imagem: Wikipedia |
Antonio Rocha
A
minha paixão pelos livros surgiu muito cedo, nasci e me criei em uma casa
cercada de livros por todos os lados, meus pais, kardecistas, colocaram nos
filhos o prazer das boas Letras.
Aos 21
anos, o primeiro trabalho com carteira assinada foi em uma gráfica, e assim ao
longo das décadas cultivei o Magistério com editoras, gráficas, agências de
publicidade, agências de notícias e afins.
Durante
11 anos trabalhei ligado ao âmbito editorial evangélico, eram progressistas,
sabiam que eu era budista. E foi com eles que aprendi essa mania das Letras
Grandes que tenho hoje.
Um dos
sucessos da poderosa indústria editorial protestante, pentecostal e
neopentecostal está no tamanho das letras de suas publicações. Eles fizeram
muitas pesquisas e perceberam que os fiéis gostavam de ler livros com letras
grandes, ou em linguagem gráfica de antigamente, letras em corpo 12 e até 14, e
hoje, tempos de web, fonte 12 e acima.
Tanto
assim o é que, nos anos 1990, quando começou o impressionante crescimento dos
Evangélicos, lançaram uma “Edição da Bíblia em Letras Grandes ”. É
um sucesso até hoje.
Na
minha ligação com o mundo dos livros, vez por outra, quando encontro livros com
letras “miúdas” como a população chama, escrevo aos editores sugerindo
aumentarem o corpo/fonte das composições.
Muitos
não me entendem. Me acham atrevido. E o meu intuito é só aumentar a produção
editorial, ajudar o mercado brasileiro ... meu lado Dom Quixote sonhador.
Observo que os programadores visuais de hoje são jovens, certamente não tem
problemas de visão e assim publicam com letras pequenas para valorizar o espaço
em branco em volta. Pode
até ficar bonito, mas não é prático e não vai cativar muito a massa de
leitores. Geralmente sugiro eles fazerem pesquisa.
Fico
feliz que as letras do blog do Maninho são grandes.
Por
exemplo, acabo de comprar um livro na área espiritualista: “Reflexões de Luz”,
da norte-americana Shakti Gawain, que já vendeu em todo o mundo, mais de 10
milhões de exemplares. Mas a editora Pensamento, faz a informação da obra em
fonte 6 e os demais textos em fonte 10, subtítulos melhoram, mas ... e daí?
Quem
gosta de “saborear” um livro, o vê como uma obra de arte, algo importantíssimo
em sua vida, e se é como eu, já passado dos 63 anos não adianta só colocar os
óculos ou as lentes, a letra grande faz uma diferença inimaginável.
Entendo
a questão das letrinhas, economiza-se no preço do papel que é caro, mas nem
todos vão se sentir atraídos pelo visual. Até porque, o grande mestre Confúcio,
na antiga China, já dizia que uma “imagem vale mais do que mil palavras”
A
imagem aqui, no caso, é a imagem das letras. Algumas correntes filosóficas do
Japão, mantém no Brasil a tradição de escreverem naqueles caracteres orientais.
Fazem até exposições dessa escrita, dessa “letrística” como se fossem obras de
arte, e de fato são, até emolduram as mesmas em simpáticos quadros.
Logo
que iniciei o meu primeiro blog recebi o recado de uma professora amiga, me
disse: “Mas nada de letrinha!”
Foi
uma lição que recebi na antiga Ediouro: “você tem que escrever para o público,
e não para você”. O público gosta de letras grandes.
Aproveito
para lhes falar de uma jovem editora brasileira que está publicando os livros
do médium budista japonês. Ryuho Okawa, ele já publicou em dezoito línguas mais
de cem milhões de exemplares, isso mesmo, recebeu até documento do Guiness Book
confirmando o fato. Okawa escreveu dois mil livros, como? Suas palestras, em
diversos países, são gravadas e transformadas em livros e material multimídia. É
um budismo do século XXI, chama-se Ciência da Felicidade ou Happy Science. Em
tempo: usam as tais letras grandes...
Antonio, se o nosso blog tem letras grandes é muito porque você foi quem um dia me alertou para isso. E ficou melhor. Obrigado.
ResponderExcluir1) Fico feliz de contemplar um texto com letras grandes e o público leitor também.
ResponderExcluir2) Outro dia uma editora espírita de SP me escreveu dizendo que ia fazer uma reprogramação visual para 2017, a partir do que eu sugeri.
3)A entrelinha também é importante e o blog do Mano tem um bom espaçamento, isto é, um bom entrelinhamento.
4) No geral, as grandes editoras brasileiras aumentaram o formato dos seus livros, o tamanho das letras e as entrelinhas.
5) Parabenizo este Blog do Mano, vai de vento em popa, as visitas ultrapassam a casa dos 35 mil.
Oi Antonio,
ResponderExcluirdessas letras, devo dizer a você que sempre tive implicância danada com as serifas. Cada um com suas manias, não é?
Abraço
Ofelia
1) Pois é Ofélia, certa feita um grande amigo escritor e publicitário (já falecido) me disse: "Livro sem serifa não vende".
ResponderExcluir2)Naquela época podia ser, mas hoje tenho notado que aceitam bem a letra "arial", que não tem serifa.
3) Como dizia o grande Camões: "Mudam-se os tempos..."
Não fui clara, Antonio. Não gosto de 'títulos' com serifas. No texto corrido tudo bem.
ResponderExcluirE desculpa o curto comentário. Meu pai gostava de letras grandes pra ler sem dificuldades.
Hoje acendi minha segunda vela virtual pra Nhá Chica.
Estou sob proteção. Amém.
Abraço
Ofelia
1) Oi Ofélia fique tranquila, eu também gosto de comentários "curtos" e assim eu posso curtir à vontade.
ResponderExcluir2)Tipo Haikay ... influência do meu lado Zen.