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31/01/2017

O Legado do Grego


El Greco - O Enterro do Conde de Orgaz
Moacir Pimentel

O nosso segundo dia em Toledo amanheceu tão bonito, mas tão azul, que quando saímos do hotel após um café da manha com direito às vistas longas do Tejo, resolvemos que em vez de voltarmos direto para o Museu da Santa Cruz e mergulhar de novo, na exposição sobre o Grego, seria melhor respirar um pouco mais daquele ar verde de primavera, bater pernas e nos despedir da velha Toledo, com seus anjos e demônios e fantasmas de tantas idas épocas e das suas três culturas representadas pela Imponente Catedral de Toledo, pela Mesquita do Cristo da Luz e pela Sinagoga de Santa Maria a Branca.

Quisemos visitar rapidamente a Igreja de São Tomé para dar uma nova olhada na pintura mais famosa do artista - O Enterro do Conde de Orgaz. O quadro homenageia um benfeitor da Igreja, em cujo funeral, corria a lenda, os santos Estevão e Agostinho compareceram e foram vistos colocando o corpo no túmulo. A imagem retrata esse episódio, assim como a alma do fidalgo sendo recebida no Paraíso. O filho do Greco, Jorge Manuel, foi pintado pelo pai na tela, como um menino, à esquerda, ajoelhado no primeiro plano do quadro, olhando para fora e indicando para o espectador o milagre que o Greco fizera surgir em cores.  

A pequena figura serve assim como um intermediário entre o mundo real - o do espectador - e o mundo ficcional - o da pintura - que, por sua vez, também é dividido em duas esferas: uma celestial na parte de cima, e outra terrena na parte de baixo, onde os muitos homens que estão presentes no funeral, vestidos contemporaneamente, eram membros proeminentes da sociedade toledana do século XVI.  

O Enterro do Conde de Orgaz foi fundamental para a nossa compreensão do Grego, pois encapsula o objeto de sua arte, que é sugerir a experiência de algo visionário que não é uma extensão do nosso mundo físico, mas de nossas faculdades imaginativas.

E de lá seguimos para as muralhas de Toledo. O patrimônio histórico e artístico da cidade é tão extenso e variado nas suas três culturas, que existe uma região da cidade denominada Toledo Olvidada, composta por uma série de lugares de interesse que normalmente passam desapercebidos pela maioria das pessoas. O Hospital de Tavera é um desses "esquecidos". Situado fora das muralhas da cidade, bem próximo à moura Porta de Bisagra, o principal acesso ao centro histórico, Tavera também é chamado de Hospital de Afuera.

O altar lateral da igreja merece ser visto, pois foi projetado pelo Grego e realizado por seu filho, Jorge Manoel, que se tornara também pintor, ajudando o pai e repetindo-lhe as composições por muitos anos, depois que herdou-lhe o estúdio. Entre os tesouros de arte de Tavera está uma tela representando a Sagrada Família, na qual o Grego pintou uma maravilhosa Nossa Senhora do Leite, amamentando um menino Jesus, usando como modelos a mãe do seu filho e o voraz bebê, nascido em 1578.

El Greco - A Sagrada Família com Santa Ana
De lá nos dirigimos para o bairro judeu, em cujas cercanias está a casa do Grego, hoje museu, onde o pintor viveu com Dona Jerónima de Las Cuevas, a cristã nova com quem nunca se casou, mas com quem teve o filho que legitimou. Aparentemente o Grego não desposou a bela amante, por quem foi profundamente apaixonado, porque teria uma esposa grega. A companheira, no entanto, pudemos comprovar, fora mencionada pelo pintor em vários documentos, inclusive em seu testamento.

No Museu El Greco pudemos apreciar uma das três paisagens que ele pintou, A Vista e o Mapa de Toledo, e uma série de retratos. Mesmo em retratos o pintor demonstrara a sua tendência de dramatizar mais do que a descrever. Os seus retratos, se são menos numerosos do que as suas obras de caráter religioso, não deixaram de ter a mesma qualidade e o colocaram numa posição proeminente enquanto retratista, ao lado de Ticiano e de Rembrandt.

