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08/02/2017

Gravura Brasileira Hoje


  
Antonio Rocha 
A gravadora Heloisa Pires Ferreira durante dezesseis anos, de 1983 a 1999 coordenou a Oficina de Gravura do SESC Tijuca, no Rio de Janeiro, RJ. Foi ela que assessorou os arquitetos e instalou o espaço desde os primeiros momentos. Aulas diárias de domingo a domingo onde muitos ali aprenderam, aprimoraram, aperfeiçoaram a arte da gravura.
Nesse período Heloisa coordenou com o apoio de uma equipe especializada os três volumes que compõem a obra monumental “Gravura Brasileira Hoje – Depoimentos”. Em três volumes, atualmente esgotados e dificílimo de encontrar.
Formato álbum, tipo revistas semanais, o primeiro volume entrevistou os artistas: Anna Letycia, Antonio Grosso, Carlos Scliar, Dionísio Del Santo, Edith Behring e Marília Rodrigues, importantes nomes nesse campo das artes plásticas. São 148 páginas com muitas fotos coloridas e preto e branco.
O segundo volume abrangeu os gravuristas: Adir Botelho, Anna Carolina, Darel Valença Lins, Isa Aderne, José Altino, José Lima, Newton Cavalcanti, Orlando Dasilva, Thereza Miranda. Total de 196 páginas, da mesma forma, várias fotos coloridas e preto e branco.
O terceiro volume colheu depoimentos de: Anna Bella Geiger, Emanoel Araújo, Fayga Ostrower, Frans Krajcberg, Heloisa Pires Ferreira, Livio Abramo, Roberto Magalhães, Rossini Perez. Fechando o ciclo 192 páginas e como das outras vezes diversas fotos coloridas e preto e branco. Vejamos um trecho do depoimento da Heloisa: 
Heloísa Pires Ferreira (fotografia Canto da Carambola)

“Tive umas aulas antes com o Abelardo Zaluar, e imprimi na casa da Edith Behring todos os sábados durante um ano.
"Essa experiência foi fantástica: ela precisava, por causa da idade avançada, de um impressor que fosse calmo e não a perturbasse. Minha gravura é muito minuciosa, sou “alta estação” e, ao mesmo tempo, profundamente concentrada. Fui até a Edith tímida, me sentindo uma titica diante de um gênio! E pensava: “O que é que eu vou fazer na casa da Edith se odeio imprimir!” Mas sempre questionávamos a parte técnica da gravura dela e terminei sendo contratada. A cada sábado, ela me dava chapas diferentes para imprimir e eu aprendia muito. Terminei recebendo um senhor curso de gravura!
“Mais tarde passei a conviver, na Gravura Brasileira, com Anna Letycia. Vendi várias tiragens para a Gravura Brasileira. A Anna tinha acabado de montar a oficina de gravura do Ingá (Niterói) e Mário Dóglio ia para lá. Foi nesta ocasião que resolvi estudar com ele - o Mario dirigiu o setor de gravação, me parece, durante trinta anos na Casa da Moeda. Toda terça-feira, de fevereiro até outubro de 78 tive aulas com ele”.
A gênese do projeto esteve a cargo de Adamastor Camará, professor doutor em História, docente da Universidade Federal do Acre, participou de todas as entrevistas nos três tomos. Infelizmente, antes de lançarem o primeiro volume ele faleceu. A trilogia foi então encerrada pela professora doutora Maria Luisa Luz Távora, do IFCS – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O volume de abertura da série tem apresentação de Mário Barata, Professor Emérito de História da Arte, na UFRJ e Membro do Conselho Diretor da Associação Internacional de Críticos de Arte, sede em Paris. Diz ele:
“A arte da Gravura possui uma especificidade de beleza e atração estética que pode fazer dela um valor em si mesmo. Não é uma irmã pobre de artes maiores, pois se trata de um mundo quase à parte, capaz de suscitar paixões singulares em colecionadores e apreciadores, independentemente do seu custo e da fortuna dos que sofrem o seu fascínio. Paralelamente existe nessa arte um cunho democrático pela sua multiplicidade de exemplares, mas não é deste cunho que resultam a sua essência e valia próprias, como arte. O ver e sentir o papel trabalhado com imagens é um amor peculiar, entre os diversos interesses que podem ter os seres humanos, amor que também existe no ofício de gravar. Daí as sábias decisões do SESC levando aos seus centros de lazer, oficinas e livros da especialidade”.
No segundo volume a apresentação esteve a cargo de Geraldo Edson de Andrade, crítico de arte durante décadas do jornal O Globo, e professor de História da Arte na Escola Superior de Desenho Industrial, UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, vejamos:
“Este segundo volume de entrevistas com gravadores, realizados no SESC Tijuca nos anos 80, como o anterior; registra a formação técnica e profissional de nove artistas já integrados à arte brasileira. Aqui se fala da árdua luta do aprendizado e das alegrias que a gravura lhes proporcionou; narrando sobretudo a paixão que a arte gravada lhes inspira e o ofício de ensinar, desde os primeiros riscos à impressão, sem esquecer a sensação tátil de lidar com papéis, lamentavelmente um material pouco valorizado no Brasil, ainda mais por ser a gravura um múltiplo e não uma obra única, como a pintura (...) são nomes conhecidos na história da nossa gravura. Lendo o depoimento de cada um ficamos conhecendo não somente a sua personalidade ou o seu perfil artístico mas a própria trajetória da gravura em nosso país”.
Por fim, o terceiro volume tem mais um texto de Mário Barata na apresentação. É obra basilar na área.



