fotografia Dulce Regina |
Dulce Regina
Tudo
aconteceu numa primavera de 2006 e o sonho do casal Jorgito e Patricia se
tornou realidade. Juntos eles planejaram e construíram um lindíssimo jardim
perfumado cheio de flores e lavandas em sua residência. Com a celeridade do
sonho e encantados com o paraíso que se deslumbrava, eles, emocionados,
resolveram partilhar a beleza que ali se avistava, decidindo abrir seus jardins
às pessoas que comungavam da mesma admiração e respeito à natureza. E assim
fizeram...
Como a
cidade de Gramado faz parte do nosso roteiro anual de férias há mais de vinte
anos, logo no ano seguinte fomos informados desse jardim e lá fomos nós
contemplar beleza tão rara de diversas plantas exóticas e espécies inéditas de
lavandas no Brasil.
Chegamos
a essa propriedade de três e meio hectares situada logo na entrada de Gramado -
RS, e encontramos além do jardim, uma loja temática, estufa de produção de
flores e um pequeno café.
Percebemos
de imediato que era o que buscávamos, um encontro com a natureza e a paz da
serra gaúcha.
Todos os
anos marcamos nossa presença nesse santuário florido e percebemos a cada verão
a evolução do local, com novas espécies de plantas, muitas árvores frutíferas
que proporcionam belas sombras e constatamos a limpeza e o cuidado dos
proprietários para a manutenção dessa área toda florida, proporcionando-nos a
vontade e alegria de ali voltar, e com o desejo de ficar mais tempo perto dos incríveis
e vistosos agapantos - conhecida como a “flor do amor” ou “lírios-do-nilo” - ainda
azuis e brancos, com seu jeitinho de serra e suas folhas atraentes. Ali fico
observando as borboletas, que nos fazem lembrar que “na vida tudo se transforma”.
Sempre!
As
abelhas também são espetáculo de observação. Elas são atraídas pelos cheiros,
cores e sabores das flores, nessa abundante variedade ali existente, elas
alimentam-se, colhendo o pólen (fonte de proteína) e o néctar (fonte do mel). Fazendo
assim a polinização involuntária e essencial à vida das plantas, um processo primordial
no mecanismo de manutenção e proteção da biodiversidade.
fotografia Dulce Regtina |
Os
pequenos arbustos de lavanda são percebidos ao longe, pelo seu aroma e nos faz
lembrar da encantadora Provence, na França. E a cada ano eles multiplicam-se
cada vez mais, fazendo com que o parque faça jus ao seu nome.
O parque
está se dedicando atualmente à divulgação da lavanda e seus benefícios
terapêuticos, ornamentais e culinários. Incentiva também a valorização dos
jardins naturais, fomentando sua cultura, técnicas e artes a eles relacionadas.
Esse item se faz claro para nós, visitantes assíduos, que a cada ano
constatamos a expansão dos jardins por toda cidade, com belos canteiros de
lavanda, agapantos, begônias.
As hortênsias
tão conhecidas na cidade, e dão-nos um espetáculo à parte com suas diferentes tonalidades
de azul, roxo e cor-de-rosa, consequência da grande quantidade de alumínio no
solo da Serra gaúcha.
Fotografia Dulce Regina |
Poderia
aqui ficar descrevendo todas as flores, mas aconselho aos que puderem vê-las ao
vivo e sentir todos os encantos que nos são fornecidos pela mãe natureza.
Não posso
esquecer de falar da lojinha, com os produtos extraídos da lavanda, não é
preciso consumir... mas quem resiste? Sabonetes, aromas, cremes e pequenas
lembranças para enfeitar a casa são um convite para se gastar um pouco... A
ornamentação da loja é um colírio para os olhos, toda enfeitada com as cores
suaves da lavanda, tem o cheiro e o som da Provence.
Depois de
passear por todo o ambiente aconchegante, podemos sentar no café ao lado e no
meio de tanta beleza comer um apfelstrudel, servido com chá de maçã. Uma
delícia!
E com o
espirito renovado saímos de lá mais leves, perfumados e prontos para uma nova
jornada.
“Perfumo de lavanda todos os meus dias,
para que a minha história seja escrita
de serenidade, de tranquilidade e de paz
em cada momento, de cada segundo vivido!”
