Francisco Bendl
Haveria
algum de nós, neste blog extraordinário, que tenha aos dezessete, dezoito anos,
planejado o seu futuro e que ele não só tenha dado certo, mas obedeceu
rigorosamente ao planejado?
Acho que
somente em raras circunstâncias este futuro sonhado com tanta antecipação tenha
se realizado plenamente.
O meu não
foi diferente
Quando
iniciei a pensar sobre a vida, e foi durante o período que servi no Exército,
de uma hora para outra fardado, com uma pistola Colt calibre 45 na cintura e um
cassetete de borracha do outro, mais tarde proibido pelas FFAA, que me dei
conta que eu precisava pelo menos me conceder um tempo para me dedicar sobre o
assunto.
Lembro-me
perfeitamente que, certa feita, andando pelas ruas de Porto Alegre dias antes
do meu casamento, a cidade me amedrontou.
Eu teria
condições de enfrentar as dificuldades, os problemas, as situações
desfavoráveis ou eu iria me omitir de lutar pelos meus objetivos e ter uma vida
medíocre e, casado, ainda por cima!
Muitos
anos se passaram quando me defrontei com um dos maiores percalços que um homem
pai de três filhos, casado, poderia imaginar.
Era uma
segunda-feira, dia 4 de abril de 1977, a data jamais eu vou esquecê-la por duas
razões, que passo a relatar:
Como eu
escrevera, naquele dia eu saí de casa cedo para o trabalho.
Eu era
empregado de uma multinacional, que vendia produtos veterinários, viajando
durante as semanas e me reunia com os gerentes nesses dias, onde eu apresentava
os resultados obtidos no campo, prestava contas das despesas, apanhava novas
verbas para viajar e no dia seguinte eu rumava mais uma vez para as cidades do
interior antecipadamente programadas.
No
entanto, uma surpresa, dolorosa decepção! O Laboratório havia sido vendido, e
eu e meus colegas fomos demitidos.
Avisaram
que voltássemos dentro de alguns dias para recebermos o que tínhamos de
direito, e boa sorte!
Nesse
meio tempo, a minha esposa está grávida do terceiro filho.
Para
qualquer momento nasceria um guri ou uma guria, pois já havia dois filhos, e eu
ansiava por uma menina.
Ao voltar
para casa, cedo, muito antes do almoço, tive de agir como um ator de qualidades
incontestáveis, de modo que ela não percebesse a minha preocupação no momento
delicado que se encontrava.
Sem
aviso, a minha mulher passa mal no início da tarde, e eu a levo imediatamente
para o hospital, onde o próprio atendimento chama o seu médico porque ela dera
início ao trabalho de parto.
Às 18:30
a enfermeira me coloca diante dos olhos o meu terceiro filho, mais um guri,
três, e quase que simultaneamente à minha felicidade, esta profissional é
chamada às pressas à sala de parto pelo anestesista.
Eu me
encontrava na antessala, portanto, ouvia os diálogos deste médico com as
enfermeiras, que pedia com extrema urgência corticoide. Eu também percebia que
uma pessoa tentava respirar, pois fazia um esforço enorme para “puxar" o
ar, enquanto a enfermeira era orientada sobre como proceder com o medicamento,
aplicado na veia e o tempo que deveria levar, muito lentamente.
Foi uma
correria, e eu assistindo aquele vai e vem ininterrupto e mais médicos chegando
à sala de parto sem saber do que se tratava!
Sentei-me
em um banco no corredor do hospital.
O
primeiro pensamento que me veio à mente foi como que eu resolveria o meu
desemprego e nascendo mais um filho!
Antes que
as ideias aflorassem, o anestesista e o ginecologista-cirurgião que fizera a
Cesariana – eu e a Marli havíamos combinado que seria o último filho, então
esta operação para laqueadura foi muito discutida, mas tinha sido amadurecida
com muita propriedade -, dirigem-se a mim e me falam que a esposa sofrera um
choque anafilático!
