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Francisco Bendl
Casado há quase meio século, implicitamente eu e a esposa determinamos
nossos papeis desde o início, de modo que não surgissem com o tempo aquelas
reclamações costumeiras sobre falta de apoio aqui ou falta de auxílio ali.
A mim caberia ser o provedor, e eu que me virasse do avesso para dar
conta do recado de sustentar a família e, ela, as questões domésticas, apesar
de trabalhar também como professora estadual e concursada.
A bem da verdade havia naquela época funções definidas do casal, que
determinava ao marido apenas observar a esposa lavando, passando, cozinhando,
limpando a casa, cuidando dos filhos, enquanto o provedor descansava lendo o
jornal, assistindo TV (em preto e branco em telas minúsculas), ouvindo rádio ou
se distraindo jogando botão com amigos, e volta e meia indo ao estádio ver o
seu time jogar, naturalmente acompanhado por outros maridos que torcessem pela
mesma equipe.
Estipulamos, assim, a quem cabia o quê, sem resmungos ou muxoxos.
Portanto, confesso que jamais lavei louça ou a sequei, nunca lavei
roupa, muito menos limpei a casa ou lavei o banheiro, quanto mais trocar uma
fralda, tanto porque não eram minhas atribuições quanto eu mesmo me definia
como inábil para essas funções caseiras.
Igualmente não me interessei em aprender a cozinhar, sendo que para
fazer um ovo cozido não sei ligar o fogão e muito menos sei o tempo que deve
ficar ao fogo.
Churrasco, não. Churrasco faz o provedor, que escolhe e compra a carne,
o carvão, sal grosso, um salsichão especial... esta tarefa é masculina por
excelência!
Se foi correto estabelecermos este acordo, o tempo que estamos juntos
atesta que deu certo, uma espécie de definirmos o que seria de competência da
mulher e da obrigação do homem, sem apelos ou pedidos de mudanças, lá pelas
tantas.
Seis, sete anos atrás, a minha esposa foi solicitada por uma sobrinha
que temos e que reside em São Paulo, para auxiliá-la no parto de seu terceiro
filho.
A mãe já havia falecido, e a intimidade e aproximação entre a “dinda” e
afilhada é algo próprio, um vínculo poderoso, mágico.
E me vi repentinamente sem a esposa em casa após tantos anos, sensação
que me deixou alegre, em princípio, pois eu poderia fazer o que quisesse neste
tempo, cerca de vinte a vinte e cinco dias que ela estaria fora, sem que eu
fosse criticado pelo que comeria ou que horas dormiria ou quando deixaria de
ver TV... aquelas costumeiras reclamações que a esposa faz porque já fazem
parte do cotidiano do casal.
Sem saber cozinhar, evidentemente que estabeleci um cardápio para pedir
por telefone o que eu iria jantar, pois almoçar invariavelmente eu ia para um
restaurante ou churrascaria.
Após alguns dias de “liberdade”, passei a ter problemas ocasionais.
A pilha de embalagens de pizzas era enorme. Não havia mais onde
colocá-las. Mesas, balcões, pias, lotadas dessas caixas arredondadas, de
papelão.
Certa feita, altas horas da noite, acordei com sons que imitavam
pequenas serras. Levantei de pé em pé, e chegando ao local do barulho fui
recebido por uma comissão de frente de... baratas!
Protestavam que pizza de calabresa elas não suportavam mais, que eu
trocasse por outros sabores!
Outra medida que tive de tomar foi lacrar o banheiro para a minha própria
segurança, depois de dias sendo usado!
Nada complicado, pois a casa tem mais banheiros, então a solução foi
automática para eu utilizar o social.
No entanto, dia seguinte, a cozinha me apresentou uma certa dificuldade.
Eu disse que jamais lavei uma louça ou a sequei, assim, com o uso diário de
pratos e talheres, a pia estava abarrotada, e não havia mais espaço para um
pires ou um garfo.
A ideia que tive como solução foi brilhante: eu usaria a embalagem como
prato, simples, pois talheres havia em quantidade.
Também escrevi que nunca lavei uma roupa. Tanto em tanque, quanto depois
através de maquinas de lavar.
A conclusão que eu teria de enfrentar outro desafio era justamente sobre
a roupa que deveria ser lavada, principalmente a íntima, isso mesmo, as cuecas,
e depois as camisas.
Ao cabo de alguns dias e sem que eu lavasse “os trajes íntimos”,
verifiquei que eu não tinha mais a tal roupa de baixo. Novamente a ideia foi
genial para resolver esse impasse:
Comprei uma dúzia de cuecas e seis camisas!
Conforme eu encontrava saídas para os problemas diários, evidentemente
em outros locais eu agravava a situação, e desta vez era a lavanderia!
A casa onde moro é grande. Construída em cima de dois terrenos é ampla,
com duas garagens, três quartos, três banheiros, sala, sala de jantar, cozinha,
e sacada porque é um sobrado.
Na parte dos fundos, um salão de festas. Churrasqueira para vinte
pessoas, mais um dormitório, outro banheiro (quatro) e a lavanderia.
A cidade é pequena, interior do Rio Grande do Sul. Se eu residisse nesta
casa na capital, eu pagaria de nove a doze mil reais por mês. Nesta aprazível
localidade, calma, bucólica, com quinze mil habitantes, pago um aluguel de R$
1.100,00 mensais (se quiserem ver os recibos estão à disposição)!
