Moacir
Pimentel
Apaixonar-se pela Toscana não foi
difícil. Desde a primeira vez que por lá botei os olhos e os pés, descobri
naquelas paragens algo que me faz ainda hoje acelerar, sentir-me vivo, sorrir
aparentemente sem nenhuma razão, acordar de bem com a vida sonhando em ver o
pôr do sol com um copo de vinho Chianti na mão.Talvez a gente se apaixone pelas
terras por onde é feliz. Simples assim.
A Toscana é uma festa para os sentidos.
Arte sublime e arquitetura formidável disputam a atenção dos visitantes com as
longas vistas dos campos, os vinhedos próximos às cidades erguidas no alto de colinas,
os ricos e encorpados vinhos tintos e os saborosos alimentos que a terra
generosa oferece há milênios aos seus filhos.
Não dá para esquecer que Florença
foi o berço da cultura moderna e que dentro dos seus muros e à beira do rio
Arno a Renascença despertou. Nem para desistir da gótica Siena, toda em tijolos
amarelados. O problema é que de Florença à Siena serpenteia a clássica trilha
do Chianti, e nas vinícolas muitas descobertas interessantes. E que ao sul de Siena, em uma típica paisagem
toscana de ciprestes e casas de fazenda de paredes grossas, Montalcino se gaba
de seu vinho Brunello, e Montepulciano, do seu Vino Nobile.
Tudo bem que são lindas todas aquelas
aldeias cor de ocre e os afrescos. É claro que Arezzo esconde tesouros embebidos em história, que
as vielas das cidades muradas reservam surpresas a cada curva e que a etrusca
Cortona cativa pelas vistas de suas ruas íngremes e construções medievais e
renascentistas.
Mas as paisagens campestres da
Toscana são de tirar o fôlego tanto quanto a arte que lá buscamos sempre, nas
catedrais, nas igrejas, nos museus e monumentos que se espalham por todos os
lados que um dedo aponte no mapa da região.
Mesmo as menores cidades têm algo
para mostrar e para se orgulhar e a luz da Toscana abraça tudo com igual magia,
de modo especial, fazendo com que a beleza surja inesperada em qualquer esquina
e as fotos pareçam irreais.
A melhor hora do dia para ver
essas paragens de sonho é no início da manhã ou no final da tarde quando o sol
está mais baixo no céu e os campos ficam mais impressionantes pois as sombras
se alongam e os ciprestes e pinheiros dançam em volta das casas das pequenas fazendas
espalhadas pelas colinas e vales. No Val d'Orcia tem sempre névoa durante as
manhãs preguiçosas e então o jeito é esperar num café de um vilarejo qualquer
que o sol espante o nevoeiro.
Na Toscana quem tem pressa pula
as aldeias, mas não os campos e os lugares perfeitos para apenas sentar-se ao
sol, respirar fundo e admirar a vista. Não é à toa que a fotografia mais que
icônica da cena Toscana é a que ilustra o post aí em cima: uma casa campestre
no topo de uma colina, rodeada por ciprestes.
Há
bosques de ciprestes por todos os lados e pequenas aldeias de pedra, abadias,
muralhas, regatos, borghi abbandonati, e nos cenários antigos tem sempre um
gramado convidativo onde se pode fazer um piquenique e tirar uma soneca ao sol.
Nas
cidadezinhas todo mundo conhece todo mundo, as pessoas ainda passeiam, vão aos
mesmos estabelecimentos para comprar as suas coisas todos os dias, as famílias
se reúnem no bar central à noitinha e os homens jogam cartas, as crianças mais
novas correm por entre as mesas e as mais velhas, do lado de fora, jogam
futebol na praça da cidade.
No
primeiro mapa que eu usei para perambular pela Toscana, em 1978, eu rabisquei “que
bonito!”. E era e continua sendo. Na escola, em Roma, eu fizera amizade com um
rapaz cujos pais eram produtores rurais nos arrebaldes de San Quirino. Morei
alguns anos na bela Itália, sempre estudando na cidade eterna e portanto foram
muitas as Semanas Santas, os feriadões, as férias, as colheitas, os Dias de
Finados e os Natais que passei na velha e meio que desarrumada casa campestre
daquela calorosa e barulhenta família, conhecendo a Toscana como se deve: devagar,
sem pressa, sem os tais dos check-in e check-out hoteleiros. Naquela terrinha
fazíamos a festa com direito à Traviata!