Eu também
tive um outro, instantaneamente!
Perguntando
os efeitos desse grave problema, disseram-me que ela havia superado o edema de
glote, pois o anestesista ainda estava presente quando ela apresentou a reação
alérgica, e havia o corticóide à disposição no momento deste gravíssimo
incidente.
A minha
mulher deveria ficar mais tempo no hospital que de costume, mas iria se
recuperar plenamente.
Os
médicos foram embora. Voltei a me sentar no banco. O hospital naquele andar
estava calmo. Havia um silêncio, que me possibilitou refletir pesadamente sobre
o momento que eu vivera sem saber os seus efeitos colaterais, na eventualidade
de eu perder a esposa.
Eu teria
de casar com a enfermeira, no mínimo! Porém desempregado, como sustentar a
prole?
Olhei
fixamente para o corredor comprido que eu me encontrava, só, a cabeça um
turbilhão de emoções e problemas que eu precisava resolver no dia seguinte de
qualquer jeito.
Aos vinte
e seis anos, pai de três filhos, quase viúvo, desempregado, sem futuro, eu só
tinha uma alternativa:
Lutar ou
lutar.
Foi
naquela segunda-feira, exatamente a trinta e nove anos atrás, que decidi jamais
me conceder um futuro.
A mim
somente caberia enfrentar as dificuldades que a vida me colocasse na frente, e
cada dia seria uma vitória ou derrota não importa, mas eu firmara compromisso
de jamais deixar que as situações adversas me vencessem. Eu poderia perder a
guerra no seu final mas, até ser derrotado, eu lutaria como um leão, mas as
crias teriam uma vida infinitamente melhor que a minha existência!
Escrevo
este texto agora, à noite, melhor, início da madrugada de quarta-feira, dia
primeiro de fevereiro, pois o relógio marca meia-noite e meia, haja vista eu me
dar conta que nunca planejei o meu futuro!
Muito
menos imaginei chegar na idade que me encontro, sessenta e sete, com os filhos
formados, cinco netos, e ao lado da esposa há quarenta e seis anos!
Evidente
que existe um vazio interior quando não atendemos aos apelos de realizações
pessoais e profissionais. Mas consegui suplantá-los pelo compromisso assumido
de levar adiante a minha união matrimonial e sustentar, educar e formar os
filhos que eu e a mulher colocássemos no mundo.
Se não
tive futuro para mim mesmo, tive a cada dia que eu vivia uma disputa acirrada
entre a derrota e a vitória, entre a omissão e disposição para lutar, entre a
presença paterna enfrentando as dificuldades ao lado da família, e o pai que
abandona a esposa e filhos por não ter suportado as pressões cotidianas!
Descobri,
finalmente, que o meu futuro foi poder olhar para trás e dizer para mim mesmo
que construí a minha própria elevação para poder enxergar o passado do alto,
tanto pela idade que me encontro, quanto pela família unida, coesa, e que teve
prestes a ser dilacerada pela reação alérgica de uma anestesia há quatro
décadas, sofrida pela esposa.
Eu não
imaginava que erguia o meu futuro a cada dia, a cada manhã, a cada busca por
condições de manter os filhos e a esposa, que contribuía com o seu salário de
professora para que déssemos à família a dignidade merecida, pelo menos casa,
comida e educação.
Não
sonhei em construir o meu futuro, mas o edifiquei como poucos, ainda mais
quando ouvi do meu neto Bernardo, cinco anos, que me disse o seguinte, na
frente dos seus pais, meu filho e nora, e da sua avó, ontem à noite:
- Vô, adoro a tua casa, de ti e da vó Marli!
Ah, Bendl, eu tinha escrito um comentário ou parte dele quando o computer azulou. De nooooovo!, como diria a filhota da família Sauro.
ResponderExcluirBendl, não sei se a tua Marli tem asma. Mas se o netinho Bernardo tem, acredita nas queixas dele.