(Rómy Pinto)
Dulce, seu post me trouxe duas lembranças muito gratas; sou apaixonado pelos campos de lavanda da Provence, e minha mãe se chamava Hortênsia, tínhamos hortênsias no jardim da casa onde nasci e para mim ficaram para sempre ligadas à imagem dela.
ResponderExcluirUm abraço do
Mano
Wilson, fico feliz por trazer lembranças de sua mãezinha ao citar as belíssimas hortênsias. Como é bom elas estarem presentes em nossas vidas através de boas lembranças e jardins floridos. Ontem assisti um filme, em que a filha queria lembrar do cheiro da mãe, nos guardados dela. Então numa data especial, seu pai presenteou-a com sabonetes de lavanda... Obrigada sempre por sua gentileza. Dulce
Excluir1)Belas fotos e texto.
ResponderExcluir2) Cheguei à conclusão de que as crônicas da Dulce, são exercícios do que eu chamo de Ambientalismo Literário.
3) Viva as Ecologias !
Olá Antônio. Bom você estar na roda de conversas tomando chá de maçã conosco. Você é professor e definiu minha escrita, obrigada. Mas a defesa do meio ambiente e da ecologia, veio muito tarde, quando já estávamos sentindo seus efeitos na nossa vida, se não me engano foi à partir dos anos 70. De lá prá cá, apesar de todo esforço de conscientização , percebo que nada mudou. Infelizmente ! Tenho essa noção de cuidado com a natureza desde pequena, acho que nasce conosco...já comenteI por aqui : - quando fizeram o aterro do Flamengo , minha avó disse.- " ficam mexendo com a natureza, um dia ela cobra ". Sábia avó ! Sua voz ficou gravada no meu ouvido...Abraços, Dulce
ExcluirDulce,minha amiga
ResponderExcluirLendo o seu texto lembro de coisas boas: de Giverny, de velhos jardins caseiros onde se vai buscar no pé um pouco de erva cidreira para o chá da meia-noite, daquelas barras de sabonete artesanal da Provence, dos campos e do perfume de lavanda, da cor das hortênsias que, como nós, embranquecem à medida que envelhecem, do cheirinho dos curumins, e de como das flores também nasceu a medicina, a primeira das ciências. Dos xamãs ancestrais que iam para o andar de cima cobertos com seus instrumentos de trabalho:flores.
Pensando assim a gente percebeque a ciência só contribuiu para turbinar a emoção e a beleza das flores, esclarecendo-nos sobre a maravilha da sua reprodução, do propósito do estame, pólen, cor e pétalas, das suas propriedades medicinais
Seu texto e fotos me fizeram pensar nas flores que aprecio naquelas telas da Georgia O' Keeffe que de repente ficaram parecidas com algumas fotos de flores imensamente ampliadas em todos os minúsculos detalhes que tenho visto ultimamente graças a sei lá que tecnologia.
Beleza pura!
http://cdn3.craftsy.com/blog/wp-content/uploads/2015/01/shutterstock_109530830.jpg
Por tudo de belo que li, vi, senti, recordei , pensei, por ter parado aqui e relaxado e tomado um chá de maçã com você, por tudo isso, obrigado
Abraço
Meu dileto e bom amigo. São todos esses motivos linkados por você que fazem da nossa vida um eterno reviver, reinventando motivos que alicerçam nossa caminhada, para que o perfume penetre nos nossos pulmões, fazendo com que nossa corrente sangüínea chegue pura à nossa máquina vital- nosso coração . Lembra da canção ? " Fica sempre um pouco de perfume...". Amei partilhar com todos dessa roda perfumada e com chá de maçã. Não conhecia a pintura de Geórgia O'Keeffe , " Magnificas ! " um cheirinho prá você. Dulce
ExcluirMinha querida Dulce,
ResponderExcluirAlegro-me em saber que esta felicidade e satisfação que tens com as flores, que ocasionam tu escreveres artigos tão aprazíveis -, esta disposição tenhas encontrado no meu RS!
Para te deixar com "inveja", moro apenas a sessenta quilômetros de Gramado/Canela, 40 minutos de carro.
A minha cidade não tem os atrativos dessas duas localidades, que se esmeraram no turismo e são classificadas como as melhores no país, tanto pela hotelaria quanto alimentação, mas temos as cascatas, que são uma atração imperdível e com a seguinte vantagem sobre aquela de Canela, alta, maravilhosa, estupenda; PODE-SE TOMAR BANHO!!!
