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21/09/2016

O Rei de Nápoles

Nápoles (imagem sigmalive.com)


Moacir Pimentel


Nápoles era símbolo de caos nas minhas aulas de história da Itália. Lembro-me da primeira visita que fiz à cidade, no final da década de 70, como um estudante de olhos arregalados sem acreditar que, durante a minha primeira meia hora napolitana, um colega teve a sua carteira batida por três ou quatro mafiosi e que, em seguida, quinze minutos depois e cem metros adiante, nas redondezas da Piazza Garibaldi, fomos abordados pelo que nos pareceu ser um louco de pedra mas que, na verdade, era um profissional da Medicina, vestido com um jaleco branco e gritando numa calçada...

Aiuto! Aiuto”!

Ele implorava aos passantes por doações de sangue para um paciente moribundo. Madonna mia! Quase demos marcha ré de volta para a estação de trem e tomamos o caminho mais curto para a Grécia.

Talvez por causa da estranha recepção, naquela oportunidade terminamos passando mais tempo nos arrebaldes da cidade: na Ilha de Procida que ilustra o post, em Benevento para ver o Arco de Trajano, nas belíssimas ruínas de Herculano e Pompeia, no Parque Nacional do Vesúvio a mil metros de altitude e com vistas longas e inesquecíveis, em Capri e na sua Gruta Azul

Capri (imagem salsacdn.com)

 em Sorrento que o Dean Martin e o Frank Sinatra cantavam nos LPs de minha santa mãe e numa praia deserta – naquele tempo! - da ilha de Ischia confraternizando com as boas jovens nativas de más famílias ou descobrindo que non fare niente, nulla, nessuna cosa e ficar de papo para o ar era a melhor coisa da vida!

Entre um passeio e outro, gravitávamos pela orla da cidade até a entrada histórica do Porto se abrindo para o Mediterrâneo e para o mundo, perambulávamos pelas docas e molhes sempre movimentados.
Mais ao sul, a partir do cais na Calata di Beverello, os barcos a vela para Ponza, Capri e Ischia iam e vinham. Quando voltávamos dos passeios era agradável sentar numa mesa de bar naquelas paragens, tomar uma cerveja desfrutando as vistas da baía e do Vesúvio.

Para o oeste da Piazza del Plebiscito, nas encostas do Pizzofalcone e se estendendo até o mar, ficava o bairro de Santa Lucia onde divídiamos um quarto numa pousadinha no amontoado pitoresco de vielas estreitas.
Santa Lucia era aquele tipo de lugar que tem que ser salvo da modernidade em toda e qualquer cidade, um bairro muito real de lojas e padarias, oficinas de artesãos, pequenos cafés onde os moradores convivem com seus vizinhos e as crianças brincam na rua, debaixo das roupas pingando, penduradas nos varais. Um lugar colorido.

Santa Lucia (imagem planetware.com)

                 Voltei à cidade no início dos anos 80 durante um final de semana, para o casamento de um amigo com uma vera napolitana e, é claro, quem já foi a um casamento italiano sabe que seus convidados, após a festança, não têm a mínima condição de fazer “turismo”.
De novo estive na cidade em 1990, a trabalho e de férias, e finalmente em 2012, rapidamente, a passeio.

Nápoles ao longo das décadas continuou emocionante, suja, barulhenta e dona de uma das mais altas taxas de densidade populacional da Europa. Mesmo os mais aclimatados com a “energia” italiana, ficam meio atarantados com o burburinho exuberante da cidade pois toda a sua população parece estar nas ruas e falando ao mesmo tempo.

Mas naquelas paragens as cores também parecem mais brilhantes, os aromas estão no ar, juntamente com as árias de ópera - todos os napolitanos são tenores esperando para serem descobertos - o riso, e talvez um ou dois desaforos e muuuuitos palavrões cabeludos. É uma cidade que mantém todos os nossos sentidos ocupados.