Você sabe que tenho asma. Não posso tomar qualquer antibiótico e por ai vai. Você não tem ideia do que é a dificuldade de respirar. Edema de glote é coisa muuuuuito séria. Que pode acontecer especialmente com alérgicos, asmáticos...
Lembro de quando fui fazer urografia venosa e precisei tomar... acho que iodo na veia. Três médicos em volta de mim. "Tá sentindo frio?", "Tá sentindo calor?", "Qualquer coisa fala." O médico era o velho Dr. Rupp, falecido há bastante tempo. Eu deveria ter 16 anos, talvez. Menos de 20 é certo.
Consegui fazer o exame sem atropelos de monta. O que nada significa. Não quer dizer que não venha a acontecer...
Sou atraída por problemas médicos. Você falava de vida e superação no ganhar a vida.
Pois bem, Bendl, acho que eu também gostaria da tua casa, de ti e da vó Marli.
Abraços pra vocês
Ofelia
Minha querida Ofélia,
ExcluirEu já me declarei publicamente prá ti, através da Tribuna da Internet!
Na idade que me encontro, estou impermeável a amores fortuitos, ocasionais, aventureiros.
Meus sentimentos ultrapassam o amor físico, em consequência, a minha mulher, a Marli, não só compreende como aceita as minhas paixões platônicas, as mulheres que amo fora do casamento, assim como eu te amo!
Dito isso, "mi casa és tu casa", e não teria ideia do quanto eu me sentiria feliz o dia que vieres me visitar e decidires ... morar conosco!
FALO SÉRIO!
Olha só o estágio que me encontro, espia:
Se me colocarem a gaúcha, minha conterrânea, Gisele Bündchen em pelo na minha frente, evidente que vou admirar aquela beleza de uma mulher estonteante e... fim.
Porém, se eu ver um pavão abrindo a sua cauda, e mostrar o esplendor da Natureza, esta ave terá de mim muito mais atenção que uma bela mulher pelada!
Em outras palavras:
Ficaríamos dias inteiros a contemplar os plácidos campos que cercam a minha residência; a calma de uma cidade bucólica; um trânsito ainda conduzido por humanos; LUGARES PARA ESTACIONAR O CARRO facilmente; um colono que me visita todas as terças-feiras e me traz a sua produção SEM INSETICIDAS E PRODUTOS QUÍMICOS, de alface, tomate, salsa, repolho, ovos, morango, melancia, pêssego,
maçã, beterraba, batata ...
Se eu não quero sair de casa, ligo para o mercado e peço as compras por telefone, INCLUINDO CARNE, e me trazem em casa; se também tem bebida - água mineral com e sem gás, refrigerante zero, SUCO DE UVA, integral, sem adoçante, em garrafas de um litro e meio, o rapaz que traz a encomenda solicitada- juro! - ainda as coloca dentro da geladeira!
Este local, que encontrei, após sessenta anos de muita luta, e SEM DIREITO A ESMORECER, Ofélia, é a terra que deverias viver a vida que ainda tens pela frente!
E escrever, comentar, deliciar as pessoas com esta tua capacidade notável de contar histórias, e teres, definitivamente, o que mais procuramos:
QUALIDADE DE VIDA!
Ainda mais em minha companhia, um sujeito enorme, protetor, um gladiador, que está permanentemente em defesa de quem ama!
Vem para cá, você também, vem!
Um forte e caloroso abraço.
Saúde e Paz, minha querida amiga.
Seu grandão que nunca vi, mas dizem que é, você me fez chorar.
ExcluirE rir com o 'gladiador'.
Ainda que a Marli me aceitasse aí, o que não acredito, o frio do RS acabaria comigo, Bendl. Gosto de algum friozinho. Mas o de Juiz de Fora, em MG, já me é demais. Imagina aí, Bendl?
Mas prestei atenção no convite. Que não é de se jogar fora, apesar da friagem louca.
Se a barra apertar muito por aqui, e com a permissão da tua Marli, faço uma visitinha, combinado?
