(imagem artnindia.com) |
Moacir Pimentel
Permitam-me apresentar-lhes o casal acima pelos seus apelidos: ela é a
Mumtaz Mahal - A Escolhida do Palácio - e ele o Shah Jahan - o Rei do Mundo.
Quantos de nós se lembram destes versos a seguir? "Foi a mais linda história de amor que me contaram e agora eu vou
contar do amor do príncipe Shah-Jahan pela princesa Mumtaz Mahal". Se
alguém pensou naquele tetêtetêretê do Jorge Ben... acertou!
Se alguém me perguntar qual a mais bela construção que já vi neste
vasto mundo, a resposta será imediata, sem quaisquer vacilações: o monumento
que em vez de homenagear os deuses ou os imperadores é uma ode ao amor.
A história nos conta grandes histórias de amor: Pedro amou Inês apesar
de já ser tarde e dela estar morta, os reis católicos Ysabel I de Castela e
Fernando II de Aragão - el yugo y las flechas - muito se amaram enquanto
unificavam os reinos ibéricos no país que se tornou a Espanha, o Rei Eduardo
VIII abdicou do trono da Inglaterra para se casar com a americana e duas vezes
divorciada Wallis Simpson, o Rei Henrique VIII brigou com a Santa Igreja
Católica e fundou uma nova igreja apenas para anular o seu casamento com
Catarina de Aragão e casar-se com Ana Bolena. Não terminou nada bem a
narrativa!
Quando perdeu o amor de sua vida, a princesa persa Arjumand Banu
Begum, carinhosamente chamada por ele de Mumtaz Mahal, o imperador Shah Jahan
ergueu um sonho em memória da mulher amada:
O Taj Mahal!
O monumento magnífico que mora no coração da Índia, na cidade de Agra,
em Uttar Pradesh, nos narra a história desse amor que vem derretendo os
corações de milhões de ouvintes e que, embora tenha terminado em 1631, continua
a viver na beleza do Taj ( desculpem-me a intimidade).
O mausoléu de mármore cor de marfim é sim de tirar o fôlego. Mesmo o
viajante mais cansado, o turista mais desavisado e o niilista mais indiferente
se arrepiam e ficam de queixo caído ao vislumbrar aquela maravilha pela
primeira vez, seja através do arco do portão entrada, ou de uma das janelas do
Forte de Agra ou do outro lado do rio, brilhando sob o sol ou a lua e
perfeitamente refletida nas águas do rio Yamuna. Não tem como não sacar a
câmara e ajustar o foco, os camelos, os búfalos, os barcos e os vendedores de
tudo, adicionando interesse ao primeiro plano.
Em 1981, quando estive naquelas paragens, a poluição da cidade hoje
industrial de Agra ainda não ameaçava a alvura dos mármores do Taj, nem havia
filas para nele se ter acesso, nem se dava permissão para que os turistas
entrassem nos jardins nas noites de lua cheia. Mas a cidade de Agra já era
feia, caótica e suja, em contraste com o seu maior tesouro.
O fato da Índia ser um país tão pobre não necessariamente justifica a
imundície com a qual nos deparamos nos seus centros urbanos. Lembro de ter lido
no romance The Great Railway Bazaar, do escritor americano Paul Theroux, um
diálogo entre ele, então um viajante da Ásia, e um outro passageiro nativo, que
pedia desculpas ao escritor por serem tão sujos os trens em seu país, alegando
que não havia suficiente "moeda forte" para colocar as coisas nos
conformes. Theroux retrucara que não era preciso muito dinheiro para se comprar
uma vassoura. Seu livro, que narrava uma viagem de trem realizada por ele
durante quatro meses a partir de Londres, passando pelo Oriente Médio, o
continente indiano e o sudeste da Ásia, era meu companheiro inseparável: um
guia de viagem.
