-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

13/08/2016

Rumi, o poeta do Afeganistão

 
Rumi (imagem wikimedia.org)

Antonio Rocha

Rumi (1207-1273) nasceu em Balke. Nessa época a cidade pertencia ao antigo Império Persa, mas hoje é Afeganistão.

Rumi era Sufi, uma linhagem pacifista e espiritualista do Islã, ele era jurista e teólogo.

Depois do texto lido, resta-nos refletir, meditar, aprender, apreender e vivenciar no cotidiano...

A poesia abaixo está no livro “Depois do Êxtase Lave a Roupa Suja”, de Jack Kornfield, editora Cultrix, página 10:

“Ser um ser humano
É uma casa de hóspedes.
Todas as manhãs chega alguém.

É uma alegria que chega,
Uma depressão, uma mesquinharia,
Um dar-se conta momentâneo:
Visitas inesperadas.

Dê as boas-vindas a todos,
Mesmo quando um bando de tristezas
Carrega toda a mobília
Da sua casa.

O pensamento sombrio,
A vergonha, a malícia.
Receba-os na porta sorrindo,
E convide-os para entrar.

Agradeça a quem quer que chegue,
Porque cada um foi enviado

Como um guia do além.

3 comentários:

  1. Moacir Pimentel13/08/2016, 12:08

    " A Canção a seguir é uma experiência de meditação, é uma vivência em que o poeta fala de sua unidade com o todo, com os mínimos detalhes da vida"

    Zen-Budismo e a Literatura - A Poética de Gilberto Gil -
    Antônio Carlos Rocha - Pag. 97

    Se Eu Quiser Falar Com Deus
    Gilberto Gil

    Se eu quiser falar com Deus
    Tenho que ficar a sós
    Tenho que apagar a luz
    Tenho que calar a voz
    Tenho que encontrar a paz
    Tenho que folgar os nós
    Dos sapatos, da gravata
    Dos desejos, dos receios
    Tenho que esquecer a data
    Tenho que perder a conta
    Tenho que ter mãos vazias
    Ter a alma e o corpo nus
    Se eu quiser falar com Deus
    Tenho que aceitar a dor
    Tenho que comer o pão
    Que o diabo amassou
    Tenho que virar um cão
    Tenho que lamber o chão
    Dos palácios, dos castelos
    Suntuosos do meu sonho
    Tenho que me ver tristonho
    Tenho que me achar medonho
    E apesar de um mal tamanho
    Alegrar meu coração
    Se eu quiser falar com Deus
    Tenho que me aventurar
    Tenho que subir aos céus
    Sem cordas pra segurar
    Tenho que dizer adeus
    Dar as costas, caminhar
    Decidido, pela estrada
    Que ao findar vai dar em nada
    Nada, nada, nada, nada
    Nada, nada, nada, nada
    Nada, nada, nada, nada
    Do que eu pensava encontrar
    //
    Bom final de semana!

    ResponderExcluir
  2. Antonio, não conhecia o seu livro. Soube dele agora, pelo Moacir.
    Que lindeza essa música do Gil. Desde que a ouvi pela primeira vez lá pelos anos 80, acho, 'fiquei dominada' por seu conteúdo. Sem falar no encanto da melodia.
    Ofelia

    ResponderExcluir
  3. 1)Obrigado Moacir !

    2)Ofélia, se vc me enviar o seu endereço, encaminharei de bom grado o livro citado. Veja abaixo o meu e-mail.

    3) antoniocpbr@gmail.com

    4) Grato

    ResponderExcluir

Para comentar, por favor escolha a opção "Nome / URL" e entre com seu nome.
A URL pode ser deixada em branco.
Comentários anônimos não serão exibidos.