Camille aos 17 anos (imagem em miltonribeiro.sul21.com.br) |
Moacir
Pimentel
Ainda que Camille Claudel não
se permitisse, nas suas obras, o mesmo frenesi sexual que caracterizava, no
mesmo período, o trabalho de Rodin, percebe-se o erotismo nos trabalhos feitos
por Camille Claudel durante o caso de amor que viveu com Rodin.
Como mulher e mal aceita que
era, então, no mundinho machista da escultura, a “protegida” do maior escultor
vivo não tinha estatura para defender com mais ênfase do que fez nos seus
trabalhos o amor físico. Não tenho dúvidas de que os trabalhos de Camille foram
influenciados por Rodin, nem tão pouco de que ela foi capaz de se libertar das
amarras criativas, muito tempo antes do fim da tempestuosa relação.
Os trabalhos de Camille são
delicadamente eróticos nas suas ninfas, flautistas e suplicantes. Na montagem
abaixo merece destaque o último mármore em sentido horário, de nome Sakuntala, sem
dúvida uma resposta esculpida ao canto de acasalamento – pelo menos na arte –
de seu amado.
montagem Maria João Pimentel |
Muitos acreditam que Sakuntala teria sido uma resposta de Camille para o famoso
Eterno Ídolo de Rodin. Dona História nos prova que foi o contrário. Foi Rodin
quem respondeu a Sakuntala com a versão dele da ideia
dela. Ambas são esculturas nas quais a tensão é substituída pelo abandono aos
sentidos.
Sakuntala, também conhecida como Vertumnus e Pomona,
é um marco na trajetória de Camille Claudel. A escultura foi inspirada no conto
do poeta hindu Kalidasa e retrata o momento do reencontro de Sakuntala e seu
marido, após um longo período de separação causado por um feitiço. Dizem que
Camille a esculpiu após uma sofrida separação, quando retornou de uma
permanência de meses na Inglaterra.
Digna de nota é a escultura O
Deus Desaparecido – na montagem acima e em sentido horário começando em cima e
à esquerda,ela é a última, embaixo. Essa escultura foi concluída pouco antes
de Camille e Rodin terminarem o relacionamento.
Uma obra notável por suas
qualidades expressivas, pela cabeça coberta por tranças emaranhadas, que se
enrolam como cordas em torno das formas lisas e arredondadas do corpo feminino,
por esse rosto que é uma imagem de angústia, os lábios entreabertos ligeiramente,
as sobrancelhas levantadas, a intensidade do olhar nivelado para o espaço vazio
entre as mãos implorando em concha.
O vazio em si é altamente
sugestivo, levantando a questão: quem é esse deus desaparecido? É talvez um
amante a quem a cabeça inclina-se para beijar ? É o próprio amor? Ou a fé?
Teria sido um bebê abortado ou mesmo entregue para a adoção embora evidências
sobre isso sejam escassas ?
Nas obras de Camille é
flagrante a influência de Rodin, cujas obras dialogam com as esculturas da
artista como por exemplo pode-se verificar nos torsos que ela passou a escupir
de mulheres agachadas e em pé e, principalmente, na escultura O Homem Agachado
que me remete ao Pensador de Rodin, o qual, por sua vez, fora influenciado
pelas figuras dos Ignudi que Michelangelo pintou no teto da Capela Sistina.
A esta altura do seu caso
sério, Camille já havia brilhantemente captado o potencial expressivo de um
fragmento do corpo humano e era essa a razão pela qual Auguste Rodin tinha medo de assumir seu
relacionamento com Camille: ele tinha plena consciência da inteligência e do
talento de sua amante, que faziam dela uma artista que, ao fim e ao cabo, poderia
suplantá-lo.
montagem Maria João Pimentel |
Mas o oposto também é verdadeiro. Que Camille influenciava a escultura de Rodin é
fato e ululantemente óbvio se conhecemos, por exemplo, a sua linda Jovem com Grinalda que
predeceu a Galatea de Rodin, tão semelhante.
Exatamente como nesta montagem
fotográfica, as obras deles se cruzavam. Há fortes semelhanças e sensibilidades
comuns tanto em obras alegóricas quanto nas românticas e muitas vezes naquelas
torturadas, como as variações de gesso e barro feitas por Camille para seus
torsos e a Sakuntala e naquelas feitas por Rodin para o Eterno Ídolo e a
Galatea, todas revelando profunda influência emocional umas nas outras.