Bom, eu escrevia sobre a lavanderia, que depois de duas semanas estava
apinhada de roupa suja, a ponto que o tanque, secadora e máquina não se viam
mais, e fechar a porta só com muito esforço!
Mais uma vez a solução que encontrei foi maravilhosa:
A garagem, que fica no andar inferior!
Questões resolvidas, comecei a pedir cheeseburguer com batatas fritas.
Embalagens diferentes das pizzas, menores, e porque eu estava esperto em
resolver os invólucros de papelão, passei a usar as sacolas de plástico onde
eram entregues este novo alimento, e colocá-los na lata de lixo.
Com o tempo, esses reservatórios também foram esgotados, e passei a
colocar as caixinhas vazias ao lado, dando início a uma pirâmide de embalagens!
Foi desta forma que percebi os dois hóspedes que temos, dois gatos
machos, cujos nomes dados pela esposa são Muti e Pepito, que de tão gordos não
caçavam mais ratos!
Nunca tivemos esses roedores, no entanto, foi em um domingo à tarde,
silêncio na rua, em casa, eu estava lendo, os felinos dormindo e roncando –
gato ronca! – que contei dois minutos do rabo de um rato que descobrira o
paraíso!
O roedor era um tiranossauro rex, que amedrontava inclusive os gatos
acostumados a célebres embates com outros felinos em busca de um coração
feminino, de uma gata!
Vinte dias depois de a Marli estar fora, comecei a me queixar da sua
ausência nos telefonemas que trocávamos diariamente.
Apesar de sempre me perguntar como estava a casa, se eu não a estava bagunçando
em demasia, se pelo menos eu lavava o que sujava – as perguntas de sempre -,
claro que eu respondia estar tudo bem, dentro dos conformes, mesmo antevendo no
horizonte que se aproximava ter sérios combates conjugais quando a esposa
entrasse em casa ou, melhor, quando conseguisse entrar em casa!
Achei que tentar arrumar qualquer peça da residência seria pior que eu
deixá-la no “original”, ou seja, imunda e fedendo, às vésperas da sua
chegada!
No dia que desembarcou em Porto Alegre fui buscá-la no aeroporto, a 100
km de onde moramos, e seria durante o trajeto que eu comentaria “de passagem”
que a casa precisaria uma diarista, mesmo com os meus “esforços” no sentido de
deixá-la conforme prometido e solicitado.
Tudo bem. A saudade que tínhamos um do outro suplantava qualquer
entrevero doméstico.
Porém, quanto mais eu me aproximava de onde moramos, a Marli notava que
algo havia de diferente.
Eu disse anteriormente que o sobrado está alicerçado em dois terrenos.
No que está vago há duas laranjeiras, uma bergamoteira (mixirica), um limoeiro,
que eu e ela plantamos, duas enormes caneleiras, e jardins que circundam os
muros. Portanto, existem pássaros de vários tipos e tamanhos.
Pois a esposa notara que não voavam pardais, bem-te-vis, andorinhas, mas
enormes e pançudos urubus!
Percebi que ela me olhou de soslaio, e notei que eu teria problemas
graves quando ela tamborilou os dedos no painel do carro e exclamou:
-Chico, não me importo de limpar a TUA sujeira,
mas quero ver como farei com a vergonha que terei dos vizinhos!
O grito que ela deu quando entrou na sala se ouviu no hospital da
cidade, local onde quase fui parar até ela interromper a sequência de fogo
aéreo em cima de mim com as caixas e embalagens de pizzas, cheeseburguer,
garrafas pet, talheres - menos os pratos, pois se quebrassem aumentaria a
imundície!
Outro estado de choque e pânico que ela sofreu foi quando se dirigiu à
lavanderia!
Ao olhar aquela montanha de cuecas sujas, toalhas de banho – consegui a
proeza de usar todas que havia de banho e rosto! - toalhas de mesa, camisas,
calças, meias, panos de prato - também esgotei o estoque! - panos da casa, ela
bateu a porta e disse que naquela casa não ficava!
A muito custo e promessas consegui convencê-la que a baderna derivava da
minha inabilidade porque sempre ela me tratou muito bem, e da saudade que me
torturava o espírito, então em sinal de protesto, a sujeira!
Permaneci sem poder me dirigir à digníssima por vários dias. De nada
adiantavam as flores, renovações de juras de amor... nada.
Naquelas alturas, morto por ter cão, morto por não tê-lo, declaro a
minha independência e importância quando aleguei que ela me devia
agradecimentos pela excelente dona de casa que se transformara, pois se não
tivéssemos estabelecido os papeis de cada um, ela teria encontrado uma casa
limpa e cheirosa, mas quem seria EU?!
Ora bolas, os casamentos de hoje – eu seguia firme no meu discurso – se
baseiam na condição de a mulher ao se casar, querer que o marido seja ao mesmo
tempo uma dona de casa e, o homem, que a esposa seja provedor!
- JAMAIS – eu vociferava – eu colocaria um avental ou me flagrariam com
pano de prato nas mãos secando louça, pois era uma ofensa aos brios e orgulho
daquele que tinha como responsabilidade o teto, os alimentos, as vestimentas,
os remédios, a segurança e o bem-estar da família!
Desta forma, a minha esposa casara com um homem, pouco importando se ainda
troglodita e conservador, mas um homem!