Nápoles surpreende quem a visita com o seu talento impressionante para viver, comer, e criar seus filhos com bom humor e decência. Para quem se dispuser a vagar pelas suas esquinas, repletas de caos, a cidade pode sim ser terrível mas é fascinante ao mesmo tempo. O certo é que naquele emaranhado de colorida confusão, de alguma forma, ainda se consegue respirar, rir e cantar com um sotaque italiano alegre.

Se bem que no dia 3 daquele quente mes de julho, quando estive em Nápoles pela terceira vez, a cidade chorou a mesma dor que nós, os torcedores brasileiros presentes na Copa do Mundo de 1990, vinhámos experimentando desde Turim, onde no Stadio delle Alpi, no dia 24 de junho, aos 34 minutos do segundo tempo daquela triste oitava de final, com um gol de Claudio Caniggia a Argentina eliminou o Brasil da Copa do Mundo de 1990.
Ah, o Maradona acabou com a nossa festa e com o meu juízo pois os duzentos e cinquenta “passageiros” pelos quais eu era responsável em solo italiano... entraram na mais profunda depressão!

Eu havia chegado à Itália no começo de junho, para atuar como um dos três coordenadores de um grupo de oitocentos torcedores brasileiros que desembarcariam no aeroporto de Malpensa em Milão no dia 6 de junho, dois dias antes da abertura da Copa, com suas bandeiras verde-amarelas, seus apitos e suas imensas esperanças.

imagem globoesporte.globo.com


Não fora aquele maldito e magistral passe de Maradona para Caniggia que resultara no malfadado gol, os brasileiros estariam em Nápoles na semifinal da Copa, para torcer valentemente pela Canarinha num jogo contra a Itália, felizes da vida e não mal-humorados como estavam os meus clientes, sistematicamente levando-me à loucura mansa de tanto traduzir-lhes os queixumes e as reclamações.

Mas os deuses do futebol não endossaram os planos brazucas e ali estávamos nós, apátridas, prestes a testemunhar o dilema do século. É que o chaveamento do campeonato também não poderia ter sido mais cruel com o coração dos napolitanos.

Pois quis o destino que a Azzura enfrentasse a Argentina em Nápoles, depois de uma campanha irretocável dos italianos, graças a uma defesa que não havia sofrido um gol sequer nas cinco partidas anteriores.

Sucede que o time adversário da Itália era liderado por Maradona, justamente o herói idolatrado pela torcida da casa. Maradona vivera os mais gloriosos dias de sua carreira vestindo a camisa do Napoli e a paixão dos napolitanos pelo argentino quase transcendeu o patriotismo.

A mídia dizia que os “napolitani” torceriam por Maradona no confronto com a Itália. Dom Diego, o rei de Nápoles, afirmava nas entrevistas polêmicas, que os napolitanos do sul eram tratados como estrangeiros dentro do seu próprio país e que, portanto, torceriam por ele.

Para você ter uma ideia do problema, em 1990 havia em Nápoles, a capela Maradona. É sério. Era um pequeno nicho numa parede dedicado a Diego Maradona, povoado por dezenas de velas em homenagem à estrela mais brilhante da cidade na década de 1980. Para os napolitanos o futebol é quase uma religião e o cara era praticamente uma divindade. Mais forte do que ISSO só mesmo o amor deles pelas pizzas!

No entanto, o sangue italiano falou mais alto do que o boquirroto argentino naquela tarde há vinte e seis anos. Os napolitanos não torceram por Maradona, mas as palavras abaixo em faixas e cartazes no campo e nas ruas, expressavam o sentimento de Nápoles, antes da Argentina e da Itália se enfrentarem.

"Desculpe Dieguito, nós te amamos, mas a Itália é a nossa pátria".