Para mim, dentre todos os retratos feitos pelas mãos do Grego, pela grande beleza e perfeição um poderia ter sido pintado por mãos venezianas, por aquelas do gênio Leonardo da Vinci. Na Dama com o Casaco de Arminho, o Grego pintou como nunca fizera antes ou fez depois. A senhora retratada era especial e, portanto, mereceu do pintor um tratamento único. Acredito que esta tela tenha sido como uma carta de amor, irrepetível, de grande qualidade e raridade.

Não há certeza histórica quanto à identidade da modelo, embora a maioria dos historiadores acredite que seja Dona Jerónima. Dizem que o pintor era obcecado pelo rosto da mulher amada e que o pintara compulsivamente como sendo aqueles de todas as suas Marias e Madalenas.

É sim, o mesmo enigmático rosto mariano que vemos nas telas do artista, só que nelas ele é muito mais subjetivo. Essa maravilhosa Dama foi outro link íntimo com o qual a exposição sobre o Grego nos presenteou, mostrando-nos lado a lado duas telas. A Dama em Um Casaco de Peles, do Grego, e a Dama do Casaco de Peles depois do Grego, pintada pelo pintor Cézanne. 
El Greco / Cézanne - As Damas dos Casacos de Pele 
 Ambas lindas e normalmente encontradas na Glasgow Pollok House, na Escócia.

A Dama do Casaco de Peles de Cézanne é descendente da Senhora do Grego já envolta em peles na década de 1570. Cézanne nunca vira a pintura original pessoalmente, mas fora tomado de amor por ela diante de uma gravura ilustrada, em um artigo publicado por J. B. Laurens, em 1860, no Le Magasin Pittoresque. A ilustração, exposta em Toledo, de fato compartilhava muitas semelhanças com a interpretação de Cézanne da pintura do Grego, e explica a conexão de Cézanne com a obra-prima mais idosa.

Em Toledo descobrimos que a influência dos mestres espanhóis sobre a evolução do modernismo francês se iniciara no primeiro semestre do século XIX. Desde quando, além da Dama das Peles, na Galeria Espanhola do rei Louis-Philippe moraram outras telas do Grego. O monarca mandara o barão Isidore Justin Taylor para a Espanha, a fim de adquirir, por sua conta, um grupo representativo de obras da escola espanhola. Taylor enriquecera a coleção do rei com nove pinturas do Grego: quatro com motivos religiosos, quatro retratos e um Evangelista.

Entre 1836 e 1848, portanto, a imagem impressionante dessa Senhora envolvida por peles de arminho fora exibida em Paris na Galeria Espanhola do Louvre juntamente com mais de quatrocentas e cinquenta obras de mais de oitenta0 pintores espanhóis, e o público francês pudera ver obras do Grego, entre as de Velásquez e Goya.

Foi justamente nessa inauguração do Museu Espanhol do Louvre que pela primeira vez foi verbalizado, embora de forma alusiva, o pensamento de que o Grego representara o início da escola espanhola. Isto porque os organizadores do museu haviam colocado as telas dele no início da galeria, deixando as de Goya para o final.

O poeta Baudelaire comentou a extraordinária beleza da dama espanhola, em 1846, ao escrever sobre como a Galeria Espanhola do Louvre tivera o efeito de aumentar o volume de ideias gerais que os franceses tinham sobre a arte e de defender um museu de arte estrangeira como um lugar internacional de comunhão, "onde dois povos, possam se encontrar, observando e estudando um ao outro”. Podemos imaginar os famosos versos do poeta, dedicados a uma mulher que passa, poderiam, até mesmo, ter sido inspirados por aqueles olhos...

Fugitiva beldade
De um olhar que me fez nascer segunda vez,
Não mais te hei de rever senão na eternidade?

Longe daqui! tarde demais! nunca talvez!
Pois não sabes de mim, não sei que fim levaste,
Tu que eu teria amado, ó tu que o adivinhaste!