Sequer tenho coragem de morar em Sampa, onde mora meu filho, porque lá também é bem mais frio que o RJ.
Mas já tenho duas opções, ou três. O RJ, SP e o RS.
Clima ideal é o de Belzonte. No passado, eu estava em Valadares (Gov.), na casa da minha avó paterna, e com uma baita crise de asma. Meus pais pegaram um avião comigo até Belô e ao chegar lá fiquei boa logo. Minha mãe contava. BH é clima para quem sofre do pulmão. Eu não sofro, pelo menos com tuberculose não. Posso ter outra coisa.
Abração, Bendl, e outro pra tua Marli tão paciente, tão perfeita mulher. Pros filhos que não conheço e netinho Bernardo, asmático como eu. Tem outros netinhos, não tem? Eu não lembro, só lembro do Bernardo.
Ofelia
Ofélia,
ExcluirTenho cinco netos.
Em ordem cronológica, quem puxa a tropa:
Luíza, nascida em 23 de maio de 2007, 9 anos;
Sarah, nascida em 09 de novembro de 2007, 9 anos;
Bernardo, nascido em 03 de dezembro de 2011, 5 anos;
Matheus, nascido em 03 de julho de 2012, 4 anos e a minha pequena e terna Helena, nascida em 28 de novembro de 2012, 4 anos.
Esses pequenos deram um novo sentido às nossas vidas, indiscutivelmente, uma nova fase, outro patamar.
Ofélia, vou te cobrar esta visita.
De fato, para quem não gosta de frio não recomendo o RS. A minha casa é perto de Gramado e Canela, onde volta e meia cai neve nessas cidades, mas as temperaturas caem abaixo de zero normalmente.
Mais frio é São Francisco de Paula, exatamente a mesma distância, 60 km de onde resido, mas para o outro lado, oposto.
E pior ainda, no inverno, onde peguei OITO GRAUS CELSIUS NEGATIVOS, COM A ÁGUA CONGELADA NOS CANOS, foi em Cambará, onde fica o Itaimbezinho, o nosso Cânion, com aquelas gargantas com 400/500 metros de altura, e algumas até mais altas.
Outro abraço.
Saúde e Paz!
Você já percebeu que não vai dar, não é, Bendl?
ExcluirUm dia, quem sabe?, você pega toda a patota e a gente se encontra aqui no Rio para um farra com a criançada.
Notei seu xodó com a Helena, hem?
Meu eleito é o Bernardo, mas sobra carinho para todos.
Abraços, voz de trovão (peguei da Ana).
Ofelia
Saúde e Paz, Bendl. Pra vocês e também pra mim.
Bendl,
ResponderExcluirO futuro que você pensa que não se concedeu falou com você pela voz do seu neto. Abraço.
Palmeira, meu prezado,
ExcluirObrigado pelo comentário.
De fato, meus netos são o futuro - e belíssimo, inimaginável para mim no passado - que conquistamos, eu e minha mulher!
Através do desenvolvimento dos filhos, que casaram, tiveram seus proles, o casal de avós a cada dia se sente mais realizado e feliz, mas uma alegria incontida, de berrar a pleno pulmão esta felicidade plena, incomparável!
E, meu caro Palmeira, a concessão divina de se ser avô, portanto, o futuro propriamente dito, insofismável, indiscutível, é o prêmio, a coroa de louros pela tua capacidade de manter unida a família, atrelada ao amor, carinho, solidariedade, caridade e respeito.
Se não tenho onde cair morto, possuo o coração rico de emoções e alma leve pelo compromisso assumido e cumprido à risca!
Consequentemente, se o preço que eu deveria pagar seria ser um joão-ninguém, Palmeira, te confesso, pago de novo para ter a mulher que tive, os filhos que ela me deu, e volto a lutar!
Um grande abraço, meu caro.
Saúde e Paz!
1)Parabéns Bendl pela vida de perseverança. É isso aí !
ResponderExcluir2)Abraços.