Por
décadas, continuamos a nos hospedar na velha casa, sempre tratados a panforte e
vin santo pelos velhos senhores, até que o paraíso foi vendido na virada do
século. Hoje é com enorme pesar que de longe, da estradinha vicinal, olhamos
para as paredes quase escondidas pelas novas árvores que nos deram abrigo e uma
sensação de pertencimento.
A Casa da Mamma (fotografia Moacir Pimentel) |
Os hóspedes da família, depois de um “pequeno-almoço” que era sempre enoooorme - nele
sempre pintavam à mesa coisas estranhas como restos de tiramisu ou um copo
borbulhante de prosecco - do lado de fora da porta da cozinha se deparavam,
para além do pomar e de um pequeno vinhedo em volta da casa da cor de um rosa
muito velho, com um campo de oliveiras onde a juventude da minha “facul” colhia
azeitonas para ajudar nos parcos orçamentos.
Teoricamente,
eu estava ali para trabalhar nos campos colhendo de tudo - uvas, azeitonas e
castanhas - mas, na verdade, o que me levava para a Toscana era a comida daquela
Mamma que virou nostra. Para mim, desfrutar la dolce vita era um verbo a ser
conjugado na mesa de jantar daquela senhora, comendo massas trufadas de branco
feitas pelas suas mãos de fada madrinha e regadas com um vinho bem envelhecido
da autoria de seu generoso marido, que jamais deixava de colocar os seus
tesouros na roda.
“Sabe melhor compartilhado”, dizia ele.
Aquelas
experiências “gastronômicas” alteraram a minha vida.
Naquele
tempo eu trocaria o Palácio Uffizi mil vezes por uma mordida em um figo colhido
quente de sol no pomar, seguida de outra num queijo pecorino affumicato na
“sala dos queijos” dos meus hospedeiros. Depois de dar a minha modesta e nada
sóbria “opinião” sobre os vinhos da casa.
E
tinha a “pisa”! Aquela buona gente no final dos anos setenta para fazer o seu
rico vinho ainda pisava as uvas em lagares de pedra, uma prática que remonta à
Roma antiga. Um lagar é um tanque retangular baixo de pedra, onde os homens
pisavam os cachos de uva e o suco da uva fermentava. A “pisa” das uvas em
lagares tem vantagens fundamentais pois a cor e outras substâncias que
dão sabor e corpo aos vinhos vêm das cascas das uvas e são extraídas pela
maceração.
O
calcanhar humano, ao pressionar as uvas contra o chão áspero de granito,
proporciona um exato e elevadíssimo nível de extração, não apenas de cor, mas
também de outros componentes e ácidos, tão necessários ao corpo, sabor e
longevidade do vinho. Para conseguir isto não há nada melhor que o lagar
tradicional.
A
primeira fase da pisa - a mais conhecida! - é aquela executada por grupo de
homens perfilados em linha reta, com os braços nos ombros uns dos outros,
esmagando as uvas. É um cartão postal da pisa. Tal formação é essencial para
que a pisada seja uniforme em todo o lagar, sem deixar escapar nenhum
centímetro quadrado do perímetro.
Lembro que depois o grupo se separava e éramos
liberados para pisar livremente, muitas vezes com música e geralmente
já embalados pela produção local de anos pretéritos.
“Ma, non”, gritava a Mamma a cada besteira
que fazíamos enquanto pisoteávamos as suas uvas no seu lagar ou com os seus
ancinhos nas suas seculares oliveiras.
La
Mamma era de uma nobreza diferente e embora fosse o sal daquela terra, não
nascera na Toscana. Fora trazida pelo marido da vizinha Umbria, de um lugarejo
perto de Assis, onde a alta civilização etrusca prosperou em tempos
pré-romanos, erguendo grandes cidades e criando preciosas obras de arte antes
que os primeiros tijolos tivessem sido erguidos em Paris ou Londres.