Nele Theroux dizia que para se ver a atração mais fotografada da Índia
no seu melhor era recomendável visitá-la à noite ou durante um tranquilo
amanhecer, quando o Taj gradualmente muda de cor. Lembro que tomei um rickshaw
para Mumtazabad, o local que hoje é chamado de Mehtab Bagh - O Jardim do Luar -
localizado defronte ao mausoléu só que do outro lado do rio Yamuna, no meio de
uma madrugada de lua cheia para ter do monumento uma perspectiva diferente. Na
companhia de não mais do que uma dúzia de insones curiosos, vi o Taj brilhando
com uma joia sob o luar e, em seguida, o sol queimar as nuvens de névoa sobre o
Yamuna para revelar uma miragem requintada de cúpulas e arcos.
Como dizia John Keats, a beleza é para sempre.
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Naquele momento, capturado pela formosura da natureza, à qual as
construções só acrescentavam, fui seduzido pelo encanto do Taj antes mesmo de
ter posto os pés nos seus jardins e de ter experimentado a atmosfera calma do
seu interior. O mausoléu folheado de mármore do mais puro branco emitia uma
luminosidade que parecia de outro mundo. Definitivamente o Taj satisfaz
plenamente o sentido da visão de qualquer ser humano.
A cada hora, enquanto o sol se move no céu, a luz vai mudando a cor do
mármore branco. Sob os raios de luar ele é prata brilhante, antes do amanhecer
adquire uma tonalidade de um cinza perolado, que rapidamente se transforma em
cinza de rosas e em rosa pálido quando o sol nasce. Ao meio-dia o Taj exibe um
branco ofuscante, que se transforma em ouro e, em seguida, se incendeia em tons
alaranjados como os do pôr do sol. Que me desculpem todos aqueles que não
pensam ser o Taj uma das maravilhas deste vasto mundo, ele é sim um presente da
Índia para a humanidade,..
Um poeta inglês, Sir Edwin Arnold, escreveu:
"Não é uma peça de arquitetura, como
outros edifícios são, mas o orgulho, a paixão e o amor de um imperador
transformados em pedras vivas".
Shah Jahan, o idealizador do Taj, nasceu no ano de 1592 como o
príncipe Khurram, filho de Jehangir, o quarto imperador mongol da Índia, e neto
de Akbar, o Grande. Em 1607, passeando pelo Meena Bazar no único dia do ano no
qual as mulheres podiam dispensar os véus, ele avistou de relance uma menina
comprando pérolas e seda.
Tratava-se de Arjumand Banu Begum. Foi amor à primeira vista. Ele
tinha 14 anos e ela, apenas 15 e ali iniciaram um namoro que durou cinco longos
anos, porque os astrólogos da corte não se entendiam quanto a uma data propícia
e auspiciosa o bastante para a realização do casório.
Conforme documentos reais, após a celebração do casamento, em 10 de
Maio de 1613, Khurram declarou ter encontrado "na aparência e no caráter
da nova esposa motivos para elegê-la, entre todas as mulheres da época, a sua
Mumtaz Mahal" - a Escolhida do Palácio. Realmente, Khurram estava tão
apaixonado e envolvido por Mumtaz que mostrou pouco interesse em exercer os
seus direitos polígamos conjugais com as duas esposas anteriores que desposara
durante o longo e casto noivado, depois de, devidamente, ter tido um filho com
cada uma.
Segundo o cronista oficial da corte, Motamid Khan, a relação do
príncipe com as demais esposas "em nada se parecia com a intimidade, o
afeto profundo, a atenção e o favor que Sua Majestade tinha por Mumtaz, que
excediam em mil vezes o que ele sentia por qualquer outra".
Portanto, Shah Jahan concedeu a Mumtaz luxos e mimos que a nenhuma
outra rainha mongol haviam sido oferecidos. Por exemplo, a residência onde
Mumtaz viveu com os filhos e o marido foi toda decorada com ouro puro e pedras
preciosas, tinha suas próprias fontes de água privativas e diz a lenda que de
qualquer lugar que se estivesse no ninho de amor do casal música podia ser
escutada 24 horas por dia.
Mumtaz Mahal foi sempre a favorita, a mulher amada, que acompanhava o
imperador por todo o Império mongol apesar de suas gravidezes frequentes,
inclusive nas campanhas militares, cujas batalhas ela gostava de assistir,
dizem que montada em elefantes.