1)Budisticamente falando, perseverança é uma coisa muito boa.
ResponderExcluir2)Saúde para a família Bendl.
Rocha, meu guri,
ExcluirSe Buda disse que a perseverança é "uma coisa muito boa", o nosso célebre pensador se referia a circunstâncias mais amenas, e não essas que hoje nos deixam em situações muito adversas, acho.
Mesmo porque, Rocha, eu não tive opção, a menos que eu decidisse abandonar a mulher e filhos, e fosse viver faceiro como pinto no lixo a minha vida.
Ora, tal decisão não só seria indigna, como eu teria sido um covarde, e imaginas a minha imagem e conceito perante os filhos quando adultos, além de desconsiderar a vontade da esposa que aceitou dividir a sua vida com a minha!
Crápula seria pouco.
Eu seria um petista, um membro do PMDB - ops, avancei o sinal!
Bom, eu seria um parlamentar, caso eu deixasse a família para que ela se sustentasse e se desenvolvesse sem a minha presença, é isso.
Obrigado pelo comentário, meu amigo.
Não tens ideia o quanto aprecio os teus ensinamentos sobre o Budismo, aliás, precisas vir ao meu RS, TE HOSPEDARES NA MINHA CASA, e eu te levar para conheceres um templo budista famoso, que recebe turistas diariamente, na cidade ao lado da minha, Três Coroas, um local aprazível e de muita contemplação!
Um forte abraço.
Saúde e Paz!
Olá Francisco Bendl, voz de trovão e amigo dissidente
ResponderExcluirDe fato, a verdade fala pela boca das crianças.
Pelas alegrias e apertos passados você e a Marli construíram uma sólida estrada!
Muito lindo o que a Ofélia disse, que também gostaria da tua casa, de ti e da vó Marli.Acho que eu também!
Até mais
Minha querida Ana,
ResponderExcluirA minha casa está à tua disposição e do Wilson para quando vierem ao Sul se hospedarem na minha residência, humilde, simples, porém aconchegante, e que recebe meus amigos com a reverência e atenção que merecem!
Olha, Ana, o ambiente que construí com a Marli, o clima que impera dentro da casa é de alegria, humor, risos constantes e algumas gargalhadas volta e meia.
Sabe, uma vida leve, apesar das dificuldades inerentes com relação a um casal de velhos que está beirando os setenta anos.
Mas, as nossas mentes ainda estão alertas, atentas. Nossos raciocínios têm início, meio e fim. Os pensamentos vão longe e, as ideias, florescem diariamente.
Portanto, existe uma vida a dois colorida, não incolor, opaca, percebem-se nitidamente matizes se não berrantes, pelo menos amenas, cores pastéis, eu diria.
Então, a "voz de trovão", assim como os hominídeos fizeram quando desceram das árvores, e tentavam amedrontar, no berro, aqueles que iam beber nos mananciais de água ou matar a caça da tribo.
Bah, mas quando boto a boca no trombone ... é o próprio!
A Marli se diverte, pois sabe que atrás desse vozeirão tem um sujeito que também sabe falar baixo, sussurrar, conversar como gente civilizada (mais uma diversão, portanto).
Dessa forma, tu e o Wilson estão intimados e devidamente indiciados a nos visitarem, e confirmar a paz que a cidade transmite, que seria uma ofensa se eu desenvolvesse dentro do meu lar algo diferente, um clima beligerante, intolerante, impaciente.
Indiscutivelmente são esses altos e baixos passadas que elaboram uma vida a dois cada vez mais sólida como escreveste, e muito bem, como sempre, que gostaríamos de compartilhar com outras pessoas, cuja faixa etária se aproxime da nossa para facilitar a conversa fraternal, de manos para manos.
Grato pelo comentário, Aninha.
Um abraço forte e caloroso, e no cônjuge também, este nosso "inimigo" político, que nos obrigou a divergir de seus pensamentos apolíticos, uma barbaridade, inacreditável!
Saúde e Paz!