Visitar
La Mamma alheia virou sinônimo de pegar a estrada rumo ao paraíso. E a partir
do mágico outono no qual fui apresentado àquela família em diante, a intimidade
reconfortante da cultura italiana naquela cozinha se tornaria um dos meus
pontos de referência para julgar a qualidade de vida fosse lá onde fosse.
Quem
curtia aquela Mamma tão meiga a nos abraçar em meio a tanti “benvenutti, ragazzi!” e maternal à beira
do seu fogão tomava um susto quando a via assassinando um dos seus porcos para
fazer as próprias linguiças. Meu estômago, no entanto, perdoaria qualquer
crueldade da Mamma, muito mais interessado nas pastas que ela fazia frescas
sobre a mesa da cozinha e que todos ajudavam a cortar ou formatar.
Jantar
naquela herdade era algo interativo, e um a um, todos os marmanjos se revezavam
tentando fazer cerretini - uma pequena massa prima distante dos fusilli feita a
partir de setenta por cento de cevada e trinta por cento de trigo - que as
minhas mãos desajeitadas deixavam com cara de prima pobre e anã das
circundantes. Foi aí que Mamma resolveu me tirar das linhas de montagem e usar
meus préstimos para pescar na agua fervente seus ma-ra-vi-lho-sos inhoques de
batata!
Acredite,
enquanto beliscávamos pão caseiro, aquela senhora fazia verdadeiros milagres do
nada, brincando com apenas um pouco de pancetta, tomate e queijo pecorino e... la
pasta! O resultado final era sempre, e de novo, amor à primeira mordida. E ela
ali, sempre de avental, corada e feliz, encorajando a sua prole e os aderentes
- todos devotos de um prato limpo - com um grito vigoroso e ancestral:
“Mangia, mangia!”
E
tinha vinho, vinho, vinho!
Hoje fazem
as tais visitas às vinículas toscanas, as famosas degustações para inglês ver.
Nós, em vez, íamos estrada afora através da planície, para visitar as
minúsculas propriedades do nonno, do irmão, do tio, do primo, do padrinho, dos
amigos daquela gente calorosa e trabalhadora, nos arrebaldes de aldeias de
pedra construídas no topo de colinas encantadas, o cenário mudando abruptamente
de vinhas pitorescas e fazendas de beira de estrada para bosques de
castanheiros, ou para os campos bordados pelas flores silvestres que florescem
no planalto e acendem o panorama com cores fortes que se estendem até onde os
olhos podem ver.
No
outono, a grande planície muda como um camaleão, tornando-se um cobertor
monocromático de veludo verde. E fazíamos escalas nos mercados locais, cada
qual com seu produto famoso que nós tínhamos que provar antes de morrer.
Uvas da Toscana (fotografia Moacir Pimentel) |
Todos
os parentes e amigos e conhecidos da família fabricavam o próprio vinho. Afinal
aquilo era a Toscana e nela se quer vinho. E então peregrinávamos de tio em tio,
por vinhedos enquadrados por filas de ciprestes em forma de agulha, as
propriedades oferecendo-nos vistas montanhosas ao longe que mais pareciam
pintura impressionista, no outono principalmente, com muito amarelo siena
queimado ou mustarda salpicando o verde das linhas de videiras.
“Seja paciente, rapaz, seja paciente”,
aconselhava-me a Mamma me servindo um branquinho, quando na verdade tudo o que
eu queria era um grande, robusto e ousado tinto, capaz de ganhar em uma briga
de bar e com as duas mãos amarradas atrás das costas de um Rioja valente ou de
um Bordeaux metido à besta.
Finalmente,
sempre aparecia um senhor sorridente me trazendo um copo com o líquido cor de rubi.
“Beba”, eles me ordenavam e eu não me
fazia de rogado.
ISSO
era degustação de vinhos. ISSO era saborear, e no sabor estava a Toscana, o coração
quente da Itália. Só que beber deixava o povo com fome e nós saíamos das adegas
e entrávamos noutra sagrada cozinha para jogar conversa fora e cantar com os
narizes já tintos de vinho árias improvisadas.
