencionou eu destaco a que me emociona mais porque revela a alma angustiada dele só com as cores. É o autoretrato verde e azul de Van Gogh que você descreveu de um jeito fantástico quando falou sobre a vida e a obra do pintor.
Um abraço para você.
Flávia,
ExcluirDizem os filósofos que a arte bota ordem na compreensão das "aparências visíveis, tangíveis e audíveis". Não acredito que se possa ser capaz de considerar o nosso entorno racionalmente deixando de fora o prisma da arte. Até porque as artes são linguagens universais, são histórias que há milhares de anos nos contam a nossa História. Note que , no entanto, as artes não se ou nos traduzem completamente. Se palavras pudessem expressar tudo o que uma tela diz ou se uma tela pudesse dizer tudo o que lhe ia na alma funda, van Gogh não teria pintado quadros e escrito as suas cartas. Acho que não importa o meio - pretinhas, tintas, mármore, madeira, fotos, acordes - desde que a arte seja capaz de nos alcançar. E que diante dela a gente se emocione - como você diante dos matizes verdes e azuis de um Auto Retrato que mora no Museu d'Orsay - nos mantendo eternos aprendizes do mundo, de nós mesmos e do outro.
Outro abraço para você
Pimentel,
ResponderExcluirUm texto bem escrito e fotografado. Conte com a minha leitura quando escrever sobre o polêmico acervo do Museu d'Orsay.
Sampaio,
ExcluirObrigado pela leitura e comentário. Mais do que "polemizar" creio que o objetivo do acervo do Museu d'Orsay é o registro puro e simples das profundas mudanças ocorridas na arte ocidental entre a metade do século XIX e a segunda década do século XX.
Pimentel,
ResponderExcluirReiterando a qualidade das tuas postagens e talento primoroso em escrevê-las, agradeço por mais este artigo sobre Paris.
O meu acervo sobre a capital francesa em razão das tuas informações e detalhes nas narrativas feitas está bem interessante.
Um forte abraço.
Saúde e paz.
Bendl,
ExcluirObrigado pelo comentário. Fico muito honrado de saber que continuo merecedor da sua leitura e acervo.Por favor não nos esqueça no "arquivo" e continue escrevendo!
Outro forte abraço e mais saúde e paz
O Orsay é um dos museus mais interessantes que conheço, tanto pelo acervo quanto pelo modo de exibi-lo, e pela localização e beleza de sua construção. Olhar por dentro dele do alto da galeria onde ficava o magnífico urso polar do Pompon ( digo ficava porque sei que seu layout foi modificado desde que estive lá) em direção ao grande relógio, como na fotografia do Moacir que ilustra o post, é uma visão única.
ResponderExcluirNão me lembro se quando estivemos lá os impressionistas ficavam no quinto andar, me lembro da belíssima coleção dos impressionistas, claro, e da varanda do quinto andar de onde se tem uma belíssima vista de Paris. Mas acho que não estivemos no café :)
Wilson,
ExcluirEu também gosto imenso do museu e não sei se já mudaram o layout desde que estivemos lá há três anos e sim ele é fácil de ser visto - principalmente sem filas graças ao passe (de mágica!) dos museus de Paris na mão (rsrs) - com as suas exposições temporárias bem sinalizadas no nível inferior, as esculturas do Rodin e da Camille e o Urso do Pompom - afinal o último foi assistente do primeiro - no nível médio com o relógio dourado ou os belos arcos laterais da estação como pano de fundo dependendo da perspectiva. De uma forma didática o museu mostra as suas gigantescas obras acadêmicas à direita enquanto que à esquerda expõe aquelas que começaram a fugir dos padrões, da tal “normalidade", como por exemplo a Olympia de Manet. Daí as telas vão evoluindo - se bem que diminuindo de tamanho - rumo à praia dos impressionistas. O Café fica no final da Galeria dos Impressionistas no último andar. No verão as multidões invadem principalmente os espaços dos istas e dos pós- istas e, por isso mesmo, é melhor visitar o museu nas noites nas quais fica aberto até às 22 horas.
Abraço
1)Bonita Estação de trem. Bonita no texto,bonita nas fotos.Bonito Museu.Bom trabalho do Pimentel.
ResponderExcluir2) Me fez lembrar das estações do Metrô em Moscou. Amigos que já foram lá, fotos e matérias que vi e li, atestam. Verdadeiros museus, belas galerias de artes nos subsolos da capital russa.