Devido a essa proximidade
estilística durante este período, às vezes é fácil confundir a habilidade de
Claudel com a de Rodin nas obras nas quais ela colaborou como assistente:
enquanto a cabeça da figura da Avareza e Luxúria foi erroneamente atribuída a
ela, as cabeças do Escravo e do Homem Sorridente, que Rodin assinou quando as
moldou no bronze, foram realmente modeladas por Camille.
Se eu tivesse que escolher,
dentre todas, a melhor obra de Camille, durante os anos de amor com Rodin,
seria A Valsa, uma escultura na qual Camille fugiu completamente da sombra do
mestre e amante e ídolo o que, convenhamos, para alguém tão jovem deve ter sido
uma façanha imensa.
A Valsa, completada em 1890,
foi um pretexto para que Camille experimentasse diferentes materiais. A versão
de grés com esmalte flambado é um exemplo de suas investigações sobre a cor e a
textura que fazem fronteira com o art nouveau. Embora nessa Valsa a influência
do amante e professor tenha sumido no assunto e na forma, lá está ela ainda, tenuemente,
na tal sintaxe que permitia que as figuras fossem reutilizadas de forma diferente
em obras novas. Isolada e modificada, a figura feminina da Valsa se transformou
na figura da Fortuna – aquela da Roda! - no início do século XX.
Na sua lindíssima Valsa,
Camille já fala um novo idioma – o da Art Nouveau - criando um casal de bronze
que está nu e literalmente desliza e gira e se acaricia num frênesi de beleza passando–nos
a impressão de estar entre as nuvens do céu, no ar, em um ciclone, rodopiados
pelos ventos, enquanto que os abraços de Rodin continuavam na terra.
Essa composição dinâmica
entontece e enquando foi cinzelada decerto que entre o casal ainda havia a
possibilidade do êxtase, embora já se possa vislumbrar, na composição, um leve
movimento na direção da morte.
montagem Maria João Pimenel |
O que tornou a relação trágica e
impossível foi o imenso talento de Camille e a certeza absoluta que ela
tinha dele, do seu próprio valor, que não permitia que ela como mulher aceitasse
a presença de Rose na vida de Rodin e que, como artista, aceitasse ser
alimentada apenas pela inspiração e direção do seu professor, por mais que o
amasse.
As obras, no entanto, mostram
como Rodin ainda desejava Camille Claudel apaixonadamente, em momentos nos
quais ela já sentia a necessidade de colocar alguma distância entre eles. Ela
chegou a se refugiar na Inglaterra na casa da sua melhor amiga, Jessie
Lipscomb. Quando regressou a Paris, Rodin ficou tão feliz de vê-la novamente
que assinou um extraordinário "contrato" no qual jurava-lhe
fidelidade e prometia à amante que ela seria sua única aluna.
Camille era um ser muito mais
complexo do que Rodin. Parecia voltar-se para dentro e se esconder, se proteger
como fazem algumas das suas figuras escondendo o rosto, atrás de mãos e braços.
Ela censurava a expressão de seus sentimentos em seu trabalho muito mais
frequentemente do que Rodin. Poucas alusões diretas a seu relacionamento podem
ser vistas em suas esculturas. Sua homenagem mais importante ao seu professor e
amante foi o busto de Rodin.
Este período fecundo de arte e
paixão senão de felicidade chegou ao fim quando, em 1889, a recusa de Rodin em
deixar Rose Beuret enfureceu Camille Claudel, que expressou sua raiva com
ferocidade rara em várias caricaturas do casal. Alarmado pelo caráter violento
dos desenhos da amante, Rodin começou a evitá-la, embora ainda a amasse. A
ruptura definitiva ocorreu em 1892.
Um corpo de obras nasceu das
mãos camillianas durante a sua tentativa de superar o amor. Tais trabalhos da
escultora são interpretados frequente e simplistamente como se fossem
autobiográficos ou mera expressão do estado de coma do seu relacionamento com
Rodin.
Penso que deve-se, no entanto,
falar mais em termos de um processo de sublimação de eventos na vida privada de
Camille sim, mas em que, pela expressividade poderosa de suas esculturas, elas adquiriram
uma dimensão mais universal.