O casal teve um casamento profundamente amoroso e fértil e Mumtaz foi
mãe de quatorze dos dezesseis filhos de Shah Jahan - ISSO era amor! - incluindo
o Príncipe Imperial Dara Shikoh, o herdeiro aparente preferido e ungido pelo
pai, o príncipe Aurangzeb que entre todos era o mais brilhante e Jahanara
Begum, a princesa imperial. Mesmo durante a sua vida, vários poetas e pintores
exaltaram a beleza, graça e compaixão de Mumtaz.
A confiança do imperador na amada era tão grande que ele lhe ofereceu
o selo imperial, o Muhr Uzah, tornando-a imperatriz em 1628 quando assumiu o
comando do império. Há relatos de que, graças à enorme influência que exercia
sobre o marido, muitas vezes Mumtaz interveio em nome dos pobres e indigentes e
desafetos, abrandando o coração de Shan Jahan.
Era muito comum, no império mongol, para as mulheres de alta estirpe,
a prática da arquitetura, de modo que Mumtaz dedicou-se à idealização de
jardins na ribeirinha de Agra, paisagem que considerava de rara beleza. Ela era
a amante indispensável e a amiga confidente do imperador, e o amor entre os
dois foi notório. A relação íntima do casal foi documentada em várias crônicas,
versos e canções. Embora houvesse amor genuíno entre os dois, Arjumand Banu
Begum era uma mulher politicamente astuta e serviu como estrategista e
conselheira indispensável do marido. Como imperatriz ela exerceu um poder
imenso, responsável que era pelo selo imperial em matérias de estado.
Após dezenove anos de casamento feliz, em 1631, durante uma guerra
travada pelo marido em Burhanpur, Mumtaz não resistiu ao décimo-quarto parto e morreu aos trinta e sete anos, vitimada por uma hemorragia após dar à
luz uma filha chamada Gauhara Begumela. Agonizante em seu leito de morte, ela
pediu ao marido apenas para ser sepultada à beira do rio em Agra. Shah Jahan
prometeu à esposa que ele jamais teria outra imperatriz e que construiria o
mais belo dos mausoléus sobre sua sepultura.
O corpo de Mumtaz foi sepultado temporariamente em Burhanpur em um
jardim murado conhecido como Zainabad, à beira do rio Tapti. Narrativas da
época descrevem fartamente tanto a morte de Mumtaz Mahal quanto o pesar de Shah
Jahan pela perda da esposa. Há inúmeros relatos descritivos da dor da Princesa
Jahanara Begum, de 17 anos, neste período, no qual de tão angustiada pela perda
da mãe e pela depressão do pai, ela começou a distribuir "pedras preciosas
para os pobres", na esperança de intervenção divina para Shah Jahan,
descrito com "paralisado pela dor".
No rescaldo do falecimento de Mumtaz o imperador ficara inconsolável e
afastara-se dos seus afazeres na corte e das peleias por dois anos,
trancando-se em seus aposentos. Quando ele, finalmente, retornara à lida da
corte e da guerra, trazia "os cabelos completamente brancos, as costas
dobradas e o rosto desgastado". A filha Jahanara Begum gradualmente
tirou-o da tristeza e ocupou o lugar de Mumtaz na corte. O fato é que logo após
a perda da esposa Shah Jahan assumiu mesmo a tarefa de erguer o mais belo
monumento do mundo em memória da sua amada.
Como resultado, o corpo de Mumtaz foi exumado em dezembro de 1632,
transportado em um caixão dourado de volta para Agra e enterrado em um pequeno
prédio nas margens do rio Yamuna. Shah Jahan começou a planejar a concepção e a
construção de um jardim e mausoléu funerário adequados para sua Mumtaz., Tal
tarefa levaria mais de vinte e dois anos para ser concluída e resultou no Taj
Mahal.