A ligação de Cézanne com a Dama do Grego foi comentada ainda pelo crítico de arte alemão Julius Meier-Graefe, que, em parte, iniciou uma redescoberta do Grego, após ter visto o retrato de Cézanne em Paris, e a estudar a influência do mestre de Toledo sobre artistas modernos:  

“El Greco descobriu um reino de novas possibilidades. Nem mesmo ele próprio foi capaz de esgotá-las. Todas as gerações que vieram atrás dele, viveram e vivem em seu reino. Há uma maior diferença entre ele e Ticiano, seu mestre, do que entre ele e Renoir ou Cézanne. No entanto, Renoir e Cézanne são mestres da originalidade impecável porque não é possível aproveitar-se da linguagem do Grego se, ao usá-la, ela não for inventada de novo e de novo, pelo usuário”.

Tinha razão o especialista. Cézanne escolhera, por exemplo, suas próprias cores para o retrato, saindo completamente dos tons da pintura original e optando por várias tonalidades de azul e verde, complementadas por rosa, pêssego e tons de cinza.

Foi então que soubemos que, com a chegada do romantismo, o Grego passara a ser visto como o precursor daquela ânsia para o estranho e o extremo, pois os melhores trabalhos de seu segundo período pareceram, para os românticos pelo menos, ter um estilo bem romântico.

Foi precisamente então que o mito da loucura do Grego nascera em duas versões. Por um lado, acreditava-se que o Greco enlouquecera de sensibilidade artística excessiva. Por outro lado, o público passou a vê-lo como um pintor louco e, portanto, os seus mais loucos quadros em vez de serem admirados passaram a ser considerados como documentos históricos comprovando a loucura dele.

Disseram-nos que em 1867 Paul Lefort, um especialista em pintura espanhola, dedicara um artigo de oito páginas ao Grego, ilustrado por gravuras de quatro obras. Neste artigo, Lefort exaltara o Grego, refutando a narrativa de sua “loucura” e proclamando-o o fundador da escola espanhola. Na década de 1890, os pintores espanhóis residentes em Paris adotaram-no como seu guia e mentor.

Durante a segunda metade do século XIX, o elemento de luz e brilho em suas pinturas apelou para os impressionistas. Depois a excentricidade em seu estilo foi elogiada por simbolistas. A crescente admiração pelo Grego naquele momento também pode ser parcialmente atribuída à filosofia estética do filósofo alemão Immanuel Kant, que era louvado pelos artistas do final do século XIX.

De acordo com a filosofia de Kant, um artista é um criador único que tem o seu próprio domínio e não é limitado por regras ou outros poderes. O Grego encarna perfeitamente a definição kantiana de artista, por causa da sua abordagem inovadora da arte, juntamente com a sua independência e bravura perante as autoridades.

Na verdade, o que estávamos descobrindo nas salas daquele museu é que o Grego rejeitara o naturalismo como um veículo para a sua arte, assim como a ideia de uma arte acessível a um grande público. O que ele abraçara fora um mundo à sua maneira, muito pessoal e consciente de si e em um estilo erudito. O paradoxo é que ele mergulhara de cabeça no maneirismo, no auge das críticas contra o estilo do momento, quando a maioria dos artistas estava se esforçando para livrar seus quadros de qualquer coisa que pudesse parecer mera exibição ou indulgência. O Grego tomara o caminho oposto ao da história da arte.

Em 1908, o historiador de arte Manuel Bartolomé Cossío publicou o primeiro catálogo completo das obras do Grego. Nessa oportunidade o Grego não foi estabelecido como o fundador da escola espanhola, mas como o comunicador da alma espanhola por excelência, como um grande pintor do passado, mas totalmente contemporâneo, um profeta do encontro da arte com a modernidade.

Disseram-nos ainda que em 1902 a primeira exposição de suas obras ocorreu no Museu do Prado, em Madrid, que em 1908 fora organizada uma exposição do Grego em Paris, e que em 1910, o Museu El Greco foi fundado em Toledo. Finalmente, que em 1911 a exposição do colecionador húngaro, Marczell von Nemes no Alte Pinakothek, em Munique, apresentou oito pinturas do Grego.

Depois de três séculos de negligência, nos fez bem constatar como Domenicos Theotocopulos renascera para a fama e passara a ser de crucial importância para a arte moderna da imaginação.

