Bandeira da Calmíkia (wikimedia commons) |
Antonio
Rocha
“Aprendi que o Diálogo também é um gênero
Literário” = Jorge Luis Borges (1899-1986)
escritor argentino.
- Calmíkia ? Você está inventando?
- Quem dera eu pudesse inventar um país.
- É uma nação? Fica aonde?
- Calmíkia ou Kalmúdia é o único país da Europa
oficialmente Budista. O Budismo é uma Religião de Estado lá.
- Na Europa?
- Sim, é uma pequena República Autônoma da
Federação Russa.
- Será que todo mundo lá é Calmo?
- Espero que sim.
- É uma boa pesquisa a ser feita: como são os
índices de criminalidade por lá? E a Educação? E a Saúde?
- Em muitas partes da antiga Rússia, o Budismo
sempre foi milenarmente divulgado.
- Mas o título da nossa conversa lembra uma poesia
do Manuel Bandeira (1886-1968): “Vou-me embora pra Pasárgada, lá sou amigo do
Rei”.
- Então, Buda era um Príncipe, portanto, era um Rei.
- Pasárgada me lembra Magadha, uma cidade multimilenar
da Índia, por onde o Buda peregrinou. Lembra também o dialeto Magadhi, falado
na região, para quem gosta de estudar Geolinguística.
- Tem razão, se existe Geopolítica, então existe
Geoliteratura, Georreligião, Geoartes, Geohistória, Geofilosofia etc.
- Mas essa Camíkia deve ser muito fria.
- Certamente, por isso estou, agora sim, inventando
a Calmíkia interna, como se fosse sinônimo do Nirvana, um local de paz,
serenidade, tranqüilidade.
- Deste modo, quando alguma te chatear, você pode
falar, como se fosse um mantra: “Vou-me embora pra Calmíkia, lá eu sou amigo do
Buda”.
- E não será fuga.
- Claro que não, ao contrário, será uma atitude
terapêutica, uma defesa interna, psíquica.
- Semelhante à multimilenar oração ensinada pelo
próprio Sidarta Gautama: “Eu me refugio em Buda”, ou seja, eu busco o Estado de
Buda, de tranqüilidade em meu interior.
- É por aí.
- A bandeira da Calmíkia tem um fundo amarelo, um
círculo azul claro no centro e uma flor de Lótus branca.
- E a referência ao texto sagrado Sutra Lótus.
- Em inglês se escreve Kalmíkia.
- Eu aportuguesei um pouco para Calmíkia, há quem
escreva Calmúquia, da etnia dos Kalmucos ou Calmucos.
- Então, a calma de Buda !
- A calma da Calmíkia, é uma boa saudação.
Olá Antônio,
ResponderExcluirAdorei seu post.
Sabe aquele saber que existe em nós? Pois há muito tempo, quando uma situação me incomoda, vou para Pasárgada. Seja a de fora ou a de dentro.
Posso falar que vou para Calmíkia se não sei se sou amiga de Buda?
Quando você volta?
Até lá.
1) Costumo dizer "Gautama te ama". Sidarta Gautama era o nome do Buda histórico. Então ele é seu amigo Ana. O coração de Buda é imenso e cabe todos nós.
ResponderExcluir2) Volto domingo a tarde.
Antônio,
ResponderExcluirCerta vez assisti um filme no qual uma pergunta resumia o espírito do seu post. Na telona, perguntou um velho e sábio pai à sua filha confusa e angustiada:
"Mas de que nos adianta a sua intranquilidade?"
Abração
1) Pura verdade Moacir, grande sabedoria.
ResponderExcluirCaro amigo Rocha,
ResponderExcluirTenho lido os teus textos.
Se não os comento isoladamente não quer dizer que não me interessaram, pelo contrário.
Da mesma forma que armazeno os artigos do Pimentel, tenho feito o mesmo quando abordas o Budismo, pois aprecio a maneira contemplativa de se encontrar soluções para os problemas.
Um forte abraço.
Saúde e Paz.
1) Obrigadíssimo Bendl, tb lembrei muito de vc e sua família qdo da chuvarada em Rolante.
ResponderExcluir2) Acompanhei os seus artigos na TI, mas eu não tinha como escrever.
3) Abração !