Os temas dos trabalhos de
Camille Claudel podem ser lidos de várias maneiras pois neles as
interpretações literárias, mitológicas e autobiográficas se cruzam e nutrem-se
mutuamente. Suas obras freqüentemente refletem perguntas ansiosas sobre o
destino humano como é o caso de Sakuntala e suas variações subseqüentes em
materiais e títulos - o mármore Vertumnus e Pomona e o Abandono de bronze – que
evoluíram gradualmente da lenda hindu em mármore para a mitologia greco-romana
até que finalmente se transformaram em íntima emoção.
É bonito demais acompanhar o
Abandono virando a solidão na roda da Fortuna e a menina se transformando em
Clotho.
montagem Maria João Pimentel |
Essa garotinha aí é especial.
A Pequena Castelã é o seu nome. Note que há qualquer coisa desproporcional
nessa cabeça poderosa demais para uma menininha tão pequena. Há qualquer coisa
que incomoda nesses olhos vivos e curiosos, já abertos aos eternos mistérios.
Os ombros tão delicadamente infantis parecem frágeis demais para tanto pensar.
Há nesta criança algo de indefinível que comunica uma profunda angústia. E o
busto prova que Camille Claudel, era sim uma mestra da arte de esculpir.
Veja que as tranças
parcialmente soltas da Pequena Castelã inventada em 1892 se transformariam nos
longos tentáculos de cabelo e os fios do destino da visceral Clotho, em 1893.
As esculturas fazem uma comparação impressionante entre a infância e a velhice.
Como dizia o nosso Machado...
“O resto é saber
se a Capitu da Praia da Glória já estava dentro da de Mata-Cavalos, ou se esta
foi mudada naquela por efeito de algum caso incidente. Mas eu creio que não, e
tu concordarás comigo; se te lembras bem da Capitu menina, hás de reconhecer
que uma estava dentro da outra, como a fruta dentro da casca”.
Quando Camille carregava, cambaleante,
baldes de barro para fazer as suas primeiras esculturas, em Villeneuve, já
ouvia de sua mãe que estava louca. Mas não estava: nascera escultora.
Da mesma forma quando Camille pariu
Clotho – de feiúra jamais vista antes sobre a terra das artes – apontaram o
dedo para seu desequilíbrio emocional. Essa demarcação das fronteiras da
normalidade era – ou é? - usada para limitar quais são as experiências
possíveis para mulheres.
E quer saber? Eu acho essa
impensável Clotho uma maravilha de tão feia. Mas trataremos disso no próximo
capítulo.
Eu acho que Rodin fez muito mal para a Camile, Moacir. Acredito que os dois tenham se influenciado mas fala sério! Rodin PLAGIOU a jovem com a grinalda. Te peguei kkk Adorei a citação de Machado de Assis e a menina escultora carregando baldes de barro. Bom Carnaval para vocês!
ResponderExcluirMônica,
ExcluirPLAGIAR é um verbo muito forte para explicar o que rolou entre esses dois. É claro que Rodin aproveitou a IDÉIA de Camille e revisitou a garota com a grinalda para criar a Galateia dele mas, da mesma forma, Camille foi buscar nesta Velha Senhora de Rodin a inspiração para a sua Clotho
http://www.musee-rodin.fr/sites/musee/files/styles/zoom/public/resourceSpace/924_4c846ef08b00a6d.jpg?itok=vWvgdDX-
Talvez Camille tivesse mesmo mais talento e sensibilidade do que o professor mas é preciso vitalidade para transformar talento em concretude. Rodin tinha esse sentido de oportunidade e soube gerir o seu talento - e o de Camille! - adaptando a sua linguagem às capacidade e sensibilidade que tinha. Não se pode tirar do artista o grande mérito.
Acho que Rodin agiu como um homem de seu tempo e Camille fez as próprias escolhas. Ela sabia que, independentemente da extensão do seu talento, ela jamais deixaria de ser vista como a clássica "amante" francesa - da qual todos já tinham ouvido falar mas ninguém via - e, no mundinho da arte, como uma "protegida" de Rodin. Mas foi em frente e o amou de qualquer jeito.
Essa história teria sido diferente se ele tivesse querido fazer dela Madame Rodin. Ao se recusar a casar com ela, talvez Rodin tenha lhe negado uma carreira e a estabilidade mental por medo de ser superado por ela de cinzel na mão. Jamais saberemos. Mas eles se fizeram muito mal e muito bem: um revelou o outro. É mais do que muitos conseguem.