O Taj Mahal, portanto, nasceu da saudade de um homem, da dedicação de
um marido à beleza da mulher, do seu desejo de imortalizar o amor que o unira à
esposa perfeita, O imperador dedicou o resto de sua vida - longos trinta e oito
anos! - e a maior parte do tesouro real - ao projeto de construir um monumento
de amor, ao sonho de erguer o mais belo edifício no universo.
O império mongol continuou a se expandir durante o reinado de Shah
Jahan e a seus filhos ele ordenou a conquista de novas terras em diferentes
frentes. A Índia na época era um rico centro de artes, artesanato e
arquitetura, e alguns dos melhores arquitetos, artesãos, pintores e escritores
do mundo residiam nas terras de Shah Jahan. Acredita-se que, nessa época do
domínio mongol na Índia, ele tinha o maior produto interno bruto do mundo.
Shah Jahan foi responsável por algumas das realizações arquitetônicas
e artísticas mais conhecidas da Índia e a magnificência da sua corte foi
comentada por vários viajantes europeus e por embaixadores de outras partes do
mundo. Ele era um construtor prolífico com um senso estético altamente
refinado. Entre seus edifícios sobreviventes estão o Forte Vermelho em Delhi,
os Jardins de Shalimar de Lahore, algumas seções dos Fortes de Agra e Lahore, a
Jama Masjid - a enorme mesquita de Delhi localizada defronte do Forte - a
mesquita Wazir Khan, e o Moti Masjid, magnífica tumba que mandou construir para
seu pai, o imperador Jahangir, Ele também encomendou o Trono do Pavão - o
famoso Takht e Taus, depois saqueado - para comemorar o seu governo.
A Mesquita Jahan Shah na cidade paquistanesa de Thatta, na província
de Sindh e nas proximidades de Karachi, também foi construída no reinado de
Shah Jahan, em 1647. Aquela que ainda é a maior do mundo espanta com a rara
beleza com suas noventa e três cúpulas, construídas com tijolos vermelhos
revestidos por azulejos azuis e esmalte colorido.
Shah Jahan alargava as fronteiras do seu reino, enquanto o Taj Mahal
ia sendo erguido. Ele escolhera o filho Aurangzeb, então com 16 anos, para
comandar seus exércitos. Orgulhoso dos feitos militares do jovem general, em
seguida o pai nomeou Aurangzeb vice-rei do Deccan, senhor de Khandesh, Berar,
Telangana e Daulatabad e Bijapur.
Sucede que a herança de poder no império mongol não era determinada
através da primogenitura, mas por filhos príncipes concorrendo para alcançar
êxitos militares e para consolidar o seu poder na corte. Isso muitas vezes
levou a rebeliões e guerras de sucessão. O próprio Shah Jahan mandara executar
seus principais rivais, inclusos seu próprio irmão Shahryar e seus sobrinhos
Dawar e Garshasp, filhos de outro irmão anteriormente já executado, o príncipe
Khusrau. Isto permitiu que Shah Jahan assumisse o poder e que governasse sem
restrições.
Evidências históricas demonstram que em 1648 o exército do imperador
consistia de um milhão de soldados - de infantaria, artilharia e mosqueteiros -
e cerca de duzentos mil cavaleiros de elite montados nos lendários cavalos da
raça marwari e comandados por príncipes e nobres. Já então os canhões do
Jaigarh eram produzidos em larga escala e o império tornara-se uma máquina
militar enorme. Os nobres e os seus contingentes foram multiplicados quase
quatro vezes, assim como as exigências de mais impostos por parte dos súditos
com ênfase nos camponeses. Mas, devido às medidas acertadas nos domínios
financeiros e comerciais, o reinado de Shan Jahan foi um período de
estabilidade.
Quando Shah Jahan ficou doente em 1658, Dara Shikoh, o primogênito de
Mumtaz Mahal e o predileto do pai, assumiu o papel de regente, fato que
rapidamente provocou a animosidade de seus irmãos. Ao saber de sua assunção à
regência, seus irmãos mais novos, Shuja, vice-rei de Bengala, e Murad Baksh,
vice-rei de Gujarat, declararam sua independência, e marcharam sobre Agra para
reivindicar suas riquezas.