21 comentários:

  1. Bom dia, Antônio
    Gostei demais.
    A gravura é uma paixão, quem faz, ama. E quem conhece, também. É um trabalho intimista no fazer e no admirar. E é preciso entender e gostar de papel para valorizar a gravura.
    Como bem disse Mário Barata. "...O ver e sentir o papel trabalhado com imagens é um amor peculiar...amor que também existe no ofício de gravar."
    Mas isso tudo você já sabe.
    Belas gravuras, belas capas.
    Parabéns à Heloisa.
    Até mais.

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    1. 1)Oi Ana, vc tem toda razão, "quem faz, ama. E quem conhece, também".

      2)Agradeço a vc o incentivo para eu escrever sobre os trabalhos da Heloisa.

      3) Gratíssimo.

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  2. "Nepotismo não!", como dizia o programa e o personagem dos quais não me lembro.

    É BRINCADEIRA!!!, Antonio, não leve a sério.
    Parabéns pra Heloísa.
    A Marina Colasanti faz o quê mesmo? Não, não é escrever. Como se dá o nome ao que ela faz? Se não é gravura, é o quê?

    Desculpa a irreverência, Antonio. Assim como são as pessoas são as criaturas. Ando meio doidinha. Ou 'meia'? Rsrs...
    Abração
    Ofelia

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    1. 1) Oi Ofélia, desculpe, mas vc vai ter que ter paciência...tenho bastantes coisas que considero muito boas para falar sobre Heloisa.

      2)Para não ficar só em um tema, escrevendo sobre Budismo, resolvi diversificar para o campo das gravuras e afins.

      3)Marina Colasanti é escritora e jornalista, não sei se ela tem algo no âmbito das artes plásticas.

      4)Respeitosamente, será que podemos dizer que Deus usou de "Nepotismo" qdo escolheu o filho Dele Jesus, para ser o Salvador do Mundo?

      5)Abraços !

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    2. Só um professor escreve 'tenho bastanteS coisas'.
      Só um professor, Antonio...
      No dia em que me falaram desse plural, estranhei muitíssimo.
      Ainda hoje estranho e não lembro de usar.
      Abs

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    3. 1) Oi Ofélia, eu gosto de "mexer" com as palavras.

      2)Assim procuro a tal linguagem escorreita.

      3) Eita ! exclamam os nordestinos !

      4)Alguns alunos dizem que eu sou jurássico e pedem para eu contar piadas, anedotas... é uma das minhas deficiências... não sei ...

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    4. Você me lembra alguém que conheço. Escorreita?
      É, fazer o quê?
      Até
      Ofelia

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  3. Escrever é uma terapia. Mas preciso parar de brincar. Às vezes é irrefreável.
    Desculpa mais uma vez, Antonio.
    Ofelia

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    1. 1) Oi Ofélia, fique tranquila.