Do alto da sua sabedoria e porque a casa estava limpa, ela me olhou com
o canto do olho, deu de ombros, dando a entender que o meu proselitismo
machista de pouco servira, mas à noite começamos a conversar e rir da maneira
como ela encontrou os cômodos da residência a partir do momento que entrava em
cada um deles!
Ao enaltecer que ela era prendada, na razão inversamente proporcional à
minha inutilidade neste aspecto, e mais uma vez fortalecer a sua capacidade
feminina, materna, profissional e de esposa na organização do lar, puxei um
pouco a brasa para o meu assado, querendo fazê-la entender que eu tinha meus
méritos quando ela aceitou este pacto, que a fizera crescer, ser mais
importante que imaginava, e ter em mim um dependente para sempre!
Deitados, e antes que ela dormisse, exclamei alto e em bom som
acariciando-lhe o ombro direito:
- O AMOR É LINDO!
O safanão que levei quase me tira da cama e me faz estatelar no chão!
1)Bela crônica Bendl, volte sempre e escreva-nos.
ResponderExcluir2)Minha mãe, desde criança me ensinou a dar laços nos sapatos, costurar botões nas camisas e fazer a bainha das calças, ela explicava que se acontecesse uma guerra eu já saberia me virar e aprendi a fazer algumas coisas na casa:encerar o taco com aquele antigo escovão manual (não tínhamos enceradeira), lavar a cozinha, banheiro etc.
3)Aos 18 fui morar sozinho e aprendi a fazer tudo: o Zen-Budismo tem um ensinamento assim:"A coisa mais espiritual a ser feita antes da meditação é limpar o local onde se vai meditar".
4)Os seres de Luz: espíritos, anjos adoram locais limpos e com o cheiro bom dos incensos.
5)Existe um livro ótimo: "Manual de Limpeza de um Monge Budista", do japonês Keisuke Matsumoto, editora Planeta, 2015 que fala sobre a Arte de Cuidar da Casa. E começa contando que um discípulo de Buda atingiu o Estado de Iluminação varrendo o quintal...
6) Boa semana da todos (as). Wilson... pronto restabelecimento aí rapidinho !
Meu caro amigo Rocha,
ExcluirAinda bem que não sou budista(rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsr)!
Brincadeiras à parte, deves ter percebido que o relato não era para enaltecer a preguiça e o relaxamento do Chico, mas a união do casal mesmo em situações que as mulheres abominam, a sujeira!
Por outro lado, uma casa bagunçada é menos grave - muito menos grave! - que as mulheres se sujeitarem a verdadeiras bestas humanas, que as agridem, ofendem, tratam-nas mal, possuem várias amantes ... é contra este tipo de marido violento, e não daquele que deixa a ordem da casa de lado, mas tem paixões pela esposa que quero caracterizar!
Vê bem, não defender, mas caracterizar, dar-lhe forma.
Grato pelo texto e informações.
Um forte abraço, meu amigo.
Saúde e Paz!
Olá, Antônio. Acredito que a questão dos espíritos e anjos gostarem de lugares limpos, tem a ver com manutenção da nossa aura. Uma aura iluminada, cheirosa e com pensamentos positivos atraem pessoas e coisas boas e assim sentimos necessidade de estar em ambientes claros, limpos e cercados pela narureza acho que isso é cientifico. Mamãe falava sempre para os nove filhos : " um lugar para cada coisa, cada coisa em seu lugar ". Já pensou a bagunça que seria se assim não fosse ? Uma torre de Babel... E sim...você fez me lembrar do escovão de encerar. Muito bom essa troca entre nós...Abraços
ExcluirSério??? Comigo seria o ultimato do divórcio, e podia ficar com a casa da maneira que estava... Se fosse o último homem da terra, eu ficaria solteira de bom grado.
ResponderExcluirMonica,
ExcluirA ideia do texto foi mesmo de observar a reação das mulheres com relação a este tipo de "marido" ou companheiro, como queiras.
Na verdade eles existem, e em muito maior quantidade que podes imaginar.
Quanto ao "ultimato do divórcio", por favor, Monica, respeitosamente não acredito que deixarias de lado o amor da tua vida porque o cara é "meio" relaxado!
Acho que um homem negligente ou que não colabora com a esposa quanto aos afazes domésticos é muito melhor tê-lo do que um bêbado ou agressivo, que enche a mulher de sopapos ou que tenha uma coleção de "elas".
Grato pelo comentário, Monica, mas deixa de ser tão radical com os "cascões".
Um forte abraço.
Saúde e Paz!
Francisco, não sou de 'debater' em sites.
ExcluirComo ia adivinhar que seu artigo era ficção para testar as reações femininas?
Mas se você quer mesmo saber a opinião de uma mulher de quarenta anos, profissional liberal-divorciada-mãe-dona-do-nariz dela sobre o 'companheiro' imaginário que você falou, é que nenhuma mulher da minha geração em pleno uso de suas faculdades mentais precisaria escolher entre o cascão ou um alcoólatra, um adúltero ou um espancador de mulheres.
Que tipo de debate é esse? Seu argumento é inepto. Quero um homem se a vida dividida for melhor com ele. Caso contrário dispenso. Melhor sozinha. Amo a mim mesma e a quem me faz bem. Me dou valor. O resto é doença. 'Amor' as vezes não quer dizer nada. Pode ser uma palavra vazia. Não me sentiria 'amada' se após 20 dias de labuta cuidando de um bebê recém nascido e uma parturiente tivesse que espantar baratas e ratos da minha casa e limpar a sujeira de outro bebezão incapaz de cuidar de si mesmo e dependente.