Aquele foi um dos jogos mais emocionantes que já assisti. O primeiro tempo foi dos italianos com um gol de Totò Schillaci. Entretanto, no segundo tempo, a Argentina se recuperou em campo e Caniggia conseguiu romper a invencibilidade do goleiro Zenga.
O empate persistiu na prorrogação e a decisão foi para os temidos pênaltis. A torcida napolitana rezou para que, só daquela vez, Maradona errasse o pênalti, mas ele marcou. Goycochea defendeu dois chutes de Donadoni e Serena e a Itália, a anfitriã e talvez a maior favorita ao título no início da competição, deu adeus ao tetracampeonato.

Maradona só choraria como os napolitanos e os brasileiros irmanados naquelas arquibancadas do Estádio de San Paolo, dias depois, em Roma.

Foi ali que comecei simpatizar de verdade com a cidade. Antes do jogo, tomáramos uns copos num bar nas imediações do mal cheiroso mercado de peixe Porta Nolana, sob um dos portões da muralha da cidade. Embora se pudesse comprar qualquer coisa ali de pacotes de meia a bolsas Prada falsas, os napolitanos, aos berros, por lá regateavam mesmo alguns dos melhores e mais frescos peixes e mariscos da Itália.

(imagem naporama.it)



 Em meio ao cheiro salgado do mar e às arengas incompreensíveis dos vendedores com os clientes – que vontade de gritar assim com os meus “turistas”! – barraca após barraca nos oferecia todo tipo de criatura do mar que se possa imaginar: enguias brilhantes, amêijoas esguichando, camarões gordos, grandes pedaços de peixe-espada, tiras de bacalhau salgado e lulas escuras e escorregadias.

Almoçamos ali perto e já não lembro do nome da friggitorie mas jamais vou esquecer as suas frituras mistas perfumadas, crocantes e inimitáveis. Nápoles era a capital dos fritos di mare e monte, porque as abobrinhas e berinjelas empanadas nada ficavam a dever aos camarões.

Viva a comida de rua!

Lembro da versatilidade dos palavrões, aperfeiçoados ao longo dos séculos, que rolavam soltos nas conversas nativas à minha volta e da caminhada noturna depois da derrota da Itália, através do centro histórico da cidade pela Spaccanapoli – literalmente a “quebra-napoles” - a rua que corta o centro histórico em dois, e que ganha vida quando escurece.
Naquela noite os napolitanos pareciam perfeitamente capazes de desfrutar a vida mesmo tendo o seu mundo futebolístico desmoronado horas antes. É que eles têm prática de superar catástrofes, pois afinal moram há milênios em cima de um vulcão.

Na manhã seguinte eu e a minha “tchurma” sorumbática embarcamos em ônibus com destino à cidadezinha de Chianciano Terme, entre o Val d’Orcia e a Valdichiana, as colinas de vinho de Montepulciano e a beleza renascentista de Pienza. Seria na Toscana, a duas horas de estrada de Roma, que o grupo se hospedaria por mais alguns dias até o final da Copa.
Deixando Nápoles para trás, eu pensei cá comigo que a cidade bem que merecia, da minha parte, uma nova chance, pois a verdade era que eu ainda não a conhecia mesmo tendo estado ali em três ocasiões diferentes. Decidi que eu voltaria a Nápoles muito em breve.

Quatro dias depois, a 8 de julho, no Stadio Olimpico de Roma, a Alemanha Ocidental de Lothar Matthäus e a Argentina de Maradona fizeram a revanche da Copa de 1986.

O Rei de Nápoles que era odiado pelos torcedores romanos por causa de sua vitoriosa atuação no Napoli, xingou a torcida ao entrar em campo, que reagiu vaiando o hino argentino. E nós ecoamos a incivilidade romana.
Aos 84 minutos, Klinsmann bateu uma falta próxima da área e, na sequência da jogada, Roberto Sensini - que havia entrado no segundo tempo - cometeu um pênalti para lá de duvidoso em Rudi Völer. O estádio romano veio abaixo de alegria e os brasileiros já roucos se abraçaram!
Maradona reclamou e a torcida idem e a uma só voz:

Stronzo, figlio di p@#$%&!