      2) Não há de que.

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    2. Antonio, você levou a sério demais, botou até Deus no meio, comparou-se. Para um budista, considero um espanto. Sou provocativa, ou'amativa', digamos assim.
      Mas que bom que você veio com tudo em defesa da sua Heloísa. Esse é o ponto forte da sua escrita. Pela Heloísa, TUDO!

      O comentário acima foi escrito antes da sua resposta, ou eu não o teria escrito. Às vezes é preciso saber brincar (no seu caso), às vezes é preciso parar de brincar (meu caso).

      Seu comentário está com horário antes do meu. Mas Mano não o tinha liberado. Assim, eu não tomei conhecimento dele a não ser agora.

      Heloísa, relaxa, eu não quis agredir ninguém. 'Nepotismo não', acho que era o Jô quem usava, não tenho certeza.

      Humor funciona assim, Antonio.
      Mas gostei da sua defesa da mulher e artista amada.
      Parabéns duplo, Heloísa.

      E Marina Colasanti tem vários trabalhos em artes plásticas, inclusive pinturas. Faz teeempo ela realizou uma exposição chamada "Cabeças".

      Mas eu me referia às imagens em p&b como as que acompanham as histórias do livro Uma Ideia Toda Azul.
      Abração pra ambos.
      Ofelia

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    3. 1)oi Ofélia, esclareço que não estou zangado com vc, nem um pouco, fique tranquila.

      2)Levo tudo a sério, até o humor e brincadeiras eu levo a sério.

      3)Eu não me comparei a Deus, mas costumo usar uma frase do próprio Jesus: "Vós sois deuses", então vc é Deus, eu sou Deus e todo mundo aqui no Blog é Deus... um blog divino.Ora... se todo mundo é Deus, então eu levo tudo muito sério, mesmo o Humor e as brincadeiras...

      4)Todo budista sabe que um belo dia, mesmo que seja em outro planeta também será Buda (que é um Estado de Consciência).

      5)Há muitos anos eu não vejo TV, não tenho tempo nem motivação, vejo computador o dia todo.Por isso, desconhecia a tal expressão do Jô Soares.

      6)Não sabia que a Marina Colasanti tinha trabalhos em artes plásticas e olha que o marido dela foi professor na minha faculdade, o Afonso Romano de Sant´Ana.

      7)Desculpe, mas sempre vi o Humor como uma atitude política de Oposição ao Sistema, talvez por isso não tenha entendido o Humor pelo Humor, sem finalidade, só pelo Entretenimento.E olha que me sinto brincalhão... (mas sempre com um objetivo).

      8) Esse é o problema das interpretações e no caso, nós dois não temos culpa, uma pessoa fala/escreve uma coisa e o outro lê/entende outra. Talvez a "culpa" se existir, seja da Hermenêutica - a Ciência das Interpretações.

      9) Mil perdões não quis magoá-la, apenas tentar esclarecer.

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    4. Antonio, só pra localizar você no tempo. A expressão é de quando o Jô fazia programa de humor. E faz teeeempo que ele apenas entrevista. Agora nem isso faz.
      E o humor pelo humor tem sim a sua graça. Se tem.
      Eu não me magoeei, Antonio. Você é muito sério. Eu não sou séria. Não no sentido pejorativo da frase.
      Até, vou dar um quá quá quá para quebrar o gelo.
      Bye
      Ofelia

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  4. Francisco Bendl08/02/2017, 17:06

    Caro Rocha,

    Um importante artigo informativo, colocando-nos a par dessa obra magistral sobre a Gravura Brasileira, que deve ser muito preciosa para aqueles que têm os três volumes editados.

    Apesar de a pintura, gravura, este tipo de arte magnífica, reconheço, de um brilhantismo ímpar, ainda mais proferido por quem não sabe desenhar uma árvore, que sou eu, muito eu gostaria de adquiri-la pela importância histórica, então o meu interesse.

    Indiscutivelmente que vai comentar este teu belo texto será o Pimentel, o nosso expert em arte pictórica, cujo valor é tão extraordinário que os quadros de pintores do passado valem fortunas, merecidamente.