Se você tinha dinheiro para refazer o guarda roupa de cuecas e camisas não teria sido mais simples levar a roupa suja para a lavanderia ou contratar uma faxineira? E no seu planeta tem saco e coleta de lixo? Macheza não é uma coisa que se perde ligando um fogão ou através da utilização de água e sabão. Eu comecei perguntando Sério??? Termino do mesmo jeito. Fala sério! Acho que você está tirando um sarro da nossa cara. Só pode ser piada. Desculpe, mas é a minha opinião.
Saudações femininas.
Oi, Monica. Com idade para ser sua mãe, quero dizer-lhe que ADOREI !!! sua resposta. E olha, não sou feminista... sou sim, feminina e defensora de um relacionamento fraterno e respeitoso em qualquer esfera humana. Beijos
ExcluirOlá, Francisco. Fui lendo sua narrativa e imaginando tudo...esperando que ao final, você tivesse a lição merecida e compreendida...mas, qual não foi minha surpresa ! Você fala para a SANTA Marli : " o amor é lindo ! "... Sabe ? Tenho também 49 anos de casada e aqui em casa não funciona assim não... No inicio do casamento ele viajava muito,mas depois um ajudava o outro...até porque Chico, temos que pensar nas horas dificieis...já operei a coluna cervical, em 92, e a lombar ano passado, ai de mim se não fosse meu fiel companheiro..tive ajuda de minha irmã e da secretária, mas ele foi fundamental na minha recuperação...não faz todas as tarefas mas se vira em algumas e me auxilia muito. Limpa as pratarias como ninguém ...e faz o café da manhã todos os dias. Penso sempre : " e, se um dia eu faltar ? "... Hoje em dia vejo meus filhos colaborando muito com as esposas e acho fundamental essa troca. E quando os trabalhos são executados à dois, ao fim e a cabo...é uma delicia a recompensa . Pense nisso, meu amigo e verá que enxugar uma louça lavada por ela, os dois juntos na cozinha conversando, é muito bom. Feliz de ver seu retorno, com suas pretinhas surpreendentes e fantásticas. Abraço para você e dois para a Marli, pois ela merece....Rsrsrs
ResponderExcluirMinha querida Dulce,
ExcluirA minha intenção foi divertir, ao mesmo tempo que eu imaginava que teria vozes poderosas contra este tipo de marido, o relaxado!
Agora, falando sério, duvido que um esposo ou companheiro não deixe a desejar na limpeza da casa na ausência da esposa, e quando ela retorna o lar está meio bagunçado.
Foi com este espírito de deixar de lado mesmo aquilo que tanto incomoda as mulheres, a baderna, para abordar as situações onde ela deve se impor com força e vigor - os maus tratos - que escrevi esta crônica e levando em conta um certo humor!
Observa que o final escolhido foi que a união deve permanecer entre o casal, mesmo que o cônjuge tenha decepcionado a esposa no quesito "faxina", mas o amor ainda os une, os aproxima, e não serão os cômodos sujos e uma enorme quantidade de roupas para lavar os empecilhos de um casal brigar prá valer!
Tá bem, viver com um cara assim não é sopa, mas e os homens que batem nas mulheres, que são bêbados e quando voltam para casa enchem a coitada de socos e pontapés?
E, Dulce, existem as mulheres que dão o fora desta relação, óbvio, mas muitas permanecem ao lado desses canalhas!
Ora, uma "sujeirinha" aqui e outra acolá, decididamente acho que até serve como tempero na relação, mas não pode sobrepujar
o bem-estar de ambos, ainda mais se esta união os contenta, deixa-os felizes, seguros, satisfatória, de ambos se completarem e se darem bem intimamente.
Quanto a secarem a louça juntos ou lavarem os pratos e talheres - QUE MARIDO É ESTE QUE NÃO COMPRA UMA MÁQUINA DE LAVAR E SECAR LOUÇA para a amada esposa!??!
Um abraço, minha querida Dulce.
Grato pelo importante comentário.
Saúde e Paz!
Oi Francisco. Não sei que marido é esse...mas posso garantir-lhe que tenho na minha casa máquina de lavar louça. A louça que quis dizer é aquelas duas xícaras do café, as duas colherinhas e mais alguns copos...e veja só, ele não bebe, é tranquilo , bom marido, pai e avô. Espero mesmo Chico, que sua crônica tenha sido para ver a reação das mulheres, se foi, aqui vc teve várias posições.. E um VIVA para o casal lindo...
ExcluirBendl,
ResponderExcluirvocê me divertiu tanto, seo... seo... porcalhão, rsrsrs...
Nem todos os machos são assim. Meu ex cuidava bem do ambiente. Eu e ele passávamos aspirador na casa quando era folga da ajudante doméstica. Seu único defeito era botar as guimbas do cigarro na plantas.
Cada um constrói e vive a sua felicidade do jeito que ela se apresenta.
Como ensinava meu professor, 'resolvam a prova do jeito que ela se apresenta, deixando para o final as questões que não sabe resolver'.
Que sua F E L I C I D A D E só aumente. Sua SAÚDE e BOM HUMOR também.
VIVA VOCÊ!
Abraço
Ofelia
Minha querida Ofélia,
ExcluirObrigado pelas boas-vindas e comentário.
Certamente leste as respostas publicadas acima, que explicam a intenção da crônica, divertir e colher a impressão das mulheres quanto a este comportamento do homem, o relaxado, negligente, mas companheiro, responsável, provedor.