Foi ali, no limiar entre os dois últimos séculos, que o Grego fora reconhecido como um gênio arquetípico que fizera o que bem imaginara e pintara livremente, com total indiferença para com o efeito que a expressão poderia ter sobre o público. O mundo passara a ver o Grego, como um velho mestre que não fora apenas moderno, mas realmente estivera à frente do seu tempo, para mostrar caminhos.

Mas... mesmo neste nesse momento de glória, no começo do século XX, outros pesquisadores desenvolveram uma teoria alternativa, mais radical: argumentaram que o Grego pintara suas figuras humanas alongadas porque tinha problemas de visão, possivelmente astigmatismo progressivo ou estrabismo, que o faria ver os corpos mais longos do que eram. Se ou não o Grego sofria de astigmatismo progressivo é uma questão ainda aberta ao debate, se bem que alguém tivera juízo o bastante para lembrar que "astigmatismo não poderia dar qualidade a uma tela, nem talento a um asno"

Ali, naquelas velhas salas, em meio à arte e às memórias do pintor, foi-nos fácil compreender que se Toledo estivera longe da efervescência artística de Roma e Madri, a cidade não fora um baluarte contra as forças culturais e artísticas que moldaram a arte do século XVII. Portanto conseguimos entender a arte do Grego em isolamento, como se fosse um tesouro fora do seu tempo, à espera de ser descoberto na era moderna.

13 comentários:

  1. Monica Silva31/01/2017, 09:55

    Estou me viciando nas suas 'artes', Moacir. Não entendo muito de arte mas o que você escreve eu entendo. As fotos ajudam muito a compreender e as suas descrições das obras são demais. Viajo nelas! Eu vejo que o rosto da Nossa Senhora no quadro da Sagrada Família é mais a imaginação do artista do que a realidade e mais parecido com a mulher verde do quadro modernoso do Cezanne. Mas gosto mesmo é da moça normal, da linda companheira dele com um casaco de pele de verdade. Tenha paciência comigo kkkk Obrigada.

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    1. Moacir Pimentel31/01/2017, 13:54

      Mônica,
      A arte é um dos bons vícios. Quanto à Dama do Casaco de Peles de El Greco ela era a dele. Sim, essa senhora "normal" é rara e bela e com certeza foi pintada com paixão, com realismo, com sangue.
      Já a "mulher verde" de Cézanne foi pensada e cometida para ser vista não apenas com os olhos mas com a imaginação.
      Penso que entre tantos outros motivos, a modernidade na pintura rolou também devido ao advento da fotografia , em meados do século XIX. Quando a realidade passou a ser retratada como muito mais fidelidade do que seria capaz mesmo o melhor dos pintores, eles trilharam um novo caminho e passaram a reinventar o mundo com a imaginação e a nos mostrar as Damas e o mundo com emoção : as deles e as de seus temas. As telas "modernosas" passaram a nos escancarar a visão do artista, o que as paisagens significavam para eles, o que estava por debaixo das superfícies e peles, o que talvez os retratados fossem por dentro.
      Cézanne pintou Dona Juana como a imaginava: uma mulher triste,uma cristã nova jamais aceita por aqueles que admiravam o seu homem,solitária quem sabe?
      Mas note que ele fez isso com a cores desmaiadas que escolheu muito mais do que com a boca que, com os cantos virados para cima, no retrato de El Greco, insinua um sorriso sedutor enquanto que, na cena monótona azul-verde-cinza de Cézanne, ensaia um muxoxo de tédio(rsrs)
      Será?
      Obrigado pela "paciência" da leitura e pelo comentário tão gostoso de ler.
      Abração

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  2. Flávia de Barros31/01/2017, 10:57

    Moacir,


    Já lhe disse que adoro os trabalhos de El Greco. Tenho acompanhado encantada seus artigos sobre as obras dele reunidas em Toledo pois vi de perto algumas e elas e me marcaram para sempre. Gosto das pinturas simplesmente divinas que ele fez de Nosso Senhor Jesus Cristo, das Nossas Senhoras e dos Apóstolos. Só um homem de muita fé para pintar aquelas visões. Mas você foi muito feliz ao destacar a paisagem de Toledo e agora a mãe do filho dele, Dona Jerônima. O retrato é diferente de todas as obras que conheço e belíssimo. Eu também não sabia que o pintor influenciou outros artistas. Espero ler mais sobre o assunto. Um abraço para você.