    Lamento, entretanto, que outros artistas que também muito contribuíram para o enriquecimento da Humanidade, no que ela demonstrou de ápice do espírito humano, de talento e vocação que enalteceram as habilidades humanas em estágios primorosos não tiveram este reconhecimento, a ponto que suas obras porque facilmente COPIÁVEIS eram depois vendidas e o lucro era embolsado pelas editoras!

    Entristeço-me profundamente que obras de notáveis escritores tenham sido compradas a preços de pães, justamente porque reproduzidas aos milhares, diferentemente dos extraordinários pintores e escultores, cujas obras eram valorizadas pela autenticidade, legitimidade, e suas cópias proibidas de reprodução.

    Acho que o correto seria, por exemplo, a obra completa de Balzac, a Comédia Humana, e suas dezenas de exemplares, guardadas a sete chaves, e a cada reprodução para venda desses exemplares que a compõem, a família daquele que foi conhecido como o Napoleão das Letras, recebesse uma quantia considerável para essas impressões.

    E, quem quisesse o original, que o valor alcançasse o preço dos quadros dos grandes mestres holandeses, espanhóis, italianos, brasileiros ... de forma a se valorizar condignamente tanto o pintor quanto o escritor, que enalteceram o ser humano no que tem de melhor, assim como o Bel Canto, e até mesmo as impressionantes construções, consequências de engenheiros e arquitetos indescritíveis em seus talentos.

    E por que não os médicos, que salvam vidas diariamente?

    Os cirurgiões, os cirurgiões plásticos, um pneumologista, otorrino, um clínico geral ...

    E por que não elevar os professores, que nos ensinaram, nos alfabetizaram, e nos deixaram prontos para enfrentar as dificuldades de cada dia?

    Resumindo, Antônio, meu caro, TODOS NÓS SOMOS GRANDES ARTISTAS ou , por acaso, existe arte mais incomparável que saber viver sem condições?!

    Sem dinheiro, sem estudos, sem ser político, apenas tendo conquistado seu espaço à base de luta, de coragem, por determinação?

    Aplaudo a arte em todos os seus aspectos, e não poderia ser diferente, mas, igualmente bato palmas e ovaciono aquele que é destituído de talento e vocação à pintura, ao canto, a escrever, a construir, a ser um chefe de cozinha ...

    Reverencio o ser humano simples, o trabalhador braçal, o vendedor, o lixeiro, o encanador, pedreiro, servente ... que fazem da vida A VERDADEIRA ARTE, não a arte saindo de dentro dele, da sua criatividade, da sua imaginação, mas descobrindo nas dificuldades que se é viver a arte da existência, de sorrir, cumprimentar, ter amigos, de valorizar um chopinho, uma partida de futebol ... de encontrar a alegria entre as adversidades!

    Perdoa-me eu ter me alongado neste comentário, mas dei asas à minha imaginação "arteira", evidentemente.

    Um forte abraço, meu amigo.
    Saúde e Paz!