E a cada mordida daqueles
alimentos, a cada gole daqueles vinhos, a cada riso naquelas mesas, eu era o
garotão exilado, o universitário que economizava cada centavo mais feliz do
vasto mundo.
Graçasadeus a Mamma gostou da
minha namorada. Se não... acho que eu não teria - em meio às colheitas de uvas e
azeitonas, à caça às trufas, às peregrinações para ver de perto tantas Madonnas
renascentistas esquecidas em velhas igrejinhas nos campos de tons solares e sob
as névoas românticas dos céus da Toscana - pedido a moça em casamento.
Mas
essas já vão ser outras “conversas”...
1)O belíssimo texto de Moacir, neste sábado setembrino me fez lembrar da palavra Caleidoscópio, que vem do grego e significa "instrumento para admirar o belo".
ResponderExcluir2) O belo da crônica, o belo da Toscana, o belo das vivências, das cores felizes.
3) Bela vida, belo planeta Terra, bela Itália.
Moacir, que coisa maravilhosa esse artigo que me fez sentir na Itália, comendo rindo e bebendo! Suas palavras são belas e as fotos lindas mas o que me pegou pelo pé foi a sua emoção pois você realmente estava em casa com essa família italiana e conseguiu comunicar o seu carinho e gratidão por eles. Parabéns!
ResponderExcluirDiante de um texto irretocável como este nada se tem a comentar, Moacir. Você disse tudo e bem demais.
ResponderExcluirVocê viveu e vive a boa vida, hem, Moacir?
ResponderExcluirAssisti a um filme (faz tempo!), Sob o sol da Toscana, e fiquei apaixonada por tanta beleza. Imagina se experimentasse a gastronomia?
Nesse filme, o cineasta Mário Monicelli faz uma ponta. Monicelli é o cineasta do Exército Brancaleone, não é? Pergunto porque posso estar confundindo as coisas.
Não me lembro se Monicelli, hoje falecido, era da Toscana. Tinha algo a ver, mas, para variar, não lembro.
Aproveite o dia, Moacir. E também as lembranças que gostei muito de ler.
Abraço
Ofelia
Olá, Moacir. Você é do Mundo. Esse " outrora " jovem destemido, corajoso, intrigante, curioso do saber e das coisas ao seu redor, se lançou no mundo e amealhou conhecimentos que se eternizariam no " filme" de sua vida. O que acho muito bacana, é você partilhar conosco essa vivência, que muito poucos tem ou teve oportunidade de viver. Conhecer a Toscana na intimidade , no seu dia-a-dia, nos seus olivais, vinhendos e campos é um presente dos deuses. Tenho lembranças de uma convivência familiar italiana, desde que conheci o " meu italianinho ", apesar de ter sido em solo brasileiro, e não termos os produtos típicos italianos, absorvi toda a cultura de uma grande familia de emigrantes que aqui vieram viver. Me apaixonei por todos e por tudo que era novidade. Quando da primeira vez que estivemos em solo italiano sentimos muita emoção. Ali comprovamos o quão acolhedores e afetuosos é seu povo, como valorizam seus antepassados e suas tradições. Estar na Itália é estar no coração do mundo. Pensar na Toscana , é viver no paraíso. Cada pedaço de terra, cada amanhecer ou anoitecer tem ar de novo, de esperança, de vontade de viver freneticamente cada minuto. Continue a nos encantar com seus relatos, nesse viajei com você. Imaginei a "pisa" , as colheitas e todas as aventuras relatadas. Isso é Ser Feliz ! Abraços Toscanos, Dulce. " Beba vinho para o espirito e para boa digestão. /// Beba vinho na festa e beba vinho na solidão. /// Beba vinho por cultura ou por educação./// Beba vinho porque...Bem, você encontrará a razão. " ( Luis Fernando Veríssimo )
ResponderExcluirMoacir,
ResponderExcluirDe certo você escreveu com o coração. Mas não foi a sua paixão pela Toscana ou a divina gula ou mesmo seu afeto pela doce mamma italiana que mais me chamou a atenção. O que salta aos olhos de quem tem a sorte de ler os seus artigos é o seu amor pela vida em cada parágrafo e no seu olhar naquele maravilhoso cacho de uvas. Deixo-lhe o meu abraço.