Aurangzeb, o terceiro filho - e o mais capaz dos irmãos - reuniu um
exército bem treinado e enfrentou o exército de Dara perto de Agra,
derrotando-o, Em seguida enviou ao pai, numa bandeja de prata, a cabeça do
irmão morto durante a batalha de Samugarh. Embora Shah Jahan estivesse
totalmente recuperado de sua doença, Aurangzeb o declarou incompetente para
governar e manteve-o sob prisão domiciliar no Forte de Agra.
A princesa Jahanara compartilhou voluntariamente esse confinamento de
oito anos e cuidou do pai na sua velhice. Em janeiro de 1666, Shah Jahan
morreu, aos setenta e quatro anos. O corpo foi levado pelo rio até o Taj Mahal
e foi enterrado ao lado de Mumtaz Mahal.
Corre a lenda que os últimos anos de sua vida o velho imperador só
tinha uma alegria: contemplar o Taj Mahal à distância da janela de sua prisão
dourada no Forte de Agra. Assim...
A construção do sonho do Imperador
por si só já daria um artigo. Quem sabe mais tarde?
1) Belíssima história de Amor, ou será história da Vida, história de Vida.
ResponderExcluir2) Diga-se de passagem, o cronista escreve bem.
3) Informando: o poeta inglês Sir Edwin Arnold (1832-1904) é autor de um dos livros mais lidos em todo o mundo: "Luz da Ásia" que é a história de Buddha, uma adaptação ocidental, publicada em 1879, do texto canônico em sânscrito: "Lalita Vistara". Em português temos várias edições.
Artigo muito informativo para quem se interessa pela Índia. Visitei o Taj Mahal em 2013 e não conhecia vários detalhes mencionados pelo autor mas vi como o mármore branco está ficando amarelo por causa dos níveis de poluição de Agra. Carros e os ônibus de turismo não podem circular perto do monumento mas sem combater a industrialização correndo solta não vão deter os seus efeitos.
ResponderExcluirMoacir,
ResponderExcluirO jeito de você contar essa história incrível, complementando-a com as fotos, é uma delícia!
Um abraço
Olá Moacir. Uma história de amor de conto de fadas. A jovem Mahal encantou Jahan pela sua estética perfeita, sua admirável e forte delicadeza fazendo com que ele dela se esposasse. Temos que raciocinar esse amor dentro do contexto da época e cultura da Índia. /// Como mulher ocidental me pergunto ( e sei que não devo, para não imacular esse amor imortal ) : fiz as contas dezenove anos de casados , quatorze filhos ? Arre... Quanta dor ! Para uma jovenzinha. /// Voltando. De fato é uma arquetura incrível e muito fotogênica . A maioria das fotos feitas ali são lindas. Sua narrativa qto a visão dessa obra esplêndida, a medida que a luz do dia modifica é de tirar o fôlego. Jahan escolheu o mármore branco para suavizar o mausoléu para ficar de acordo com sua amada. Ele era amante das artes ' também '. Como você relata se gearmos nessa área teremos outros grandes textos. Há muito que se ler e apreender. Amei ! Estou fazendo meus deveres de casa, indo buscar de preferencia fotos que eu tanto gosto. Abraços, Dulce
ResponderExcluirPimentel,
ResponderExcluirMais um texto sobre a Índia, relatada com primor e conhecimento que arquivo.
Uma história eletrizante de uma paixão imensurável, indescritível, culminando com um túmulo que se transformou em uma das maravilhas do mundo, se um jazigo pudesse ser assim considerado um dia!
Amenizando a dor sofrida quando morreu o amor de sua vida, construindo este mausoléu, me veio à mente um episódio muito engraçado.
No Ponto de táxi onde era o meu "fim da linha", pois o meu carro era inscrito naquele local denominado de Ponto Fixo, havia uma padaria.
Ela foi vendida, e o seu novo proprietário fez uma reforma geral.
Demolindo aqui, ali, acolá, o prédio ficou novo. Exclamei, a título de elogiar o investimento, que antes parecia com um "mausoléu" e, agora, era um estabelecimento apresentável.