Evidente que se eu fosse assim, a Marli teria me deixado após uma semana de casados, e não depois de 40, época que ela viajou mesmo para SP.
Eu pintei o episódio com cores mais berrantes, de modo que vocês lessem algo leve e ao mesmo tempo provocativo, e ver a reação conforme a tolerância com relação ao marido, até onde as mulheres suportam conviver com alguém.
Curioso, minha cara Ofélia, que leio o textos que invariavelmente me colocam no inferno, mas não constatei comentário algum quanto ao marido agressivo, violento, que humilha a mulher, que a submete aos seus caprichos e se sente dono daquele ser humano!
Mais a mais, considerando a crônica como se verdadeira fosse, eu tomava banho diariamente, trocava a roupa "íntima" também todos os dias, e como não fumo e não bebo, somente havia embalagens de papelão espalhadas pela casa, pratos e talheres sujos e a lavanderia onde havia roupa espalhada para ser lavada!
Não saí, não fui para as baladas, não me aboletei em bares, não namorei ou busquei a companhia de outras mulheres, apenas fiquei em casa!
Em outras palavras:
A mulher quer ter um homem prendado ao lado, e quando ela se ausenta, ele joga água fora da bacia como nenê tomando banho ou um meio "porcalhão", mas fiel, apaixonado, decente, correto, amoroso, e trabalhador?!
Ou um cara limpíssimo, que tem ojeriza à sujeira, quer tudo no lugar e em ordem, o chão espelhando, sem pó, a pia da cozinha um espetáculo, mas não traz a menor confiança à esposa porque um mulherengo?!
E com este safado ela fica, mas com o Chico, a Monica quer o divórcio, conforme ela escreveu no seu comentário?!
Ofélia, minha querida amiga, uma das minhas intenções foi exatamente esta, de nos conscientizarmos de que não há ser humano perfeito, e como muito bem argumentaste, que cada um construa a sua felicidade do jeito como ela se apresenta.
Ou, como diz a célebre canção:
Antes mal acompanhado do que só!
Ofélia, muito obrigado pela resposta.
Um abraço do meu tamanho e ... cheiroso.
Saúde, muita saúde.
Francisco Bendl...você se superou! Como superou qualquer idéia que eu pudesse fazer de um homem em ""sursis", no seu caso, liberdade selvagem!
ResponderExcluirQuando o seu post chegou, o Mano me chamou dizendo que valia a pena eu largar o que estivesse fazendo para lê-lo. Quando comecei a leitura, disse para o Mano, Parece com você, e ele respondeu rindo, Continua a ler, continua. Perguntei, Piora?, e ele, Continua, continua... Rimos demais. E para concluir, sua mulher ama você muito, muito mesmo!
Só por curiosidade: depois disso ela já viajou de novo?
Muito boa a sua volta!
Até mais.
Ana, minha cara amiga,
ExcluirDe fato, o amor que sentimos um pelo outro atravessa o tempo, incólume, forte, vivíssimo.
Claro que carreguei nas cores do artigo, querendo ver até onde vai a reação das mulheres com o marido que faz um estardalhaço desses a cada trinta, quarenta anos!
Noto que as críticas não observaram o comportamento do "porcalhão", mas o condenaram sumariamente, sendo o divórcio a pena mais branda!
Imagina, Aninha, se eu relatasse o homem festeiro, aquele que sai para a noite quase diariamente, que bebe, trai a mulher, gasta dinheiro em bares e com amigos, mas nega uns trocados para o filho e, ainda por cima, cai de pau na esposa!
O pobre do Chicão fez uma festa sozinho, sem exageros, sem álcool, sem amigos e amigas como convidados, e não teve sequer perdão pela bagunça que facilmente seria depois limpa?!
Esta é a colocação que elaborei para debate, Ana, uma espécie de escala de valores, onde vocês escreveriam o intolerável e o suportável, e diante desta lista uma discussão interessante.
A Marli não gostou do texto, alegando que vocês poderiam considerá-la uma idiota. Claro que não, retruquei, pois a questão é que cotidianamente eu jamais fiz lambança, não é o meu jeito de ser, apenas me deixei levar pela ausência dela e não me preocupar com a limpeza, somente isso e, através de um episódio de ficção!
Tô gostando das respostas até o momento.
Tomara que tenhamos mais opiniões a respeito, e eu possa não só defender o Chicão, mas apresentar uma série de situações diversas que, a meu ver, seriam bem mais graves que uma casa suja a cada quatro décadas!
Ana, um abraço forte e fraterno.
Certamente o Wilson é um marido exemplar, mas já o deixaste sozinho por umas semanas, eim?!
Não vais me dizer que encontraste a casa um brinco, né?!
Brincadeiras à parte, muita saúde prá ti e teus amados.
Olá Francisco Bendl,
ExcluirPois é , ja viajei sim deixando o Mano livre e solto. Aposto que ele também teve seus sentimentos de alforria... Mas nunca por um mes.
Lógico que a casa nunca estava um brinco, longe disso,mas sempre tinha pão fresco me esperando . Cestos de roupa suja cheios até e por cima da tampa, cama arrumada às pressas, para dar boa impressāo, certamente, e tudo fora de lugar na cozinha!
E até hoje a criatura não sabe usar máquina de lavar roupa e a lavalouça. So a secadora....Ferro elétrico ele nem sabe o que é, e agullha e linha ele sabe que espeta. Gosta muito de botões quando bem presos nos seus devidos lugares.