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    1. Moacir Pimentel01/02/2017, 08:07

      Flávia,
      El Greco pintou de um jeito só dele todos os temas: as poucas paisagens, as cenas religiosas, os santos, os estupendos retratos , os temas mitológicos. Foi o profeta da modernidade em todos eles. Espero contar com sua leitura e opinião quando do último capítulo desse looooongo artigo.
      Outro abraço.

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  3. Alexandre Sampaio31/01/2017, 12:39

    Moacir Pimentel, você e o Blog Conversas estão de parabéns. Cultura e boa prosa são artigos cada vez mais raros na internet.

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    1. Moacir Pimentel01/02/2017, 08:09

      Alexandre Sampaio,
      Agradeço-lhe pelo incentivo e concordo com você quando diz que o Conversas do Mano é um espaço especial.

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  4. 1)Continuação da aula anterior, as duas muito boas !

    2) Contemplo as telas, de fato, o Menino Jesus parece que estava com fome.

    3) O primeiro quadro é tão bonito que eu acho, os dois santos estavam mesmo presentes.E inspiraram o artista, divinamente.

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    1. Moacir Pimentel01/02/2017, 08:11

      Vizinho Antônio,
      Já eu penso que o bebê mamava com a mesma voracidade com que o pai pintava a vida. Não sei se os santos estiveram mesmo presentes no Enterro do Conde Orgaz mas com certeza a mente que idealizou e a mão que pintou essa cena foram , como dizem os árabes " tocadas por Deus".
      Abração

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  5. Olá Finalmente começam a aparecer as digitais! Bela aula, como sempre. E não posso descartar os seus comentários. São aulas particulares! (não importa para quem, aproveito todas!) Muito obrigada!

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  6. Francisco Bendl31/01/2017, 15:57

    Olha, Pimentel, mas diante de mais um dos teus importantíssimos artigos, copio a Ana, para também dizer que foi mais uma aula sobre artes!

    Não encontro mais nos meus alfarrábios adjetivos que possam caracterizar os teus textos, pois devo tê-los esgotados.

    Assim, aceita, por favor, meus agradecimentos e aplausos sobre o que postaste, que tanto enaltece este blog extraordinário do nosso amigo Wilson, e nos eleva o conhecimento sobremaneira.

    Um abraço, forte e caloroso.
    Saúde e Paz.

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    1. Moacir Pimentel01/02/2017, 08:18

      Caro Chicão,
      A sua enorme presença e o seu abraço na caixa de comentários valem muito mais do que quaisquer "alfarrábios adjetivos" exagerados.
      Aliás,como sou um cruel carnívoro, dia destes pensei cá comigo: bem que o Bendl poderia nos descrever um churrasco maragato,daqueles da gema de fogo no chão e chimarrão, com tudo que se tem direito na farta mesa gaúcha de tantos sotaques.
      Fica a sugestão
      Abração

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  7. Olá Moacir,
    Cá estou de novo... Fiquei pensando todo o dia porque me surpreendeu tanto as digitais no Cézanne. Imaginei outros, mas não ele. E é tao fácil, depois que se sabe, porque ele também foi um divisor de águas, trouxe as bases para uma revoluçào artística e sua obra totalmente pessoal, assim como a do El Greco, não pertence a nenhum movimento artístico.
    Gratíssima pela pela sacudidela cultural.
    Até mais.

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    1. Moacir Pimentel01/02/2017, 09:38

      Donana,

      Creio que a senhora encontrará todas as "digitais" no próximo e último capítulo. Quanto às "aulas particulares", perdoe o professor aloprado que, diante de um sanduba apressado termina confundindo Dona Jerónima com la Reina Juana das canções sefarditas.(rsrs) Assino embaixo do seu comentário: Cézanne e El Greco pintaram ambos de forma personalíssima, chutaram todos os cânones das suas artes e não podem ser rotulados com nenhum dos ismos. Mas ouso registrar uma diferença que não é desimportante: o de Toledo fez tudo isso ainda na Idade das Trevas.
      "Gratidão"

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