Foi quando uma de suas balconistas, querendo aproveitar a ocasião e também tecendo loas ao empreendimento, disse o seguinte:
- Chicão, se antes era um mausoléu, agora é um "BOMSOLÉU"!!!
Neologismos à parte, o Taj Mahal é um "MARAVILHOSOLÉU", indiscutivelmente.
Um abraço forte e fraterno, Pimentel.
Saúde e Paz!
Antônio, Carlos, Flávia , Bendl e Dulce
ResponderExcluirMuito atarefado , passo por aqui para lhes agradecer pela leitura e comentários e avisar que teremos mais do mesmo "maravihoséu" em breve (rsrs)
Abraços
Moacir, deveriam existir mais amores como esse, assim o mundo seria mais belo!
ResponderExcluirO amor foi edificado para o deleite do mundo, e conhecendo essa bela história, torna-se mais encantador.
Conte mais...
Oi Moacir! Tudo bem com você? Gostaria de saber, como você conseguiu estas informações sobre a vida pessoal de Shah Jahan!sobre quantos filhos ele teve, quantas esposas... Você coletou essas informações através de documentos no próprio Taj Mahal? Gostaria de saber qual sua fonte de pesquisa! Obrigada! Fabíola de Oliveira Zanetta.
ResponderExcluirOlá Fabíola,
ResponderExcluirPara escrever o artigo reli trechos do livro The Great Railway Baazar do escritor americano Paul Theroux e li outro de nome Shah Jahan: The Rise and Fall of The Mughal Emperor da lavra de Fergus Nicoll. Além disso fiz uma pesquisa da qual já não tenho os links mas lhe adianto que foi iniciada pelas referências sobre o Taj Mahal, Shah Jahan e Mumtaz Mahal na Wikipedia em inglês. Cheque as referências.
Quanto à história do casal e especificamente sobre os filhos que tiveram tudo o que já se escreveu sobre o tema tem duas fontes primordiais: Motamid Khan o escriba da Corte e Muhammed Saleh Kamboh o famoso calígrafo e biógrafo oficial de Shah Jahan. O trabalho dele é conhecido como Shah Jahan Namah - A História de Shah Jahan.
Os 14 herdeiros são fatos históricos notórios nascidos e falecidos nessa ordem:
1. Hur al-Nissa Begum (30 /03/ 1613–14/06/ 1616)
2. Jahanara Begum (02/03/ 1614–06/ 09/ 1681)
3. Dara ShIkoh (30/03/ 1615–30/31/08/1659)
4. Sultan Shah Shuja (03/07/ 1616–1660)
5. Roshanara ( 03/09/1617–1671)
6. Aurangzeb (03/11/ 1618–21/02/ 1707)
7. Ummid Baksh (18 /12/ 1619- 1622)
8. Surraya Banu (10/06/ 1621–28 /04/1628)
9. Shahzada (1622–1622)
10.Murad Baksh (08/09/1624–14/12/ 1661)
11.Luft Allah (04 /11/N 1626–14/05/ 1628)
12.Daulat Afza (9 May 1628–13 May 1629)
13.Husnara Begum (23/04/1630–??)
14.Gauhara Begum (17/ 06/ 1631–1706)
À época não consegui mais informações sobre nenhum dos herdeiros a não ser sobre as princesas Jahanara Begum e Gauhara Begum e os príncipes Dara e Aurangzeb dos quais falo no artigo.
Uma das fontes sobre a prole do casal foi um artigo da Women's Health do qual, talvez por estar totalmente fora do contexto turístico/histórico/arquitetônico no qual eu estava zapeando, eu agora me lembrei.
Trata-se de um texto que conta a história da morte da Mumtaz como um alerta dos perigos da gravidez frequente demais haja vista a fertilidade indiana.
O artigo lhe fornecerá mais referências e links:
http://www.casereportswomenshealth.com/article/S2214-9112(14)00003-4/pdf
Espero ter ajudado.
Boa pesquisa