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    1. Amigo Chico, vou dar meu palpite na sua conversa, e me desculpe se minha opinião é diametralmente contrária à sua :)
      Os escritores, como os músicos, e no fundo como todos os artistas, criam para que suas obras sejam lidas, vistas ou ouvidas pelo maior número possível de pessoas. É a maneira deles "conversarem" com a humanidade.
      Claro que não sou a favor de que as editoras fiquem com uma parte maior do lucro que os escritores. Nem de que os bons artistas não sejam bem remunerados. Mas o que faz com que um livro ou uma música seja considerada uma obra extraordinária é a opinião, pronta ou tardia, dos seus leitores ou ouvintes ao longo do tempo, se a distribuição fosse limitada como se poderia aquilatar do valor da obra?
      Shakespeare, na sua época, escrevia suas peças de teatro para serem representadas para o povo, eram o equivalente das novelas de tv da época, dos folhetins do século XIX. Hoje consideramos, nas palavras de Sir Donald Wolfit, na introdução da edição aqui na minha estante de suas obras completas, que elas contém "algumas das palavras mais belas algum dia escritas na língua inglesa, e algumas das maiores peças de teatro escritas em qualquer língua". E, no aperto dos meus primeiros tempos de casado, só pude comprar esta edição porque, em que pese a capa dura e a bela sobrecapa, ela era uma edição barata impressa às dezenas de milhares para os estudantes ingleses. Tenho certeza de que o Bardo teria gostado de saber quantas pessoas, do tempo dele para cá, tiveram o mesmo prazer do que eu com suas páginas.
      Nem vou falar da música, antigamente privilégio da aristocracia que podia pagar para ter orquestras nos palácios, exceto pelas peças religiosas que o povo ouvia nas grandes catedrais, e que hoje enche meus ouvidos e meu coração vinda dos discos e fitas na outra estante.
      Dói-me quando um milionário compra um belo quadro por altíssimos valores e depois o encerra em sua coleção particular, para ser visto apenas por uns poucos eleitos.
      Sei que a sua generosa vontade de que os escritores ou suas famílias ganhassem muito dinheiro vem do tamanho do seu coração. Mas as obras deles nunca teriam chegado a ter o valor que têm se tivessem ficado trancadas nas mãos de poucos.
      Um grande abraço do
      Mano

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  5. 1) Salve Chicão, em 1977 a Heloisa fez uma exposição aí no Palácio Farroupilha, Porto Alegre.

    2)Com o seu comentário me lembrei que eu faço parte de uma filosofia japonesa chamada "Perfeita Liberdade", fundada por um monge Zen-Budista e um dos princípios dessa instituição é "Vida é Arte". Ou seja, a Arte é um Caminho de Vida e tudo o que fizermos, desde um simples varrer a casa até coisas tidas como grandiosas devem ser feitas como se fosse uma obra de arte.

    3)Abração !

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  6. Francisco Bendl08/02/2017, 19:10

    Por favor, Wilson,

    Não discordaste de mim, mas apresentaste o teu ponto de vista, que interpreta este tipo de arte DE MANEIRA INVERSA.

    Observa que eu não desvalorizei a arte pictórica e as esculturas, ao contrário, mas entendo injusto o valor atribuído às demais manifestações humanas que enaltecem o talento e a vocação, só isso.

    Grato pela intervenção oportuna e adequada.

    Um abraço.
    Saúde e Paz!

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  7. Moacir Pimentel08/02/2017, 19:53

    Antônio,
    Meus parabéns a você pelo post e à Heloísa por ter levado a cabo a imensa tarefa de organizar e publicar a "Gravura Brasileira Hoje – Depoimentos" em três volumes que qualquer um gostaria de ter na estande e que poucos terão, dada a raridade das publicações.
    Exatamente por entender e valorizar a gravura como arte - uma das mais ancestrais da nossa espécie - eu gostaria de saber mais sobre todos estes gravuristas. O que determinou, por exemplo, a formação dos times que moram em cada um dos três volumes? A Heloísa e sua equipe ao elencá-los por volume adotou um critério cronológico ou os grupos foram formados por estilo, pelo tipo de material que usam, por região?
    Acima de tudo eu gostaria de conhecer mais sobre a história da nossa gravura , sobre os artistas que a fizeram e fazem e isso só é possível vendo o trabalho deles.
    Espero que este tenha sido o primeiro de muitos outros artigos seus sobre a gravura brasileira.
    Obrigado e um abraço para o casal.

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    1. 1)Oi Moacir,obrigado !

      2)Sua proposta é fascinante. Tentarei aos poucos escrever sobre cada um.

      3)Abraço grande.

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  8. Oi gente,
    Um texto tão gostoso como o de hoje gerando conversas e controversas interessantíssimas, a briga de ursos do Francisco e do Mano, o humor da Ofélia e a defesa do Antônio, as querências do Moacir. E no fim o que vale é que "Vida é Arte".
    Felicidade, gente, para todos!

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    Respostas
    1. Igual pra você, Ana.
      A felicidade inclusive.
      Ofelia

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    2. 1) Falou e disse Ana !

      2) Que eu consiga falar e escrever vivenciando "Arte", mesmo nas conversas de Humor...

      3)Reverências gerais !

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