Muito bom te ver de volta, Chicão! Mas agora nos diga, o que foi que a dona Marli achou da sua idéia de se casar com a enfermeira?
ResponderExcluirAh, traidor! Rsrsrs...
ResponderExcluirMeu caro Wilson,
ResponderExcluirEvidente que abordei esta questão muito tempo depois, quando contei para a Marli que a solução que eu teria era me casar com a enfermeira, e ela não era de se jogar fora!
Claro que após a refrega a gente brinca, ri, mas a esposa passou por uma crise tão grave, que ela me contava que a vontade que tinha era de morrer logo(!), apesar dos esforços que fazia para poder respirar.
E de acordo com a aplicação do medicamento, ela percebia que a dificuldade no respirar ia se diluindo, até quase desaparecer.
Durante um bom tempo ela ficou com o rosto marcado pela máscara que lhe colocaram para aspirar, comprovando o desespero que não foi obter o ar tão necessário e que se não fosse o pronto atendimento, de fato, a enfermeira seria laçada e levada para o primeiro cartório para nos casarmos e me ajudar a cuidar da prole, três guapos guris, e um deles recém nascido!
Um forte abraço, Wilson.
Saúde e Paz!
Chicão,
ResponderExcluirConcordo com o senhor Editor: bom lê-lo nas Conversas de novo nos entretendo e divertindo. Eu não sei se você teria se casado mas aqui entre nós e baixinho, tenho certeza de que bem teria tentado - caso a vida lhe tivesse sido madrasta e não mãe - casar com aquela enfermeira que , embora no meio de tão grande sufoco e em estado de choque, deu para você notar o quanto era jeitosa (rsrs)
Cuide bem da sua Dona Marli e continuem sendo felizes.Quanto ao Bernardo e a todos e netos e netas do mundo, já li escrito:
"O Futuro tem um coração antigo"
Abração
Caro Pimentel,
ResponderExcluirObrigado pelo comentário.
Olha, fiz aquele texto que pediste sobre um churrasco gaudério, que está com o Mano, caso ele queira publicá-lo.
Quanto à enfermeira, observo que não foi apenas eu que a notei, mas também o Wilson e tu, né?!
Também, convenhamos, como que eu iria cuidar de três guris e um saído do "forno"?
Se não fosse a enfermeira teria sido a atendente, uma mulher que eu encontrasse na rua, uma conhecida, até mesmo "roubar" a esposa de alguém se eu achasse que ela seria o ideal, obviamente a escolhida concordando com a troca!
Mas nada dessas peripécias de um viúvo recente foram necessárias, pois a Marli reagiu com valentia, determinação, e seu coração de mãe falou mais alto que a reação alérgica!
E, para meu benefício, felicidade e realização, continuamos até os dias de hoje, somando 46 anos juntos, uma vida, um caminho percorrido e que será sempre lembrado.
Um abraço, Pimentel.
Saúde e Paz!
Tão bom ler Francisco Bendl. Aqui e no outro blog. Claro que é um escritor cuja leitura agrada. Simples, sensivel. Mas graças a Deus não precisou casar com a enfermeira. Ela iria sair no lucro. Cá pra nós, só de pensar em trair, já traiu. Mas D. Marly compreendeu, claro.
ResponderExcluirMinha prezada Carmen Lins,
ResponderExcluirQue prazer te encontrar neste oásis, que é este blog extraordinário do Mano, que satisfação!
E obrigado pelo comentário.
Mas, tu também né, me atazanando a vida com essa história da enfermeira!
Claro que eu não teria traído a Marli, afinal das contas eu estaria viúvo!
Carmen, brincadeiras à parte, certamente o Wilson está tão alegre quanto eu com a tua presença neste espaço cultural, que tanto decepciono, pois a qualidade dos demais artigos é notória, indescritível.
Aparece mais vezes, eu te peço.
Um forte e caloroso abraço.
Saúde e Paz!
Ah, um maravilhoso fim de semana junto aos teus.