Feliz fim de carnaval para você também.
Moacir,
ResponderExcluirCamille foi uma artista maior que o professor. São maravilhosos os trabalhos dela. Eu achei a estátua O Deus Desaparecido mais parecida com a Clotho do que a outra da menina que você descreve tão bem que até fica mais bonita. A Valsa é divina qualquer coisa do Céu e não da terra.
Um abraço para você
Flávia,
ExcluirÉ complicado mesurar talento. Eu muito aprecio a fisicalidade, a bela arte erótica de Rodin, o que vislumbro nele de Michelangelo, o uso dos fragmentos de uma obra na feitura de tantas outras. Afinal a escultura nos foi ensinada pelos pedaços daquelas feitas pelos gregos.
O fato é que Camille foi uma grande artista e que sim O Deus Desaparecido é o capítulo anterior à Clotho. Aquele no qual ela começou a se afastar de Rodin, deixou de se refugiar na sombra dele, de adotar os valores estéticos do professor , amante e ídolo.
O momento no qual perdeu a qualidade infantil , genuinamente comovente, de seus trabalhos anteriores e a cumplicidade com o mundo dos homens, tornando-se, na escultura, mais cruel do que seu mestre.
O momento da justificação, no qual sozinha ela mergulhou na arte para reinvesti-la com os seus próprios significados e executar sua obra prima, sobre a qual ainda não conversamos.
Por enquanto digamos que é triste que , ao perder seu Deus, Camille não tenha passado a pensar como Nietzche:
"Não acredito em um deus que não dance"
Outro abraço para você.
Genial o uso da prosa de Machado para explicar não só a velha e a criança mas a arte e a loucura. Postagem excelente.
ResponderExcluirSampaio,
ExcluirMuito obrigado pelo comentário.
Grande Machado, tão descrente da liberdade individual e do livre arbítrio.A prosa dele me faz pensar no Descartes dizendo que a infelicidade do homem deve-se ao fato dele ter sido criança, significando que, em um universo que não ajudou a estabelecer e feito por fatos dados que tem de ser aturado, para a criança a paisagem que a rodeia é tão inevitável quanto o sol. E que portanto é complicado para os humanos o aprendizado das liberdades.
Eu penso que homem não está contido no menino , mas é a partir do moleque que ele fará as suas escolhas e que talvez a sabedoria resida na ação por causa própria , na exploração, no aprendizado sem que a gente se anexe ao final, sem a necessidade de conquistas e vitórias . Uma liberdade meio que indiferente ao seu conteúdo e em prol da degustação da vida.
Mas chega de vã filosofia nesta segunda-feira de Carnaval!
Moacir, nosso rosto diz muito de nós mesmos. O das mulheres, pelo menos. Dos homens eu não sei, sou mulher e avalio as iguais por mim.
ResponderExcluirO rosto de Camille mostra isso: burra, jamais! Delicada, uma inquietação calma e estranha por trás dos olhos claros, em que um parece pouco mais ou mais aberto que o outro, não sei se apenas nessa foto. Camille dos cabelos despenteados, dos lábios retilíneos, alma de artista, sem nenhuma dúvida. Claro, digo tudo isto porque sei quem ela foi. Mas quero dizer que alma e rosto combinam. O de Dora certamente não diria as mesmas coisas. Você imagina aquela Dora da escultura com as qualidades de Camille? Eu não.
Ar de quem enxerga longe, a alma. Só não consigo avaliar as habilidades das mãos, que não vejo aqui. Mas já vi as mãos de dedos alongados que impuseram graciosidade, movimento e delicadeza a tudo o que ela esculpiu.
Sou fã de Camille desde a exposição no MAM. Talvez seja necessário um afastar-se da realidade nua e crua para suas obras ganharem esse algo mais, que não se explica, não se traduz, mas se vê.
Ela era mesmo muito boa no que fazia, superior a Rodin, que me parece até frio e embrutecido diante do que é feito por ela.
Não sei se é verdade, Moacir. Traduzo assim.