Viu porque no começo do seu texto eu achei voces parecidos?
Saúde para nós todos.
Só posso dizer em minha defesa que ao menos eu arrumo a cozinha sem usar a máquina de lavar louça :)
ExcluirTá vendo, Ana, tá vendo??!!
ExcluirNós, da "velha guarda", que ainda temos resquícios dos tempos de antanho, temos consciência do papel de cada um dentro de casa (vou parar por aqui, Ana, sem encompridar mais o assunto).
Wilson, meu caro, um forte abraço prá ti e esta esposa admirável, que tens ao teu lado.
Somos mesmo abençoados, a ponto de eu começar a entender que recebemos essa Graça divina porque CADA UM NA SUA!!!
Saúde e Paz, meus caros amigos, Ana e Wilson.
PS para o Bendl:
ResponderExcluirmeu apê ainda não tem roedores e as embalagens vão quase direto pra lixeira no meu andar. Mas a casa anda bagunçada porque não tenho vontade de.
Hoje fui esquentar a sopa que trouxe ontem à noite pra casa(e da qual havia esquecido, assim como tinha esquecido que hoje era segunda-feira (mas eu recupero essas memórias, por exemplo, a atriz que falava 'ele entende de tudo', como postei na TI, era a Bibi Vogel).
Também faço minhas baguncinhas (nada comparado a você, rsrsrs) quando o desânimo me invade, e ele tem me invadido um bocado.
Toda vez que eu encontrar as coisas fora do lugar (e prometem ser muitas) vou me lembrar de você e deste seu texto tão engraçado.
Você só não disse se usou também as cuecas do outro lado. Conheci um assim, rsrs...
Bem-aventurados os Bendl porque eles nos mostram que bom que é partilhar o que vivemos e sentimos com graça.
Saúde, Bendl. A paz você encontrou faz tempo. Não, nada de brigar com o Congresso, rsrs.
Abraços
Ofelia
Bem-aventurada a minha querida Ofélia porque faz deste reino de Deus um mundo melhor para se viver!
ExcluirPorém, do alto da minha independência e machismo, sim, acho que não vou te obedecer quanto a deixar de brigar com os parlamentares.
Deves considerar que meu espírito ainda mantém vínculos poderosos com a Era Jurássica, onde o que menos havia era ... diálogo!
Ofélia, uma excelente terça-feira.
Abraço forte, apertado, respeitoso, claro.
Saúde e Paz prá ti e teus queridos.
Chicão, esse seu texto é muuuuuito bom, admiravelmente bem escrito, divertidíssimo da primeira a última linha.Pa-ra-béns!
ResponderExcluirPra começo de conversa , me diverti com o relato do Antônio pois também morei só desde muito novo e,sem mãe por perto,também me virava com bainhas e botões e teve uma vez que , sem poder achar a tesoura de cortar unha, fiz mal e porcamente uma bainha de mais de um palmo numa calça branca e todo contente fui para uma festa, onde uma garota me perguntou se, aos vinte anos, eu ainda esperava crescer tanto assim.(rsrs)
Em segundo lugar, sim ,quando sozinho em casa - e isto era rotina até pouco tempo atrás - nos primeiros dias sem minha mulher patrulhando a taba, eu curtia cada minuto de liberdade, mas não tocava tambor, uivava para a lua, batia no peito,comia com as mãos ou experimentava outras transgressões selvagens mais graves do que deixar sapato na sala, camisa no sofá, cueca pendurada na maçaneta e comer carne vermelha todo dia. Sucede que - pode ser neurose! - eu não consigo funcionar muito bem no meio de bagunça e , aos poucos , saía recolhendo meus pertences e terminava dando de beber às plantas dela na varanda.
Estou deveras surpreendido que apenas uma das nossas leitoras tenha se manifestado veementemente contrária a esse seu relato das cavernas, nas quais os machos alfas,cientes de sua importância na tribo, não colocam o fogão e a máquina de lavar para funcionar.Coisas que o resto de nós, pobres bípedes desorientados em busca de uma nova identidade - homem do novo milênio! - estamos carecas de fazer. Para não falar das cafeteiras!
Aí , no Rio Grande, deve ter passado batido a vocês um episódio que entrou para a história como “a queima dos sutiãs”. Acredite, depois dele,que tristeza, no resto do planeta, os caras tiveram que começar a ajudar as senhoras a lavar louça e a trocar fraldas.
Fazer o quê?
Da revolução nasceu um novo homem: companheiro, capaz de discutir a relação sempre que necessário, de dormir de "conchinha" - sem sexo! - de tirar a mesa, de fazer desaparecer o lixo e de acalmar metade das crianças.
Ficou legal o arranjo - elas pagam metade das contas! - mas nos últimos tempos já estão reclamando de novo. Por que? Óbvio: elas conquistaram o espaço delas mas dele o homem sumiu. Confuso, o coitado escafedeu-se. Foi pescar com o cachorro. Pudera! É que o pobre coitado para quem a combinação macho/fêmea continua insuperável, acha esquisito aquelas nórdicas raivosas e peladas pregando, em praça pública, a extinção generalizada e definitiva da espécie masculina, sem exceções. Homem bom é homem morto. Cruz Credo! Isso é desmotivante e disfuncional pra relação e provoca crises de identidade! (rsrs)
A batalha entre os gêneros virou zona, ficou chata e com tanta falação tem assim ... ó...de colegas nossos que , no fundo, estão nostálgicos dos tempos pré-históricos, simples, românticos e bucólicos,quando o homem caçava mamute,a mulher cozinhava mamute , o homem e a mulher comiam mamute juntos e felizes na caverna que ela limpava sozinha, que nem , milagrosamente, vocês ainda fazem - e aparentemente muito bem! - aí em Rolante.O amor é lindo! Que felicidade!