O nosso inimigo recebeu um cartão amarelo. Brehme bateu rasteiro no canto e Goycochea, desta vez, não pegou. A Alemanha se sagrou tricampeã do Mundo. Estávamos vingados.

No dia seguinte, exausto, eu me despedi de cada um dos duzentos e cinquenta celerados torcedores-turistas brasileiros para quem eu fora, dezoito horas por dia durante quatro semanas, uma mistura de coordenador, mapa, tradutor, guia turístico, comentarista de futebol, carteiro, telefonista, garçom, confessor, terapeuta ocupacional e – considerando o tamanho dos abraços de despedida que recebi - amigo de infância. Eu finalmente os embarquei – com a graça de Deus! – no aeroporto de Fiumicino, com destino à Pindorama.

Horas antes a minha mulher chegara do Brasil. No dia 10 de julho - quatro quilos mais magro apesar de ter comido pasta duas vezes ao dia por quase quarenta dias! - eu dormi quatorze horas seguidas. No dia 11 saímos de férias e desembarcamos em Nápoles, mais uma vez, para descobrir juntos e da forma certa os seus mistérios.

Mas essa vai ser outra “conversa”.



11 comentários:

  1. Monica Silva21/09/2016, 09:44

    Moacir , você é um bom contador de histórias. Adorei Nápoles mas me senti foi de novo garota e toda montada de verde e amarelo na casa de uma amiga para assistir o jogo Brasil x Argentina. Como chorei com a eliminação do Brasil e quanta raiva do Maradona. Não me envergonho de dizer que fiquei feliz quando ele foi cortado da Copa em 94. Maradona foi péssimo exemplo como atleta. Mas depois de esperar 4 longos anos e já na faculdade fui campeã do mundo depois daqueles penaltis. Que agonia!!! Quase morri do coração mas tenho saudade daquela emoção que hoje já não sinto mais nos jogos do Brasil.

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  2. Moacir, sua tristeza com a eliminação do Brasil em 90 me lembrou a minha e da Ana em 98, no dia da final estávamos em Marselha, a terra do Zidane, onde eu tinha ido apresentar um trabalho num congresso. Até os franceses, que já estavam satisfeitíssimos de terem chegado à final, esperavam que o campeão fosse o Brasil. Assistimos o jogo no salão do hotel, que não era turístico, junto com o gerente e alguns poucos hóspedes, e foi aquela incredulidade geral com o desenrolar da partida. E depois, Marselha inteira explodiu, enquanto nós tentávamos entender o que tinha acontecido...

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  3. Moacir, você é o nosso Forrest Gump. Lemos você, eu e os demais, estou certa disto, com o mesmo vivo interesse com que você nos narra suas histórias à moda italiana. Só faltam os xingamentos, as imprecações. Que, segundo me contam, são muitas e a qualquer hora. Não sei em que lugares, me parece que em todos eles.

    Meu irmão e a família desciam no trem Transalpino para Milão, quando um italiano atendeu o telefone e começou a discutir com (aparentemente era) a mulher. Troca daqui, troca de lá, ele encerrou a conversa em voz alta, abruptamente, com um 'va cagare', que, acho eu, é o mesmo que mandar alguém à M, embora, penso, seria mais engraçado se o verbo fosse esse mesmo, o que nos leva ao banheiro.

    Os filmes italianos nos divertem quando os italianos são como são. Já não me lembro qual foi o filme, tampouco o belo ator (acho que era em p&b e o ator usava terno). Ele está dançando, de repente a moça sente algum 'volume' da genitália masculina e ele nos faz rir quando diz, quase solene: "Modestamente'. Era Os Bons Companheiros? Sei lá. Sei que a irreverência italiana é um traço da 'bota' que me agrada muito.