Boa noite
Ofelia
Ofelia,
ExcluirA companheira de Rodin - aquela da sopinha quente - se chamava Rose. A Dora , em vez, foi a quarta mulher de Picasso, a que assumiu depois da Marie Thérèse. Não se preocupe com detalhes desimportantes : eu me perco o tempo todo nesses haréns (rsrs)
Também penso como você no sentido de que talvez seja necessário afastar-se da realidade nua e crua ou estar fora das nossas "casinhas", sair de si , para fazer arte com aquele plus, com aquela universalidade " esse algo mais, que não se explica, não se traduz, mas se vê".
Acho que você "traduz" muito bem.
Obrigado pelo comentário
A cabeça está mesmo rateando, Moacir.
ExcluirChamei a Rose de Dora. E agora troquei o canário da terra pelo sabiá.
Às vezes me sinto apagada por um velho apagador de giz no antigo quadro-negro, quando apagava mal, deixando o escrito de baixo aparecendo, se misturando à escrita superposta.
O interessante é que você me lembrar que troquei Rose por Dora, me chamou a atenção para o canarinho da terra que chamei de sabiá.
Eu sei por que motivo troquei um pelo outro. O sabiá ficou guardado dentro de mim.
Mas já está livre, leve e solto.
Ofélia,
ExcluirQue bom que você lembrou. Bonita essa imagem "da escrita de baixo aparecendo, se misturando à escrita superposta". Acho que o nome disso é vida e nela vale a lei das direções : olhar para o Norte enquanto caminhamos para ver à nossa frente aquilo que se aproxima: as chegadas em vez das partidas.
Quanto aos passarinhos não sei quem disse - muito acertadamente! - que quem tem um no dedo tem mais é que saber que o danado pode voar a qualquer momento. Que voem e que "morram da flor na boca e não do espinho na garganta". Para isso são passarinhos. Para cantar.Assim prá já lembro que não "passarão" jamais o passarim do Tom , a sabiá do Chico e aquele do abacateiro, o menino passarinho do Luiz Vieira e um'andorinha d'asa negra - Madredeus! - que é o meu caso sério.
1) Depoimento de leigo:
ResponderExcluir2) Estou gostando de Camille e vendo Rodin como aquele que se apropriou do talento da jovem ... e do coração dela...
3)Arte e Sofrimento eis uma boa dupla ...
Vizinho Antônio,
ExcluirFalaremos mais sobre Camille e Rodin depois do Carnaval (rsrs) Porém uma coisa te adianto Camille: não foi uma vítima de Rodin. Foi refém de um monte de coisas com as quais não soube lidar "pelo caminho do meio": o próprio talento , a paisagem mental e moral do seu tempo, a sua paixão, uma química cerebral descompensada e talvez a natureza humana. Como dizia Oscar Wilde:
"Se você quer dizer a verdade às pessoas, faça-as rir, caso contrário elas matam-no"
Abração
Gostei muito do que você escreveu, Antonio. Não é impossível.
ResponderExcluirOntem não tive tempo para fazer meus comentários porque eu estava com filhos e netos me visitando.
ResponderExcluirPeço perdão pelo atraso, mas postar o óbvio sobrepuja qualquer impontualidade da minha parte.
E quando me refiro ao que é evidente, reporto-me a mais um artigo brilhante de Pimentel sobre esculturas que, a meu ver, esta deve ser a segunda parte do anterior que registrou sobre Camille e Rodin.
Fico imaginando o turbilhão de emoções e sensações deste casal que misturava amor, paixão, arte, talento e vocação, e, inegavelmente, a extrema dificuldade que tinham para conciliar também suas vaidades e egoísmos, resultando um final trágico à artista.
Pimentel não somente aborda a obre genial de ambos, mas com a propriedade de sempre relata sobre esta relação impossível, dramática, que os consumia gradativamente.
Mais uma postagem que aplaudo entusiasticamente. Parabéns.
Um abraço.
Saúde e paz, Pimentel.
Chicão,
ResponderExcluirQuem hoje não teve tempo para teclar fui eu. Mas sei que você vai relevar a minha "impontualidade" ao lhe dizer o quanto me alegra que continuemos conversando, discordando e concordando é verdade , mas sempre sincera e "entusiasticamente".(rsrs)
Agradeço-lhe tanto pelo generoso comentário como pela sua indispensável presença nas Conversas.
Abração
Olá Moacir dos escultores,
ResponderExcluirCheguei bem atrasada porque escrevi um comentário que eu mesma censurei!
Um dia ele sai das mãos e passa para as letrinhas...
Até hoje mesmo.