Então , meu amigo, acho que você não está entendendo : não mais se fazem Donas Marlis! Aliás a sua esposa deve ser a última das moicanas. Portanto, Chicão, erga as mãos para os céus e agradeça a toda a galera santíssima e trate a sua prenda muito bem enquanto escreve magistralmente e nos diverte tanto por aqui.
Abração
Caríssimo Pimentel,
ExcluirApesar de seres um dissidente - és um homem "prendado" -, compreendeste muito bem a posição defendida por mim com galhardia!
Ou mantemos nossos espaços intactos, haja vista elas os terem tomados quase que na totalidade ou, então, a moda para os homens será lenço na cabeça, avental e saia curta!!!
Chê, tudo tem limite, e os tais afazeres domésticos estão fora deste balizamento que elas conseguiram nos colocar dentro, diante de suas espertezas, armadilhas e sensualidade!
Duvido que um Homem (isto mesmo, com agá maiúsculo) não faça uma faxina na casa como ninguém se, lá pelas tantas, essa tarefa não estiver atrelada a ... sexo!
Ou limpa ou ...
Mas aí é chantagem, e a "necessidade" não possibilita barganha, então elas deitam e rolam com as nossas dependências tanto íntimas quanto ao bom andamento da casa.
Mas assim não vale, razão pela qual o casal deve estipular as obrigações de cada um antes, e não a mulher querer alterar as regras (do jogo) durante a contenda, que foi o que elas fizeram quando "inventaram" essa história de igualdade, liberdade feminina, e outros quetais.
Imagina um homem no passado com uma vassoura na mão!?
Ou trocando fraldas?!
Pior:
LAVANDO ROUPA!
Pimentel, nós, os homens, inventamos as máquinas para quê?!
Máquina de lavar roupa, de lavar louça, secadoras de roupa e louça, microondas, batedeira, liquidificador, fornos elétricos, fogões duas, quatro seis, oito bocas ... panelas elétricas, frigideiras que se cozinha sem óleo, assadeiras ... JUSTAMENTE para que não nos exigissem essa tal de participação doméstica, ora!
Não, não, não, definitivamente não!
Ao homem o que é do homem:
O descanso, os pés na mesa da sala, aquela pequena, vasilhame de pipoca espalhado, copos pelo chão, jornal em desordem, e os controles da TV, DVD, dos canais em circuito fechado, NO SEU PEITO!
Ah, e volta e meia, com voz cansada e chorona, o pedido de um sanduichezinho e um refri para a esposa QUE JÁ SE ENCONTRA NA COZINHA "CASUALMENTE".
Agora, de fato, a Marli, assim como a Ana, Ofélia, Dulce, inclusive a Monica, apesar da sua posição radical neste sentido, de querer o divórcio - o divórcio, Pimentel, vê se tem cabimento só porque o cara é desorganizado! -, a tua esposa, a esposa do Antônio Rocha ... fazem parte de uma safra de mulheres incomparável, que não mais encontramos, e por uma única razão:
Elas sabem como ninguém, utilizam e cobram de nós comportamentos adequados e compatíveis, pois possuem princípios e valores cujas bases são a união familiar, o bem-comum - estou falando sério neste momento -, uma relação forte e bem alicerçada no afeto, carinho, consideração, respeito e amor!
Nossos tempos de casados comprovam o que escrevi com relação aos homens "porcalhões"(alô, Ofélia), porém suas virtudes e qualidades superam uma vez que outra a esposa ter um chilique, beribéri, ziquizira, trilili, xiribitz, quando está diante da sua casa virada do avesso!
Creio que a minha intenção foi atingida, de debatermos à base de humor esta situação absolutamente normal e corriqueira entre os casais que, se por um lado perturba, pelo outro não é tão grave como se imagina, a meu ver, lógico.
Um abraço do meu tamanho, Pimentel.
Saúde e Paz!
Chicão, meu amigo Chicão, se você queria provocar as leitoras (e os leitores) conseguiu amplamente!
ResponderExcluirPode dizer à sua senhora Marli que não, ninguém aqui vai considera-la uma idiota, pelo contrário, percebemos que ela é uma mulher que você foi muito feliz em encontrar, faça tudo para cuidar bem dela porque não são muitas assim que existem pelo mundo!
Não sei se ri mais lendo o seu post ou lendo os comentários, foram um presente nesta segunda feira.
É uma alegria ter você de volta. Como disse muito bem a Ofélia, bem aventurados os Bendl :)
Um abraço do
Mano
Caríssimo amigo Wilson,
ExcluirBem-aventurado este teu extraordinário blog, Conversas do Mano, pois nos oferece um refúgio de paz, cultura, humor, informações, que posso afirmar ser o único neste País hoje tão conturbado!
A oferta que nos fazes de um espaço onde possamos tanto ler quanto escrever e, assim, nos divertirmos e passando um tempo agradável e prazeroso, merece o nosso reconhecimento e agradecimento pelo esforço em nos colocares à disposição este oásis.