Dulce, a minha cidade se notabiliza e com exposições anuais, sabes em quê?
BONSAI!
Na verdade esta região denominada do Vale do Paranhana, onde se situam várias localidades com seus moradores percebendo mensalmente uma renda média, pois donos de casas e terrenos grandes, usados para plantações que amenizam os custos dos alimentos, alface, tomate, salsa, limão, laranja, bergamota, um pequeno galinheiro que fornece ovos diários, composta pelas cidades de Rolante, Riozinho, Taquara, Três Coroas, Igrejinha, Parobé e Sapiranga, e quase duzentos mil habitantes, esse pessoal vive muito bem, tanto pelo contato estreito com a natureza e suas belezas, quanto pela maneira fácil de se obter um sustento com base no próprio terreno!
Aliás, venho pregando essa forma de se viver há tempos:
Uma casa grande com uma família somente de idosos, porém ainda saudáveis e fortes, dividir a morada com mais duas ou três famílias na mesma faixa etária, e aproveitar o terreno para o plantio do que mencionei, além de dividir os custos de se viver!
Imagina repartir os alimentos, água, energia elétrica, manutenção da casa, apenas um carro na garagem, gasolina dividida, impostos, gente para limpar, passar, lavar, pregar, instalar um que outro aparelho, cozinhar pães e bolos, poupando idas à padaria e comendo de forma mais saudável, imagina só a economia e qualidade de vida que não se obteria, Dulce??!!
Logo logo eu e a esposa deveremos nos deter para pensar nesta possibilidade, pois a idade chegou, e os custos são maiores que as receitas minha e dela.
Parabéns pelo artigo, e obrigado por difundires o meu RS, as minhas cidades e suas régias belezas naturais.
Um abraço.
Saúde e Paz, Dulce, extensivos à tua família.
Oi Francisco. Nasci gostando de flores, verdade ! Só não fico com inveja de você porque corro atrás delas. Rsrsrs...Aqui no RJ, tem o Jardim Botânico que é fantástico e o meu bairro está todo florido de flamboyants . Quando mais estou sempre em Terê e outros lugares floridos. Próxima vez que for a Gramado, vou visitar Rolante, fiquei encantada com cultivo de bonsais e Orquídeas . Lindos ! Quando nova adorava tomar banho de cachoeira e de rio, a última vez que isso aconteceu foi em Arrraial d'Ajuda. Uma sensação inigualável ...Quanto a sua idéia, acho formidável . Faço votos que se realize, colocar as mãos e pés na terra é bom para energizar o corpo e a alma, além de poderem alimentos saudáveis e bons para saúde. Incluindo também a economia e integração das pessoas com trocas de conhecimentos e amizade. Um abraço para o casal gaúcho. Dulce Regina
ExcluirOlá Dulce,
ResponderExcluirSuas flores são sempre lindas!
E, seus passeios, encantadores!
Abraço.
Querida Ana. Bom na minha idade é poder fazer e andar por onde quero. Meus filhos chamam-nos para certos passeio, que digo : " Tô fora ! " Gosto, e meu marido também , de lugares tranqüilos, com poucas pessoas, sem tumulto, clima fresco, que tenha sempre um banquinho por perto, um lugar gostoso para almoçar e um bom lanchinho ao anoitecer. E muitos jardins !!! Será que é pedir muito ? Acho que não...Deus têm-nos concedido sempre esse sonho, pois Ele se faz Presente sempre. Ah !!! Também gosto muito de fazer Sudoku, mas impresso e com caneta. Beijos perfumados de lavanda e rosas. Dulce Regina
ExcluirDulce querida. ..sinto minha alma massageada, leve e perfumada depois de ler esse seu belo texto que me transportou à Gramado e à Provence! !!! Que Deus te proteja e abençoe...e proporcione inúmeros encontros com as flores. Somos privilegiados em poder compartilhá-las. Beijos enormes e perfumados pra você, Lindair.
ResponderExcluirMinha querida amiga ! Que surpresa boa ter você por aqui nesse blog de conversas amenas. Quem sabe saia um texto sobre a viagem na qual nos conhecemos ? E nossa amizade perdurou através dos anos, com trocas maravilhosas nos emails e agora no whatsApp, onde estamos mais próximas. Obrigada pelo seu carinho e cheiro de rosas para você. Une grande embrasse à toi ! Dulce Regina
ResponderExcluirMerci...et à toi aussi. Bisous.
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