    Meu bisa paterno, que não conheci, era italiano, relojoeiro, e tocava harmônica, além de ser um estudioso da vida, falava em epatas (epatas mesmo) e fazia uns cálculos muito interessantes sobre os dias melhores e piores para fazer qualquer coisa, a sangria entre essas tais coisas. Assim como, pela data de nascimento da pessoa, escrevia algo do tipo 'alguns desses dão para falar sozinhos'. Também fazia versos. Diz a família que, no final da vida, ele se alimentava tão pouco que comia em pires. Seu nome era Benjamim. E nasceu em Rotonda.

    Tenho uma foto dele de terno xadrezinho, miúdo mesmo, com uma espécie de boina e harmônica nas mãos.

    Dizem também que quando ele veio ao Rio e foi ver o prédio do Edifício A Noite, coçava o queixo e dizia "ora ora ora".

    Que pena não tê-lo conhecido, Moacir. Que pena.

    Ah, não sei se ele não dormia à noite, mas costumava abrir seu conserto de relógios apenas na parte da tarde. Meu pai aprendeu com ele o ofício, tão agradavelmente acompanhado por mim na cadeira ao lado, em meio a vidros de benzina e uns tantos balanços de relógios, que ele entregava limpinhos e certinhos. Foi o seu começo de vida.

    Meu pai tinha a verve dos italianos. Costumava dizer: 'Relógio que atrasa não adianta'.

    Ah: a avó italiana do Millôr (ele escreveu sobre ela) o adorava. Era Concetta di Nápoli (escrevi certo?), mas era de Gênova.

    Abraço, Moacir, eu me encanto com suas narrativas e fico imaginando suas peripécias de mochileiro. São os melhores viajantes, os mochileiros.
    Ofelia

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  4. Dulce Regina21/09/2016, 12:40

    Olá. Moacir. Chegou a hora de você falar do Sul da Nostra Itália que é bem diferente do norte. O povo italiano de lá são mais conservadores, tradicionais, espontâneos, grutões, falam alto e gesticulando além do palavreado feio ( ? ) . Vivenciei muito esse clima rústico itálico, nos almoços domingueiros na casa do meu sogro era uma delícia de farra comilança - cabrito, massas, beringelas, bifes saborosos feito por ele e com um molho que até hoje sinto o aroma e o sabor, cerveja, depois jogo de cartas, charutos. Ah ! Que saudade... Conheci muito pouco Nápolis, achei perigosa e muito cara. Andamos por Capri, Sorriento...passamos por Belvedere Marítimo- Calábria, que meu sogro saudava o " Mare Nostro " com toda razão pois é lindíssimo. Sobre os jogos mencionados não lembro dos detalhes, mas tenho certeza de uma coisa " não gosto do Maradona " , deve ser aquela birra do futebol com os argentinos . Parabenizo-lhe por caminhinhar com 250 turistas, Mamma Mia ! Haja fôlego, disposição e garganta. Gostaria muito de voltar com calma nesses arredores. Meu carinho e meu abraço para você, Dulce

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    1. Dulce Regina22/09/2016, 12:15

      Oooopppsssss.... Êta dedinhos nervosos... Glutões , delícia de tanta...,Nápoles. Escrita não combina com afazeres domésticos ...desculpa Moacir.

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    2. Moacir Pimentel22/09/2016, 13:52

      Dulce, nem me fale de erros de digitação que misteriosamente a gente só enxerga depois de postar. Quanto à Nápoles pretendo mostrar em próximos posts porque me tornei mais um no rol dos fãs da cidade. Um abraço agradecido pela atenção,o carinho e a leitura.

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  5. Imagino o quanto Nápoles não deve ser importante à Itália!

    Cidade portuária, dialeto próprio, uma comida típica e muito apreciada, um povo peculiar, os napolitanos ainda têm as suas canções maravilhosas, cantores e cantoras, seu folclore e até mesmo a sua máfia, a Camorra!

    Afora o time de futebol local ter tido um dos melhores ataques do mundo quando foi campeão italiano, com Careca (brasileiro) e Maradona!