Alegro-me que eu esteja fazendo parte desta equipe despojada, que pensa no próximo, que pretende colaborar com as demais pessoas possibilitando um local onde possam estar à vontade.
Muito obrigado pela oportunidade, meu caro.
E, Ana, cuida bem deste guri, por favor. O Mano merece uma esposa do teu quilate, pois tens ao teu lado um marido incomparável, em contrapartida!
Abraços ao casal.
Saúde e Paz para todos nós, indistintamente.
Moacir,
ResponderExcluirmeu irmão elogiava um bocado a dona Maria, portuguesa minha vizinha, mãe da Quina. E me dizia que a mulher de verdade era a mulher portuguesa porque ela não deixava o marido por qualquer coisinha. Dona Maria era assim, ainda que soubesse das escapadas do marido, faria como sua avó - continuaria com ele.
Quanto ao resto, é o resto. A mulher, hoje, adquiriu liberdade para ser ela mesma, do jeito que gosta e se sente bem. Sem grilhões. Se eles existem são ela mesma que os coloca nela. Por temperamento, insanidade ou o que o valha.
A vida dela é dela, do jeito que é e foi construída.
Pode incluir ou não agregados. Às vezes nem amigas ela quer por perto. Dia desses, uma amiga de infância me enviou o link de uma música do Oswaldo Montenegro chamada A Lista. Não entendi. Depois me ligou, viria ao Rio e me chamou para ir à Colombo, em Copacabana, e também para ver a escultura de Drummond. Embora não tenha essa vontade toda assim de sair, a princípio concordei. Para discordar logo em seguida. Nem sei se ela virá e/ou ficará por aqui. Com loucura ou sem loucura a gente deve fazer apenas o que quer e tem vontade.
Eu só faço assim. Até comigo e com a casa.
Não sou neurótica com limpeza e vou ficar devendo. Não sei se entendi se a sua neurose é sua mesma nesse quesito.
Se for ou se não for, nada a fazer. A gente deve resolver a vida do jeito como ela se nos apresenta. O que virá daí? Sei lá. Tudo na vida é sei lá.
Não precisa concordar comigo. Ninguém precisa.
E que cada um seja feliz do jeito que gosta e acha melhor.
Não te parece uma boa ou é 'sei lá'?
Sei lá, Moacir. Huuum, esqueci que você é Beija-Flor.
Um codinome Beija-Flor.
Fosse o passarinho, eu diria que lindo, ligeiro, elegante e que vem beber água adoçada nas vasilhas que deixamos à mostra nas varandas. Por que ele vem? Sei lá, vai ver gosta do que é doce.
Abração
Ofelia
Prezado Sr. FRANCISCO BENDL,
ResponderExcluirLeio sempre esse excelente espaço "Conversas do Mano" e em especial teus Artigos. Como fomos velhos Militares, eu 5 1/2 anos um pouco intermitente, o senhor +- 6 anos, e lá,principalmente nos constantes Acampamentos fazíamos limpeza/faxina constantes em nossos Alojamentos, lavávamos a roupa/pregávamos botões, etc, logo senti que estavas propositadamente exagerando.
A Profª D. MARLI pode ficar tranquila que nós entendemos "a coisa". Mesmo assim, o senhor é um felizardo, podes crer, em ter conquistado tão boa Esposa.
Mas a divisão dos Tarefas Domésticas, é boa. Aumenta a Produtividade do lar, segundo as boas Leis Econômicas.
Saúde e Paz especialmente ao senhor, D. MARLI, toda a Família e TODOS e TODAS deste espaço maravilhoso.
Flávio José Bortolotto.
Bortolotto, que boa surpresa saber que você lê o nosso blog! Seja muito bem vindo!
ExcluirSALVE, MESTRE BORTOLOTTO, SALVE!
ResponderExcluirMuito obrigado pelo comentário, mestre.
Bom, de fato, eu casei com uma mulher fantástica, extraordinária, pelo qual muito agradeço a Deus tê-la conhecido e desposado!
Quanto aos afazeres domésticos no quartel, Bortolotto, essas atividades eram restritas AQUELES QUE IAM PARA SUAS CASAS AOS FINS DE SEMANAS, então a obrigação dessas ocupações.
Como servi em Porto Alegre e morava na mesma cidade, EU NÃO TINHA ESSES PROBLEMAS, NÃO PRECISEI ME "VIOLENTAR" NESTE SENTIDO!!!
Brincadeiras à parte, mestre, foi também considerando a minha inabilidade e extrema dificuldade de aprendizagem em lidar com baldes e vassouras, panos e esfregões, sabão e rodos, que casei aos vinte anos, e no quartel ainda!!!
Além de ter encontrado o amor da minha vida, também resolvi aquilo que poderia me causar problemas no Exército, tipo farda mal passada, camiseta amarelada e não alva, branca, a farda de instrução sem goma - lembra que as gandolas tinham de ser engomadas?! -, razão pela qual a minha conclusão no artigo O Amor é Lindo, só poderia ser a frase que lhe deu o título, mestre!
Bortolotto, falando sério, é claro que devemos colaborar com as esposas.
A minha função em casa sempre foi e continua sendo COMANDAR, supervisionar, organizar, determinar!
Evidente que em sonho, na minha imaginação, como o artigo em tela, mas eu tento, pelo menos!
Mestre, um grande abraço.
Fico feliz em saber que és um dos nossos leitores, e deves continuar frequentando este blog extraordinário.
Saúde e paz!