Caríssimo Moacir,
ResponderExcluirJá falamos a respeito de lugares do mundo e certamente a Toscana sempre me soa com um dos mais deslumbrantes. Pela sua tinta me foi possível "estar lá", quase sentindo os aromas dos tesouros culinários da grande mamma. E o sabor dos tintos de primeira. Abraço,
Heraldo Palmeira
ResponderExcluirSensacional o relato do Moacir!
Antônio, eu tinha um caleidoscópio de papelão quando era garoto e dentro dele havia beleza pura em pedaços. Lembro que eu achava até mesmo o nome bonito e ficava repetindo : ca-lei-dos-có-pio. Sim, somos vizinhos num belo planeta.
ResponderExcluirMônica, estamos em casa onde temos amigos e com eles dividimos a mesa e uns copos ...timtim!
Márcio, você não faz ideia da valia dos seus "comentários ". Ofélia, o Mário Monicelli , que eu saiba, foi o diretor do exército do Dom Brancaleone italiano , cujas cenas no entanto foram rodadas na Calábria, que é uma belíssima região , mas não chega aos pés da Toscana.
Dulce, você faz parte do "filme" da minha vida e como sei do seu amor pela terra com a qual se casou, desejo que o casal para lá retorne em breve , quem sabe na companhia do neto cujo nome é toscano da gema?
Flávia, que escreve tão pouco para dizer muito, tenho uma certa dificuldade de imaginar os afetos de quem não gosta da vida.
Mestre Heraldo, tecladas por quem faz das palavras tintas com a sua maestria, suas pretinhas nessa caixa de comentários muito me honram.
Ao Carlos eu diria , como diz a juventude: "Menos"!
Abraços para todos e muito obrigado pela leitura e incentivo
Peguei você, Moacir!
ResponderExcluirNão me leu direitinho.
Então aqui vai um trecho (ih, esqueci de copiar o autor!) da crítica (apenas um trecho) de Sob o sol da Toscana.
"Depois, o aspecto turístico do filme aparece dosado de maneira não enjoativa. Isto tanto na interação entre a personagem e as pessoas do local, cujo sentimento de exotismo mútuo (típico de filmes como este, que tratam de descoberta de novas culturas) é bem colocado, como aspecto físico mesmo, ficando o deslumbramento com as lindas paisagens reservado a momentos breves (como o rápido plano subjetivo de nossa heroína vendo casas da janela de uma sacada no dia seguinte a uma noite de amor), que não chegam a cansar pelo tom . Também são muito simpáticas as citações em cenas e homenagens em diálogos ao genial Federico Fellini, sobretudo a aparição de uma sósia da vendedora de cigarros de Amarcord. Sem falar que quem faz o velhinho das flores, que Frances tanto observa, é ninguém menos que Mario Monicelli, mestre das comédias e, tal como Fellini, um dos diretores mais importantes do cinema italiano."
Mario Monicelli era mesmo da Toscana e se matou aos 95 anos, ao pular da janela do hospital onde se tratava de um câncer de próstata.
Grande abraço (você puxou com extrema delicadeza a orelha do Bendl, ele vai gostar, você vai ver).
Pra você não ficar triste comigo, Moacir, devo dizer a você que seu texto pro Bendl caiu como uma luva pra mim. AMEI!
Abraço
Ofelia
PS: Mario Monicelli dirigiu O Incrível Exército Brancaleone 1 e 2, ambos interpretados por Vittorio Gassman. Se não viu, tente dar uma espiada. É um primor, embora tão antigo. A música que eles cantam é qualquer coisa...
Ofélia,
ExcluirPois é. Você me pegou ...e eu gostei! Não, não li direito, estava atrasado e daqui ainda passei lá no Bendl.Me desculpe.Não assisti Sob o Sol da Toscana,chequei agora e é uma comédia de 2003. Vou conferir e obrigado pela dica.
E não há a mais remota possibilidade de um comentário seu me entristecer. Eles são ótimos.
Abraço