    E os filmes italianos que tiveram Nápoles como locação?

    Casanova, de Fellini;
    Decameron;
    Pasqualino sete belezas.

    Afora as comédias com Sofia Loren e Marcelo Mastroianni, Gina Lollobrigida, Cláudia Cardinale, uma cidade internacional esta Nápoles!

    Parabéns, Pimentel, por mais este artigo que me fez viajar no tempo, e me lembrar de Nápoles e seus filmes, música e PIZZA!

    Um abraço.
    Saúde e Paz!

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  6. Flávia de Barros21/09/2016, 15:06

    Moacir,


    Nápoles é um enigma: ou se ama ou se odeia e vou esperar por mais 'conversas' para dar minha opinião sobre a cidade. Não entendo nada de futebol mas acho que a Copa mais sofrida que acompanhei ( pai, noivo, irmãos, cunhados, primos e amigos de coração partido) foi a de 1982. Ali muitos dos meus marmanjos choraram. Pelo que me lembro o que doeu tão fundo é que o time que jogou na Espanha era muito bom e merecia de verdade ser campeão do mundo. Tentei me lembrar onde eu assisti a derrota do Brasil em 90 e não consegui. Feliz de você que estava na Itália.


    Um abraço para você

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  7. Olá, Moacir
    É muito bom viajar com voce! Suas pretinhas têm cores, cheiros e sons!E acho que cabe muita gente na sua mochila. Nosso trato ainda está de pé?Até mais.

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  8. Moacir Pimentel22/09/2016, 13:36

    Mônica, só me senti campeão do Mundo , para valer , em 1970. Não me lembro da Copa de 58 - tinha 3 anos! - da de 62 tenho uma vaga recordação da voz do locutor saindo de um rádio imenso , em 94 ganhar nas penalidades teve um travo amargo e em 2002 não fiquei convencido.
    Wilson e Flávia, em 98 estávamos em Salvador , no velho hotel 4 Rodas, rodeados por hóspedes franceses que foram muito gentis com nossas chorosas crianças. Mas em 82 aquele jogo que perdemos para a Itália, no Estadi de Sarrià em Barcelona foi mesmo o maior dos socos no peito verde-amarelo. Aquela Seleção era extraordinária e nenhuma outra lhe chegou aos pés depois. Eu estava literalmente sozinho , nas terras altas do Sri Lanka , hospedado numa casa que alugava quartos a mochileiros . Tem mais : estava derrubado por uma gripe brava. Meus hospedeiros - uma família tamil - se compadeceu do meu sofrimento diante da pequena televisão p&b deles. Dias depois não entenderam nada quando me viram torcendo a plenos pulmões pela malvada Itália(rsrs)
    Ofélia, se você tiver tempo e paciência, vá ao arquivo do blog , creio que no mes de junho, e encontrará algumas da minhas andanças "mochileiras" pela Ásia. Quanto ao Forrest , fui mais esperto que ele : casei rapidinho com a minha Jenny. Ainda falarei por aqui da bela e musical língua italiana mas te adianto que de todos os impropérios o mais popular é o vaffanculo! De resto,sei que você, apesar de "distraída", sabe muito bem que esse seu comentário foi um belo e lírico post sobre a terra natal do seu bisa Benjamim.
    Bendl, é muito bom lê-lo por aqui e folgo em saber que apreciou a bela Nápoles porque desconfio que terá mais do mesmo para ler dentre em breve.
    Ana, promessa é dívida e na mochila sempre haverá espaço para mais uma esquina desconhecida do vasto mundo e mais outro caminhante amigo.
    Abraços para todos e muito obrigado

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  9. 1) Estou desde ontem, tentando "matutar" um comentário para este belo texto sobre a Itália: viagens, saborosidades, pessoas, turistas, futebol.

    2)Continuo matutando e parabenizando o Moacir por escrever muito bem e nos mostrar os lados belos da vida.

    3) Obrigadão !

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